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11/06/2013 1 Diabetes Fisiopatologia da Nutrição Profa MSc Gilmara Péres Rodrigues Definição “Grupo de doenças caracterizado pela incapacidade de regulação da quantidade de glicose no corpo, que leva ao metabolismo inadequado de proteínas, lipídeos e carboidratos” Profa MSc. Gilmara Péres Epidemiologia • Epidemia mundial - Envelhecimento populacional; - Urbanização crescente; - Sedentarismo; - Dietas pouco saudáveis; - Obesidade. • > 180 milhões de pessoas no mundo! • Duplicar até 2030... Profa MSc. Gilmara Péres (WHO, 2008) Profa MSc. Gilmara Péres Epidemiologia • Mortalidade = 2,9 milhões/ano. • 5% das mortes anuais no mundo. • 80% dos casos de países pobres ou em desenvolvimento. • EUA = 23,6 milhões com DM (7,8%). 5,7 milhões não sabe !! (WHO, 2008) Profa MSc. Gilmara Péres Epidemiologia • BRASIL DM e Intolerância à Glicose • Censo Nacional de Diabetes – 1986 a 1988 • Estudos Regionais = prevalência de 12% em 2006 (> 10 milhões) (ADA, 2008; PIMAZONI NETTO, 2008) Sul e Sudeste Profa MSc. Gilmara Péres Epidemiologia • Todas as idades e raças. • Indivíduos brancos mais que negros. • Não difere entre os sexos. 11/06/2013 2 Profa MSc. Gilmara Péres Epidemiologia Capital Diabetes mellitus Intolerância à glicose Belém 7,2 9,5 Brasília 5,2 4,5 Fortaleza 6,5 5,8 João Pessoa 7,9 7,2 Porto Alegre 8,9 12,2 Recife 6,4 5,4 Rio de Janeiro 7,5 9,2 Salvador 7,9 4,8 São Paulo 9,7 11,2 TOTAL 7,6 7,8 Tabela 1 - Prevalência do diabetes mellitus e intolerância à glicose na população de 30 a 96 anos em algumas capitais brasileiras: Profa MSc. Gilmara Péres Tipos e Causas Tipo de Diabetes Causa Diabete Insípido Secreção Inadequada de Hormônio Antidiurético Diabete Tipo I Deficiência de Insulina Diabete Tipo II Resistência à Insulina ou Falha na capacidade dos tecidos de utilizarem insulina Insulina insuficiente em relação às necessidades do corpo Profa MSc. Gilmara Péres Tipos e Causas Tipo de Diabetes Causa Diabete Gestacional Resistência à Insulina durante a gravidez, como resultado da produção elevada de hormônios pelo corpo. Incapacidade de produzir insulina adicional, necessária durante a gravidez. Profa MSc. Gilmara Péres Condições secundárias Condições secundárias que levam à deficiência ou resistência à insulina •Doenças pancreáticas que destroem as células β. •Síndromes hormonais que interferem na secreção de insulina ou causam resistência periférica à insulina. • Estresse (doenças graves ou cirurgias) devido ao aumento de glucagon, catecolaminas, cortisol e hormônio do crescimento. •Algumas medicações: fenitoína, glicocorticóides e estrogênios. Profa MSc. Gilmara Péres Não Esquecer! Distúrbio Multifatorial Defeitos Genéticos Fatores Ambientais Profa MSc. Gilmara Péres Relembrando... Glicose • Glicose = o que é? Importância? • Excesso de glicose • Glicogênio • Glicose sérica = liberação de insulina 11/06/2013 3 Profa MSc. Gilmara Péres Relembrando... Insulina • Insulina = o que é? Importância? • Hormônio anabólico. • Captação de glicose para muitas células. • Não é necessária para a captação de glicose: Fígado Músculos Adipócitos Cérebro Hemácias Rins Cristalino Profa MSc. Gilmara Péres Relembrando... Insulina • Funções: - Utilização da glicose; - Síntese de proteínas; - Formação e armazenamento de lipídeos; - Facilitação do transporte de potássio, fosfato e magnésio para dentro das células. Profa MSc. Gilmara Péres ... Na ausência de insulina, a glicose ainda é capaz de entrar nas células do cérebro, do sangue, dos rins e do cristalino. Isso parece uma propriedade benéfica. Qual seria a desvantagem da falta de insulina e do excesso de glicose na circulação Para essas células? Profa MSc. Gilmara Péres Relembrando... Pâncreas • Localizado atrás da porção mais baixa do estômago. • Inervado pelo SNA. • Funções endócrinas e exócrinas. Profa MSc. Gilmara Péres Relembrando... Pâncreas • Pâncreas Endócrino: - Insulina e Glucagon • Pâncreas Exócrino: - Enzimas Digestivas - Líquidos Alcalinos (ducto pancreático) Duodeno Profa MSc. Gilmara Péres Relembrando... Pâncreas ILHOTAS DE LANGERHANS • Mobiliza glicogênio do fígado • Inibe secreção de insulina. • Utilização da glicose. • Regulam (inibem) as células α e β Células α = Glucagon. Células β = Insulina. Células δ = Somatostatina e Gastrina. 