Prévia do material em texto
Sistemas Hidráulicos e Pneumáticos Professor: Leonardo Leite Engenheiro Mecânico Continuação dos componentes Aula 02 Cronograma de Aula Módulo Datas Conteudo Atividades Local 1 01/04/2024 02/04/2024 03/04/2024 06/04/2024 Aula 01 Introdução às sistemas Hidráulicos e pneumáticos - nesta aula, os alunos serão apresentados aos conceitos básicos e princípios fundamentais dos sistemas pneumáticos, incluindo o funcionamento e os componentes principais. Aula 02 Elementos pneumáticos - nesta aula, os alunos serão introduzidos aos componentes pneumáticos, incluindo compressores, válvulas, tubos e conectores, e aprenderão sobre suas funções e aplicações. Aula 03 Projeto de comandos combinatórios e sequenciais - nesta aula, os alunos aprenderão sobre os conceitos, tipos e aplicações de comandos combinatórios e sequenciais em sistemas pneumáticos, incluindo a programação e a implementação de sistemas automatizados. Aula 04 Laboratório software FluidSim Atividade 01 - Pesquisar sobre programa FluidSim Pneumático Atividade 02 - Lista de exercícios sobre os componentes de um sistema pneumático Atividade 03 - Lista de exercícios sobre os comandos combinatórios e sistemas automatizados. Atividade 04 -Questionário com respostas objetivas sobre os sistemas feitos em laboratório Sala de Aula (Aulas 01,02 e 03) Laboratório (aula 04 ) Lubrificador Lubrifica o ar comprimido e ajuda a diminuir as forças de atrito e desgaste e evitam corrosão; A diferença de pressão suga o óleo, pulverizando na corrente de ar; O aparelho lubrificador só entra em funcionamento quando há fluxo de ar suficiente para provocar a depressão que suga o óleo. Importante os valores de vazão indicados pelo fabricante. Lubrificador Compressores Máquinas destinadas a elevar a pressão de um certo fluido em estado gasoso, até uma determinada pressão, exigida na execução dos trabalhos realizados pelo fluido comprimido. Função: Captar o ar comprimido; Aprisionar o ar; Elevar a pressão. Dividido em duas classificações: deslocamento positivo (estáticos); dinâmicos. Compressores Compressores Alternativos: compressão realizada por pistão. Compressor Simples efeito (Tipo Tronco): Somente uma câmara de compressão (face superior do pistão aspira e comprime o ar); Pistão ligado diretamente ao virabrequim (por isso denominado tronco). Empuxo totalmente transmitido ao cilindro de compressão. Compressores Compressor Duplo efeito (Tipo Cruzeta): Duas câmaras de compressão; Virabrequim ligado a uma cruzeta por uma biela que está ligada ao êmbolo; Cilindro maior (superior) aspira o ar e cilindro menor (inferior) comprimi e expeli o ar para o reservatório. Compressor Duplo efeito (Tipo Cruzeta): Compressores Rotativos: compressão feita através de palhetas montadas em um rotor (parafuso, palhetas, lóbulos e isométrico). Compressor de Parafuso: Possui dois rotores (macho e fêmea) que giram em sentido contrário; Rotores engrenados (um com lóbulos convexos e o outro com lóbulos côncavos); Gás entra pela abertura de sucção e ocupa os intervalos dos filetes entre os rotores, conforme eles giram, e o volume é isolado da admissão; A rotação faz com que o ponto de engrenamento se desloque para frente, reduzindo o espaço disponível para o gás e provocando a compressão até alcançar a válvula de descarga e o gás ser liberado. Compressor de parafuso Compressores Compressor de palhetas: Possui rotor ou tambor central. Tambor gira, as palhetas se deslocam radialmente (força centrífuga), o gás entra pela abertura de sucção ocupa o espaço entre as palhetas que vai reduzindo e comprimindo o ar. Compressores Compressor de lóbulos: Possui 2 rotores que giram em sentido contrário com folga pequena no ponto de tangente entre si. O gás entra pela abertura de sucção e ocupa câmara de compressão, sendo conduzido até a abertura de descarga dos rotores. Rendimento volumétrico muito baixo, porém com rendimento mecânico elevado. Compressores Dinâmicos: A elevação da pressão