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TELETRABALHO E TRABALHO INTERMITENTE APRESENTAÇÃO DE APOIO Doutor e Mestre em Direito pela UNISINOS. Professor do Mestrado Profissional em Direito da Empresa e dos Negócios e da Graduação em Direito da UNISINOS. Advogado. Realizou o Pós- doutorado em Direito pela PUCRS. GUILHERME WÜNSCH Professor Convidado DIEGO SENA BELLO Professor PUCRS Advogado. Professor no curso de Direito do Instituto Brasileiro de Gestão de Negócios (IBGEN), da Pós-graduação em Direito e Processo do Trabalho e da Pós-graduação em Direito Previdenciário da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Doutorando e Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul- PUCRS. Pós- Graduado em Direito do Trabalho no Centro Universitário Ritter dos Reis - Uniritter. Graduado em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Pesquisador do Núcleo de Pesquisas CNPQ/PUCRS Relações de Trabalho e Sindicalismo. Professores Abordagem da regulamentação brasileira em relação às modalidades especiais de trabalho denominadas teletrabalho e trabalho intermitente. Ementa da disciplina 3 • No Brasil, o instituto é regrado pelo artigo 6º da CLT, alterado para tal no ano de 2011. Em suma, o artigo admite a supervisão, comando e controle telemático da prestação de serviços como formas de manifestação da subordinação, necessária à configuração da relação empregatícia e, na esteira disso, aponta igualdade de tratamento legal ao trabalho presencial e ao trabalho a distância (gênero da espécie teletrabalho). • A maioria dos estudos sobre teletrabalho, ao se debruçarem sobre o estudo de suas origens, retrocede apenas até a década de 70 do século passado, apontando Jack Nilles como físico que trabalhava para a NASA e inventou nos anos 1970 os conceitos de teleworking e telecommuting, que buscavam a otimização de recursos não renováveis nos anos da crise do petróleo, utilizando o trabalho e a comunicação à distância. Sua teoria partia da ideia de "levar o trabalho ao trabalhador e não o trabalhador ao trabalho" e foi aplicada pela primeira vez em Los Angeles. Em 1982, Nilles fundou a JALA, a primeira consultora de teletrabalho do mundo. A pesar de ser uma proposta revolucionária, naquele momento a tecnologia não estava suficientemente desenvolvida para que o teletrabalho se tornasse realidade. Com a chegada do século XXI e a expansão da internet, deu-se a situação perfeita para a reformulação de suas teorias. Sua principal obra é “Fazendo do Teletrabalho uma realidade: guia para telegerentes e teletrabalhadores”. • No entanto, suas raízes são muito mais profundas. É preciso conjugar o teletrabalho ao surgimento da tecnologia que foi capaz de fazer exatamente o que Nilles profetizou: levar o trabalho ao trabalhador. Assim, é possível, ao menos, apontar que o teletrabalho têm ligação estreita com o surgimento do telégrafo, não o elétrico, o ótico. • Assim, em 1791 a França colhia os frutos de uma revolução recém-eclodida e deparava-se com realidade na qual, em face da escassez de alimentos e do alto índice de desemprego, a maioria dos cidadãos estava em condições de extrema penúria. A miséria atingia quase todos os franceses: desde os camponeses até os trabalhadores urbanos. Nesse contexto, surge a figura de Claude Chappe4 , abade, engenheiro e inventor francês nascido na cidade de Brûlon. • Chappe vinha de uma típica família da nobreza francesa, chegou a enveredar-se por vida religiosa, mas foi atingido pela revolução e pelas dificuldades financeiras daí advindas. Mais por necessidade que por vocação, portanto, juntou-se a seus quatro irmãos, todos igualmente desempregados e, no desejo de dar novos rumos às suas vidas, deram também novos rumos à engenharia e ao mundo do trabalho. Como o telégrafo foi desenvolvido por razões bélicas, no início, sua administração era feita pelo Ministério da Guerra. Em 1798, no entanto, ele passou a ser tutelado pelo Ministério do Interior. Trabalhadores submetidos a uma hierarquia rígida e bem definida faziam funcionar o telégrafo. Tratava-se de um regime praticamente militar. A administração central era composta por três administradores, um chefe e dois adjuntos, em quatro escritórios físicos e distantes das torres de telégrafo. Ainda no que pertine à hierarquia laboral, haviam os diretores e os inspetores (responsáveis pelos pagamentos dos salários, p.ex.). Tratavam-se dos cargos principais e eram ocupados pelos irmãos de Chappe. Os gerentes estavam à frente de um departamento que tinha a tarefa de codificar, decodificar, transmitir e emitir as mensagens. Eles também tinham a incumbência de supervisionar o trabalho dos inspetores, verificando e aprovando as despesas da empresa. Os inspetores também eram responsáveis pela observação das estações e sua respectiva manutenção verificando as condições dos equipamentos e realizando os reparos necessários. Por fim, haviam os chamados estacionários que representavam 90% do pessoal e que eram lotados dois em cada torre de comunicação, fazendo o telégrafo funcionar. • Para os estudos de