11/06/2013 4 Profa MSc. Gilmara Péres Relembrando... Pâncreas PERIFERIA DAS ILHOTAS • Inibem a liberação de enzimas digestórias do pâncreas exócrino. Células F = Polipeptídeos Pancreáticos Profa MSc. Gilmara Péres ... Se você não tomasse café-da-manhã e tivesse níveis sanguíneos de glicose muito baixas, Quais células das Ilhotas de Langerhans seriam estimuladas? Profa MSc. Gilmara Péres Relembrando... Pâncreas • Controle do metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas. • Sistema de Retroalimentação. • Homeostasia. • Secreção de Insulina: glicose aminoácidos K, P e Mg glucagon e gastrina Profa MSc. Gilmara Péres Relembrando... Pâncreas • Secreção de Insulina: Redução de glicose sérica Níveis altos de insulina Estimulação das células alfa Insulina = Hipoglicemia Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Insípido “Condição de insuficiência de ADH que resulta na incapacidade corporal de concentração ou retenção de água”. Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Insípido Causas: • Produção insuficiente de ADH pelo hipotálamo ou secreção ineficaz pela hipófise posterior. • Resposta renal inadequada à presença de ADH, também chamada de Diabete Insípido Nefrogênico. 11/06/2013 5 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Insípido Causas: • Ingestão extremamente alta de líquidos e diminuição dos níveis de ADH Intoxicação por água Transtorno Psiquiátrico Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Insípido Fisiopatologia: Osmorreceptores hipotalâmicos após trauma ou cirurgia na região do hipotálamo ou próximas. DI Nefrogênico = IRC, toxicidade ao lítio (maníaco-depressivo), hipercalcemia, hipocalemia ou doenças túbulo renais. Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Insípido Fisiopatologia: DI Nefrogênico = CASOS RAROS - Origem genética - Distúrbio ligado ao cromossomo X. Que efeito a ingestão de álcool causa aos níveis de ADH? Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Insípido Manifestações Clínicas: • Dependem da gravidade da DI. • Poliúria - Urina altamente diluída - Gravidade específica baixa • Polidipsia • Hiperosmolalidade sérica • Desidratação grave • Morte. Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Insípido Critérios Diagnósticos: • História da Doença Pregressa:- Cirurgia recente para remoção de tumor do cérebro - Cirurgia craniana - Trauma na cabeça • Exame Físico Cuidadoso do Paciente: - Sinais de desidratação - Alargamento da bexiga Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Insípido Critérios Diagnósticos: • Análises laboratoriais: - Concentração de solutos séricos - Níveis de ADH - Gravidade específica da urina Parâmetros Valor Diagnóstico Gravidade específica da urina < 1,005 Osmolalidade < 200 mOsm/Kg 11/06/2013 6 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Insípido Tratamento: • Hidratação: Ingestão de líquidos para repor a perda de urina. • Em casos de sede inadequada: - Hidratação intravenosa - Solução Hipotônica • Desmopressina (DDAVP) = vasopressina • Pode ser necessário por toda a vida! Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 “Condição crônica, marcada pela deficiência absoluta ou significativa de insulina, ocasionada pela destruição das células β do pâncreas.” • 10% dos indivíduos diabéticos • Diabete Melito Dependente de Insulina • Diabete Juvenil (10 e 14 anos) Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Fisiopatologia: • Etiologia Multifatorial: - Influências genéticas e ambientais Destruição autoimune das células β Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Fisiopatologia: • Pesquisa realizada com gêmeos idênticos: - O risco aumenta de 25 a 50% para o outro gêmeo se um dos dois for diagnosticado. Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Fisiopatologia: • Exposição a agentes ambientais, como vírus ou toxinas Destruição mediada por células e um processo de autoimunidade. • Exs: caxumba e rubéola intrauterina Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Fisiopatologia: • Mecanismos imunes mediados por células = linfócitos T citotóxicos Destroem as células β Resposta Inflamatória Crônica: - Destruição das células β - Falha na secreção de insulina 11/06/2013 7 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Fisiopatologia: • Nos estágios iniciais da destruição imune: - anticorpos anti-células β - glicemia em níveis normais Pré-Diabetes Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Fisiopatologia: • Manifestações clínicas ocorrem quando os anticorpos destroem 80 a 90% ou mais !!! • Pâncreas exócrino torna-se fibrótico. • Atrofia das células acinares. Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Fisiopatologia: • Afeta as células α: - glucagon • Hiperglicemia • Hipercetonemia Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Fisiopatologia: • Hiperglicemia = resultado do acúmulo de glicose sanguínea circulante. • Hipercetonemia = resultado da remoção dos estoques de gorduras e proteínas para obtenção de energia. Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Fisiopatologia: Ausência de Insulina Estimula lipólise Oxidação de Gorduras Hiperceto nemia Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Fisiopatologia: • Hipercetonemia - ácido acetoacético - acetona - ácido β-hidroxibutírico • Cetoacidose Metabólica 11/06/2013 8 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Fisiopatologia: • Hiperglicemia Diurese Osmótica “Excesso de glicose atrai água para o interior dos rins, ocasionado eliminação da glicose, eletrólitos e água pela urina, podendo resultar em desidratação grave” Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Fisiopatologia: • Hiperglicemia: - Enfraquece a função dos leucócitos - Promove infecções - Prejudica a cicatrização de ferimentos. Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Manifestações Clínicas: Polidipsia = sede excessiva Poliúria = excesso de urina Polifagia = fome excessiva Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Manifestações Clínicas: Noctúria = eliminação de urina à noite Fadiga, Letargia, Perda de Peso Visão Embaçada Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 11/06/2013 9 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Critérios Diagnósticos: • História completa do paciente • Exame Físico • Testes Laboratoriais Parâmetros Valores Diagnósticos Glicose sanguínea de jejum Acima de 126mg/dl Glicose em medições aleatórias Acima de 200mg/dL Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Critérios Diagnósticos: • Detecção do nível de cetonas na urina. • Níveis na urina são proporcionais aos níveis no sangue. • Autoanticorpos das ilhotas Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Tratamento: Requer equilíbrio entre: Consumo de CHO Exercícios Físicos Reposição à Insulina Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Objetivo do Tratamento: • Estabilização dos níveis de glicose no sangue para o limite esperado de 70 a 120 mg/dL • Monitoramento da glicemia Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Dieta: • O consumo de alimentos deve atender as necessidades metabólicas do corpo e a disponibilidade de insulina. • Deve incluir CHO complexos, proteínas e fontes de gordura insaturada. • Limitar o consumo de açúcares simples, colesterol e gorduras saturadas. 