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Estudo de Caso: Hipertensão Arterial


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FACAM – FACULDADE DO MARANHÃO 
SOMAR SOCIEDADE MARANHENSE DE ENSINO SUPERIOR LTDA 
CNPJ 04.855.275/0001-68 
 
 
FACAM- FACULDADE MARANHESE DE ENSEINO SUPERIOR LTDA 
CNPJ 04.855.275/0001-68 
 
 
FACULDADE FACAM- EAD 
CURSO DE ENFERMAGEM 
 
 
 
ODORICO FERNANDES DE SOUSA NETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO 
AULA PRATICA SUPERVISIONADO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís - MA 
2023 
 
 
 
FACULDADE FACAM-EAD 
CURSO DE ENFERMAGEM 
 
 
 
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ODORICO FERNANDES DE SOUSA NETO 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís/MA 
2023 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS, SÍMBOLOS E ABREVIATURAS. 
 
 HA - Hipertensão Arterial 
HAS -Hipertensão Arterial Sistêmica 
PA - Pressão Arterial 
Estudo de caso apresentado a FACULDADE FACAM- 
ENFERMAGEM EAD, como requisito para obtenção de 
nota parcial referente a disciplina de Aula Pratica 
Supervisionado I, 
Preceptora:..... 
 
 
 
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DCNT - Doença Crônica Não Transmissível 
DC - Débito Cardíaco 
RVP - Resistência Vascular Periférica 
B4 – Bulha 4 
MmHg – milímetros de mercúrio 
ECA - Enzima Conversora da Angiotensina 
MG – Minas Gerais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 05 
2 OBJETIVO 06 
3 ESTUDO DA PATOLOGIA 06 
3.1 Conceito 06 
3.2 Fisiopatologia 06 
3.3 Quadro Clínico 07 
3.4 Exames Diagnósticos 08 
3.5 Tratamento 09 
4 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM 10 
4.1 Histórico de Enfermagem 10 
 
 
 
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4.1.2 Coleta de dados 10 
4.1.3 Exame físico 10 
4.2 Diagnóstico de Enfermagem 11 
4.3 Planejamento dos resultados esperados 11 
4.4 Prescrição de enfermagem 12 
4.5 Evolução de enfermagem 12 
6 CONCLUSÃO 13 
 REFERÊNCIAS 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 INTRODUÇÃO 
 
A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis 
elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e 
mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9). A pressão alta faz com que o 
coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja 
distribuído corretamente no corpo. A pressão alta é um dos principais fatores de risco para a 
ocorrência de acidente vascular cerebral, enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca. 
(BRASIL, 2006) 
Na maioria das vezes (95% a 97%) a causa da Hipertensão Arterial (HA) é desconhecida e 
denominada idiopática ou primária. Nas situações restantes, em que se pode identificar uma etiologia 
(3% a 5%), a HAS é conhecida como secundária. Apesar de percentualmente essa prevalência 
secundária ser pouco expressiva, em termos absolutos, esse valor é significativo. O tratamento da 
causa pode curar ou melhorar o controle da pressão arterial (PA). (BRASIL, 2006) 
Embora se trate de uma doença crônico-degenerativa de fácil diagnóstico e com grande 
diversidade terapêutica, seu controle constitui um desafio aos pacientes em virtude das mudanças de 
estilo de vida necessárias; e aos profissionais de saúde, sobretudo aos enfermeiros, que têm sua ação 
pautada no cuidado contínuo a esses indivíduos. A esses profissionais, o maior desafio revela-se na 
necessidade de desenvolver estratégias com vistas a conduzir o indivíduo ao autocuidado e 
consequente adesão à terapêutica. (NETTINA, 2007) 
A abordagem metodológica executada configura um estudo qualitativo, descritivo do tipo 
relato de experiência. Para Daltro e Faria (2019) e Pereira et al. (2018) o estudo qualitativo valoriza 
a descrição, a interpretação e a compreensão de um dado coletado, sendo relevante para o 
entendimento de um objetivo obtido por meio da experiência de uma determinada realidade. 
A vivência ocorreu em 2023, durante o Estágio Supervisionado de Enfermagem, em uma UBS 
na cidade de Colinas – Maranhão, onde prestou-se assistência a um paciente do sexo masculino, com 
diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica. O enfoque utilizado foram os diagnósticos e 
intervenções de enfermagem. Na oportunidade, para a execução do cuidado de enfermagem, aplicou-
se o Processo de Enfermagem, nas seguintes etapas: Coleta de Dados; Diagnósticos de Enfermagem; 
Planejamento de Enfermagem; Intervenções e Avaliação da Assistência proporcionada, segundo a 
Resolução COFEN 358/2009 (Silva et al., 2013). 
 