teletrabalho, por exemplo, entende-se que o distanciamento entre o gestor e os prestadores de serviço concretiza um dos elementos caracterizadores do teletrabalho, qual seja, o geográfico. Já a organização hierárquica e operacional, revela o elemento caracterizador denominado organizacional e a tecnologia mediadora da distância entre os protagonistas da relação, que leva o trabalho ao trabalhador, está nos próprios telégrafos sinaleiros. • A expressão telecommuting, que originou o vocábulo teletrabalho na língua Portuguesa, foi utilizada pelo norteamericano Jack Nilles , na década de 70, definindo-o como qualquer atividade profissional que é realizada fora do local tradicional de trabalho, com utilização de alguma das técnicas de telecomunicação. O Autor define que o objetivo dessa nova forma de prestação laboral seria “a possibilidade de enviar o trabalho aos trabalhadores, em vez de levar estes ao trabalho” • Carmen Algar Jiménez segue a mesma linha de raciocínio, ao definir de modo teórico o teletrabalho como a modalidade que corresponde àquela em que o trabalho é realizado fora do local onde o resultado deste é esperado, por meio do uso de ferramentas e/ou tecnologias de comunicação. UMA MELHOR DEFINIÇÃO • Atividade laboral remunerada, na qual se utilizam as TICs como ferramentas básicas de trabalho e na qual não há uma presença permanente do trabalhador, nem no local físico da empresa que oferece os bens ou serviços, tão pouco na empresa que demanda tais bens e serviços • Quanto à conectividade: • Online – síncrono - é a modalidade que revela o típico teletrabalho, já que é através dela que trabalhador e empregador se comunicam continuamente, em total sincronia e de modo bidirecional. Ação que é facilitada pelas tecnologias de comunicação e informação. • One way line – assíncrono - Nela a comunicação se dá de forma unimodal, como por exemplo, com a utilização de pagers convencionais, que não permitem interatividade simultânea ou com uma das vias (entrega ou devolução do trabalho) realizada de forma não tecnológico-informacional. • Off line – (Teletrabalho?) -também chamado de desconectado ou unpluged, caracterizado quando o trabalhador realiza sua atividade sem manter vinculação telemática alguma com o empregador. O computador, se existir, não é utilizado como forma de comunicação, mas como mera ferramenta de trabalho e processamento de informação • Quanto ao local de que irradiado o trabalho: • Home office • Telecentros/centros satélites/coworkings • Nômade (móvel) CENÁRIO NORMATIVO PÓS 2020/2022: • LEI Nº 14.437, DE 15 DE AGOSTO DE 2022 Conversão da Medida Provisória nº 1.109, de 2022 Autoriza o Poder Executivo federal a dispor sobre a adoção, por empregados e empregadores, de medidas trabalhistas alternativas e sobre o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, paraenfrentamento das consequências sociais e econômicas de estado de calamidade pública em âmbito nacional ou em âmbito estadual, distrital ou municipal reconhecido pelo Poder Executivo federal. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2014.437-2022?OpenDocument http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Mpv/mpv1109.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Mpv/mpv1109.htm Art. 2º Poderão ser adotadas, por empregados e empregadores, para a preservação do emprego, a sustentabilidade do mercado de trabalho e o enfrentamento das consequências de estado de calamidade pública em âmbito nacional ou em âmbito estadual, distrital ou municipal reconhecido pelo Poder Executivo federal, as seguintes medidas trabalhistas alternativas: I - o teletrabalho; Do Teletrabalho Art. 3º O empregador poderá, a seu critério, durante o prazo previsto no ato do Ministério do Trabalho e Previdência de que trata o art. 2º desta Lei, alterar o regime de trabalho presencial para teletrabalho ou trabalho remoto, além de determinar o retorno ao regime de trabalho presencial, independentemente da existência de acordos individuais ou coletivos, dispensado o registro prévio da alteração no contrato individual de trabalho. § 1º Para fins do disposto nesta Lei, considera-se teletrabalho ou trabalho remoto a definição constante do art. 75-B da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. § 2º A alteração de que trata o caput deste artigo será notificada ao empregado com antecedência de, no mínimo, 48 (quarenta e oito) horas, por escrito ou por meio eletrônico. § 3º As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, pela manutenção ou pelo fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação de teletrabalho ou de trabalho remoto e as disposições relativas ao reembolso de despesas efetuadas pelo empregado serão previstas em contrato escrito, firmado previamente ou no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data da mudança do regime de trabalho. § 4º Na hipótese de o empregado não possuir os equipamentos tecnológicos ou a infraestrutura necessária e adequada à prestação de teletrabalho ou de trabalho remoto: I - o empregador poderá fornecer os equipamentos em regime