11/06/2013 10 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Dieta: • Razão entre CHO e Insulina: - 10 a 15g de CHO : 01 unidade de insulina de ação rápida. Exercícios: glicemia utilização pelas células musculares Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Atividade Física Insulina Atividade Física Alimentos Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Terapia de Reposição da Insulina: • Essencial ao plano de tratamento • Consumo oral = destruída no TGI • Início, pico e duração da ação podem variar de acordo com o tipo de insulina. Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Quanto ao tempo de ação: •Curta ação: ultra-rápidas e rápidas • Intermediária: lentas e NPH •Longa ação: ultra-lentas Quanto à origem: •Bovinas •Suínas •Humanas Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 • Deve ser injetada por baixo da pele com injeções intermitentes ou com bomba de infusão de insulina. • Locais de aplicação: •Braços –parteexterna e superior •Coxas –parte anterior e lateral •Região abdominal •Região glútea 11/06/2013 11 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 1 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 • Resistência e Redução de Insulina • Diminuição da sensibilidade do tecido à insulina • Diminuição da secreção adequada de insulina. • 90% dos casos de diabetes. Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 • Diabete Não-Dependente de Insulina • Diabete relacionada aos adultos • Maior incidência entre a idade adulta a partir dos 45 anos. • A prevalência entre indivíduos com menos de 45 anos está aumentando. - Forma rara (herança autossômica dominante). Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Fisiopatologia: • Causa exata desconhecida. • Fatores genéticos e ambientais. • Fator de risco mais significativo é a obesidade: 90% dos DM 2 são obesos. • Acima do peso = Resistência à Insulina • Compensar a resistência = aumento da produção de células β • Desenvolvem o DM 2! Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Fisiopatologia: • Outros fatores de risco: - Idade acima de 30 anos - História familiar de DM 2 - Norte-americano nativo, espanhol, asiático (ilhas pacíficas) ou negro. - Mesma incidência entre homens e mulheres. Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Fisiopatologia: Resistência à Insulina Fígado Músculo Tecido Adiposo Hiper glicemia 11/06/2013 12 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Fisiopatologia: • Bloqueiam os receptores de insulina na membrana plasmática das células. • Impede a entrada de glicose. - Resistência periférica à insulina - Liberação de ácidos graxos livres - Liberação de citocinas Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Fisiopatologia: • GLUT 1- captação de glicose basal e glicose não mediada por insulina • GLUT 2- células beta das ilhotas para sinalização e percepção dos valores sanguíneos de glicose e consequente liberação de insulina Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Fisiopatologia: • GLUT 3- cérebro, não dependente de insulina • GLUT 4- dependente de insulina, presente especialmente em músculos e tecidos adiposos Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Fisiopatologia: • Níveis inadequados de insulina e Resistência Periférica: - Células β não respondem adequadamente aos níveis de glicose circulante. - Liberação de glicogênio pelo fígado e inibição da secreção da insulina pelo glucagon = hiperglicemia Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Fisiopatologia: • Níveis inadequados de insulina e Resistência Periférica: - Receptores de insulina no fígado, músculo e tecido adiposo não respondem... - Tecidos incapazes ou resistentes para a utilização da insulina. 