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Tumores ginecológicos

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Leticia Frei 
 
 
Introdução: 
O câncer de mama é a neoplasia maligna mais frequente na mulher brasileira. Ocorre principalmente após os 
40 anos, apesar de recentemente mulheres mais novos terem apresentando a doença. Hormônio dependente 
(estrogênio). 
 
Etiologia: 
-Genética ( mulheres portadoras de mutações no gene BRCA 1 tem 50% a 60% de chances de desenvolver 
câncer de mama e ovário). 
 
Fatores de risco: 
Primarios: 
-Mulheres 
-Idade > 40 anos 
-Antecedente pessoal de ca de mama 
-Historia familiar (primeiro grau) 
-Nulipariedade 
-Primeiro parto após os 30 anos 
-Hiperplasia ductal ou lobular atípica 
-Lesão esclerosante complexa (cicatriz radial). 
 
Secundarios: 
-Menarca precoce <11 anos 
-Menopausa tardia >55 anos 
-Raça branca 
-Aumento de peso na pós-menopausa 
-Terapia hormonal por mais de dois anos. 
 
Dieta inadequada: 
-Alta ingesta de gorduras 
-Uso crônico de álcool 
 
Fatores ambientais: 
-Radiação ionizante 
-Poluentes ambientais 
 
Geral: 
-Predisposição genética 
-Meio hormonal adverso 
-Incompetência imunológica 
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-Exposição a carcinogênicos 
-Condições ambientais adversas. 
 
Fisiopatologia: 
 
O câncer é um tumor maligno que se desenvolve nos seios. Todo câncer é caracterizado por um crescimento 
rápido e desordenado de células, quando as células adquirem características anormais, células dos lobos 
mamários, células produtoras de leite ou dos ductos onde é drenado o leite, podem causar uma ou mais 
mutações no material genético da célula. 
É através do DNA que os cromossomos passam todas as informações relativas a organização, forma, atividade 
e reprodução célular. Podem ocorrer alterações nos genes que passam a receber informações erradas para 
suas atividades. Essas alterações podem ocorrer em genes especiais, chamados protooncogenes, inativos em 
células normais, transformando-os em oncogenes, responsáveis pela cancerização de células normais. As 
cancerizadas multiplicam-se de maneira descontrolada, acumulam-se formando tumor, e invadem o tecido 
vizinho. 
Alem disso, os tumores malignos adquirem capacidade de se desprender do tumor e migrar, chegando a órgãos 
distantes, constituindo as metástases; perdem sua função especializada e, a medida que substituem as células 
normais, comprometem a função do órgão afetado. 
O processo de carcinogênese, ou seja, de formação de câncer, é em geral lento, podendo levar vários anos para 
que uma celular prolifere e de origem a um tumor palpável. Esse processo é composto de vários estágios, quais 
sejam: 
→Estagio de iniciação: onde os genes sofrem ação de fatores cancerígenos. 
→Estagio de promoção: onde os agentes oncopromotores atuam na célula já alterada. 
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→Estagio de progressão: caracterizada pela multiplicação descontrolada e irreversível da célula. 
O tempo médio para ocorrer a duplicação celular, no câncer de mama, é de 100 dias. O tumor pode ser palpável 
quando atinge 1 centimetro de diâmetro. Uma esfera de 1cm contem aproximadamente 1 bilhão de células que é o 
resultado de 30 duplicações celulares. Portanto, uma célula maligna levará 10 anos para se tornar um tumor de 
1cm. 
 
Quadro clinico: 
-Tumor indolor (80%) 
-Dor, sem percepção do tumor (10%) 
-Nódulo na mama/axila 
-Dor mamaria 
-Alterações da pele que recobre a mama 
-Abaulamentos ou retrações com aspecto de casca de laranja. 
 
Localizam-se principalmente no quadro superior externo, indolores, fixas e com bordas irregulares, 
acompanhadas de alterações da pele quando em estádio avançado. 
 
Estadiamento: 
 
 
 
Prevenção: 
Segundo o INCA, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos 
saudáveis como: 
-Praticar atividade física 
-Evitar o consumo de bebidas alcoolicas 
-Amamentar seu bebê 
-Amamentar o máximo de tempo possível é um fator de proteção contra o câncer 
-Não fumar e evitar o tabagismo passivo também podem contribuir para a prevenção da doença. 
 
Além disso, o rastreamento para identificar o câncer precocemente por meio de exame físico das mamas e 
mamografia. 
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Rastreamento: 
 
 
 
 
Diagnostico: 
A mamografia é o exame mais indicado para detectar precocemente a presença de nódulos nas mamas. O 
exame clinico e outros exames de imagem e laboratórios também auxiliam a estabelecer o diagnostico de 
certeza. 
A biopsia deve ser solicitada para definir se a lesão é maligna ou não e seu estadiamento. 
 
Tratamento: 
Tratamento local: cirurgia e radioterapia (além de reconstrução mamaria). 
Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. 
 
Estagio I e II: cirurgia que pode ser conservadora, com retiradas apenas do tumor, ou mastectomia com 
retirada da mama e reconstrução da mama. Complementando com radioterapia. 
 
Estagio III: inicialmente com terapia sistêmica (quimioterapia) e logo após tratamento local (cirurgia). 
 
Estagio IV: tratamento sistêmico. 
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Epidemiologia: 
-4º câncer mais comum em mulheres no mundo 
-2º em países menos desenvolvidos. 
-3º em mortalidade nesses países. 
-Idade mediana de diagnostico: 40 a 59 anos. 
 
Fatores de risco: 
-Multiparidade 
-Idade precoce na primeira relação 
-Relação sexual sem proteção 
-Tabagismo 
-Uso de anticoncepcional 
 
Fisiopatologia: 
O câncer de colo uterino tem como causa quase exclusiva a infecção pelo Papilomavirus Humano (HPV), cujo 
desenvolvimento leva a transformação intra-epiteliais progressivas, seguindo 4 etapas ( transmissão do HPV, 
persistência do vírus, progressão de um clone de células infectadas para uma lesão pré-cancerosa e invasão). 
 
 
 
Quadro clinico: 
-Assintomatico 
-Corrimento vaginal liquido tinto de sangue 
-Sangramento vaginal após relação sexual ou ducha 
-Hemorragia (avançado) 
 
Exame físico: 
-lindadenopatia supraclavicular ou inguinal 
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-Edema de membros inferiores 
-Ascite 
-Redução do murmúrio vesicular a ausculta pulmonar 
 
Exame especular: 
-Pode estar normal se o câncer for microinvasivo 
-Quando visível tem aparência variada. 
-Corrimento liquido purulento ou sanguinolento 
 
Toque bimanual: 
-utero dilatado em decorrência de invasão e do crescimento do tumor. 
-Massa fixa (tumor invadiu a parede lateral da pelve). 
 
Diagnostico: 
-Avaliação histológica de biopsia cervical 
-Colposcopia 
 
Prevenção: 
-Uso de proteção nas relações sexuais 
-Vacina HPV 
-Rastreamento – Papanicolau 
 
Rastreamento: 
 
 
 
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Estadiamento: 
 
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Tratamento: 
-Cirurgia 
-Quimioterapia-Radioterapia 
 
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