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Trabalho Forma de Governo do Brasil (ideias)

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"As formas de governo dizem respeito ao modo como um determinado governo organiza os poderes e aplica o poder sobre os governados. Nesse sentido, temos uma concepção de que a organização que um determinado governo faz dos elementos estatais é a forma de governar.
Os escritos mais antigos sobre o assunto remontam a Aristóteles, que elaborou, em sua obra intitulada Política, uma classificação das formas básicas de governo de acordo com as experiências políticas vividas na Grécia Antiga. Para Aristóteles, havia seis formas de governo diferentes, sendo três legítimas (monarquia, aristocracia e democracia) e três ilegítimas, que eram degenerações das formas legítimas (tirania, oligarquia e demagogia).
Na modernidade, temos duas concepções de formas de governo que ganham destaque: a de Maquiavel e a de Montesquieu. Para Maquiavel, só existiam duas formas de governo, a saber, república e principado; já Montesquieu percebeu três formas de governo, sendo elas república, monarquia e despotismo.
Tópicos deste artigo
1 - O que são as formas de governo?
2 - Formas de governo para a Filosofia
Classificação aristotélica:
Classificação de Maquiavel:
Classificação de Montesquieu:
3 - Formas de governo para a Ciência Política e para a Sociologia
4 - Diferença entre forma de governo e regime de governo
5 - Formas de governo no Brasil
O que são as formas de governo?
Segundo Paulo Bonavides, em seu clássico livro Ciência Política, as concepções de forma de governo variam. Podemos fazer distinções de três momentos em que os teóricos definiram tal forma: na Antiguidade, com Aristóteles; na Modernidade, com Maquiavel e Montesquieu; e na contemporaneidade, com autores que se dedicaram e se dedicam a entender as formas mais recentes de governo, com especificidades não notadas pelas vivências políticas anteriores.
Bonavides nota, no entanto, que as classificações mais completas partem da análise aristotélica e moderna, pois elas focam naquilo que é essencial para se entender as formas de governo: "o número de pessoas que exercem o poder soberano"[1]. Nesse sentido, temos como principais formas de governo aquelas que dizem respeito à divisão do poder entre os atores políticos, ou seja, o que está em jogo é quanto um poder é dissolvido.
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A divisão de poder e a quantidade de pessoas que exercem a soberania estão diretamente relacionadas ao modo como um governo organiza o Estado e os elementos estatais, de modo a criar diferentes relações entre governante, governados e a "máquina estatal”. É importante salientar que Estado é diferente de governo. Enquanto o primeiro tende a ser algo fixo e pouco alterável, pois diz respeito à ideia de nação que ocupa um determinado território, o governo é algo mais passageiro e tende a durar bem menos do que o Estado.
Leia também: O que é Estado Democrático de Direito?
Formas de governo para a Filosofia
Listamos a seguir as formas clássicas dividias por Aristóteles, Maquiavel e Montesquieu:
Classificação aristotélica:
Monarquia: forma de governo em que o poder concentra-se nas mãos de uma pessoa, o monarca, e a soberania encontra-se concentrada naquela figura. Para Aristóteles, o monarca deveria ser uma pessoa apta ao cargo, com inteligência, estratégia e senso de justiça. Caso o monarca não tenha esses atributos, há uma tendência à degeneração do governo.
Aristocracia: forma de governo legítima em que há um corpo de pessoas aptas a governar e, por isso, estabelecem-se enquanto casta política. Se esse grupo não governar com justiça e competência ou legislar em causa própria, a aristocracia degenera-se e torna-se uma oligarquia.
Democracia: outra forma legítima, a democracia é o poder político dissolvido entre a massa de cidadãos. Todos aqueles que, por alguma razão intrínseca ao sistema político, possuem a "cidadania" (ou seja, podem participar da cidade) também exercem o poder soberano.
Tirania: é uma degeneração da monarquia que ocorre quando o monarca passa a agir com injustiça e incompetência, exercendo o poder de forma extremamente arbitrária.
Oligarquia: quando a aristocracia passa a legislar em causa própria e não se preocupa com as ações justas ou com o bem comum, há uma degeneração que resulta na oligarquia.
Demagogia: quando a massa de cidadãos preocupa-se apenas com aqueles que estão no poder ou quando se preocupa apenas com a massa, deixando as elites de lado, o sistema democrático torna-se uma demagogia.
Leia também: Regimes totalitários - características e exemplos
Classificação de Maquiavel:
República: pode abranger a democracia e a aristocracia. É uma forma de governo em que o poder é plural.
Principado: o poder aqui é singular, ou seja, é uma forma de monarquia em que o príncipe concentra o poder em suas mãos.
Classificação de Montesquieu:
República: pode ser uma democracia ou uma aristocracia, e o fundamental é o fato de a "soberania residir nas mãos do povo"[2]. As ideias de pátria e igualdade entre os concidadãos são princípios basilares para o pensamento republicano, ressalta Bonavides a respeito da obra O Espírito das Leis, de Montesquieu.