é obtida por meio de conversão de energia cinética em energia de pressão, durante a passagem do ar através do compressor. O ar admitido é colocado em contato com impulsores (rotor) dotados de alta velocidade Compressor Dinâmico Único estágio Múltiplo estágio Reservatório Armazenar ar comprimido; Resfriar o ar auxiliando a eliminação do condensado; Compensar as flutuações de pressão em todo sistema; Estabilizar o fluxo de ar; Controlar as marchas dos compressores. Reservatório Sistemas Pneumáticos Pressão fixa com vazão variável; Empregados em máquinas/ dispositivos que necessitam de pouco esforço; Desempenho ruim em baixas velocidades ou rotações; Ideais para acionamentos rápidos. Sistemas Pneumáticos Sistemas Pneumáticos A energia pneumática é transformada em movimento e força através dos atuadores pneumáticos lineares e rotativos. Movimentos lineares cilindros de simples ação: recebem o ar comprimido em apenas um dos lados (em geral movimento de avanço). Limitação de curso devido a mola (máximo 100mm); Podem ser usados em operações que envolvam fixação, expulsão, extração e prensagem. Movimentos lineares cilindros de dupla ação: recebem o ar comprimido em ambos os lados. Realizam tanto movimento de avanço quanto retorno; Limitações devido as deformações de flambagem e flexão da haste; Quando sujeitos a cargas e velocidades elevadas, sofrem grandes impactos entre êmbolo e tampa; Diâmetros entre 6mm e 320mm e curso máximo de 2000mm; Velocidade entre 0,02 à 1m/s. Movimentos lineares cilindros de dupla ação – haste dupla (haste passante): efetuam trabalho em ambos os lados ao mesmo tempo. Possui dois mancais de apoio para as hastes; Suporta cargas laterais maiores; Capacidade de força reduzida em relação aos cilindros com única haste. Movimentos lineares Cilindros de dupla ação – sem haste: Reduz a necessidade de grandes espaços na instalação. Êmbolo que desliza livremente no interior da camisa; Lado externo tem um cursor que desliza junto com o êmbolo (através de imas na face interna do cursor); Espaço reduzido de 50%. Válvulas Os circuitos pneumáticos são constituídos por elementos de trabalho (atuadores), sinal e comando (válvulas). As válvulas são elementos de comando para partida, parada, direção ou regulagem, além de regular a vazão e pressão do fluido. As válvulas são classificadasde acordo com suas funções, obedecendo anorma DIN/ISSO 1219-1, 03/96. São elas: Válvula de controle direcional; Válvula de bloqueio; Válvula de controle de pressão; Válvula de controle de fluxo; Válvula de fechamento. Válvulas direcionais A função de um controle direcional é a de dirigir óleo ou ar às várias partes do sistema. Elas direcionam o movimento do fluido de maneira que ele possa realizar trabalho, principalmente nas partidas, paradas e direção do fluxo. Para conhecer bem as válvulas direcionais, primeiro deve-se saber: Número de posições; Número de vias; Tipo de acionamento; Tipo de retorno; Vazão. Válvulas direcionais Número de vias: é o número de conexões de trabalho que a válvula possui, são passagens que a válvula tem comunicando o fluido com os diferentes pontos de aplicação ou de escape. São orifícios de conexão de entrada, as conexões de trabalho e escape, são ligados a uma passagem interna. Válvulas direcionais Para uma identificação e ligação correta das válvulas, marcam-se as vias com letras , ou números conforme a norma. A regra para identificar o número de vias, consiste em separar um dos quadros e verificar quantas vezes os símbolos internos tocam os lados do quadrado, obtendo-se assim o número de orifícios e consequentemente o número de vias. Válvulas direcionais As válvulas de duas ou três vias podem ser “normalmente aberta” ou “normalmente fechada”. As válvulas normalmente fechada significa que, quando o atuador está em posição normal, o orifício de entrada e a sua passagem estão fechados. Normalmente fechada Normalmente aberta Válvulas direcionais Posição de repouso: é aquela em que a