 
2 OBJETIVO 
 
 
 
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Pelo exposto, o objetivo desse estudo é relatar experiência da assistência de estagiários de 
enfermagem, prestada a um paciente com Hipertensão Arterial, com o intuito de fomentar hábitos e 
estilos de vida saudáveis, incorporação da prática de exercício físico sistemático de hipertensos, 
colaborando para diminuir em alguns usuários e, em outros, eliminar os fatores de risco associados a 
essa doença crônica não transmissível, como hábitos de fumar e alcoolismo. 
 
 
3. ESTUDO DA PATOLOGIA 
 
3.1. CONCEITO 
 
A princípio, vê-se que a hipertensão arterial sistêmica (HAS), como já mencionado, é uma 
doença crônica não transmissível (DCNT), frequentemente, assintomática e multifatorial. Assim, está 
associada a inúmeros fatores, por exemplo, idade, sexo, etnia, obesidade, sobrepeso, hábitos 
alimentares, álcool, sedentarismo, condições habitacionais inadequadas, menor escolaridade, entre 
outros. (BRASIL, 2006) 
Em relação a sua prevalência, está presente em cerca de 21,4% dos brasileiros adultos, porém, 
esse número pode chegar a 32,3% quando se consideram os que utilizam medicação anti-hipertensiva. 
Dessa forma, mais especificamente, a PA pode ser classificada como ótima, normal, pré-hipertensão 
ou entre os estágios de 1 a 3 de HAS, com base nos valores medidos no consultório. (NETTINA, 
2007) 
 
3.2. FISIOPATOLOGIA 
 
Como a pressão arterial é igual ao débito cardíaco (DC) x resistência vascular periférica (RVP) 
total, mecanismos patogênicos envolvem 
débito cardíaco aumentado 
RVP aumentada 
Ambos 
Na maioria dos pacientes, o débito cardíaco é normal ou levemente aumentado e a RVP está 
elevada. Esse padrão é típico de hipertensão primária e de hipertensão decorrente de aldosteronismo 
primário, feocromocitoma, doença renovascular e doença do parênquima renal. 
 
 
 
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Em outros pacientes, o débito cardíaco está aumentado (possivelmente em virtude de 
venoconstrição de grandes veias) e a RVP está inadequadamente normal para o nível de débito 
cardíaco. Na fase adiantada da evolução da doença, a RVPT aumenta e o débito cardíaco retorna ao 
normal, provavelmente em decorrência da autorregulação. Algumas doenças que aumentam o débito 
cardíaco (tireotoxicose, fístula arteriovenosa e regurgitação aórtica), em especial quando há aumento 
do volume de ejeção, causam hipertensão sistólica isolada. Alguns pacientes idosos têm hipertensão 
sistólica isolada, com débito cardíaco normal ou baixo, provavelmente em virtude da perda da 
elasticidade da aorta e de seus ramos principais. Pacientes com pressão diastólica fixa e elevada 
geralmente têm diminuição do débito cardíaco. (BRASIL, 2006) 
O volume plasmático tende a diminuir, à medida que aumenta a pressão arterial, mas, 
raramente, pode permanecer normal ou aumentar. O volume plasmático tende a ser elevadona 
hipertensão decorrente de aldosteronismo primário ou doença do parênquima renal, podendo estar 
muito baixo na hipertensão decorrente de feocromocitoma. O fluxo sanguíneo renal diminui 
gradualmente, à medida que a pressão arterial diastólica aumenta, e inicia-se a esclerose arteriolar. A 
taxa de filtração glomerular permanece normal até tardiamente na evolução da doença e, em 
consequência, a fração de filtração está elevada. Os fluxos sanguíneos coronariano, cerebral e 
muscular estão mantidos, a menos que coexista aterosclerose grave nesses leitos vasculares. 
(BRASIL, 2006) 
 