Monarquia: é o governo de apenas uma pessoa por meio de um corpo de leis fixas. O monarca legítimo não pode alterar as leis arbitrariamente e nem infringi-las.
Despotismo: diz respeito ao monarca que desrespeita as leis, que abusa de sua autoridade e que age à revelia daquilo que é estabelecido na Constituição.
Leia também: Estado laico – o que é, importância, no Brasil
Formas de governo para a Ciência Política e para a Sociologia
Ciência Política e Sociologia são áreas similares, dispostas dentro do espectro do que chamamos de Ciências Sociais. A Ciência Política tem por finalidade entender as organizações, atribuições e divisões de elementos políticos, como governo, Estado, leis, sistema jurídico, ação política etc. A Sociologia, por sua vez, tem por objetivo entender a sociedade de maneira mais complexa e cientificamente metódica, criando um campo do saber que formula leis para a organização social por meio de outros elementos fornecidos por outras ciências, como a Ciência Política, as Ciências Jurídicas, a Economia e a Antropologia.
Apesar de possuir um método aplicável em Ciências Sociais, a Sociologia pode valer-se de elementos advindos da Filosofia, que, ao contrário das ciências, busca estabelecer operações racionais e formulações teóricas para explicar o mundo e o seu funcionamento. Dito isso, podemos dizer que os elementos que a Sociologia e até mesmo a Ciência Política angariam para estabelecer seus conhecimentos, muitas vezes, advêm da Filosofia, do Direito e da Economia. Esse é o caso para se falar sobre formas de governo para a Ciência Política. Essa denominação contemporânea tira as suas primeiras conclusões e leis do Direito e da Filosofia Antiga.
Leia também: O que é Filosofia?
Diferença entre forma de governo e regime de governo
Essa distinção é simples, porém pode causar muita confusão. Enquanto as formas de governo dizem respeito ao número de governantes e a quantidade de pessoas que exercem o poder, o regime de governo é um atributo de cada governo em particular, que adjetiva o modo como aquele governo/governante comporta-se.
Como regimes de governo, temos como exemplo os regimes democráticos, autoritários e totalitários. Os regimes democráticos são aqueles em que as ações políticas são tomadas em conjunto por um corpo de cidadãos que compreende a maioria. Um regime autoritário é aquele em que o corpo de cidadãos é excluído das decisões políticas e o poder é exercido autoritariamente por um grupo de pessoas ou por uma pessoa, passando por cima das leis e controlando a vida e a atividade política. Já os regimes totalitários, como os ocorreram na Europa no século XX (nazismo, stalinismo e fascismo), são regimes em que todos os aspectos da vida pública e da vida privada são controlados por um governo extremamente autoritário por meio de um processo de hiperinflação do Estado.
Veja também: Totalitarismo: o que é, origem, características
Formasde governo no Brasil
Desde 1822, o Estado Brasileiro formou-se como uma nação independente de Portugal. A partir de então, algumas formas de governo assumiram o poder, deixando diferenças elementares entre vários períodos. A partir da independência, Dom Pedro I tornou-se imperador do Brasil e, em 1824, foi consolidada a primeira Constituição brasileira. Nesse período, o Brasil era uma monarquia e, a partir de 1824, passou a contar com uma Constituição e com um Parlamento, tornando-se uma monarquia parlamentar. A existência ou não de um Parlamento diz respeito ao sistema político, e não a uma forma de governo.
Em 1889, um golpe republicano foi organizado por militares, destituindo do poder o imperador Dom Pedro II, o que tornou o Brasil uma república presidencialista. Desde então, nunca deixamos de ser uma república presidencialista com a atuação efetiva dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Porém, em alguns momentos, os governos republicanos foram autoritários.
Notas
[1] BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10 ed. São Paulo: Malheiros, 2006, p. 248.
[2] Ibid, p. 251."
Veja mais sobre "Formas de governo" em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/formas-de-governo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/formas-de-governo.htm
O sistema de governo ter por objeto identificar o modo como se desenvolve a relação entre os Poderes políticos do Estado, em especial, o Executivo e o Legislativo, no exercício das funções governamentais.
De acordo com esse sistema, existem dois tipos:
· Presidencialismo;
· Parlamentarismo.
Parlamentarismo
Teve origem na Inglaterra, que se iniciou no século XVIII.
Esse sistema de governo tem como característica a forma dualista de poder, isto é, a divisão do Poder Executivo, entre as funções de:
· chefia de Estado (atribuída ao Monarca, exemplo: Inglaterra, Espanha e Japão, ou ao Presidente da República exemplo: Itália);
· chefia de Governo (Primeiro Ministro ou Conselho de Ministros), e na dependência do Governo (Executivo) ao Parlamento (Legislativo).
A função de chefe de Governo no parlamentarismo depende de prévia designação do Parlamento. É considerado como um poder de maior concentração. Exemplo disso é o que ocorre na Inglaterra, que vigora o princípio da supremacia do parlamentarismo, pelo fato de todas às normas estarem no mesmo patamar.
