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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI PRÁTICA PROFISSIONAL OURO VERDE DE MINAS - MG PERCEPÇÃO DE EDUCADORES SOBRE O PROCESSO DE INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI SARA GONÇALVES DE ALMEIDA PERCEPÇÃO DE EDUCADORES SOBRE O PROCESSO DE INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL OURO VERDE DE MINAS 2023 Trabalho apresentado a disciplina Prática Profissional, do Centro Universitário FAVENI, no Curso de Educação Especial, como pré-requisito para aprovação. 1. TÍTULO Educação especial na visão do professor regente, buscando pensar uma melhor parceria com as famílias e demais profissionais que atuam com as crianças com deficiências. 2. APRESENTAÇÃO Este trabalho é uma Análise Crítica da Prática Pedagógica que consistiu em pesquisa e intervenção voltada para educadoras no que se refere as suas percepções sobre o trabalho de inserção das crianças com deficiência nas unidade de ensino. Com o plano de ação previamente elaborado, foi realizada uma entrevista com educadores de uma certa instituição na rede Municipal da minha cidade, além de uma troca de experiências sobre a inserção e inclusão das crianças com deficiência na educação infantil. O público alvo desse trabalho consistiu de educadoras que atendem crianças, na faixa etária entre 4 a 6 anos. Para a coleta de dados foram feitas três entrevistas semiestruturadas, gravadas e transcritas. As educadoras entrevistadas possuem a faixa etária de 33 a 50 anos, com formação acadêmica em Pedagogia e outras com especialização. Sabe-se que é de fundamental importancia o papel do professor regente como mediador no processo ensino e aprendizagem, mas também deve-se considerar que para realizar a inclusão todos devem contribuir e participar, independente das diferenças de cada um. O conhecimento e compreensão da educação inclusiva e da ação do professor regente que nesse contexto exige, de início, que se entenda como a humanidade por séculos tratou e ainda trata o indivíduo com deficiência. Pelo olhar da sociedade essas pessoas passaram por diferentes momentos históricos, como retrata Rodrigues e Lima (2017), para quem essa compreensão é necessária para entender os direitos que atualmente são revertidos a essas pessoas, qual o papel da educação inclusiva e as lutas travadas contra o preconceito e a exclusão. Mantoan (2005, p. 9) nos diz que: O objetivo da integração é inserir um aluno, ou grupo de alunos, que já foi anteriormente excluído, e o mote da inclusão, ao contrário, é o de não deixar ninguém no exterior do ensino regular, desde o começo da vida escolar. As escolas inclusivas propõem um modo de organização do sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado em função dessas necessidades. Mantoan (2005) esclarece que a inclusão escolar é integração ou inserção de todos aqueles alunos que de uma forma ou de outra foram excluídos no ensino regular, e que agora são inseridos diante de uma nova configuração ou organização do sistema educacional para atender as necessidades desses alunos. É sabido que a inclusão escolar propõe um ensino que possa atender a todos, sem distinção, como forma de um direito constituído, e que acolha tantos deficientes, os ditos “normais”, respeitando sua cultura e diversidade. 3. OBJETIVOS . O Objetivo geral: Analisar a percepção das educadoras sobre o processo de inclusão de crianças com deficiências na Educação Infantil Os objetivos específicos Identificar como cada profissional percebe a situação das crianças com deficiências dentro da Instituição. Analisar quais são os desafios e perspectivas para uma Inclusão de qualidade. 