 
3.3. QUADRO CLÍNICO 
 
Habitualmente, a hipertensão é assintomática até o desenvolvimento de complicações nos 
órgãos-alvo. Tontura, rubor facial, cefaleia, fadiga, epistaxe e nervosismo não são causados por 
hipertensão não complicada. A hipertensão grave (emergências hipertensivas) pode desencadear 
sintomas graves cardiovasculares, neurológicos, renais e retinianos (p. ex., aterosclerose coronariana 
sintomática, insuficiência cardíaca, encefalopatia hipertensiva e insuficiência renal). (NETTINA, 
2007) 
A ausculta da B4 é um dos sinais mais precoces de cardiopatia hipertensiva. 
Alterações retinianas podem incluir estreitamentos arteriolares, hemorragias, exsudatos e, em 
pacientes com encefalopatia, papiledema (retinopatia hipertensiva). As alterações são classificadas 
em 4 grupos (de acordo com a classificação de Keith, Wagener e Barker) com prognóstico cada vez 
mais agravante: 
Grau 1: somente constrição das arteríolas 
 
 
 
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Grau 2: constrição e esclerose das arteríolas 
Grau 3: hemorragias e exsudatos, além de alterações vasculares 
Grau 4: papiledema 
 
 
3.4. EXAMES DIAGNÓSTICOS 
 
Diagnostica-se a hipertensão por esfigmomanometria. História, exame físico e outros exames 
auxiliam na identificação da etiologia e na determinação da existência de lesão em órgãos-alvo. 
A pressão arterial usada para o diagnóstico formal deve ser uma média de 2 ou 3 medições 
feitas em 2 ou 3 vezes diferentes com o paciente: 
Sentado em uma cadeira (não na mesa de exame) por > 5 minutos, pés no chão, apoiado no 
dorso 
Com o membro apoiado no nível do coração sem roupas cobrindo a área de colocação do 
manguito 
Não ter feito exercícios, ingerido cafeína ou ter fumado por pelo menos 30 minutos 
Na primeira consulta, aferir a pressão arterial em ambos os membros superiores e as aferições 
subsequentes devem usar o membro superior que resultou na leitura mais alta. 
Se a pressão arterial estágio 1 estiver no intervalo hipertensivo ou nitidamente lábil, 
recomendam-se mais avaliações da pressão arterial. Medições da pressão arterial podem ser 
esporadicamente altas antes que a hipertensão se torne sustentada; esse fenômeno provavelmente é 
responsável pela “hipertensão do jaleco branco”, na qual a pressão arterial é elevada quando medida 
no consultório do médico, mas normal quando medida em casa ou por monitoramento ambulatorial 
de pressão arterial. (BRASIL, 2006) 
Indica-se monitoramento ambulatorial da pressão arterial ou em casa quando há suspeita de 
"hipertensão do avental branco". Além disso, também pode-se indicar o monitoramento ambulatorial 
da pressão arterial quando há suspeita de "hipertensão mascarada" (uma condição na qual a pressão 
arterial medida em casa é superior aos valores obtidos no consultório), geralmente em pacientes que 
demonstram sequelas da hipertensão sem evidência de hipertensão de acordo com as medições no 
consultório. (BRASIL, 2006) 
A ansiedade é, de longe, a causa mais comum de urgência hipertensiva, bem como de dor. 
Além disso, o encaminhamento a um psicólogo ou o uso de um fármaco que alivia a ansiedade para 
ajudar a tratá-la provou ser útil em muitos casos para reduzir a frequência da urgência hipertensiva. 
(NETTINA, 2007) 
 
 
 
