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atv cola periodontal (4)

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COLA PERIODONTAL
Alunas: Priscila Souza Barreto e Nathalia Maria Lemos Mota
Professor orientador da prática: Eleonora de Oliveira Bandolin Martins
Turma: E07
ANAMNESE, EXAME INTRA E EXTRA ORAL:
1. Preencher histórico médico e odontológico - tabagismo e diabetes são pensados
muito em periodontia, já que são dois fatores de risco para a doença periodontal.
2. Exame extra-oral e linfonodos
3. Exame intra-oral: avaliação de mucosa, língua e palato
4. Avaliação específica do tratamento periodontal
RISCO CIRÚRGICO (ASA):
➢ ASA I: Paciente saudável
➢ ASA II: Paciente portador de doença sistêmica moderada (geralmente gravidez se
enquadra aqui). Exemplo: HAS compensada ou DM compensada.
➢ ASA III: Paciente portador de doença sistêmica severa, que limita suas atividades.
Exemplo: HAS descompensada, DM descompensada, insuficiência cardíaca
compensada ou infarto agudo no miocárdio prévio.
➢ ASA IV: Paciente com doença sistêmica grave ou incapacitante. Exemplo: DPOC
(doença pulmonar obstrutiva crônica) sintomática, insuficiência cardíaca
descompensada.
➢ ASA V: Paciente sem expectativa de vida por mais de 4 dias. Exemplo: falência de
órgãos ou sepse.
➢ ASA VI: Paciente doador de órgãos, morte cerebral.
PSR (Registro periodontal simplificado):
➢ Realizado com a sonda OMS e dividido em 6 sextantes
➢ Código 0 : Saúdavel
➢ Código 1 : Apenas sangramento (tarja preta totalmente visível);
➢ Código 2 : Pode haver sangramento. Presença de cálculo ou fatores retentivos de
placa (tarja totalmente visível);
➢ Código 3 : Pode ou não haver sangramento, iatrogenia e cálculo dentário. A sonda
chega a 3,5 mm a 5,5 mm (tarja parcialmente visível);
➢ Código 4 : Faixa acima 5,5 mm. (faixa fica totalmente invisível);
➢ * : Mobilidade, lesão de furca, recessão gengival, problema muco-gengival
(hiperplasia);
➢ X : Ausência de todos os dentes no sextante. Quando há somente 1 dente
no sextante, deverá ser deslocado para o sextante seguinte ou anterior (nunca
desce ou sobe).
LESÃO DE FURCA:
➢ Realizada com a sonda Nabers
➢ Grau I: A sonda detecta a entrada da furca, mas não penetra (sonda penetra até
3mm);
➢ Grau II: A sonda penetra, mas não ultrapassa (sonda penetra mais de 3mm);
➢ Grau III: A sonda penetra e atravessa para o outro lado;
PERIOGRAMA:
➢ O objetivo é avaliar a quantidade de tecido perdido na doença periodontal e também
identificar a extensão apical da lesão inflamatória.
➢ É realizado com a sonda PNC-15 (5 mm a cada faixa grossa)
➢ Avalia a profundidade de sondagem da bolsa periodontal e nível clínico de inserção
➢ O periograma só será realizado na boca toda do paciente caso o PSR dele acometa
1 código 4 ou 2 códigos 3, caso tenha somente 1 código 3 só será realizado o
periograma do sextante.
Para ser utilizado os seguintes dados devem ser inseridos:
➢ Mobilidade dentária
➢ Envolvimento de furca
➢ Margem gengival (mm)
➢ Profundidade de sondagem (mm)
➢ Placa visível
➢ Sangramento à sondagem
➢ As sondas periodontais são:
Carolina do norte, Williams, OMS e Nabers
Passo a passo de como fazer e preencher o periograma:
ÍNDICE DE SANGRAMENTO:
➢ Relevância prognóstica:
➢ Sítios com índice de sangramento menor que 10% - menor risco de perda de
recorrência de doença
➢ Sítios com índice de sangramento acima de 25% - risco de recorrência da doença
aumentada - a terapia será feita em intervalos menores
➢ Sítios com índice de sangramento repetitivamente positivos com 30% - risco de
perda de inserção clínica futura
➢ Para calcular o índice de sangramento:
TOTAL DE FACES SANGRANTES X 100=
NÚMERO TOTAL DE FACES
ÍNDICE DE BIOFILME:
➢ Avalia a quantidade de biofilme, seu controle e qualidade de higiene do paciente.
➢ Faz o uso do evidenciador de placa, para corar as faces que tem acúmulo de placa
bacteriana. Após o uso dele, faz a conta abaixo:
TOTAL DE FACES COM PLACA X 100 =
NÚMERO TOTAL DE FACES x 4
➢ Resultado até 25% é satisfatório. De 25% a 40% é irregular. Acima de 40% é
insatisfatório.
➢ Índice é feito no início do tratamento e no final dele.