No Brasil, em 1960, tivemos a experiência do sistema parlamentarista, há mais de 70 anos, após a proclamação da República no país em 1889. Com a renúncia do Presidente Jânio Quadros em 1961, o vice João Goulart foi sucessor de Jânio e, com a instabilidade que houve naquela época, os líderes do Congresso agiram e no dia 02/09/1961, o Congresso aprovou a adoção de um regime parlamentarista no país. João Goulart continuou como presidente, mas com seus poderes reduzidos e repassados para uma nova figura, o primeiro-ministro. Neste período o Brasil tinha três primeiros-ministros: Tancredo Neves, Brochado da Rocha e Hermes Lima.
O sistema parlamentarista vigorou até 1963, pelo antecipamento do plebiscito para que o povo decidisse entre parlamento e presidencialismo. O resultado foi a vitória do presidencialismo, o que fez com que Goulart voltasse a ter todos os poderes presidenciais que tinha anteriormente.
Presidencialismo
Por outro lado, no sistema presidencialista, o Presidente da República exerce a chefia do Poder Executivo, apresentando a unipessoalidade deste poder, possuindo a função da Chefia de Estado e de Governo.
Esse sistema se originou nos Estados Unidos, com a Constituição de 1787, motivado pela ideia da consagração de um Executivo independente do Legislativo, tal como teorizado por Montesquieu com o livro "Espirito das Leis".
A República Federativa do Brasil adota o presidencialismo como sistema de governo, que tem por objetivo tratar da relação de independência e harmonia entre os Poderes Legislativo e Executivo nas decisões políticas governamentais. O Poder Executivo no Brasil é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estados, de livre provimento e exoneração (CF, art. 76).
Com esse sistema, o Presidente acumula às funções de chefe de Estado (representando o Estado, a nação no âmbito externo) e chefe de Governo (dirige a vida política nacional, executando as políticas adotadas pela Constituição).
No histórico das constituições brasileiras, a Carta Magna de 1937, que foi outorgada, na Era Vargas, surge o chamado "Presidencialismo Puro", no Estado Novo, que teve como principais preocupações fortalecer o Poder Executivo para atribuir ao Poder Executivo uma intervenção mais direta e eficaz na elaboração das leis, cabendo-lhe em princípio, a iniciativa e, em certos casos podendo expedir decretos-leis; reduzir o papel do parlamento nacional, em sua função legislativa, não somente quanto à sua atividade e funcionamento, mais ainda quanto à própria elaboração da lei.
Pelo inegável caráter fascista, fechou o Congresso Nacional, extinguiu os partidos políticos e concentrou os poderes Executivo e Legislativo nas mãos do Presidente da República. Foi o governo mais autoritário de todos, denominado de "Polaca", inspirado na Constituição autoritária da Polônia.
Esse poder autoritário teve eficácia até a Constituição de 1946, que foi promulgada por meio de uma Assembleia Nacional Constituinte.
No Brasil, em 1993, foi realizado um plebiscito para decidir manter o presidencialismo ou acolher o parlamentarismo, por determinação do art. 2º do ADCT:
"No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no País.
§ 1º Será assegurada gratuidade na livre divulgação dessas formas e sistemas, através dos meios de comunicação de massa cessionários de serviço público.
§ 2º O Tribunal Superior Eleitoral, promulgada a Constituição, expedirá as normas regulamentadoras deste artigo."
Os brasileiros foram às urnas por determinação constitucional, para escolher entre a forma de governo: República ou Monarquia, e entre o sistema de governo: o Presidencialismo ou Parlamentarismo a ser adotado no Brasil.
E, por força do plebiscito, previsto no art. 2º, ADCT (EC nº 2/1992), concluiu por grande maioria de votos pela manutenção da República Presidencialista.
Em suma:
Por fim, entendemos que no sistema presidencialista temos a unicidade da chefia, em que o Presidente tem em mãos tanto a chefia de Estado (representando o Brasil nas suas relações internacionais) quanto a chefia de Governo (trata de negócios internos de natureza política), com mandato mandado por prazo determinado.
A principal vantagem da adoção do Presidencialismo, além da estabilidade que o Governo adquire em decorrência do mandato fixo e certo, é a legitimidade e a independência do chefe do Executivo.
Importante salientar que a concentração do poder em uma só figura, potencializa o risco de regimes autoritários, instabilidades, crises institucionais graves causadas pela falta de apoio da maioria ao governo.
No parlamentarismo, temos a dualidade de chefia, existe uma pessoa como chefe de Estado (Monarca ou Presidente) e outra como chefe de Governo (Primeiro-Ministro), com mandato por prazo indeterminado.
A principal vantagem no Parlamentarismo é a propensão a construção de uma relação harmoniosa e bem articulada entre o Executivo e o Legislativo, bem como na possibilidade de substituição simplificada do Governo, o que torna o sistema mais capacitado à superação das eventuais crises políticas.
