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Aula 02 História do Processo de infecções hospitalares


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DISCIPLINA
Biossegurança
PROFESSOR(A)
LUIZA RAZZINI TRIERWEILER
O que é Infecção?
Infecção é uma doença que envolve microrganismos
(bactérias, fungos, vírus e protozoários).
BACTÉRIAS	FUNGOS	VÍRUS	PROTOZOÁRIOS
Agente Infeccioso
Hospedeiro
Proliferação
microrganismos responsáveis por causar doenças infecciosas com potencial de transmissão para outros seres vivos.
A invasão desencadeia no hospedeiro uma série de reações do sistema imunológico
Período de incubação
Sinais e
Sintomas
febre;
dor no local afetado;
alteração de exames laboratoriais;
debilidade, etc.
As infecções podem acometer diversas localizações topográficas de um indivíduo (partes do corpo), ou
disseminar-se pela corrente sanguínea.
Infecção Hospitalar
As infecções hospitalares são as mais frequentes e importantes complicações ocorridas em pacientes hospitalizados.
É considerada uma infecção hospitalar, toda infecção adquirida após 72 horas do período de internação;
No Brasil, estima-se que 5% a 15% dos pacientes internados contraem alguma infecção hospitalar.
Além disso, os gastos relacionados a procedimentos, diagnósticos e terapêuticas, fazem com que o custo seja elevado.
Prolongam o tempo de internação, aumentam os custos hospitalares e as taxas de mortalidade, além de contribuir para o sofrimento vivenciado pelo paciente e seus familiares;
Quais são os riscos de um indivíduo adquirir infecção hospitalar?
Evolução Tecnológica
Métodos menos Invasivos
Promove melhorias na qualidade de serviço e assistência, além de reduzir custos e elevar as práticas de gestão. 
A inclusão de equipamentos tecnológicos em conjunto com descobertas científicas traz avanços e melhorias no tratamento de doenças;
Avaliar necessidades de procedimentos invasivos
Tipos de Infecção Hospitalar
Infecção Urinária;
Infecções Cirúrgicas;
Infecções Respiratórias;
Sepse (Infecções presentes no sangue).
Quem está sob maior risco de adquirir infecções?
Pessoas nos extremos das faixas etárias, isto é, recém- nascidos e idosos;
Pessoas com determinados tipos de doenças. Ex: diabetes, leucemias, etc.
Pessoas sob estresse;
	Pessoas com necessidades de drogas imunossupressoras, como quimioterápicos e corticóides;
Pessoas com alterações em suas barreiras naturais;
Pessoas desnutridas;
Pessoas com problemas neurológicos que afetam suas respostas reflexas;
Pessoas obesas (maior risco de infecção cirúrgica pois já apresentam inflamações crônicas);
Fumantes (maior risco p/ infecções cirúrgicas e respiratórias).
Histórias
das Infecções Hospitalares
Existem inúmeros relatos na literatura sobre a transmissão de doenças infecciosas a profissionais da saúde;
A partir da pandemia de HIV/AIDS preocupação com a prevenção tornou-se mais evidente.
O atendimento nos Hospitais (século XIX)
Relatório Tenon (1777) em Paris:
Mortos juntos com vivos e doentes;
Sujeira, umidade e pestilência;
Compartilhamento e camas;
Sarna presente em pacientes, profissionais de saúde e seus familiares;
Morriam um a cada quatro pacientes;
Morriam de 6 a 12% dos funcionários.
Regulamentação da Prevenção de Infecção Hospitalar no Brasil
1983 - Portaria 196 ( Constitui CCIH)
1987 - Portaria 140 (Cria CNIH)
1988 - Portaria 232 (Oficializa a CNIH como Portaria Nacional.
Qual a finalidade de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar?
	Detectar casos de infecção hospitalar, seguindo critérios de diagnósticos previamente estabelecidos.
	Conhecer as principais infecções hospitalares detectadas no serviço e definir se a ocorrência destes episódios de infecção está dentro de parâmetros aceitáveis. Isto significa conhecer a literatura mundial sobre o assunto e saber reconhecer as taxas aceitáveis de infecção hospitalar para cada tipo de serviço.
	Elaborar normas de padronização para que os procedimentos realizados na instituição sigam uma técnica asséptica (sem a penetração de microrganismos), diminuindo o risco do paciente adquirir infecção.
	Colaborar no treinamento de todos os profissionais da saúde no que se refere à prevenção e controle das infecções hospitalares.
	Realizar controle da prescrição de antibióticos, evitando que os mesmos sejam utilizados de maneira descontrolada no hospital.
	Recomendar as medidas de isolamento de doenças transmissíveis, quando se trata de pacientes hospitalizados.
	Oferecer apoio técnico à administração hospitalar para a aquisição correta de materiais e equipamentos e para o planejamento adequado da área física das unidades de saúde.
Quem são os profissionais que participam de uma CCIH?
É necessário que os profissionais que participam de uma CCIH possuam treinamento para a atuação nesta área.
Um médico e uma enfermeira na CCIH de cada hospital. Isto está regulamentado em portaria do Ministério da Saúde.
