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Biofísica Geral / FCAV UNESP Propriedades elétricas e mecânicas do músculo esquelético Dinâmica da contração muscular Músculo esquelético O que vamos estudar? 1) Vias de comunicação do sistema nervoso com o sistema muscular; 2) Características do músculo estriado; 3) Componentes do músculo estriado e papel na contração; 4) Acoplamento excitação-condução; 5) Características elétricas e mecânicas do abalo muscular; 6) Energética da contração muscular. Receptores Estímulos externos e internos Transmissão Processamento Transmissão Resposta aos estímulos Efetores SNC Via aferente Via eferente Músculos Vias de comunicação - sistema nervoso / efetor Ex. Toda manifestação externa dos seres vivos Não só...... Contração muscular Movimentos intracelulares (citoesqueleto celular) Migração celular (sangue, espermatozoides) Equilíbrio, sustentação e movimentação do corpo B CA Contração muscular Cílios em pulmão humano Flagelos Movimento de cílios (pulmões, trato gastrointestinal) Movimento durante a divisão celular A B C Tipos de músculos lisos estriados esquelético cardíaco Músculo cardíaco - Impulsiona o sangue pelo sistema circulatório. É regulado pelo sistema nervoso autônomo. Pode sofrer contrações espontâneas Características Esquelético – suporte e movimento do esqueleto - contração voluntária, iniciada por impulsos nervosos Liso - reveste órgãos ocos (estômago, intestinos, bexiga urinária, útero, vasos sanguíneos, vias aéreas pulmonares) – movimento do conteúdo luminal/regulação de fluxo sanguíneo por controle do diâmetro de vasos Presentes no folículo piloso e íris Contração controlada pelo sistema nervoso autônomo (atividade involuntária) Tipos de músculos C A B Músculo esquelético – hierarquia estrutural Membrana que envolve o músculo Fibras que formam o músculo Feixe muscular Núcleo Estriações Sarcolema Sarcoplasma Filamentos Miofibrilas Endomísio Músculo Músculo esquelético – hierarquia estrutural Fibra muscular InervaçãoA C B Músculo esquelético – hierarquia estrutural B A C D E Nível de organização do músculo esquelético Músculo Fibra Fibrila Sarcômeros Proteínas deltoide Estriação transversal (sarcômero) A B Arranjos de filamentos de uma fibra muscular – padrão de bandas estriadas no sarcômero A B C D M Estriação transversal (sarcômero) Actina/filamento fino Miosina/filamento grosso Titina/filamento fino Linha M Estriação transversal (sarcômero) Organização de um sarcômero Arranjo hexagonal da actina em relação a miosina Estriação – relação actina/miosina A B C Arranjos de filamentos de uma fibra muscular cardíaca Arranjos de filamentos de uma fibra muscular lisa Estrutura proteica do músculo Actina – 42kD Miosina – 542 kD Tropomiosina – 34 kD Contração Relaxamento Íon cálcio ATP Troponina – 22 kD Elementos importantes no ciclo da contração muscular Proteínas reguladoras Evidências recentes (2016) mostram a participação de inúmeras proteínas interagindo na composição do sarcômero Proteínas estruturais Outras proteínas interagindo na composição do sarcômero Proteínas estruturais Obscurina – família da titina e nebulina (organização da miofibrila) Actina e proteínas contráteis associadas A B Actina e proteínas contráteis associadas Actina e proteínas contráteis associadas Relação da actina + proteínas associadas com o disco Z Miosina Corte transversal do filamento A B C D A B 1. Túbulos transversos (T) 2. Retículo sarcoplasmático 1. Condução do PA 2. Regulação do cálcio celular Estruturas intracelulares A B Retículo sarcoplasmático e túbulos transversos Mecanismo molecular da contração muscular Retículo sarcoplasmático e túbulos transversos Receptor de rianodina (canais de Ca intracelulares). Rianodina – alcaloide vegetal / afinidade com a proteína que forma o canal 1 2 3 4 1 2 3 4 5 6 Mecanismo molecular da contração muscular A B Mecanismo molecular da contração muscular A B Mecanismo molecular da contração muscular Unidade motora A B Junção neuro-muscular - Sinapse química Condições que afetam o sistema muscular esquelético por alterações na junção neuromuscular Miastenia grave Síndrome de Guillain-Barré Esclerose lateral amiotrófica (ELA) Esclerose múltipla Toxina botulínica O sistema imune produz