de comodato e custear os serviços de infraestrutura, que não caracterizarão verba de natureza salarial; ou II - o período da jornada normal de trabalho será computado como tempo de trabalho à disposição do empregador, na impossibilidade do oferecimento do regime de comodato de que trata o inciso I deste parágrafo. § 5º O tempo de uso de equipamentos tecnológicos e de infraestrutura necessária, bem como de softwares, de ferramentas digitais ou de aplicações de internet utilizados para o teletrabalho ou o trabalho remoto, fora da jornada de trabalho normal do empregado não constitui tempo à disposição ou regime de prontidão ou de sobreaviso, exceto se houver previsão em acordo individual ou em acordo ou convenção coletiva de trabalho. § 6º Aplica-se ao teletrabalho e ao trabalho remoto de que trata este artigo o disposto no inciso III do caput do art. 62 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Art. 4º Fica permitida a adoção do regime de teletrabalho ou de trabalho remoto para estagiários e aprendizes, nos termos desta Seção. Art. 5º O regime de teletrabalho ou de trabalho remoto não se confunde nem se equipara à ocupação de operador de telemarketing ou de teleatendimento. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art75b http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art75b http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art62iii.0 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art62iii.0 ARGENTINA ESPANHA PORTUGAL E o BRASIL ? Normas novas, pós pandemia Artículo 2. Definiciones. A los efectos de lo establecido en esta Ley, se entenderá por: «Trabajo a distancia»: forma de organización del trabajo o de realización de la actividad laboral conforme a la cual esta se presta en el domicilio de la persona trabajadora o en el lugar elegido por esta, durante toda su jornada o parte de ella, con carácter regular. «Teletrabajo»: aquel trabajo a distancia que se lleva a cabo mediante el uso exclusivo o prevalente de medios y sistemas informáticos, telemáticos y de telecomunicación. «Trabajo presencial»: aquel trabajo que se presta en el centro de trabajo o en el lugar determinado por la empresa. • Artículo 7. Contenido del acuerdo de trabajo a distancia. Será contenido mínimo obligatorio del acuerdo de trabajo a distancia, sin perjuicio de la regulación recogida al respecto en los convenios o acuerdos colectivos, el siguiente: a) Inventario de los medios, equipos y herramientas que exige el desarrollo del trabajo a distancia concertado, incluidos los consumibles y los elementos muebles, así como de la vida útil o periodo máximo para la renovación de estos. b) Enumeración de los gastos que pudiera tener la persona trabajadora por el hecho de prestar servicios a distancia, así como forma de cuantificación de la compensación que obligatoriamente debe abonar la empresa y momento y forma para realizar la misma, que se corresponderá, de existir, con la previsión recogida en el convenio o acuerdo colectivo de aplicación. c) Horario de trabajo de la persona trabajadora y dentro de él, en su caso, reglas de disponibilidad. d) Porcentaje y distribución entre trabajo presencial y trabajo a distancia, en su caso. • e) Centro de trabajo de la empresa al que queda adscrita la persona trabajadora a distancia y donde, en su caso, desarrollará la parte de la jornada de trabajo presencial. f) Lugar de trabajo a distancia elegido por la persona trabajadora para el desarrollo del trabajo a distancia. g) Duración de plazos de preaviso para el ejercicio de las situaciones de reversibilidad, en su caso. h) Medios de control empresarial de la actividad. i) Procedimiento a seguir en el caso de producirse dificultades técnicas que impidan el normal desarrollo del trabajo a distancia. j) Instrucciones dictadas por la empresa, con la participación de la representación legal de las personas trabajadoras, en materia de protección de datos, específicamente aplicables en el trabajo a distancia. k) Instrucciones dictadas por la empresa, previa información a la representación legal de las personas trabajadoras, sobre seguridad de la información, específicamente aplicables en el trabajo a distancia. l) Duración del acuerdo de trabajo a distancia. • Artículo 18. Derecho a la desconexión digital. • 2. La empresa, previa audiencia de la representación legal de las personas trabajadoras, elaborará una política interna dirigida a personas trabajadoras, incluidas los que ocupen puestos directivos, en la que definirán las modalidades de ejercicio del derecho a la desconexión y las acciones de formación y de sensibilización del personal sobre un uso razonable de las herramientas tecnológicas que evite el riesgo de fatiga informática. En particular, se preservará el derecho a la desconexión digital en los supuestos de realización total o parcial del trabajo a distancia, así como en el domicilio de la persona empleada vinculado al uso con fines laborales de herramientas tecnológicas. Los convenios o acuerdos colectivos de trabajo podrán establecer los medios y medidas adecuadas para garantizar el ejercicio efectivo del derecho a la desconexión en el trabajo a distancia y la organización adecuada de la jornada de forma que sea compatible con la garantía de tiempos de descanso. • Artigo 165.