Referências Bibliográficas
BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo: os conceitos fundamentais e a construção do novo modelo/Luís Roberto Barroso. - 5. Ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 36º. Ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2013.
Sistemas de Governo, formas de Governo e formas de Estado
GOVERNO FEDERALESTADO FEDERALCONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988FORMAS DE ESTADOFORMAS DE GOVERNO
Sistemas de Governo, formas de Governoe formas de Estado
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Publicado por André Porto
há 6 anos
O intuito deste escrito é estudar e diferenciar os termos em destaque. Para tanto o leitor poderá encontrar de forma direta o que necessita saber sobre o tema.
O estudo do Governo perpassa necessariamente o de Estado. Nesse sentido, quando estudamos a Carta Magna, precisamos entender que existem diferenças entre os significados de Sistemas de Governo, formas de Governo e formas de Estado.
1. Sistemas de Governo
Nas palavras de José Afonso da Silva apud Martins (2017, p.1183), "são técnicas que regem as relações entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo no exercício das funções governamentais". Martins relata quatro tipos de sistema em seu livro:
a) Parlamentarismo
Para Martins (2017, p.1186), as características principais deste sistema são:
· distinção entre Chefe de Estado e Chefe de Governo;
· chefia do governo com responsabilidade política;
· possibilidade de dissolução do parlamento;
· o primeiro-ministro é escolhido pelo Parlamento.
Neste sistema o Chefe de Estado e de Governo são pessoas diferentes. Isto é, existe um representante que não se envolve em disputas políticas ou de poder, atuando como um norte quando em tempos de crise ou falta de consenso político. Nesse sistema o Chefe de Governo permanece em seu cargo enquanto houver suporte parlamentar, isto é, enquanto houver maioria apoiando seu governo. E por isso, é possível que o Primeiro-Ministro (nomenclatura normalmente empregada para o cargo de Chefe de Governo) dissolva o parlamento com o objetivo de buscar uma maioria para apoiar seu governo. Por fim, esse sistema pode ser empregado em duas formas de governo que serão relatadas em tópico posterior: a república ou a monarquia.
b) Presidencialismo
Martins (2017, p.1188) entende que as características principais deste sistema são:
· o Presidente é Chefe de Estado e de Governo;
· o cargo de Presidente é unipessoal;
· o Presidente é eleito pelo povo;
· o Presidente respeita um mandato com tempo determinado para acabar;
· há possibilidade de responsabilização política;
· o presidente não pode dissolver o parlamento.
Basicamente, ocorre a unificação entre as funções de Chefe de Estado e de Governo. Neste caso, o Presidente indicará seus assessores, Ministros e demais cargos. E por fim, neste sistema, o Presidente, para perder o cargo, necessita sofrer um processo de impeachment de acordo com a lei de seu país.
c) Semipresidencialismo ou Sistema Misto
Neste sistema os poderes entre o Presidente e o Primeiro-Ministro são divididos. O Presidente possui poderes de dissolver o parlamento, e até indicar o Primeiro-Ministro, à depender da legislação nacional.
d) Sistema Diretorial
Resumidamente, este sistema não é muito utilizado pelas nações, segundo Martins (2017, 1192), este sistema é utilizado pela Suíça e suas características são:
i) existência de um poder executivo colegiado (diretório) eleito pelos parlamentares por um período fixo de mandato;
ii) não existe um Chefe de Estado autônomo. O Presidente da Confederação que tem esses poderes e tem mandato de um ano.
2. Formas de Governo
Diferentemente dos Sistemas de Governo, que se preocupa em definir com a divisão do poder político, as Formas de Governo são os formatos que uma nação pode adquirir. Na visão dualista, existem duas formas: monarquia e república.
a) Monarquia
Segundo Bobbio (1998, p. 776),
Entende-se comumente por Monarquia aquele sistema de dirigir a res pública que se centraliza estavelmente numa só pessoa investida de poderes especialíssimos, exatamente monárquicos, que a colocam claramente acima de todo o conjunto dos governados.
O monarca, historicamente, possui a concentração de poderes em torno de sua pessoa e sua família de forma vitalícia e hereditária, mesmo que isso não seja necessariamente utilizado por todas as nações. Por exemplo, as monarquias constitucionais, muito utilizadas em países europeus, destina ao monarca funções mais voltadas ao Chefe de Estado do que de governo.
b) República
Segundo Bobbio (1998, p. 1170),
Na moderna tipologia das formas de Estado, o termo República se contrapõe à monarquia. Nesta, o chefe do Estado tem acesso ao supremo poder por direito hereditário; naquela, o chefe do Estado, que pode ser uma só pessoa ou um colégio de várias pessoas (Suíça), é eleito pelo povo, quer direta, quer indiretamente (através de assembleias primárias ou assembleias representativas). Contudo, o significado do termo República envolve e muda profundamente com o tempo (a censura ocorre na época da revolução democrática), adquirindo conotações diversas, conforme o contexto conceptual em que se insere.