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3.5. TRATAMENTO 
 
A hipertensão primária não tem cura, mas algumas causas de hipertensão secundária podem 
ser corrigidas. Em todos os casos, o controle da pressão arterial pode limitar significativamente as 
consequências adversas. Apesar da eficácia teórica do tratamento, reduz-se a pressão arterial a um 
nível desejável em apenas um quinto dos hipertensos nos Estados Unidos. 
Reduzir a pressão arterial abaixo de 130/80 mmHg parece continuar a reduzir o risco das 
complicações vasculares. Mas também aumenta o risco de efeitos farmacológicos adversos. Assim, 
os benefícios da redução da PA para níveis próximos daqueles sistólicos de 120 mmHg devem ser 
ponderados contra o risco maior de tonturas e atordoamento e possível agravamento da função renal. 
Essa é uma preocupação particular entre os pacientes com diabetes, nos quais a pressão arterial < 120 
mmHg sistólica ou diastólica aproximando-se de 60 mmHg aumenta o risco desses eventos adversos. 
(BRASIL, 2006) 
Mesmo pacientes idosos, incluindo os frágeis, podem tolerar bem uma PA diastólica tão baixa 
quanto 60 a 65 mmHg, sem aumento dos eventos cardiovasculares. Idealmente, pacientes ou 
membros da família devem aferir a pressão arterial em casa, desde que tenham sido treinados para 
isso, sejam monitorados atentamente e o esfigmomanômetro seja calibrado regularmente. 
(NETTINA, 2007) 
Recomendam-se mudanças no estilo de vida para todos os pacientes com pressão arterial 
elevada ou hipertensão em qualquer estágio. 
Seleção de fármacos baseia-se em vários fatores. Quando administra-se inicialmente um 
fármaco, para pacientes que não têm ascendência africana, incluindo aqueles com diabetes, o 
tratamento inicial pode ser com um inibidor da ECA, bloqueador do receptor da angiotensina II, 
bloqueadores dos canais de cálcio, ou um diurético tiazídico (clortalidona ou indapamida). Para 
pacientes de ascendência africana, incluindo aqueles com diabetes, um bloqueador do canal de cálcio 
ou um diurético tiazida é inicialmente recomendado; a menos que os pacientes também tenham 
doença renal crônica estágio 3 ou mais alto. Em pacientes de ascendência africana com doença renal 
crônica estágio 3, um inibidor da ECA ou bloqueador do receptor da angiotensina II é apropriado. 
(NETTINA, 2007) 
Se a pressão arterial sistólica inicial é > 160 mmHg, deve-se iniciar 2 fármacos 
independentemente do estilo de vida. Determinam-se uma combinação e dose apropriadas; muitas 
combinações estão disponíveis em comprimidos únicos, o que facilita a adesão e são preferíveis. Para 
 
 
 
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a hipertensão resistente (a PA permanece acima da meta, apesar do uso de 3 fármacos anti-
hipertensivos diferentes), 4 ou mais fármacos são comumente necessários. (BRASIL, 2006) 
 
 
4. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
 
4.1. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM 
4.1.1. Coleta de dados 
CS, 50 anos, sexo masculino, negro, casado, residente em Alfenas-MG. O paciente possui 
diabetes tipo 2 não controlada, de modo que procurou o PSF, a fim de renovar as receitas de seus 
medicamentos, além de Hipertensão Arterial diagnosticada a cerca de 5 anos. 
Desse modo, durante a consulta foi medida sua pressão arterial, conforme as medidas de 
rastreio de HAS recomendam. Assim sendo, observou-se o valor de pressão sistólica de 140 mmHg 
e diastólica de 95 mmHg. 
 
4.1.2. Exame físico 
Primeiramente, o médico realiza o exame físico voltado para o acompanhamento do paciente 
diabético. Avalia-se o ganho ou perda de peso e verifica-se que o paciente aumentou em dois quilos 
do seu peso anterior, pesando agora 96kg, com 1,80 de altura, caracterizando sobrepeso, caminhando 
para obesidade de grau 1. Também, é observado a ausência de neuropatias através da avaliação da 
sensibilidade e reflexos, além da ausênciade vasculopatias perceptíveis à palpação das artérias. 
Ademais, verifica-se o estado da pele e dos pés, também não encontrando demais anomalias. 
Portanto o médico realiza a medição da pressão arterial e verifica um valor de pressão sistólica 
de 140 mmHg e diastólica de 95 mmHg, como descrito anteriormente. Essa medição foi feita com os 
equipamentos devidamente calibrados, e o paciente se encontrava sentado há pelo menos cinco 
minutos em repouso. Ainda, o paciente não havia fumado, ingerido álcool ou praticado exercícios 
físicos na última hora. 
 
4.2. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM 
 
Ansiedade relacionada ao problema de saúde. 
Déficit de Conhecimento concernente à relação entre o esquema terapêutico e o controle do 
processo patológico 
Risco de dor relacionada a alterações na pressão sanguínea. 
 
 
 
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Controle ineficaz do esquema terapêutico relacionado com efeitos colaterais da medicação e 
difíceis ajustes no estilo de vida 
Risco de infecção relacionado a doença crônica. 
Risco de débito cardíaco aumentado 
Dor precordial relacionada a ansiedade. 
Intolerância a atividade 
Nutrição alterada, mais do que as necessidades corporais 
Volume de líquidos deficientes [isotônicos] 
 
4.3. PLANEJAMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS 
 
Demonstra sono tranquilo e despertar calmo e quieto. 
Está livre de processos de infecção. 
Pressão arterial dentro dos parâmetros da normalidade. 
Autoestima recuperada. 
Adesão a dieta específica para hipertensos. 
Melhora do retorno venoso. 
Melhoria do padrão circulatório. 
Diminuição da ansiedade. 
Ausência de dor. 
Adesão ao regime terapêutico. 
Controle arterial adequado. 
 