º • Noção de teletrabalho • Considera-se teletrabalho a prestação laboral realizada com subordinação jurídica, habitualmente fora da empresa e através do recurso a tecnologias de informação e de comunicação. Artigo 166.º Acordo para prestaçãode teletrabalho 1 - Pode exercer a atividade em regime de teletrabalho um trabalhador da empresa ou outro admitido para o efeito. 2 - A implementação do regime de teletrabalho depende sempre de acordo escrito, que pode constar do contrato de trabalho inicial ou ser autónomo em relação a este. 3 - O acordo de teletrabalho define o regime de permanência ou de alternância de períodos de trabalho à distância e de trabalho presencial. 4 - O acordo deve conter e definir, nomeadamente: a) A identificação, assinaturas e domicílio ou sede das partes; b) O local em que o trabalhador realizará habitualmente o seu trabalho, o qual será considerado, para todos os efeitos legais, o seu local de trabalho; c) O período normal do trabalho diário e semanal; d) O horário de trabalho; e) A atividade contratada, com indicação da categoria correspondente; f) A retribuição a que o trabalhador terá direito, incluindo prestações complementares e acessórias; g) A propriedade dos instrumentos de trabalho, bem como o responsável pela respetiva instalação e manutenção; h) A periodicidade e o modo de concretização dos contactos presenciais a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 169.º-B. 5 - A forma escrita é exigida apenas para prova da estipulação do regime de teletrabalho. Artigo 169.º-B Deveres especiais 1 - Sem prejuízo dos deveres gerais consagrados neste Código, o regime de teletrabalho implica, para o empregador, os seguintes deveres especiais: a) Informar o trabalhador, quando necessário, acerca das características e do modo de utilização de todos os dispositivos, programas e sistemas adotados para acompanhar à distância a sua atividade; b) Abster-se de contactar o trabalhador no período de descanso nos termos a que se refere o artigo 199.º-A; c) Diligenciar no sentido da redução do isolamento do trabalhador, promovendo, com a periodicidade estabelecida no acordo de teletrabalho, ou, em caso de omissão, com intervalos não superiores a dois meses, contactos presenciais dele com as chefias e demais trabalhadores; d) Garantir ou custear as ações de manutenção e de correção de avarias do equipamento e dos sistemas utilizados no teletrabalho, nos termos do n.º 2 do artigo 168.º, independentemente da sua propriedade; e) Consultar o trabalhador, por escrito, antes de introduzir mudanças nos equipamentos e sistemas utilizados na prestação de trabalho, nas funções atribuídas ou em qualquer característica da atividade contratada; f) Facultar ao trabalhador a formação de que este careça para o uso adequado e produtivo dos equipamentos e sistemas que serão utilizados por este no teletrabalho. 2 - Sem prejuízo dos deveres gerais consagrados neste Código, o teletrabalho implica, para o trabalhador, os seguintes deveres especiais: a) Informar atempadamente a empresa de quaisquer avarias ou defeitos de funcionamento dos equipamentos e sistemas utilizados na prestação de trabalho; b) Cumprir as instruções do empregador no respeitante à segurança da informação utilizada ou produzida no desenvolvimento da atividade contratada; c) Respeitar e observar as restrições e os condicionamentos que o empregador defina previamente, no tocante ao uso para fins pessoais dos equipamentos e sistemas de trabalho fornecidos por aquele; d) Observar as diretrizes do empregador em matéria de saúde e segurança no trabalho. Ley 27555 - REGIMEN LEGAL DEL CONTRATO DE TELETRABAJO Habrá contrato de teletrabajo cuando la realización de actos, ejecución de obras o prestación de servicios, en los términos de los artículos 21 y 22 de esta ley, sea efectuada total o parcialmente en el domicilio de la persona que trabaja, o en lugares distintos al establecimiento o los establecimientos del empleador, mediante la utilización de tecnologías de la información y comunicación. Artículo 4°- Jornada laboral. La jornada laboral debe ser pactada previamente por escrito en el contrato de trabajo de conformidad con los límites legales y convencionales vigentes, tanto en lo que respecta a lo convenido por hora como por objetivos. Las plataformas y/o software utilizados por el empleador a los fines específicos del teletrabajo, y registrados según lo establecido en el artículo 18 de la presente, deberán desarrollarse de modo acorde a la jornada laboral establecida, impidiendo la conexión fuera de la misma. Artículo 5°- Derecho a la desconexión digital. La persona que trabaja bajo la modalidad de teletrabajo tendrá derecho a no ser contactada y a desconectarse de los dispositivos digitales y/o tecnologías de la información y comunicación, fuera de su jornada laboral y durante los períodos de