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Mel Franco 21.2 Exodontia com extratores Os extratores possuem em sua estrutura: Lamina: possui uma ponta, que é a parte ativa, ela que fica em contato com o osso/dente a ser extraído, e é ela que vai transmitir a força para os dentes, ossos ou ambos Haste: zona de conexão entre cabo e lamina, transmite a força do cabo para a lamina Cabo: tamanho generoso, para que possa ser manuseado confortavelmente na mão para aplicar a força EMPUNHADURA Esse instrumento, tem uma empunhadura especifica a ser utilizada: deve-se apoiar a porção robusta do cabo em toda nossa mão, os demais dedos abraçam o instrumento, para fazer uma preensão segura. O dedo indicador fica repousado na haste do instrumento, para ter um melhor controle da força e do movimento. OBJETIVOS Os extratores são utilizados para luxar (afrouxar) os dentes do osso circundante O osso circundante (osso alveolar), juntamente com o ligamento periodontal, no momento da extração devemos expandir (aumentar o espaço entre dente e osso) então, utilizamos os extratores. Minimiza a incidência das coroas quebradas e fraturas de raízes e osso alveolar que estão adjacentes as unidades dentarias que pretende-se extrair. Obs: realizando uma extração apenas com o uso do fórceps, pode ocorrer fraturas, então o uso dos extratores previamente a etapa do fórceps diminui esses riscos Exapandir a cortical óssea vestibulocervical – facilita a remoção de uma raiz fraturada, de um dente que tem um percurso limitado e obstruído para remoção. INSTRUMENTAL Alavanca reta: porção totalmente reta da haste e da ponta ativa, a ponta ativa será triangular, um lado da ponta ativa é plana e a outra Mel Franco 21.2 possui uma curvatura, a porção plana possui ranhuras, essa região deve ser voltada para o dente a ser luxado. Alavanca seldin (bandeirinha): forma triangular da ponta ativa, possui curvatura e é bem pontuda que ajuda na preensão em determinadas manobras Alavancas reta apicais: sua ponta ativa é concova o que mimetiza o contorno do sulco em direção a uma raiz, são alavancas mais delicadas que podemos ter um posicionamento mais próximo da intimidade do ligamento periodontal. Alavanca red brink curvas e retas: são mais delicadas, pontudas, espessas que permite que consigamos entrar com ela no alvéolo dentário resgatando fragmentos de raiz menores que ficam alojados no interior do alvéolo Mel Franco 21.2 Tem outros tipos, mas não é importante no momento. PRINCÍPIOS MECÂNICOS Alguns princípios mecânicos que regem o motivo que justificam o uso desses instrumentos Alavanca Cunha Roda Eixo Princípio de alavanca O princípio da alavanca é um conceito da física que explica como uma barra rígida pode ser utilizada para mover um objeto com menos esforço. Basicamente, uma alavanca é composta de três partes: a barra (alavanca), o fulcro (ponto de apoio) e a carga (o objeto a ser movido). O fulcro é o ponto onde a alavanca gira ou se apoia. Mel Franco 21.2 A ideia é que, colocando o fulcro em um ponto estratégico ao longo da barra, você pode levantar pesos maiores com menos força. Isso acontece porque a distância entre o fulcro e o ponto onde você aplica a força (chamado de ponto de esforço) pode amplificar sua força. Quanto maior essa distância, menor é a força necessária para levantar a carga. Isso é conhecido como vantagem mecânica. Por exemplo, se você usa uma longa barra de ferro e coloca o fulcro bem perto do objeto pesado que quer levantar, você pode levantar esse objeto aplicando uma força muito menor do que o peso do objeto na outra extremidade da barra. 1. Alavanca: O extrator serve como alavanca. Este instrumento tem uma ponta que pode ser inserida no espaço entre o dente e o osso alveolar. 2. Fulcro (Ponto de Apoio): O ponto de apoio é o osso. Este ponto é onde o extrator se apoia enquanto o dentista aplica força. 