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UNIDADE CENTRAL DE EDUCAÇÃO FAEM FACULDADE - UCEFF FACULDADE EMPRESARIAL DE CHAPECÓ – FAEM UCEFF FACULDADES ENGENHARIA CIVIL / ENGENHARIA ELÉTRICA DISCIPLINA: QUIMICA GERAL APLICADA – PROF. Me CÁTIA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA – OXIDAÇÃO E REDUÇÃO DE MATERIAIS AMANDA STEFANY MISURA BRUNA LETICIA LOPES FAENELLO CHAPECÓ/SC 17/04/2024 2 1 INTRODUÇÃO As reações de oxidação e redução, também conhecidas como reações de oxi-redução, desempenham um papel fundamental na química, na qual esta presente em diversas áreas de atuação, e vêm de reações que são conhecidas a séculos. Segundo BROWN, uma reação de oxidação-redução, também, ocorre quando os reagentes sofrem uma variação no número de oxidação. Na oxidação, há uma perda de elétrons, resultando no aumento do número de oxidação da espécie, enquanto na redução, há um ganho de elétrons, levando à diminuição do número de oxidação. Como não existem elétrons livres em solução devido à condição de eletroneutralidade, uma oxidação (perda de elétrons) deve ser sempre acompanhada por uma redução correspondente (ganho de elétrons). A espécie que causa a oxidação é chamada de agente oxidante, enquanto a que causa a redução é chamada de agente redutor. Para que uma oxidação ocorra, o agente oxidante precisa receber um ou mais elétrons da substância que está sendo oxidada, resultando na sua redução. Da mesma forma, um agente redutor é oxidado em uma reação química de oxirredução. Figura 1 – Exemplo de oxidação e redução. Segundo NOVAIS, as reduções ocorrem simultaneamente, na oxidação ocorre a perda de elétrons por parte do reagente, com consequência o seu número de oxidação (NOX) é aumentado, na qual a espécie passa a perder carga elétrica negativa, tornando o mesmo um reagente mais positivo após o processo. Na redução, segundo NOVAIS, o reagente recebe o elétron, o oposto do que ocorre na oxidação. Como resultado, o NOx do reagente diminui, pois há ganho de espécies de carga elétrica negativa, ou seja, o reagente se torna mais negativo após o processo. 3 Figura 2 – Exemplo de oxidação e redução. Para o desenvolvimento do presente trabalho foi utilizado 4 matérias metálicos: cobre, aço, zinco e magnésio. O elemento cobre é um metal de coloração vermelha discretamente amarelada, está localizado no grupo I-B da tabela periódica, possui número atômico 29, massa atômica 63,55 g mol-, apresenta um ponto de fusão de 1038°C, ponto de ebulição 2927ºC, é um metal macio, maleável e dúctil. O símbolo químico do metal é Cu, ele é um material menos oxidativo referente aos apresentados no presente trabalho. Tabela 1 – Propriedades do cobre (BrasilEscola, 2024). Propriedades do Cobre Símbolo Cu Número Atômico 29 Massa Atômica 63,546 u.m.a Eletronegatividade 1,9 Ponto de fusão 1084,62 °C. Ponto de ebulição: 2562 °C. Densidade 8,96 g.cm-3 (20 °C). Configuração eletrônica [Ar] 4s1 3d10. Série química metais, grupo 11, elementos de transição O elemento aço (ferro), é conhecido desde a antiguidade, é simbolizado por Fe, possui número atômico 26 e massa atômica 56. Sob condições normais de temperatura e pressão, apresenta-se no estado sólido. É obtido naturalmente sob a forma de minério de ferro. Forma uma mistura homogênea com o carbono, dando origem ao aço. Na Tabela Periódica é classificado como metal de transição, e localizado na Família VIII B. 4 Tabela 2 – Propriedades do Ferro (BrasilEscola, 2024). Propriedades do Ferro Símbolo Fe Número Atômico 26 Massa Atômica 55,85 g/mol Ponto de fusão 1535 °C. Ponto de ebulição: 2862 °C. Densidade 7,8 g/ml Configuração eletrônica [Ar]4s23d6 Série química grupo 8, 4º período O zinco é o primeiro elemento do grupo 12 da Tabela Periódica e também o primeiro elemento a ter um subnível d completo. Seu símbolo é Zn e seu número atômico é 30. Trata- se de um metal de coloração acinzentada, caracterizado por sua boa resistência à corrosão em temperatura ambiente. Apresenta o estado de oxidação +2 e possui 5 isótopos naturais. Tabela 3 – Propriedades do Zinco (BrasilEscola, 2024). Propriedades do Zinco Símbolo Zn Número Atômico 30 Massa Atômica 65,38u.m.a Ponto de fusão 419,53 °C. Ponto de ebulição: 907 °C. Densidade 7,13 g.cm-3 (a 25 °C) Configuração eletrônica [Ar]4s23d10 Série química metais, grupo 12, elementos de transição, bloco d O magnésio, possui como símbolo Mg, com o número atômico 12, é um metal acinzentado pertencente ao grupo 2 da Tabela Periódica, com massa atômica de 24,3050 u.m.a, também conhecido como o grupo dos metais alcalinoterrosos. Tabela 4 – Propriedades do Magnésio (BrasilEscola, 2024). Propriedades do Magnésio Símbolo Mg Número Atômico 12 Massa Atômica 24,3050 u.m.a Ponto de fusão 650 °C. Ponto de ebulição: 1090 °C. Densidade 1,738 g.cm-3 (a 20 °C) Configuração eletrônica [Ne]3s2 Série química grupo 2, metais alcalinoterrosos O presente relatório traz as informações obtidas através da experiencia desenvolvida em laboratório com a mistura de metais e agentes redutores comparando os resultados teóricos e práticos obtidos. 