válvula se encontra quando não está acionada. Para válvula com 2 posições, a posição de repouso é aquela situada a direita da válvula e para a de 3 posições a posição central é a posição de repouso. Válvulas direcionais Identificação dos orifícios: Nº 1: alimentação – orifício de suprimento principal; Nºs 2 e 4: utilização, saída – orifícios de aplicação em válvulas; Nºs 3 e 5: escape ou exaustão – orifício de liberação do ar; As numerações a partir nº 10: indica um orifício de pilotagem que, ao ser influenciado, isola, bloqueia, o orifício de alimentação; Nºs 12 e 14: indica pilotagem. Válvulas direcionais Tipo de Acionamento: os acionamentos são diversificados conforme a necessidade do usuário e podem ser: musculares, mecânicos, pneumáticos, elétricos e combinados. Estes acionamentos são representados por símbolos : Acionamento Muscular: são conhecidas como válvulas de painel. Proporcionam condições de segurança e emergência. A mudança da válvula é realizada pelo operador do sistema. Tipos de acionamento muscular Válvulas direcionais Acionamento Mecânico: o comando da válvula é conseguido através do contato mecânico sobre o acionamento, colocado estrategicamente ao longo de um movimento qualquer, para permitir o desenrolar de sequencias operacionais. Geralmente essas válvulas se chamam válvulas de fim de curso Válvulas direcionais Válvulas direcionais Acionamento Elétrico: o acionamento da válvula é feito por sinais elétricos. São de grande utilização onde a rapidez dos sinais de comando é o fator importante, quando o circuito é complicado e as distâncias são longas entre o local emissor e o receptor. Válvulas direcionais Acionamento Combinado: Válvulas direcionais Tipo de retorno: os retornos das válvulas direcionais geralmente são por mola, acionamento pneumático (piloto) ou elétrico: Válvulas direcionais Válvulas de Bloqueio: são aparelhos que bloqueiam a passagem do ar em um sentido, permitindo a passagem livre no sentido oposto. A pressão no lado bloqueado atua sobre o elemento vedante, permitindo assim a vedação perfeita da válvula. Válvulas alternadora (elemento “OU”): também chamada válvula de comando duplo ou válvula de dupla retenção. Possui duas entradas P1 e P2 (X e Y), e uma saída, A. Entrando ar comprimido em P1, a esfera fecha a entrada P2 e o ar flui de P1 para A. Entrando ar comprimido em P2, a esfera fecha a entrada P1 e o ar flui de P2 para A. Resumindo, uma saída A é possível quando existe sinal em P1 “OU” P2. Válvulas direcionais Válvulas de Bloqueio: são aparelhos que bloqueiam a passagem do ar em um sentido, permitindo a passagem livre no sentido oposto. A pressão no lado bloqueado atua sobre o elemento vedante, permitindo assim a vedação perfeita da válvula. Válvulas alternadora (elemento “OU”): também chamada válvula de comando duplo ou válvula de dupla retenção. Possui duas entradas P1 e P2 (X e Y), e uma saída, A. Entrando ar comprimido em P1, a esfera fecha a entrada P2 e o ar flui de P1 para A. Entrando ar comprimido em P2, a esfera fecha a entrada P1 e o ar flui de P2 para A. Resumindo, uma saída A é possível quando existe sinal em P1 “OU” P2. Válvulas direcionais Válvulas direcionais Válvulas de simultaneidade (elemento “E”): tem duas entradas P1 e P2 (X e Y) e uma saída em A. Só haverá uma saída em A quando existirem os dois sinais de entrada, P1 “E” P2. Um sinal de entrada em P1 ou P2 impede o fluxo para a A em virtude do desequilíbrio das forças que atuam sobre a peça móvel. Usada em comandos de bloqueio, comandos de segurança e funções de controle em combinações lógicas. Válvulas direcionais Válvulas de escape rápido: usadas para aumentar a velocidade dos êmbolos dos cilindros. Tempos de retorno elevados, especialmente em cilindros de ação simples, podem ser eliminados dessa forma. A válvula está com conexão de pressão (P) e conexão de escape (R) bloqueáveis e uma saída (A). Com pressão em P, a vedação desloca-se contra o assento e veda o escape R, e o ar circula