11/06/2013 13 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Fisiopatologia: Níveis altos de lipídeos séricos Depósito de gordura no pâncreas Esclerose Danos a função Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Manifestações Clínicas: • Insidiosas e Inespecíficas • Em alguns casos: poliúria, polifagia, polidipsia Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Manifestações Clínicas: • Na maioria das vezes: relacionadas às complicações de longo prazo - alterações visuais, renais, doença arterial coronariana, doença vascular periférica, infecções recorrentes ou neuropatia. Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Manifestações Clínicas: Obesidade Hiperlipidemia Diabetes Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Critérios Diagnósticos: • Medições aleatórias de glicose • Medições de glicose em jejum • Assintomáticos = muitos anos sem diagnóstico. • Maior dificuldade = diferenciar DM1 e 2 • Tipo 02 pode ter glicose inferior ao do tipo 01 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Critérios Diagnósticos: • Suspeita de DM 2: - 02 medições de glicose sanguínea de jejum acima de 126 mg/dL - Glicose plasmática entre 110 e 125 mg/dL = glicose em jejum inadequada Monitoramento cuidadoso 11/06/2013 14 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Critérios Diagnósticos: • Presença de anticorpos contra as células β = tipo 01 • Níveis de peptídeo C = determinação da produção funcional de insulina (80 a 400ng/dL) = DM 2 acima de 01ng/dL. • 25% apresentam retinopatia • 09% apresentam neuropatia • 08% apresentam nefropatia Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Tratamento: • Controle de peso - Plano individualizado de nutrição e exercícios - Hipoglicemiantes orais - Terapia de reposição da insulina • Objetivo do tratamento: manutenção dos níveis ótimos de glicose no sangue. Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Tratamento: • Atividade física: - aumenta a captação de glicose sem aumentar a necessidade de insulina. - melhora a sensibilidade à insulina. - diminuição da gordura corporal. - aumento de endorfinas. - melhora na saúde cardiovascular. - controle de peso. Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Melito Tipo 2 Tratamento: • Hipoglicemiantes orais: - Aumentar a liberação de insulina pelo pâncreas - Captação de insulina - Diminuir a liberação de glicose pelo fígado. Profa MSc. Gilmara Péres Diabete MelitoTipo 2 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Gestacional “Qualquer grau de intolerância à glicose ocorrida durante a gravidez”. • Costuma ser temporária • Em alguns casos, existe risco de desenvolver DM 2 • Ocorre em decorrência da resistência à insulina = incapacidade do pâncreas de produzir insulina adicional para manutenção da placenta. 11/06/2013 15 Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Gestacional • Fatores de risco: - História familiar do DM - 05 ou mais gestações prévias - Gestações anteriores de bebês macrossômicos. • Ocorre em 4 a 14% das gestações • Diagnosticada no 5º ou 6º mês Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Gestacional • Tratamento: - Modificação da Dieta - Exercícios - Insulina • Controle rigoroso da glicemia • Prevenir a superestimulação do pâncreas fetal • Não são recomendados hipoglicemiantes orais Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Gestacional • Se não for tratado: - Macrossomia fetal - Hipoglicemia - Hipocalemia - Hiperbilirrubinemia - Incidência 5 a 10% maior de anormalidades de desenvolvimento (espinha bífida ou defeitos cardíacos) Profa MSc. Gilmara Péres Diabete Gestacional • Se não for tratado: - Aumento do risco de hipertensão crônica para a mãe - Parto cesáreo - Aumenta o risco materno de desenvolver DM2 mesmo após gravidez e parto finalizados. Dados importantes da anamnese do paciente diabético - Modo de apresentação do diabetes - Sintomas do início do quadro, peso ao diagnóstico, sua evolução e o quadro clínico atual - História de fetos macrossômicos - Medicações utilizadas - Rastrear complicações agudas e crônicas - História familiar de DM no tipo 2 e doenças