Na República o representante é escolhido através do sufrágio do povo, mas não necessariamente este foi e será universal para se caracterizar sua forma. Suas características principais segundo Martins (2017, p.1996) são a temporariedade, isto é, possui um mandato por tempo predeterminado; eletividade, isto é, o representante é eleito pelos votos do povo; e responsabilidade, em que o Chefe do Governo é responsável por seus atos.
3. Formas de Estado
Os formatos que o Estado pode adquirir interferem diretamente na estrutura e organização política de uma nação. Para tanto, existem várias classificações, aqui abordaremos apenas duas: federal e unitário.
a) Estado Federal
No Estado federal, a nação tem sua estrutura e organização política dividida em Estados que possuem autonomia, porém sem independência política em relação ao Estado Nacional. Não se deve confundir a federação com a confederação em que todos os Estados tem soberania próprias. As características do Estado Federal, segundo Martins (2017, p.1202) são:
· Mais de uma pessoa de Direito Público, mas somente um Estado Soberano;
· Os entes federativos são dotados de autonomia, mas não são soberanos;
· Os entes federativos estão ligados por uma constituição federal;
· Não é admitido o direito a secessão.
b) Estado Unitário
No Estado Unitário, o poder é exercido por um poder central e único do qual emana o poder. Martins (2017, p.1998) divide a possibilidade do Estado Unitário se caracterizar de quatro formas: Puro; Desconcentrado; Descentralizado administrativamente; e descentralizado administrativamente e politicamente.
Segundo Darcy Azambuja apud Martins (2017, p.1999)
O tipo puro do Estado Simples é aquele em que somente existe um Poder Legislativo, um Poder Executivo e um Poder Judiciário, todos centrais, com sede na Capital. Todas as autoridades executivas ou judiciárias que existem no território são delegações do Poder Central, tiram dele sua força; é ele que as nomeia e lhes fixa as atribuições. O Poder Legislativo de um Estado Simples é único, nenhum outro órgão existindo com atribuições de fazer leis nesta ou naquela parte do território.
Nesse sentido o Estado Unitário desconcentrado é aquele em que há uma desconcentração administrativa. Já o descentralizado administrativamente, em que há divisão do poder com personalidade jurídica para outros entes deste Estado. E no sistema descentralizado administrativa e politicamente, para além da divisão administrativa, também há divisão política com a existência de entes com autonomia política bem como municípios, distritos, etc.
4. Referências
MARTINS, Flávio. Curso de Direito Constitucional. Revista dos tribunais. São Paulo, 2017.
BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política, Vol. I. trad. Carmen C, Varriale et ai.; coord. trad. João Ferreira; rev. geral João Ferreira e Luis Guerreiro Pinto Cacais. Editora Universidade de Brasília.Brasília, 1998.
Como funciona o governo brasileiro?
O Brasil é uma república federativa presidencialista, formada pela União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. A União, também conhecida como governo federal ou governo brasileiro, está dividida em três Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. Os Poderes são independentes e harmônicos entre si, conforme estabelece a Constituição brasileira.
O Poder Executivo federal é exercidopelo presidente da República, auxiliado pelos ministros de Estado, que são nomeados e exonerados por ele.
Também compete exclusivamente ao Presidente da República sancionar, promulgar e fazer publicar as leis; vetar projetos de lei, total ou parcialmente; manter relações com Estados estrangeiros; celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; decretar e executar a intervenção federal; exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; entre outras funções.
Os órgãos ligados diretamente ao Executivo brasileiro são: a Presidência da República, os ministérios, a Secretaria de Governo, a Secretaria-Geral, a Casa Civil, o Gabinete de Segurança Institucional, a Controladoria-Geral da União, o Banco Central do Brasil e a Advocacia-Geral da União.
https://www.cnnbrasil.com.br/perguntas-frequentes/eleicoes/lei-eleitoral/como-funciona-o-governo-brasileiro/
Forma de Governo do Brasil: entenda o sistema de governo de uma vez por todas!
Aprenda sobre as formas de governo e de estado, o sistema e o regime de governo, a função dos três poderes e muito mais.
etd .
22/02/2023 - 17:12
 
 
 
Para entender a forma de governo do Brasil é essencial que você aprenda como ele se organiza e quais princípios regem o país. Por isso, neste artigo iremos te ensinar a forma de governo e de estado, o sistema e o regime de governo, a função dos três poderes e muito mais. Assim, se você quiser aprender mais sobre o seu país, continue conosco.
Como é formado o governo brasileiro?
Para entender como é formado o governo brasileiro temos que entender como ele é organizado. O governo é regido por: 
· Forma de governo
· Forma de Estado
· Sistema de governo
· Regime de governo
Além disso, o governo brasileiro é dividido em três poderes, que garantem o funcionamento da política do Brasil. Os três poderes são:
· Poder Executivo;
· Poder Judiciário;
· Poder Legislativo.