para A. Quando deixa de existir pressão em P, o ar que retorno por A, movimenta a vedação contra P, promovendo o seu bloqueio, podendo escapar por R rapidamente para a atmosfera. Válvulas de escape rápido Válvulas direcionais Válvulas de Retenção: esta válvula pode fechar completamente a passagem em uma direção, em direção contrária, passa o ar com a mínima queda possível de pressão. O fechamento de uma direção pode ser feito por cone, esfera, placa ou membrana. Confecção de esquemas Métodos de confecção de esquemas: pode-se apresentar duas possibilidades principais para composição de esquemas: como métodos intuitivo (convencionais), ou composição metódica de esquema. O objetivo, independentemente do tipo de composição do esquema, é de se obter no final, um comando que apresente um bom funcionamento e transcurso seguro. Exemplo: pacotes que chegam por um transportador são elevados por um cilindro pneumático “A” e empurrados para outro transportador por um cilindro “B”. Existe uma condição de que o cilindro “B” somente retorne quando o “A” tiveralcançado sua posição inicial. Confecção de esquemas Representação por ordem cronológica: O cilindro A avança e eleva os pacotes O cilindro B empurra os pacotes sobre o transportador O cilindro A retorna O cilindro B retorna Representação por forma vetorial: Confecção de esquemas Representação em forma algébrica: Para avanço da haste: + Para retorno da haste: - A+ B+ A- B- Representação em forma de tabela: PASSO DE TRABALHO MOVIMENTO CILINDRO A MOVIMENTO CILINDRO B 1 Avança Parado Recuado 2 Parado Avançado Avança 3 Recua Parado Avançado 4 Parado Recuado Recua Confecção de esquemas Diagrama trajeto-passo: neste caso, a sequência de operação em um elemento de trabalho, levando-se ao diagrama a indicação do movimento em dependência de cada passo considerado (passo: variação do estado de qualquer unidade construtiva) Confecção de esquemas Métodos Intuitivo: para a confecção do projeto recomenda-se o seguinte: Determinar a sequência de trabalho; Elaborar o diagrama de trajeto-passo; Colocar no diagrama trajeto-passo os elementos fins de curso a serem utilizados; Desenhar os elementos de trabalho; Desenhar os elementos de comando correspondentes; Desenhar os elementos de sinais; Desenhar os elementos de abastecimento de energia; Traçar as linhas dos condutores de sinais de comando e de trabalho; Identificar os elementos; Colocar no esquema a posição correta dos fins de curso, conforme o diagrama de trajeto e passo; Verificar se é necessária alguma anulação de sinais permanentes (contrapressão) em função do diagrama trajeto-passo. Tarefa Pesquisar sobre os seguintes sistemas pneumáticos: Comando direto de cilindro de simples ação com retorno por mola. Controle de velocidade de cilindro de simples ação no avanço; Comando indireto de cilindro de simples ação com retorno por mola. Comando de cilindro de simples ação com retorno por molas com válvula duplo piloto. Liga / Desliga Comando de cilindro de simples ação com retorno por molas com válvula de simultaneidade “elemento e”. Liga / Desliga Comando de cilindro de simples ação com retorno por molas com válvula alternadora “lógica ou”. Liga / Desliga Comando direto de cilindro de ação dupla com válvula 4/2 vias (sem parada intermediária) Comando direto de cilindro de ação dupla com válvula 4/2 vias (sem parada intermediária) image1.jpg image2.png image3.jpg image4.png image5.jpg image6.png image7.jpg image8.jpg image9.png image10.png image11.png image12.jpg image13.jpg image14.jpg image15.jpg image16.png image17.jpg image18.png image19.jpg image20.png image21.png image22.png image23.png image24.png image25.png image26.jpg image27.jpg image28.png image29.png image30.png image31.png image32.png image33.png image34.png image35.png image36.png image37.png image38.png image39.png image40.png image41.png image42.png image43.png image44.png image45.png image46.png image47.png image48.png image49.png image50.png image51.jpg