4.4. PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM. 
 
Desenvolver ações que promovam a diminuição do estresse. 
Orientar medidas que promovam melhora no autocuidado. 
Colaborar com ações que recuperem a autoestima do paciente. 
Orientar o paciente a ingerir alimentos ricos em fibras, para evitar a constipação. 
Relatar a importância do controle arterial, através da alimentação adequada e uso correto da 
medicação. 
Explicar ao paciente sobre a importância da realização das atividades de vida diária quando 
possível. 
Encaminhar o paciente a ajuda psicológica. 
 
 
 
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Avaliar a perfusão tissular. 
Esclarecer dúvidas do paciente e do familiar referente à patologia. 
Orientar o uso correto de medicações. 
Monitorizar a PA. 
Avaliar a compreensão do paciente quanto à relação direta entre hipertensão e obesidade. 
Determinar a motivação do paciente para perder peso. 
Discutir sobre as necessidades de diminuição da ingestão calórica e da limitação da ingestão 
de gorduras, sal e açúcar, conforma indicado. 
Observar a coloração cutânea, umidade, temperatura e tempo de enchimento capilar. 
Monitorizar as respostas aos medicamentos para controlar a pressão arterial. 
Encaminhar o paciente a nutricionista para adesão de uma dieta adequada a hipertensos. 
 
 
5. EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM 
 
Paciente com bom estado geral, consciente, orientado, com linguagem fluido, claro e coerente, 
movimentasse sem dificuldade, afebril, agora assintomático. Paciente masculino de 50 anos, que 
relata ter hipertensão arterial já tem mais de 5 anos diagnosticada, ele toma captopril de 25mg de 12 
em 12 horas, relata também que aumentou mais de 6 kg de peso nos últimos 2 anos, pois agora 
trabalha em uma loja o dia todo e não tem tempo para fazer atividade física. Relata ter tontura e 
esquecer de tomar a medicação. 
 
6. CONCLUSÃO 
 
O diagnóstico da Hipertensão Arterial, em geral, faz-se por consulta de outras afecções, muitas 
vezes já havendo complicações da doença, por queixas diversas, ou seja, de forma casual, o que 
confirma a necessidade de que a medida da PA seja rotina na consulta médica e de enfermagem. 
As abordagens educativas existentes têm enfoque na cura, na prevenção de doenças, 
reproduzindo a assistência queixa-conduta, por meio de prescrições multifatoriais, desenvolvendo 
interações em nível desigual. Faz-se necessário para o profissional de enfermagem buscar estratégias 
que estimulem a mudança de comportamento por parte do paciente, pois a adoção apenas de medidas 
de orientação não é suficiente para adesão eficiente ao tratamento. 
Os hipertensos possuem consciência sobre os hábitos inadequados, porém sentem-se 
desmotivados às mudanças, em virtude da cronicidade da doença. Desse modo, confirmamos a falta 
 
 
 
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de adesão, conhecimento insuficiente e precariedade no autocuidado, o que é fortalecido pela ausência 
de sintomas, cujo caráter silencioso, mascara sua gravidade e faz com que os pacientes se acomodem 
à condição de cronicidade. 
Contudo, consideramos insuficiente a literatura encontrada nas bases de dados no que se refere 
à operacionalização da prática dos enfermeiros a esses pacientes com vistas à melhoria na qualidade 
da assistência. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de atenção básica n. 15- série A: Hipertensão Arterial 
sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas Públicas. Guia prático do Programa de Saúde da 
Família. Brasília; 2001. 
 
CARPENITO, L. J. Diagnósticos de enfermagem: aplicação à prática clínica, 8.ed. Porto 
Alegre:Artmed, 2002. 
 
CHAVES-NETTO, H. Obstetrícia básica. 2.ed. São Paulo, Atheneu, 2007. 
 
 
DOENGES, M. E. Diagnósticos de enfermagem: Intervenções, prioridades, fundamentos. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. p. 628-629. 
 
_____________ Planos de cuidado de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000. p.34-
46. 
 
NETTINA, S. M. Prática de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. p.437-445 
 
NORTH AMERICAN NURSING ASSOCIATION. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: 
definições e classificação 2007-2008.Porto Alegre: Artmed, 2008. 
 
Sociedade Brasileira de Cardiologia Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras. 
Cardiol., v. 116, n. 3, p. 516-658, mar. 2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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