3. carga (Objeto a ser movido): A carga é o dente que precisa ser extraído. Quando o dentista insere a ponta do extrator no espaço ao redor do dente e aplica força na outra extremidade do instrumento, o fulcro, posicionado estrategicamente, permite que a força aplicada seja amplificada. Isto ajuda a superar a resistência oferecida pelas raízes do dente e pelo tecido circundante. Facilitando assim a remoção do dente com menos força física do que seria necessária sem o uso de uma alavanca. Mel Franco 21.2 Princípio de cunha Esse princípio envolve o emprego do instrumento de forma que ele adentre a um corpo, exercendo uma força que vá imprimir uma força lateral sobre este corpo, permitindo que ele seja deslocado para suas laterais. Então, coloca-se uma cunha para romper uma tora de madeira, e com uma martelada a cunha entra na tora, empregando uma força de entrada, provocando uma força de entrada, que vai provocar uma força lateral que vai empurrar as duas porções do tronco Na exodontia, o movimento de cunha ocorre da seguinte forma: Uma pequena alavanca é colocada dentro do espaço do ligamento periodontal, que desloca a raiz na direção oclusal, e assim, para fora do alvéolo Dois corpos não ocupam o mesmo espaço, então ao adentrar o espaço do ligamento, causa uma pressão interna que provoca uma força na adjacência do corpo, que empurra as estruturas para os lados a medida que vai adentrando, fazendo com que os outros corpos sejam deslocados Na terceira imagem, tem-se o posicionamento de uma alavanca reta- apical, dentro do espaço do ligamento periodontal, onde ela está com a concavidade voltada para a raiz, e essa raiz será deslocada pelo aumento dessa pressão interna no espaço do ligamento. Mel Franco 21.2 Princípio de roda e eixo A imagem mostra dois tipos de polias. No primeiro tipo, a polia é fixa e a corda passa por ela; você puxa de um lado para levantar o peso do outro. No segundo tipo, além da polia fixa, há uma polia que se move com o peso. Isso faz com que seja mais fácil levantar o peso, pois você precisa fazer menos força do que se estivesse usando só a polia fixa. Essas polias ajudam a levantar coisas pesadas com menos esforço. Na exodontia, O cabo serve como eixo e a ponta da alavanca triangular age como a roda e se encaixa e levanta a raiz do dente para fora do alvéolo A parte ativa do triangulo, vai rodar, então direciona a força através do eixo da rotação transmitindo essa rotação para a ponta do instrumento, e por conta disso temos uma vantagem mecânica através desses movimentos MOVIMENTOS MECÂNICOS Podemos utilizar esse movimento de roda (rotação ao longo do eixo) distribuindo uma força maior para o local onde estamos empregando a força. Mel Franco 21.2 Movimento de cunha Quando empregamos o movimento de cunha, tendemos a entrar com a alavanca na direção do longo eixo da raiz do dente, então, posicionamos a alavanca no espaço do ligamento periodontal e fazemos pequenos movimentos com essa alavanca para permitir que ela adentre cada vez mais esse espaço do ligamento e dessa forma a gente utilize também o princípio de cunha durante esse movimento. Movimento de roda É realizado um movimento de giro no cabo, onde esse giro repercute como um movimento de roda na parte ativa Na imagem, observa-se que é usado o instrumental do tipo reto, não utilizamos a bandeirinha com a haste na lateral para ser um movimento de roda mais eixo, utilizamos apenas o movimento de roda com o instrumento. Nessa imagem, está sendo utilizado para separar raízes, usados para finalizar a parte da odontossecção, posicionamos entre as raízes e empregamos o movimento de roda Mel Franco 21.2 Movimento de roda e eixo Nesse movimento é utilizado dois princípios, o de roda e eixo junto com o de alavanca. O movimento se chama roda e eixo, mas utilizasse dois princípios para maximizar a força que sera empregada permitindo o deslocamento da unidade dentaria. \Nessa outra imagem, a gente utiliza não só apenas para dentes íntegros, podemos também após fazer a odontossecção. TECNICA Detalhes em relação ao uso desses instrumentos Não deve utilizar dentes adjacentes como apoio: quando isso acontece a força provocada ao dente adjacente, é tão grande que pode provocar danos ao dente, como por exemplo causar uma luxação ou uma fratura. Deve-se proteger as estruturas adjacentes durante o uso: devemos lembrar dos tecidos moles ao redor, para não traumatizar as áreas, Mel Franco 21.2 deve tomar cuidado pois pode escorregar o instrumento. Então precisa ter uma boa empunhadura dos instrumentos. Evitar força excessiva: nada é força é jeito, o emprego da força deve ser bem direcionada e bem controlada, se não pode ocorrer fraturas. Posicionamento pela vestibular: quando posicionamos os instrumentos para luxar os dentes, sempre vamos posicionar pela vestibular e nunca pela lingual.