licencias. No podrá ser sancionada por hacer uso de este derecho. El empleador no podrá exigir a la persona que trabaja la realización de tareas, ni remitirle comunicaciones, por ningún medio, fuera de la jornada laboral. Artículo 4°- Jornada laboral. La jornada laboral debe ser pactada previamente por escrito en el contrato de trabajo de conformidad con los límites legales y convencionales vigentes, tanto en lo que respecta a lo convenido por hora como por objetivos. Las plataformas y/o software utilizados por el empleador a los fines específicos del teletrabajo, y registrados según lo establecido en el artículo 18 de la presente, deberán desarrollarse de modo acorde a la jornada laboral establecida, impidiendo la conexión fuera de la misma. Artículo 5°- Derecho a la desconexión digital. La persona que trabaja bajo la modalidad de teletrabajo tendrá derecho a no ser contactada y a desconectarse de los dispositivos digitales y/o tecnologías de la información y comunicación, fuera de su jornada laboral y durante los períodos de licencias. No podrá ser sancionada por hacer uso de este derecho. El empleador no podrá exigir a la persona que trabaja la realización de tareas, ni remitirle comunicaciones, por ningún medio, fuera de la jornada laboral. • PROJETO DE LEI 5581/2020 • Art. 1º Considera-se teletrabalho a prestação de serviços fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. • Art.4º No uso de seu poder regulamentar, os empregadores com mais de 50 (cinquenta) empregados instituirão, em prol dos respectivos teletrabalhadores, códigos de conduta ou regramentos equivalentes que promovam o meio ambiente do trabalho equilibrado, a sadia qualidade de vida no trabalho e a implementação das diretrizes elencadas no artigo anterior. • §1º. Os códigos de conduta devem tratar, entre outros, dos seguintes aspectos: • I - desconexão laboral e, quando aplicáveis, os limites dos artigos 59, caput, 66 e 67 do Decreto-lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943 - Consolidação das Leis do Trabalho; • II – possíveis repercussões negativas na saúde e segurança dos trabalhadores, observados os termos do artigo anterior; e • III – conscientização para que as normas relativas aos incisos I e II sejam observadas pelos trabalhadores. • DA SAÚDE MENTAL DO TELETRABALHADOR • Art. 8º. Empregador e teletrabalhador deverão adotar, conjunta e colaborativamente, medidas que visem à preservação da saúde mental no trabalho remoto. • §1º. O tempo de desconexão é elemento necessário para a saúde mental do teletrabalhador. • §2º. Os empregadores com mais de 50 (cinquenta) empregados deverão manter políticas internas de prevenção, educação e orientação para preservação da saúde mental dos teletrabalhadores, dentre elas as seguintes: I – combate ao cyberbullying, assédio moral virtual, tecnoestresse e vício em tecnologia; II – orientação do teletrabalhador acerca da moderação do consumo de álcool e outras substâncias psicoativas; III – incentivo aos momentos de integração social, presencialmente ou à distância, a fim de minimizar o isolamento dos teletrabalhadores; IV – orientação para conciliação das atividades de trabalhocom as rotinas domésticas dos teletrabalhadores; e V – promoção de palestras, treinamentos ou cursos de capacitação voltados à saúde do teletrabalhador, em modo presencial ou virtual, ministrados por profissionais próprios ou mediante contratação específica. COMO A JURISPRUDÊNCIA DO TRT-4 TEM ENFRENTADO O TEMA? PESQUISA ENTRE 01/01/2022 ATÉ 30/04/2023 • Acórdão - Processo 0020628-08.2022.5.04.0000 (MSCIV) • Data: 24/06/2022 • Órgão Julgador: 1ª Seção de Dissídios Individuais • Redator: VANIA MARIA CUNHA MATTOS • EMENTA MANDADO DE SEGURANÇA. TELETRABALHO. DETERMINAÇÃO DE RETORNO AO TRABALHO PRESENCIAL. Com base no art. 75-C da CLT e regulamento da empresa, não há ilicitude prerrogativa da empregadora que determina o encerramento das atividades em teletrabalho e determina o retorno ao trabalho presencial. https://pesquisatextual.trt4.jus.br/pesquisas/rest/cache/acordao/pje/p5O-qznbyJK8JCztFvmOAg?&em=teletrabalho https://pesquisatextual.trt4.jus.br/pesquisas/rest/cache/acordao/pje/p5O-qznbyJK8JCztFvmOAg?&em=teletrabalho • Acórdão - Processo 0021134-96.2018.5.04.0008 (AP) • Data: 18/11/2022 • Órgão Julgador: Seção Especializada em Execução • Redator: JOAO ALFREDO BORGES ANTUNES DE MIRANDA • EMENTA AGRAVO DE PETIÇÃO. Situação em que nos períodos em que não há anotação diária da jornada nos cartões-ponto não há registro de falta ao trabalho, sendo abonada a marcação, coincidindo com o período de início da pandemia da COVID-19 em que houve trabalho na modalidade de teletrabalho. Agravo de petição interposto pelo exequente a que se dá provimento. https://pesquisatextual.trt4.jus.br/pesquisas/rest/cache/acordao/pje/1tVpoTgcDOa4Z6oPdkwZYg?&em=teletrabalho https://pesquisatextual.trt4.jus.br/pesquisas/rest/cache/acordao/pje/1tVpoTgcDOa4Z6oPdkwZYg?