RADIOLOGIA EM PERIODONTIA:
➢ A radiografia periapical é a mais utilizada na periodontia;
➢ Deve-se analisar se possui restaurações inadequadas (iatrogenia);
➢ Observar se existe perda óssea alveolar e o ligamento periodontal;
➢ Analisar se possui cálculo (só será possível ver na radiografia caso possua muito
cálculo).
➢ exemplos:
Paciente com perda óssea, lesão de furca;
Radiografia com cálculo;
Perda óssea vertical em várias áreas (setas maiores),
cratera interdental (seta menor reta) e lesão de cárie
radicular que pode se desenvolver pela exposição da raiz
após perda óssea (seta curva).
RESUMO DA NOVA CLASSIFICAÇÃO (2017):
Possui três grupos:
1. Saúde periodontal, condições e doenças gengivais
2. Periodontite
3. Outras doenças que afetam o periodonto
Grupo 1:
Saúde periodontal e saúde gengival:
➢ Saúde clínica em periodonto saudável:
➢ Sangramento à sondagem <10%, ausência de edema, eritema e sintomas do
paciente, sem perda de inserção, sem perda óssea radiográfica e sondagem de até
3 mm.
Gengivite associada somente a biofilme:
➢ Gengivite em periodonto íntegro: PS de até 3mm, 10% ou mais do sítios com
sangramento, não tem perda de inserção e perda óssea
➢ Gengivite em periodonto reduzido : Mesma coisa que o anterior, a diferença é que
possui perda de inserção e perda óssea
➢ Gengivite em periodonto reduzido tratado periodontalmente : Histórico de
tratamento de periodontite, perda de inserção, sítios com bolsas de até 3mm, 10%
ou + dos sítios com sangramento e perda óssea radiográfica
Gengivite mediada a fatores locais ou sistêmicos :
➢ Fatores sistêmicos: Tabagismo, hormônios, hiperglicemia e condições
histopatológicas
➢ Fatores locais : retenção de biofilme por iatrogenias (aparelho ortodôntico,
xerostomia - secura bucal)
Associada à medicamento por conta do aumento gengival :
➢ Ciclosporina ( utilizado em transplantado)
Doenças gengivais não induzidas pelo biofilme:
➢ Desordens Genéticas e de Desenvolvimento: Fibromatose gengival hereditária.
➢ Infecções específicas: Papiloma vírus, candidíase e vírus Coxsackie (Mão-pé-boca).
➢ Condições Inflamatórias e Imunes: Alergia de contato e líquen plano.
➢ Processos Reacionais: Granuloma periférico de células gigantes.
➢ Neoplasias: Pré-malignas e malignas.
➢ Lesões traumáticas: Trauma mecânico ou físico.
➢ Pigmentação gengival: melanoplasia.
Grupo 2:
Periodontite :
Quando apresenta perda de inserção = recessão gengival
É uma doença inflamatória crônica, multifatorial, associada ao biofilme,
caracterizada pela destruição progressiva da inserção gengival, para ser
diagnosticado com periodontite é importante observar a perda de inserção clínica em
sítios proximais detectadas em dois ou mais dentes não adjacentes, perda de
inserção vestibular ou palatina de até 3mm, sendo divida em estágio e grau.
Estágio :
1. Estágio 1 : 1 a 2 mm de perda de inserção interproximal e PS de até 4 mm,
sem perda dentária
2. Estágio 2 : 3 a 4 mm de perda de inserção interproximal e PS até 5 mm,
sem perda dentária
3. Estágio 3 : Periodontite grave com potencial de perda de dentes adicional,
5mm ou + de perda de inserção interproximal, PS com 6 mm ou + , com
perda dental de até 4 dentes, lesão de furca grau 2 e 3
4. Estágio 4 : Periodontite avançada com muitas perdas de dentes, 5mm ou +
de perda de inserção interproximal, perda dental de 5 ou + dentes e
disfunção mastigatória
Gravidade:
1. Grau A : Progressão lenta, nenhuma perda em 5 anos, tem grande
progressão de biofilme, mas não tem destruição, não é fumante e nem
diabetico, perda óssea menor que 25%
2. Grau B : Progressão de 2 mm em 5 anos. acumulo de destruição por
biofilme, paciente pode ser diabetico ou fumante - de 10 cigarros, perda
óssea de 0,25 a 1 %
3. Gau C : Progressão = / + 2 mm em 5 anos, grande quantidade de biofilme e
destruição, + de 10 cigarros por dia
Periodontite como manifestação de doença sistêmica :
Periodontite necrosante :
➢ Caracterizada por perda de inserção detectada em doisou mais sítios interproximais
não adjacentes e perda de inserção de 3 mm ou mais na vestibular ou
lingual/palatina em pelo menos 2 dentes.
➢ Doenças periodontais necrosantes em pacientes comprometidos crônica e
gravemente: adultos e crianças.
➢ Doenças periodontais necrosantes em pacientes comprometidos temporária e/ou
moderadamente: pacientes com gengivite e pacientes com periodontite.
➢ Fatores locais relacionados à prótese dental: condições que levam ao acúmulo de
biofilme, reação de hipersensibilidade aos materiais odontológicos e procedimentos
clínicos relacionados à confecção de restaurações indiretas.