5 2 OBJETIVOS As aulas práticas de laboratório reforçam o aprendizado teórico visto em sala de aula e complementam de forma relevante a sistemática de ensino e aprendizagem das matérias do curso de engenharia. Também sendo uma forma de desenvolver a capacidade de observação, análise e compreensão das técnicas. Tendo em vista o aprendizado, desenvolvendo na prática a habilidade de forma clara, objetiva e precisa. O objetivo deste experimento realizado é identificar a natureza das reações de oxi- redução de cada elemento em analise, elaborando uma tabela de dos coletados bem como a escrever em forma de equação as semi-reações de oxidação e redução. 3 MATERIAIS E MÉTODOS Este tópico aborda informações provenientes dos tipos de materiais e métodos utilizados na aula prática de laboratório. 3.1 Materiais Para a realização do ensaio, foram utilizados os seguintes materiais: - Tubos de ensaio (10 x 100mm); - Frasco conta gotas (pipeta de pasteur); - Béquetes (500ml); - Peneira plástica; - Materiais metálicos: cobre, magnésio, zinco e aço; - Soluções: H2SO4 3 M, ZnSO4 0,10 M e CuSO4 0,10 M. Nos itens dispostas abaixo, está fotos dos matérias utilizado para a realização deste ensaio de perda de carga em aula prática. Figura 3 – Materiais para aula pratica (Autor, 2024) 6 3.2 Métodos Para o desenvolvimento do presente relatório, foi realizado misturas entre metais com reagentes. O processo constituiu em enumerar os tubos de ensaio de 1 até 4, posteriormente em cada tubo foi adicionado os metais na seguinte ordem: 1 cobre, 2 Magnésio, 3 Zinco e 4 Aço. Após cada material em seu tubo de ensaio foi adicionado na primeira analise 10 gotas (0,5ml) de CuSO4 0,10 M (Sulfato de cobre), com o auxilio do conta gotas, deixando reagir por 3 minutos para observar as reações que aconteceriam com os materiais. O mesmo processo aconteceu com soluções químicas diferentes, utilizando no segundo estudo 10 gotas (0,5ml) de ZnSO4 0,10 M (Sulfato de Zinco), seguindo a análise dos 3 minutos. Por ultimo foi adicionado a solução de H2SO4 (ácido sulfúrico) em cada tudo de ensaio com os materiais metálico dentro, analisando a ação da solução em cada metal disposto nos tubos de ensaio. Por fim de todos os processos de análise, foi realizado o descarte correto de todos os componentes em seus respectivos béqueres coletor de resíduos, com a utilização de uma peneira plástica e uma pinça para auxilio na retirada de matérias dos tubos de ensaio. Cada tubo foi lavado com água e detergente neutro, posteriormente enxaguados com água destilada. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕESAtravés dos métodos desenvolvidos na aula prática foi realizado a coleta dos seguintes dados de cada reação ocorrida nos materiais em análise. Na tabela disposta abaixo está descrito uma prévia das análises feitas em aula pratica, dispondo os materiais com o potencial eletroquímico do menos oxidante para o mais oxidante em ordem. Tabela 5 – Resumo aula prática (Autor, 2024). 7 Cobre + Sulfato de Cobre (Cu + CuSO4): quando a solução CuSO4 (sulfato de cobre) foi adicionada ao material metálico Cu (cobre), ocorreu uma mudança visual perceptível na coloração do sulfato de cobre, incialmente era azul e tornou-se mais clara à medida que foi adicionada ao cobre. (Figura 4) Cobre + Sulfato de Zinco (Cu + ZnSO4): quando a solução ZnSO4 (sulfato de zinco) foi adicionada ao material metálico Cu (cobre), ocorreu a alteração na solução do ZnSO4, inicialmente era incolor e se tornou opaca após entrar em contato com o cobre. (Figura 5) Cobre + Ácido Sulfúrico (Cu + H2SO4): quando a solução H2SO4 (ácido sulfúrico) foi adicionada material metálico Cu (cobre), não ocorreu nenhuma alteração visível, caracterizando uma reação não observada. (Figura 6) Figura 4 – Cu + CuSO4 (Autor, 2024) Figura 