&em=teletrabalho • Acórdão - Processo 0020567-50.2022.5.04.0000 (MSCIV) • Data: 25/07/2022 • Órgão Julgador: 1ª Seção de Dissídios Individuais • Redator: ANDRE REVERBEL FERNANDES • EMENTA MANDADO DE SEGURANÇA. PANDEMIA. COVID-19. TELETRABALHO. É fato notório que vivemos um momento excepcional em razão da pandemia de coronavírus. Em razão disso, não se olvida que devem ser observadas todas as medidas necessárias que visem preservar à saúde dos trabalhadores, especialmente, aqueles empregados do grupo de risco, como é o caso do autor da ação subjacente. Contudo, observa-se que o ciclo vacinal da população em geral já se encontra completo, não havendo mais a necessidade do trabalho remoto. Ademais, não há qualquer legislação em vigor que obrigue aos empregadores a manutenção de trabalho remoto aos trabalhadores do grupo de risco. Pelo contrário, constata-se, pelos termos da Portaria Interministerial MTP/MS n.º 14, de 20 de Janeiro de 2022, que estabelece medidas para prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão do coronavírus (Covid-19) em ambientes de trabalho, que existem inúmeras medidas a serem tomadas em ambiente presencial de trabalho, inclusive para os empregados em grupo de risco, entre as quais não se observa qualquer medida relacionada a disponibilização de trabalho remoto. Ressalte- se que não há elementos demonstrando que a atividade do litisconsorte, como administrador, envolva atendimento ou contato direto com o público. Assim, entende- se que não havia mais justificativa plausível, quando da prolação do ato atacado, para que o trabalhador continuasse laborando em regime de teletrabalho. Segurança concedida parcialmente para cassar a decisão que determinou à impetrante que mantenha o autor da ação subjacente em regime de teletrabalho. https://pesquisatextual.trt4.jus.br/pesquisas/rest/cache/acordao/pje/tEq1CICYVLbuoCw9mMOaPg?&em=teletrabalho • Acórdão - Processo 0020479-94.2021.5.04.0663 (ROT) • Data: 20/04/2022 • Órgão Julgador: 5ª Turma • Redator: ANGELA ROSI ALMEIDA CHAPPER • EMENTA RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. SUSPENSÃO. A parcela principal postulada nesta ação é o adicional de insalubridade, o qual se constitui em salário-condição. Sendo assim, o afastamento das atividades presencias, em razão da instituição do teletrabalho, decorrente da pandemia de COVID-19, exclui o contato com o agente insalubre, subtraindo, por conseguinte, o direito ao adicional, durante o período em que perdurar o afastamento. Recurso não provido. https://pesquisatextual.trt4.jus.br/pesquisas/rest/cache/acordao/pje/x3dA2gfP_T2ufqEkG_KrlA?&em=teletrabalho https://pesquisatextual.trt4.jus.br/pesquisas/rest/cache/acordao/pje/x3dA2gfP_T2ufqEkG_KrlA?&em=teletrabalho • Acórdão - Processo 0020305-16.2021.5.04.0104 (ROT) • Data: 06/10/2022 • Órgão Julgador: 6ª Turma • Redator: MARIA CRISTINA SCHAAN FERREIRA • EMENTA RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMANTE. OBRIGAÇÃO DE FAZER. MANUTENÇÃO DO TELETRABALHO . A autora demonstra que sua filha, nascida prematuramente, apresenta atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e necessidades especiais, inclusive relacionadas à alimentação. A partir disso, ainda que, como consta na sentença, o processo de imunização contra a Covid-19 esteja praticamente completo, com disponibilização de doses e reforços a praticamente toda população adulta, estando em funcionamento normal as creches e pré- escolas, necessária a adequação da norma geral da reclamada (retorno ao trabalho presencial) ao caso concreto, garantindo-se, por critérios de razoabilidade e proporcionalidade, a manutenção do trabalho remoto exercido pela autora pelo prazo de 6 meses contados da publicação da presente decisão, de modo que, quando de seu retorno, sua filha terá completado três anos de idade. https://pesquisatextual.trt4.jus.br/pesquisas/rest/cache/acordao/pje/Z0ioKXFUoxq02HlyM-BxuA?&em=teletrabalho • Acórdão - Processo 0020027-56.2022.5.04.0661 (ROT) • Data: 18/02/2023 • Órgão Julgador: 4ª Turma • Redator: ANA LUIZA HEINECK KRUSE • RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMANTE. EMPREGADA PÚBLICA MUNICIPAL. AFASTAMENTO DAS ATIVIDADES PRESENCIAIS EM RAZÃO DA PANDEMIA NOVO CORONAVÍRUS. DIREITO ÀS FÉRIAS. A empregada do Município, na função de agente comunitária de saúde, afastada das atividades presenciais em razão da pandemia, de acordo com a legislação municipal, que previa a possibilidade da realização de teletrabalho ou de outra forma que não fosse a presencial, está à disposição do empregador, razão pela qual não perde o direito às férias na forma do art. 133, II e III, da CLT, não se caracterizando licença remunerada ou paralisação dos serviços do Município. RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMADO. CONCESSÃO DAS FÉRIAS APÓS O PERÍODO CONCESSIVO (ART. 134 DA CLT). PAGAMENTO DA DOBRA. Tendo o reclamado concedido as férias após o período concessivo de que trata o art. 134 da CLT, com o pagamento simples do salário acrescido do terço constitucional, é devido apenas a "dobra", correspondente a salário mais o terço, de modo a satisfazer o pagamento em dobro de que trata o art. 137 da CLT. https://pesquisatextual.trt4.jus.br/pesquisas/rest/cache/acordao/pje/6u1L3JVzVKaITJMjaE6J0A?