Grupo 3:
Outras condições que afetam o periodonto:
➢ Manifestações periodontais de condições sistêmicas (independente da periodontite).
Neoplasias, como carcinoma oral de células escamosas e algumas desordens que
podem afetar os tecidos periodontais, como hiperparatireoidismo e síndrome de
Gorham-Stout.
➢ Abscessos periodontais e lesões endo-perio
➢ Deformidades e condições mucogengivais
➢ Forças oclusais traumáticas
➢ Fatores relacionados ao dente e à prótese
➢ Fatores relacionados ao dente: anatomia, fraturas radiculares e proximidade
radicular.
Doenças e condições peri-implantares:
➢ Saúde peri-implantar
➢ Mucosite peri-implantar
➢ Peri-implantite
➢ Deficiência de tecido mole e duro peri-implantar
DIAGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO:
Diagnósticos possíveis:
➢ Código 0 : Saúde periodontal
➢ Código 1 ou 2 : Gengivite ou periodontite
➢ Código 3 : Gengivite ou periodontite, geralmente é periodontite moderada
➢ Código 4 : Gengivite ou periodontite, geralmente é periodontite severa
➢ * : Agravante de diagnóstico e plano de tratamento
➢ Periodonto saudável - 10% de sangramento
➢ Localizada - maior que 10% ou menor 30% de sangramento
➢ Generalizada - maior que 30%
PLANO DE TRATAMENTO:
➢ Fase I : Instrução de higiene oral, técnica de bass / fio dental
➢ Fase II : Terapia Básica Periodontal (Raspagem) : tendo como objetivo a remoção
dos cálculos aderidos à superfície dentária, além da descontaminação da superfície
radicular, removendo toxinas prejudiciais ao periodonto. Já o tártaro que fica
escondido abaixo da margem da gengiva é retirado com a raspagem subgengival, a
remoção mecânica dos cálculos pode ser feita através de instrumentos manuais,
como as curetas e os raspadores, ou através de instrumentos ultrassônicos.
➢ Fase III : Terapia Cirúrgica, nestes casos são realizadas cirurgias que tem como
objetivo expor as superfícies das raízes dos dentes para proporcionar uma melhor
raspagem.
➢ Fase IV : Terapia periodontal de suporte, neste caso a gengiva é saturada para que
cicatrize e a doença seja eliminada, a periodontite não tem cura mas pode ser
controlada, para evitar que a doença retorne é fundamental que o paciente faça a
Terapia Periodontal de Suporte, que nada mais é do que a consulta de manutenção,
geralmente realizada de 6 em 6 meses. Em alguns casos o uso de antibióticos se
faz necessário para exterminar as bactérias causadoras da periodontite.
NOME E ÁREA DE ATUAÇÃO DOS INSTRUMENTAIS DE RASPAGEM MANUAL:
➢ Curetas Gracey:
5-6: todas as faces dos dentes anteriores
7-8: faces livres dos dentes posteriores
11-12: face mesial dos dentes posteriores
13-14: face distal dos dentes posteriores
➢ Curetas mccall:
13-14: todas as faces dos dentes anteriores
17-18:todas as faces dos dentes posteriores
➢ Ponta Morse:
Utiliza-se na região de ponto de contato onde a cureta não consegue passar
INSTRUMENTAÇÃO PERIODONTAL MANUAL (FORMA DE RASPAR E
PONTOS DE APOIO)
Durante o procedimento de raspagem (Supra e Subgengival) a cureta deve se posicionar na
base do cálculo de forma que a sua remoção se torne mais eficiente.
1. Ângulo de 0°= forma de inserção da cureta na bolsa;
2. Ângulo de 45° = Angulação mais adequada para a raspagem;
➢ Normalmente ele é feito através do dedo anelar, médio ou palma da mão sobre uma
estrutura de apoio que pode estar localizada intrabucal e extrabucal.
Características do ponto de apoio ideal :
➢ O mais próximo possível da área de trabalho
➢ Superfície estável
➢ Estrutura sólida.
AFIAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE RASPAGEM MANUAL:
➢ Primeiramente, deve-se observar a ponta do instrumento antes de iniciar as técnicas
de afiação odontológica. Se ele estiver cego, sua extremidade será arredondada.
➢ Para amolar, é preciso utilizar uma pedra de afiar.
➢ Instrução para afiação:
1. Lubrifique a pedra com água, a lubrificação permite que o material se mova
livremente;
2. Segure o instrumento com firmeza e coloque-o sobre a pedra para afiar formando
um ângulo de 100º a 110º;
3. Primeiro, posicione sua face perpendicularmente à pedra e esfregue-a com
movimentos curtos e leves;
4. Em seguida, deixe sua superfície paralelamente e repita o processo;
5. Verifique a fiação, evitando que o utensílio fique pontiagudo.
REFERÊNCIAS:
→ Newman, M. G. Newman e Carranza - Periodontia Clínica: Grupo GEN, 2020. 9788595151253.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151253/.
→ LANG, N.P.; LINDHE, J. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral, 6ª edição.:Grupo
GEN, 2018. 9788527733052. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527733052/.

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