anticorpos que atacam os receptores musculares da acetilcolina, na junção neuromuscular. Os anticorpos ligam-se a esses receptores e impedem a transmissão do estímulo nervoso na região afetada e dificultam a contração muscular. Miastenia grave (fraqueza muscular) A B Síndrome de Guillain-Barré (paralisia aguda) Polineuropatia desmielinizante inflamatória aguda Inflamação grave nos nervos – doença autoimune Esclerose lateral amiotrófica (ELA) Stephen Hawking Atrofia muscular esquelética e paralisia, por degeneração progressiva de neurônios motores. Apenas os músculos de contração voluntária são afetados e, por isso, o paciente mantem as funções do coração, intestino e bexiga normais. Toxina botulínica (Botox) • Produto de bactéria (Clostridium botulinum) - causa paralisia muscular por inibição da liberação de acetilcolina. • Neurotoxina funciona como protease, digerindo componentes do complexo de fusão, inibindo a exocitose das vesículas sinápticas e impedindo a liberação da Ach. • Uso médico (incontinência urinária, bexiga hiperativa, hiperatividade muscular involuntária; desordens musculoesqueléticas; dor de cabeça; estrabismo, blefaro-espasmo, espasmo facial, distonias, bruxismo, acalasia (esôfago). • Uso estético (rugas, hiperidrose palmar e axilar) Ação da toxina botulínica? Contração muscular hiperativa A B C D E F Resposta à aplicação de toxina botulínica A B C D Alternativas ao uso de botox........ Diferentes usos de botox........ Acoplamento excitação-contração Biofísica do sistema contrátil Biofísica do sistema contrátil Abalo muscular A B Acoplamento excitação-contração Biofísica do sistema contrátil Contração isotônica Contração isométrica Contração isotônica e isométrica Estímulo Intensidade Frequência Somação e tétano Tétano e fadiga Contratura / câimbra / espasmo muscular Contração contínua e involuntária de um músculo ou algumas fibras dele Causas • Fadiga (baixa de ATP) • Mudança da concentração de eletrólitos e ácido lático. O principal íon ligado a contração muscular é o cálcio, porém o Na (sódio), K ( potássio) e Mg ( magnésio) podem estar envolvidos no espasmo muscular. Fadiga Tipos Energética da contração muscular A B (1) (2) Energética da contração muscular Consumo energético durante o exercício Fontes A B Tipos de fibras musculares esqueléticas Tipo I - contração lenta, resiste à fadiga Tipo II – contração rápida, menos resistente à fadiga ✓ Tipo II A – contração oxidativa ✓ Tipo II B – contração glicolítica Leva em consideração a atividade da miosina ATPase Os músculos são classificados de acordo com a velocidade de contração e resistência à fadiga A- Músculos extra-oculares – posição dos olhos - têm alta proporção de fibras tipo II (contração rápida) B - Músculo soleo – pernas (postura) – têm alta proporção de fibras tipo I (contração lenta) Capilares envolvendo fibras oxidativas Mitocôndrias Diferentes tipos de fibras Coloração para ATPase S – fibras contração lenta FG – Contração rápida glicolítica FOG - Contração rápida glicolítica e oxidativa Predominância de tipos de fibras em pessoas Diferença depende da genética e treinamento * Usain Bolt velocista sedentário* * Ocorrência de fadiga em diferentes tipos de fibras A B C Glúteo máximo – um dos mais fortes da estrutura humana - sustenta nosso corpo na posição ereta. Composto por fibras de contração lenta, resistentesà fadiga e suportam mais peso. Soleo e gastrocnêmio – músculos da panturrilha - associados ao glúteo. O conjunto de três músculos (soleo, gastrocnêmio lateral e medial) é responsável pelos principais movimentos do corpo (fibras de contração lenta). Masseter – músculo da mandíbula, pressão muito grande. Músculos da mastigação: masseter, temporal, pterigoideo medial e pterigoideo lateral. Fibras de contração lenta e rápida. Pálpebra superior – o mais fraco dos músculos e um dos menores do corpo. Divide o espaço do globo ocular com outros seis músculos. Fibras de contração rápida. O corpo humano tem mais de 600 músculos – alguns com poucos milímetros de extensão, outros milhões de vezes maiores (até meio metro). Contração isométrica em diferentes músculos Aula prática Eletromiografia em músculo esquelético de rã Propriedades elétricas e mecânicas do músculo esquelético