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PODCAST AULA 01


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Podcast 
Disciplina: PIS, COFINS e Impostos do Comércio Exterior 
Título do tema: Noções gerais sobre o PIS e a COFINS e sua 
incidência na importação 
Autoria: João Paulo Carniato Genta 
Leitura crítica: João Alfredo Lopes Nyegray 
 
Abertura: 
Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar dos efeitos econômicos da 
COFINS na economia brasileira. 
No Brasil, não é de hoje que existe tributação sobre as receitas das pessoas 
jurídicas. Este fato faz parte da rotina brasileira desde o início dos anos 1980, 
com a contribuição ao Fundo de Investimento Social (Finsocial), instituída pelo 
Decreto-Lei n° 1.940/1982. Quatro décadas depois, um tributo de mesma 
categoria ainda é cobrado pelo governo federal – a Contribuição para o 
Financiamento da Seguridade Social (COFINS), que financia gastos das áreas 
de saúde, previdência e assistência social. 
Por ser uma das principais receitas de competência da União, a COFINS é 
cobrada de duas formas: regime cumulativo e não cumulativo, o primeiro 
utilizado quando as empresas optam pelo modelo de lucro presumido, já o não 
cumulativo ocorre quando a empresa opta pelo Lucro Real. a partir do modelo 
tributário de cada empresa. Além disso, existem tratamentos especiais para 
determinados setores, como é o caso do setor automotivo que possui alíquotas 
menores, com alíquotas diferenciadas para cada regime, exigência de cálculo 
das receitas mensais e possíveis deduções no tributo devido dependendo da 
situação. 
Em relação à parte econômica, existem alguns estudos que mostram uma 
evolução da COFINS negativa da contribuição em anos de aumento do PIB e 
de crescimento em anos de queda no PIB brasileiro. Com esse fato, é possível 
que exista ineficiência tributária no modelo que atualmente a COFINS funciona, 
gerando o que na economia é conhecido como “peso morto”. 
O efeito do “peso morto” acontece quando a tributação afeta o comportamento 
dos agentes econômicos, impactando de maneira direta a dinâmica dos 
mercados. Para descomplicar, vamos a um exemplo: o “peso morto” ocorre 
quando um consumidor deixa de comprar um produto devido ao aumento do 
seu preço, trocando-o por outro mais barato, na maioria das vezes de menor 
qualidade e que ele não gosta muito. Esta situação é ruim para todos os 
agentes envolvidos, em primeiro lugar, o governo, que não arrecada o tributo 
do produto desejado pelo comprador; o comerciante, que deixou de realizar 
uma venda; e o consumidor que teve que comprar uma mercadoria diferente e 
que lhe gera menos satisfação. Isto prova que o governo, ao aumentar a carga 
tributária, impede que uma série de negócios sejam feitos e que com certeza 
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terão efeitos nos resultados econômicos, existindo inclusive um conceito na 
economia que apresenta essa relação, chamado de Curva de Laffer, usada 
para ilustrar o conceito de "elasticidade da receita tachável”. 
O peso morto gera consequências negativas no curto e no longo prazo no 
crescimento econômico do país. Pois é natural que os consumidores buscam 
sempre gastar menos, o que gera um efeito cascata, diminuindo a receita das 
empresas e consequentemente do governo, que adquire recursos de maneira 
proporcional às receitas das empresas, como é o caso da COFINS. 
Então o que fazer para melhorar essa situação? Primeiramente, melhorar a 
comunicação da União sobre as informações sobre a arrecadação, pois o 
Brasil é um país conhecido por ter um regime tributário complicado. Em 
segundo lugar, reorganizar a tributação de maneira a prevenir uma 
concentração em alguns setores. E, para finalizar, melhorar o sistema de 
abatimento dos créditos da COFINS que já foram pagos anteriormente, porque 
acaba com o efeito cascata da COFINS e reduz o peso do tributo no preço dos 
produtos e gerando mais atividade econômica e, consequentemente, mais 
tributos ao governo. 
Fechamento: 
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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