Todos os hospitais devem possuir Comissão de Controle de Infecção Hospitalar?
Segundo a portaria do Ministério da Saúde n. 2616, de 1998, todos os hospitais devem possuir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.
A lavagem de mãos é a arma mais importante e econômica na prevenção das infecções hospitalares.
A infecção de um paciente pode ser transmitida de um paciente para outro (infecção cruzada), caso a lavagem de mãos não seja praticada.
Avanços
O termo hospital vem do latim hospitālis (“casa de hóspedes”), um hospital é o estabelecimento destinado ao diagnóstico e ao tratamento de doentes, onde se pratica também a investigação e o ensino. O termo também é usado, em sentido figurado, para fazer alusão a qualquer casa onde haja muitos doentes.
HOTELARIA HOSPITALAR
A hotelaria hospitalar nada mais é do que a junção de uma gama de serviços com o objetivo de promover a satisfação de todas as necessidades do paciente, as quais envolvem o seu bem-estar, segurança, privacidade e respeito a valores.
Entre os serviços que podem ser disponibilizados estão:
acompanhamento nutricional;
lavanderia;
camareira;
limpeza e higienização;
áreas de lazer;
gerenciamento de resíduos;
segurança privada;
central telefônica;
paisagismo.
TIPOS E PREPARAÇÃO DE LEITOS
A arrumação do leito compreende as trocas de roupas de cama:
Após o banho;
Após alta do paciente;
Quando o paciente é encaminhado para procedimento cirúrgico;
Ou todas as vezes que se faz necessário.
Em todas as situações, o profissional de enfermagem deve estar atento para o conforto do paciente e a facilidade para transferi-lo da maca para a cama.
CAMA FECHADA
É considerada cama fechada, o leito que está preparado para receber o paciente quando ele é admitido no setor. É feita após higienização da cama e limpeza do quarto.
CAMA DE OPERADO
É a arrumação de leito destinado a receber o paciente no pós-operatório imediato. Apresenta como características as roupas ficarem posicionadas lateralmente na cama, do lado oposto à entrada do paciente no leito, facilitando, assim, a transferência da maca para a cama.
CAMA OCUPADA
É a arrumação feita no momento do banho de leito ou higienização íntima, quando os lençóis são trocados com o paciente sobre a cama.
CAMA ABERTA
É a arrumação realizada na cama quando a cama está sendo ocupada por um paciente, mas ele não permanece no leito o tempo todo. No momento da arrumação do leito, o paciente não está
ocupando-a.
LIMPEZA HOSPITALAR
Para que pacientes e profissionais da saúde desfrutem de um ambiente seguro, a limpeza hospitalar requer procedimentos e materiais de limpeza específicos para eliminação de sujidades e microrganismos.
Os profissionais que realizam os procedimentos de limpeza em ambientes hospitalares devem ter o olhar apurado e constantemente atento para que as condições de higiene estejam sempre em dia.
O que é limpeza concorrente?
A limpeza concorrente é a higienização diária de ambientes de assistência à saúde, que é feita com o objetivo de reduzir os riscos de infecções a pacientes. O procedimento pode ser realizado duas vezes por dia ou sempreque houver necessidade.
Na limpeza concorrente, para conforto, segurança e higiene do ambiente, podem ser encontradas as seguintes tarefas de limpeza:
limpeza de objetos e das mesas de refeição e cabeceira;
higienização das mesas;
limpeza do suporte de soro;
higiene também das cadeiras e outros móveis;
limpeza de travesseiro e colchão;
também limpeza de grades, painéis e escadas.
O que é limpeza terminal?
A limpeza terminal se baseia nas emergências e necessidades das áreas crítica, semicrítica e não crítica, incluindo todas as superfícies e móveis. Ela também visa reduzir sujidades e a presença de microrganismos para diminuir as chances de contaminação, porém de forma ainda mais completa do que a limpeza concorrente.
Ela é realizada sempre após a transferência, alta, internação prolongada ou em caso de óbito do paciente. Além disso, a limpeza terminal também acontece em salas cirúrgicas logo após seu uso.
Assim, todos os objetos do quarto são higienizados, bem como cadeiras de rodas, macas, todos os equipamentos, além de janelas, portas, luminárias e o teto.
Dentre o protocolo de higienização na limpeza terminal, estão:
limpar e desinfectar mesas e suportes;
limpar travesseiros;
higienizar colchões;
limpar camas e macas;
realizar a limpeza de cadeiras e outros móveis do local;
higienizar pisos, paredes, vidros e demais superfícies;
recolher roupas de cama e higienizar os impermeáveis.
PRINCIPAIS ACIDENTES DE TRABALHO
Pesquisa do Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho apontou que os tipos de acidentes de trabalho mais comuns são, respectivamente, o corte e a laceração (21%), as fraturas (17,5%), a contusão e o esmagamento (15,7%), a distorção e a tensão (9,2%) e a lesão imediata (8,16%).
EPIs que previnem acidentes de trabalho na área da saúde
https://www.youtube.com/watch?v=t4xVwoKxQjY
REFERÊNCIAS
Revista Latino-Americana de Enfermagem
Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo CONASS
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