Os três poderes são independentes e harmônicos entre si, ou seja, cada poder é autônomo mas os demais podem fiscalizar suas ações. Adiante veremos com detalhes as ações que cada poder desempenha no Estado.
Definições preliminares
País
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Um país é um território política e geograficamente delimitado, habitado por uma população com uma língua e uma cultura em comum e reconhecimento internacional. Além disso, todo país tem um Estado constituído, ele quem impõe e executa as leis e administra o país. De acordo com dados da ONU, o mundo é composto por 193 países.
Território
O território é a base física de um país, onde o Estado exerce sua soberania. Assim, o território de um país é constituído pelo solo continental e insular (ilhas e arquipélagos), subsolo, espaço aéreo e marítimo. O território brasileiro tem uma área equivalente à 8.514.876 (oito milhões e quinhentos e quatorze mil e oitocentos e setenta e seis) km² de extensão. Desse modo, o Brasil é o 5º maior país do mundo em questão territorial.
Estados
O Brasil é um país dividido em estados para melhor administrar o país e garantir os mesmos direitos a todos. Assim, nosso país é dividido em 26 estados mais o Distrito Federal, que são unidades de federação (estados). Além disso, os estados têm certa autonomia mas são submissos ao Brasil. Desse modo, os estados são subordinados à Constituição Federal, de acordo com seu Art. 25:
“Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.”
Municípios
Os estados brasileiros são divididos em municípios, para melhor administrar o governo. Desse modo, os municípios são as unidades administrativas do estado, submissas ao poder estatal e federal. De acordo com o IBGE de 2021, existem 5.568 municípios no Brasil.
Entenda o governo do Brasil
Forma de governo
O que é?
A forma de governo é a forma com que o governo divide e aplica seu poder. Ou seja, a forma de governo determina se o poder do governo está concentrado em uma pessoa ou dividido entre alguns. De acordo com o filósofo Aristóteles, em seu livro “Política”, a forma de governo está ligada ao número de pessoas que exercem o poder soberano. 
Ao longo dos anos, muitos filósofos criaram classificações de formas de governo. Por isso, a classificação que iremos apresentar pode sofrer variações. Desse modo, são formas de governo:
· Monarquia
· República
· Anarquia
Monarquia
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A monarquia é uma forma de governo onde o poder é concentrado nas mãos de uma só pessoa, geralmente o rei. Na monarquia o poder é herdado de forma hereditária, ou seja, passa de pai para filho. Assim, o povo não tem poder de escolher quem será o governante.
Além disso, o período de governo é vitalício, o governador tem o poder até sua morte ou abdicação. Desse modo, existem dois tipos de monarquia: 
· Absoluta
· Constitucional ou parlamentarista
Portanto, na monarquia absolutista, o rei tem poder ilimitado e pode fazer o que quiser a qualquer momento. Por outro lado, na monarquia constitucional o chefe de governo é o primeiro-ministro, enquanto o rei é o chefe de estado e atua de forma simbólica e cerimonial.
Essa forma de governo ainda é utilizada atualmente. Temos como exemplo da monarquia absolutista a Arábia Saudita e de monarquia constitucional a Inglaterra, agora governada pelo Rei Charles III e o primeiro-ministro Rishi Sunak.
República
A república é um regime de governo onde o chefe de Estado é escolhido pelo povo ou por seus representantes. Desse modo, o governante é escolhido através do voto do povo, nas eleições. Por isso, em uma república o poder tem origem no povo.
Ao contrário da monarquia, na república o poder não é vitalício, o tempo de governo é limitado. Além disso, na república o representante é subordinado às leis fundamentais e à constituição do país. Assim, existem dois principais tipos de de república:
· Parlamentarista;
· Presidencialista.
Na República parlamentarista o Chefe de Estado é eleito pelo voto popular e o Chefe de Governo é eleito pelo partido. Assim, o Chefe de Estado atua como um representante do país no exterior, não tem poderes efetivos. Já o Chefe de Governo é quem realmente exerce o governo no país. No entanto, caso seu governo não agrade, ele pode ser demitido a qualquer momento pela coligação de partidos.
A República presidencialista por sua vez, é dividida em três poderes, sendo que o poder executivo é exercido pelo presidente. Assim, o Chefe de Estado e de Governo é ocupado por um cargo só, representado pelo presidente da república.
Anarquia
A anarquia é uma teoria política que defende uma organização social sem o Estado. Desse modo, a ideia da anarquia é que sem o controle do Estado, o povo seria livre e consequentemente mais fraterno e igualitário. Por fim, a anarquia seria a ausência de um governo, o que não existe em nenhum país da atualidade.