&em=teletrabalho • Acórdão - Processo 0020027-53.2022.5.04.0662 (ROT) • Data: 21/07/2022 • Órgão Julgador: 4ª Turma • Redator: ANDRE REVERBEL FERNANDES • EMENTA EMPREGADA PÚBLICA MUNICIPAL AFASTADA DAS ATIVIDADES PRESENCIAIS EM RAZÃO DA PANDEMIA. DIREITO ÀS FÉRIAS. Empregada, por contar com idade avançada e, consequentemente, estar no grupo de risco da Covid-19, foi afastada das atividades presenciais conforme previsto em Decreto Municipal, que tratou sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do Covid-19. O afastamento não se deu em licença remunerada e tampouco em razão da paralisação dos serviços do Município. Empregada ainda estava à disposição do empregador, já que, conforme o Decreto Municipal, havia a possibilidade da realização de teletrabalho ou de outra forma que não fosse a presencial. Não há qualquer documento formal estabelecendo a conversão deste afastamento em licença remunerada ou demonstrando que o Municípioparalisou suas atividades durante o período de afastamento da empregada. Assim, o período de afastamento das atividades presenciais não decorre de qualquer suspensão do contrato de trabalho, devendo ser considerado como de efetivo trabalho. O Município, inclusive, poderia ter concedido as férias à empregado durante o período de afastamento do trabalho presencial desta, em razão do permissivo do art. 136 da CLT, que confere o direito do empregador escolher a época da concessão das férias conforme seus interesses. Recurso da autora parcialmente provido para reconhecer que o período de afastamento das atividades presenciais como de efetivo trabalho, bem como para reconhecer o direito às férias do período aquisitivo 2020/2021. https://pesquisatextual.trt4.jus.br/pesquisas/rest/cache/acordao/pje/kJdshzs40DZUi9w3np7prA?&em=teletrabalho CLÁUSULAS IMPORTANTES PARA CONTRATO DE TELETRABALHO a) Adesão voluntária e reversível: o teletrabalho é apenas uma modalidade diversa de trabalho (de várias atividades, por sinal), por isso, não pode ser manejada como prêmio ou castigo. O teletrabalho pode viabilizar o assédio moral, por exemplo, excluindo o trabalhador do meio sócio-laboral como forma de pressão para pedidos de demissão. Por esse motivo, os países que regraram o teletrabalho são claros em apontar que o teletrabalho deve ser uma modalidade de trabalho posta à opção do empregado. Mais que isto, ao obreiro deve ser assegurado o direito de retornar à forma presencial quando quiser b) Modalidade de teletrabalho (com horário/dias fixos, online, via intranet, etc): é importante pactuar a intensidade de conexão desejada (online, off-line, one way line) e o local de onde se prestará serviço (domicílio, telecentros, etc). Esta última previsão, por exemplo, é importante para a empresa em caso de acidente laboral. Ademais, é preciso estabelecer se o teletrabalho será total ou parcial (com alguns dias/horários presenciais, ou não), sendo tais informações necessárias ao estabelecimento das condutas mínimas das partes num contrato aberto e de natureza flexível, como o teletrabalho • c) Duração da jornada, descansos, férias: como o teletrabalho possui uma vocação livre e pressupõe a autonomia do trabalhador em se auto-proteger, é importante em países em que o paternalismo patronal seja esperado, ajustar e fiscalizar os momentos de trabalho e de repouso (repousos intrajornada, interjornada, semanais e anuais – férias). No Brasil, por exemplo, há uma tendência a entender que o empregador que utiliza meios telemáticos para comando, supervisão e controle do trabalho estará apto ao controle da duração do trabalho, devendo fazê-lo porque conduta protetiva e, não raro, condensando-se-o por horas extraordinárias e noturnas, mesmo no trabalho remoto. d) Política salarial: não pode haver política diferenciada de salários entre trabalhadores remotos e presenciais. A desterritorialização do trabalho tende a impregnar também as decisões em processos que discutam equiparação salarial. As empresas que organizam seus fluxos, quadros e processos para utilizar o teletrabalho devem zelar por isto. Diferenças regionais são admitidas em razão, por exemplo, das distintas negociações coletivas, por isso, importante também a previsão da filiação sindical do trabalhador remoto • e) Assunção dos custos e da manutenção dos equipamentos e canais de comunicação: tradicionalmente, por força da aplicação do art. 2º da CLT, presumem-se do empregador os equipamentos para a prestação de serviços. Da mesma forma, os requisitos necessários ao bom funcionamento de tais equipamentos, tais como equipes de manutenção, suprimentos e a contratação de canais de transmissão de dados (internet, p.ex). Sugere-se que tal seja contratado, com descritivo exato do equipamento entregue ao empregado para o trabalho, assim como da sistemática para requisitar e receber a manutenção, preventiva ou não, dos equipamentos. Também se deve ajustar expressamente o tipo de contratação de internet ou telefonia necessária ao trabalho a ser contratada em favor do empregado