auto- imunes no tipo 1 Profa MSc. Gilmara Péres Dados importantes do exame físico do paciente diabético - Peso e altura - Circunferência abdominal - Pressão arterial - Avaliação do estado clínico do paciente - Avaliação da cavidade oral - Avaliação dos pés Profa MSc. Gilmara Péres 11/06/2013 16 Complicações Agudas • Cetoacidose Diabética • Hipoglicemia • Estado hiperglicêmico hiperosmolar não cetótico Profa MSc. Gilmara Péres Definição de hipoglicemia Tríade de Whipple • Sinais e sintomas de hipoglicemia • Glicemia plasmática <69mg/dia • Reversibilidade dos sintomas após administração de glicose Profa MSc. Gilmara Péres Sinais e sintomas Adrenérgicos (Glicemia < 50mg/dl) • Tremores • Sudorese • Palidez • Palpitações Colinérgicos • Náuseas, vômitos, fome intensa Profa MSc. Gilmara Péres S in a is e s in to m a s • Hipoglicemia leve a moderada – Distúrbio de comportamento – Tonturas, Cefaléia – Fraqueza, visão turva – Dificuldade de concentração – Dificuldade para falar Neuroglicopênicos Profa MSc. Gilmara Péres S in a is e s in to m a s • Hipoglicemia severa – Confusão mental – Torpor – Coma – Convulsão – Hemiplegia Neuroglicopênicos Profa MSc. Gilmara Péres Condições de Risco • Uso de insulina – Insulinoterapia recente – Troca de insulina – Erros na dose e horário da administração • Omissão alimentar • Realização de exercício não usual • Educação em diabetes deficiente Profa MSc. Gilmara Péres 11/06/2013 17 Cetoacidose diabética Deficiência de Insulina Fígado Gliconeogênese aumentada Periferia Utilização da glicose Periferia Utilização da glicose Fígado Cetogênese Aumentada Hiperglicemia Cetoacidose Profa MSc. Gilmara Péres Cetoacidose diabética Quadro clínico • Poliúria e polidipsia; Dor abdominal • Náuseas e vômitos • Hálito cetônico •Respiração de Kussmaul •Sonolência Profa MSc. Gilmara Péres Cetoacidose diabética Condições de risco • Doença febril aguda • Uso concomitante de hiperglicemiante • Suspensão da insulina e Excesso alimentar • Diabéticos previamente mal controlado • Forma de apresentação do DM1 Profa MSc. Gilmara Péres Estado hiperosmolar não cetótico • Hiperglicemia intensa • Desidratação profunda • Depressão do sensório • Osmolaridade elevada • Só ocorre no DM2 Profa MSc. Gilmara Péres COMPLICAÇÕES CRÔNICAS Microangiopatia Retinopatia Nefropatia Macroangiopatia Coronária Cerebral Periférica Neuropatia Polineuropatia simétrica distal Focal Autonômica Pé diabético Determinantes das complicações • Duração do diabetes • Grau de controle metabólico • Susceptibilidade genética Profa MSc. Gilmara Péres Complicações Complicações Agudas • Hipoglicemia • Cetoacidosediabética Crônicas • Doença Coronariana • AVC • Doença Vascular Periférica • Retinopatia • Nefropatia • Neuropatia diabética Profa MSc. Gilmara Péres 11/06/2013 18 COMPLICAÇÕES CRÔNICAS QUANDO SE PREOCUPAR DM 1 Após 5 anos do diagnóstico, anualmente Na puberdade DM 2 Ao diagnosticar e anualmente AMBOS OS TIPOS – ATENÇÃO ESPECIAL Longa duração Mal controlados Hipertensos Fumantes, alcoólatras Gestação Retinopatia Profa MSc. Gilmara Péres RASTREAMENTO DAS COMPLICAÇÕES NEUROPATIA PERIFÉRICA • Exame neurológico NEFROPATIA Microalbuminúria (24h ou amostra isolada) Exame comum de urina RETINOPATIA Fundo de olho com pupila dilatada CARDIOPATIA ECG e/ou teste de esforço PÉ DIABÉTICO Exame do pé Profa MSc. Gilmara Péres Fundo de Olho normal Profa MSc. Gilmara Péres Retinopatia diabética Profa MSc. Gilmara Péres 26 • Bexiga neurogênica: infecções urinárias de repetição, dificuldade na micção • Hipotensão postural: queda de 20 mmHg na pressão sistólica • Gastroparesia: empaxamento, desconforto epigástrico • Diarréia do diabético: intercalada com obstipação • Alterações da sudorese • Disfunção erétil NEUROPATIA AUTONÔMICA Profa MSc. Gilmara Péres Neuropatia 11/06/2013 19 Sinal da Prece Profa MSc. Gilmara Péres Pé Diabético gilmara.peres@hotmail.com