Forma de governo do Brasil
A forma de governo do Brasil é a República presidencialista. Por isso, a cada 4 anos os brasileiros votam para eleger o presidente, chefe de estado e de governo. O presidente exerce o poder executivo, ele que administra e governa o país
Assim prevê no Art. 1º da Constituição Federal:
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito…”
Sistema de governo
O que é
O sistema de governo é a forma como o estado divide e exerce o poder político em um país. Assim, os sistemas de governo variam segundo as funções do poder legislativo e executivo. Os principais sistemas de governo são:
· Presidencialismo;
· Parlamentarismo
· Semipresidencialismo
Presidencialismo
O presidencialismo é um sistema de governo onde o chefe de governo e de estado são representados por uma pessoa só, o presidente. O presidente é a figura que assume o cargo como chefe do poder executivo e desempenha as funções de ambos os cargos. Além disso, no presidencialismo o presidente é escolhido pelo voto, pois todo poder emana do povo.
Dessa forma,o presidente é o responsável por administrar o país. Para isso, ele conta com a ajuda dos ministros do estado, que são escolhidos por ele para criar estratégias de governo para as principais áreas do país. A maioria dos países republicanos têm o presidencialismo como sistema de governo.
Parlamentarismo
O parlamentarismo é um sistema de governo onde o poder executivo é eleito pelo poder legislativo. Assim, o povo elege apenas o poder legislativo, o parlamento. A partir daí o parlamento escolhe o chefe de estado e de governo dentre eles.
Desse modo, no parlamentarismo existe uma ligação direta entre os poderes executivo e legislativo. O povo escolhe os parlamentares que, escolherão quem ocupará os mais altos cargos do país, chefe de estado e de governo. No entanto, ao contrário do presidencialismo, os chefes do executivo podem ser demitidos e substituídos caso não agradem a coligação partidária.
Semipresidencialismo
O semipresidencialismo é um sistema de governo muito semelhante ao parlamentarismo, no entanto quem elege o chefe de estado é a população. No sistema semipresidencialista o poder executivo é dividido entre o chefe de estado e o chefe de governo. O chefe de governo é o primeiro-ministro que junto com um conselho de ministros, governa o país. O chefe de estado por sua vez, não tem tantos poderes, apenas funções cerimoniais e diplomáticas.
Em outras palavras, no sistema semipresidencialista, o poder executivo tem dois representantes, o chefe de estado e de governo. O chefe de estado é eleito pela população, através do voto. Já o chefe de estado é escolhido pelo legislativo.
Sistema de governo do Brasil
O sistema de governo do Brasil é o presidencialista. Assim, os cidadãos escolhem, por meio de votação, quem será o presidente. O presidente, por sua vez, será o chefe de estado e de governo e irá administrar o país. Durante o governo de D. Pedro II, o parlamentarismo foi implementado no Brasil, porém o sistema não vigorou.
Regime de governo
O que é
O regime de governo é a forma com que o poder do estado é distribuído. Desse modo, o poder pode ser do povo, gos governantes
Os três principais regimes de governo são:
· Democracia
· Autoritarismo
· Totalitarismo
Democrático
O regime de governo democrático assegura que o poder é do povo e garante  a soberania popular. Desse modo, existe a democracia participativa e a representativa. Na democracia participativa o povo participa efetivamente da política, enquanto na democracia representativa o povo vota em pessoas para representá-los na política. Além disso, em um regime democrático é necessário elaborar uma Constituição Federal.
Autoritário
No regime de governo autoritário uma pessoa ou um grupo detém o poder do Estado e controla o sistema político. Assim, essa pessoa tem todos os poderes e pode criar as leis que quiser, exercendo plena autoridade sobre todos. Além disso, o poder legislativo e judiciário ficam subordinados à vontade do poder executivo.
Totalitário
No regime de governo totalitário uma pessoa ou um grupo detém todo o poder do estado e contra a política do país. A principal diferença do autoritarismo para o totalitarismo é que neste, o povo é estritamente controlado. No regime totalitário, o objetivo é impor a ideologia para fazer com que as pessoas se sintam parte da causa. Exemplos de totalitarismo são o nazismo na Alemanha.
Regime de governo do Brasil
O regime de governo no Brasil é a democracia representativa. Assim, o povo é soberano e o poder do estado está em suas mãos. Desse modo, o povo vota em pessoas para representá-los na política.
Forma de Estado
O que é
A forma de Estado é a organização da estrutura material do país. Desse modo, a forma de estado é como o estado organiza o povo, o território e distribui o poder político. As três principais formas de estado são:
· Estado unitário
· Estado Federativo
· Confederação 
Unitário
A forma de estado unitária possui soberania única e o poder é centralizado. Dessa forma, existe um único polo que concentra os poderes executivo, legislativo e judiciário. Geralmente países pequenos como a França, conseguem adotar essa forma de governo. Assim, na forma de estado unitário, não tem a fragmentação do poder em estados, os poderes são centralizados.
Federal
Na forma de estado federal, o poder é fragmentado e distribuído entre os estados. Dessa forma, os estados têm poder e autonomia, mas sempre estarão subordinados ao país. Assim, a federação brasileira é composta pela união indissolúvel dos estados, que tem uma fração do poder e certa autonomia. Geralmente essa forma de governo se aplica a países com grande extensão territorial, para ajudar a administrar o país.