5 – Cu + ZnSO4 (Autor, 2024) Figura 6 – Cu + H2SO4 (Autor, 2024) Magnésio + Sulfato de Cobre (Mg + CuSO4): quando a solução CuSO4 (sulfato de cobre) foi adicionada ao material metálico Mg (magnésio), ocorreu uma oxidação. (Figura 7) Magnésio + Sulfato de Zinco (Mg + ZnSO4) quando a solução ZnSO4 (sulfato de zinco) foi adicionada ao material metálico Mg (magnésio), ocorreu uma oxidação parcial. (Figura 8) Magnésio + Ácido Sulfúrico (Mg + H2SO4) quando a solução H2SO4 (ácido sulfúrico) foi adicionada material metálico Mg (magnésio), instantaneamente observou-se que o magnésio de decompôs por inteiro e ocorreu a liberação de calor, caracterizando uma reação exotérmica completa. (Figura 9) Figura 7 – Mg + CuSO4 (Autor, 2024) Figura 8 – Mg + ZnSO4 (Autor, 2024) Figura 9 – Mg + H2SO4 (Autor, 2024) 8 Zinco + Sulfato de Cobre (Zn + CuSO4) quando a solução CuSO4 (sulfato de cobre) foi adicionada ao material metálico Zn (zinco), ocorreu a alteração de cor, caracterizando uma oxidação incompleta. (Figura 10) Zinco + Sulfato de Zinco (Zn + ZnSO4) quando a solução ZnSO4 (sulfato de zinco) foi adicionada ao material metálico Zn (zinco), não ocorreu nenhuma alteração visível, caracterizando uma reação não observada. (Figura 11) Zinco + Ácido Sulfúrico (Zn + H2SO4) quando a solução H2SO4 (ácido sulfúrico) foi adicionada material metálico Zn (zinco), notou-se a liberação parcial de calor e a formação de fragmentos sólidos do zinco não reagido no fundo do tubo de ensaio, devido a presença de zinco não reagido, as características observadas indicam uma reação exotérmica incompleta. (Figura 12) Figura 10 – Zn + CuSO4 Figura 11 – Zn + ZnSO4 Figura 12 – Zn + H2SO4 Ferro + Sulfato de Cobre (Fe + CuSO4) quando a solução CuSO4 (sulfato de cobre) foi adicionada ao material metálico Fe (ferro), observou-se a alteração da coloração do Fe (ferro). Incialmente de cor prateada, o aço adquiriu tonalidade marrom, caracterizando uma oxidação parcial. (Figura 13) Ferro + Sulfato de Zinco (Fe + ZnSO4) quando a solução ZnSO4 (sulfato de zinco) foi adicionada ao material metálico Fe (ferro), não ocorreu nenhuma alteração visível ou reação significativa, caracterizando uma reação não observada. (Figura 14) Ferro + Ácido Sulfúrico (Fe + H2SO4) quando a solução H2SO4 (ácido sulfúrico) foi adicionada material metálico Fe (ferro), observou-se a superfície reativa de contato entre os dois materiais. Entretanto, não foi observada nenhuma alteração visível ou reação significativa. (Figura 15) Figura 13 – Fe + CuSO4 (Autor, 2024) Figura 14 – Zn + ZnSO4 (Autor, 2024) Figura 15 – Fe + H2SO4 (Autor, 2024) 9 5 CONCLUSÃO Através desta aula foi possível proporcionar a análise das condições que encontramos no cotidiano, nestes experimentos desenvolvidos de oxidação e redução de materiais, podemos observar que entre os materiais o magnésio é o material metálico mais reativo dos materiais utilizado no experimento e pode-se notar que o cobre é o mais resistente e menos oxidativo, seguindo pelo ferro. Todo o processo consistiu na adição de soluções químicas em cada metal, na qual pode-se observar diversos tipos de reações, algumas delas visíveis e outras através de liberação de componentes químicos e exotérmicos, demostrando que a solução de ácido sulfúrico tem uma ação maior do que as demais soluções em análise, dentre alguns resultados podendo apresentar uma reação exotérmica completa, decompondo todo o matéria (Mg) com a solução de ácido sulfúrico. 10 6 REFERÊNCIAS ATKINS, P.; JONES, L.; LAVERMAN, L. As reações redox. In: Princípios de Química: Questionando A Vida Moderna e o Meio Ambiente. 7. ed. [s.l.] Bookman, 2018. p. 78–89. L. BROWN, T. et al. Estados de oxidação e reações de oxirredução. In: Química: A Ciência Central. 13. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil., 2016. p. 894–897. NOVAIS, Stéfano Araújo. "Cobre (Cu)"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/cobre.htm. Acesso em 21 de abril de 2024. NOVAIS, Stéfano Araújo. "Ferro (Fe)"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/ferro.htm. Acesso em 21 de abril de 2024. NOVAIS, Stéfano Araújo. "Oxirredução"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/oxirreducao.htm. Acesso em 21 de abril de 2024. NOVAIS, Stéfano Araújo. "Zinco (Zn)"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/zinco.htm. Acesso em 21 de abril de 2024. RUSSELL, John B. Química geral. 2. Ed. São Paulo: Pearson, 2012. V.1.