f) Regras para uso adequado dos equipamentos fornecidos/disponibilizados + política de fiscalização: no teletrabalho há tão-somente uma extensão da política institucional para o uso adequado de equipamentos de propriedade patronal. Trata-se do registro e fiscalização das boas práticas no uso de ferramentas corporativas, derivadas da cultura organizacional firme e que parte do pressuposto de que as ferramentas são para o trabalho. A nova sociedade e os novos padrões comportamentais dificultam o estabelecimento dos tempos de trabalho e não-trabalho de forma clara e estanque. Em razão disso, as políticas corporativas devem ser claras, acessíveis e constantemente objeto de alertas e avisos. • g) Assunção dos custos com a alteração do layout doméstico, aumento de custos na residência (luz, banda larga, aquecimento a gás, etc): a configuração da residência do trabalhador, se o teletrabalho for em domicílio, será alterada em razão do deslocamento do posto de trabalho para seu âmago. Recomenda-se a observância do disposto na NR-17 do Ministério do Trabalho e Emprego, para configuração dos espaços residenciais de trabalho em conformidade com normas de ergonomia, minorando assim o risco do empregador em face de eventuais alegações de enfermidades ocupacionais posturais. Também deve haver uma política clara de assunção, participação ou até isenção do empregador nos custos domésticos ordinários, que são majorados em razão da permanência do trabalhador no âmbito doméstico em horário de trabalho (exemplo: luz, água, aquecimento, etc) h) Política de Privacidade para a supervisão e controle, virtual e presencial (visitas): o controle telemático permite a repetição do panóptico, o controle sem ser visto, via webcams e sistemas maliciosos de controle de navegação e utilização de ferramentas de informação e comunicação. Para evitar transtornos em demandas judiciais, o empregador que utilizar de mecanismos de controle, comando e supervisão telemática de seu teletrabalhador deve deixar tal evidente, claro e ajustado, observando a razoabilidade e os limites da dignidade da pessoa humana, sobretudo da privacidade do trabalhador e de sua família i)Acesso à formação continuada: a ausência do empregado no ambiente físico da empresa faz com que perca o contato com as oportunidades, tais como cursos, capacitações e reuniões de formação. É necessário, ao organizar o empreendimento para o teletrabalho, garantir que o trabalhador remoto seja informado (de maneira eficiente) de todos os movimentos de formação que ocorrem por iniciativa e nas dependências físicas da empresa. j) Prevenção de riscos laborais: para além da questão da vistoria no ambiente do trabalho, a disseminação de uma cultura preventiva, em que o trabalhador seja o agente de sua saúde, é imperativa. Isto faz com que, obrigatoriamente, os espaços remotos e a modalidade a distância sejam inseridos em documentos que digam respeito à segurança e saúde no trabalho, como nos PPRA´s (programas de prevenção de riscos laborais), PCMSO´s – (programas de controle médico e saúde ocupacionais), etc. • k) Filiação coletiva adequada e exercício dos direitos sindicais: o enfraquecimento dos movimentos coletivos é um dos reflexos nefastos do teletrabalho. Há uma facilitação ao individualismo, especialmente em razão do isolamento sócio-laboral que experimenta o teletrabalhador. É um grande desafio estimular e manter filiações sindicais, especialmente porque (ao menos por enquanto e em perigoso generalismo) os sindicatos ainda não se ocuparam dos trabalhadores remotos em suas negociações e clausulamentos coletivos l) Fiscalização da relação: pode ser tentador à gestão da entidade privada empregadora utilizar o teletrabalho como ferramenta para discriminação ou para a prática do assédio moral. m) Seguros: afora a cobertura do seguro público, sugere-se que a empresa,a título precaucional, contrate um seguro de vida e acidentes pessoais para seu teletrabalhador, especialmente para melhor acomodar as controvérsias decorrentes de acidentes e doenças, que constituem zona grise de intensa e ilimitada controvérsia, eis que raramente haverá a certeza de seu caráter ocupacional n) Acesso às vagas e possibilidade de ascensão profissional: reflexo bastante apontado na doutrina, a marginalização do teletrabalhador em relação à vida interna da empregadora impede seu prévio conhecimento acerca de vagas e oportunidades de ascensão profissional. • o) Política recíproca de proteção de dados sensíveis: o Brasil ainda não possui uma lei de proteção de dados, o que torna o tema bastante arisco. Em face disto e pensando na proteção de ambos os contratantes (que podem ter seus dados sensíveis devassados), recomenda-se às empresas a criação de uma política corporativa de proteção de dados, com órgãos de fiscalização, controle e punição nos descumprimentos. Capinhas Slide 1: TELETRABALHO E TRABALHO INTERMITENTE Capinhas.pdf Slide 4 Slide 5 Slides aulas 1 e 2 Slide 1 Slide 2 Slide 3: TELETRABALHO – HISTÓRICO CHAPPE OU NILLES? 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