Confederado
A confederação é uma forma de estado onde alguns Estados se juntam e formam uma confederação. Assim, todos os países têm sua soberania e autonomia preservadas e são independentes entre si. Um grande exemplo de estado confederado é a Suíça, que se chama Confederação Suíça. Desse modo, a Suíça é composta por 26 estados, autônomos, soberanos e independentes, que juntos formam uma confederação.
Forma de Estado do Brasil
O Brasil é um estado federal, visto que o poder político do país é dividido entre estados autônomos e subordinados à Constituição. Assim, nosso país é dividido em 26 unidades federativas. Desse modo, está previsto no primeiro artigo da Constituição Federal brasileira:
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal…”
Poder executivo
O que é
O poder executivo é aquele que administra o Estado. Sua função é basicamente governar o povo e executar as leis. Além disso, para uma melhor administração da nação, o poder executivo foi dividido em três âmbitos: federal, estadual e municipal. Assim, os cargos que compõem cada esfera são:
· Executivo Federal: Presidente e ministros de Estado
· Executivo Estadual: Governador
· Executivo Municipal: Prefeito
O que faz
O poder executivo tem o dever de administrar o país e executar as leis elaboradas pelo legislativo. Além disso, o poder executivo decide sobre assuntos fundamentais no nosso país: a segurança pública, educação, e saúde. Para isso, ele administra o dinheiro público e o direciona para cada setor. Dessa forma cabe ao poder executivo elaborar estratégias para melhor administrar o país e garantir dignidade a todos os cidadãos.
Onde ficam
O presidente e os ministros ficam no Palácio do Planalto, em Brasília. Já os governadores ficam em seus estados, geralmente na capital. Por fim, os prefeitos ficam na prefeitura municipal.
Poder legislativo
O que é
O poder legislativo é um dos três poderes que regem o governo brasileiro e a administração pública. Ele tem função de legislar, ou seja, elaborar e aprovar as leis que regem o povo e o Estado. No Brasil, o poder legislativo é exercido em três âmbitos, federal, estadual e municipal. Assim, os cargos que compõem cada esfera são:
· Legislativo federal: Deputados federais e Senadores
· Legislativo Estadual: Deputados estaduais
· Legislativo Municipal: Vereadores
O que faz
A principal função do poder legislativo é legislar, ou seja, criar projetos de lei, para regular a nação. Além disso, ele mesmo aprova ou nega a criação da lei, discute e debate as propostas. Outra função exercida pelo poder legislativo é fiscalizar os atos do poder executivo.
Dessa forma, os senadores e deputados federais vão criar leis nacionais e fiscalizar a atuação do presidente. Os deputados estaduais irão criar leis que tem vigência dentro do estado e fiscalizar o governador. Já os vereadores irão criar leis com poderes municipais e fiscalizar o prefeito.
Onde ficam
Os políticos do legislativo federal ficam na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, em Brasília. Já os políticos do legislativo estadual, ficam nas Assembléias legislativas, geralmente na capital do estado. Por fim, os políticos do legislativo municipal ficam na Câmara dos vereadores.
Poder judiciário
O que é
O poder legislativo é o último dos três poderes que administram o Estado. Basicamente sua função é garantiros direitos dos cidadãos e a aplicação das leis. Diferente do poder executivo e legislativo, no poder judiciário, os cargos não são por votação popular. Para ser um membro do poder judiciário é preciso ser formado em direito, em alguns casos é preciso de prática jurídica e ser aprovado em concurso público.
O que faz
A principal função do poder judiciário é garantir a aplicação das leis e punir seu descumprimento. Assim, os membros do poder judiciário devem executar a lei nos limites que a própria lei estabelece, respeitando a jurisdição. Desse modo, o poder judiciário protege os direitos do povo e resolve os conflitos entre os cidadãos ou entre os cidadãos e o Estado. Para isso, ele segue as leis, a Constituição Federal, as leis especiais, decretos, etc.
Onde ficam
Os funcionários do poder judiciário ficam no Fórum, Varas especializadas, Tribunais de justiça, Tribunais Regionais Federais e no Superior Tribunal Federal.
Resumo
Resumindo, o Brasil se organiza da seguinte forma:
· Forma de governo do Brasil: República
· Sistema de governo do Brasil: Presidencialista
· Regime de governo no Brasil: Democracia representativa
· Forma de estado: Federativa
Desse modo, o Brasil é uma República Federativa Presidencialista com um Estado Democrático de Direito.
Além disso, o poder do Estado é dividido em três: legislativo, executivo e judiciário. O poder legislativo é o responsável por criar as leis que regem o estado e fiscalizar o executivo. Já o poder executivo é responsável por administrar o país e executar as leis. Por fim, o poder judiciário é responsável por fiscalizar os poderes e aplicar as leis.
Assim é organizada a estrutura política do Brasil. Se esse conteúdo foi útil, considere compartilhar em suas suas redes sociais. E em caso de dúvidas, use os comentários abaixo para nos enviar uma pergunta.
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