4. METODOLOGIA Para a compreensão do objeto de estudo, ou seja, do papel do professor regente na inclusão escolar, optou-se por uma pesquisa bibliográfica, em uma revisão de literatura das fontes secundárias de teóricos e especialistas, e entrevista com professores da área dando assim, uma visão panorâmica. No campo educacional a inclusão de pessoas recebe atenção de dois grupos: o mais radical, que luta em favor da inclusão de todas as pessoas no meio educacional, mesmo daqueles que apresente um grau mais severo (MANTOAN, 2002, 2004, 2005; MARTINS, 2003; STAINBANCK, 1999), e o grupo dos moderados - do qual compactuo com os pressupostos e perspectivas, que flexibiliza a possibilidade de acesso de determinados casos às classes regulares em função de suas próprias limitações físicas e psicológicas, necessitando de um acompanhamento especializado a fim de resguardar sua integridades. (CARVALHO, 2004, OMOTE, 2004). Mesmo com as diferenças desses grupos, é perceptível considerar a necessidade e urgência de uma escola inclusiva, que é fruto não só de mudanças sistêmicas isoladas, mas conta com outros atores educacionais como a sociedade e família, como esclarece Gadotti (2007, p. 12) A escola não pode mudar tudo e nem pode mudar a si mesma sozinha. Ela está intimamente ligada à sociedade que a mantém. Ela é, ao mesmo tempo, fator e produto da sociedade. Como instituição social, ela depende da sociedade e, para se transformar, depende também da relação que mantém com outras escolas, com as famílias, aprendendo em rede com elas, estabelecendo alianças com a sociedade, com a população. Para consumação do processo de inclusão escolar são necessárias mudanças nas escolas, comunidade escolar, famílias e na população de em geral, são parceiras fundamentais e colaborativas nesse processo de inclusão escolar. Mudanças a níveis estruturais, de organização, de material didático, de práticas pedagógicas, de mudança de mentalidade da sociedade e das famílias acerca da consciência da igualdade e o respeito à diferença do outro. Nisso, Gentili (2003, p. 54) pontua: E esse é um dos desafios fundamentais de uma educação que contribua para quebrar o encanto do desencanto, para nos livrar da resignação, para recuperar ou para construir nossa consciência em critérios de igualdade de justiça, uma sociedade na qual a proclamação da liberdade individual não questiona os direitos e a felicidade de todos. Uma sociedade em que a diferença seja uma possibilidade para a construção de nossa autonomia, não o argumento para legitimar injustas desigualdades econômicas, sociais e políticas. A consciência de respeito e igualdade para todas as diversidades ou a diferença do próximo são pilares fundamentais da inclusão escolar, e isso requer mudanças tanto na escola, quanto na sociedade e família. Compreender a justiça social, de igualdade entre as pessoas, respeito mútuo, e saber conviver, são fundamentais na construção de um ethos social, que irá combater todo tipo de injustiça, desigualdade, violência estrutural e institucional em que a sociedade vive. Por isso, a inclusão escolar perpassa por estes princípios de igualdade, respeito à diversidade, raça, cor, gênero, condição social, e tantos outros elementos constitutivos do ser humano. A criança com deficiência não pode estar em um mundo para desenvolver suas habilidades. É necessário que ela receba os benefícios tecnológicos e de reabilitação sempre interagindo com o ambiente ao qual ela pertence. O ambiente escolar para estas crianças é o espaço, por natureza, de interação uns com os outros. O aprendizado de habilidades tem muito mais sentido quando a criança se encontra em um ambiente compartilhado que permite o convívio. A inclusão escolar é a oportunidade para que realmente a criança com deficiênciasnão esteja à parte, realizando atividades meramente condicionadas e sem sentido. Para haver a real inclusão das crianças com deficiências no processo educativo é necessário reconhecer a criança como pessoa que possui direito à escolarização e após criar diversas estratégias educativas que possam contemplar os objetivos traçados, tanto para as crianças com deficiências, como para as sem deficiências. CRONOGRAMA ATIVIDADES OBJETIVOS/ESTRATÉGIAS DESCRIÇÃO APLICAÇÃO Verificar nível de conhecimento sobre o assunto, e práticas Observação e trabalho de campo com as educadoras. REUNIÃO Breve conversa com trocas de experiências A reunião aconteceu com as 3 professoras separadamente, ouvi o ponto de vista delas, com uma breve conversa sobre o assunto, e suas experiencias e apresentei a elas o meu ponto de vista ENTREVISTA Foram 3 educadoras escolhidas pelos seguintes critérios: Após apresentar minha proposta, essas foram as professoras mais receptíveis e interessadas em debater sobre o assunto. Agosto: Pesquisa de campo e observação em diário de bordo. Setembro: Reunião para discussão sobre a Inclusão e a real situação da Educação Inclusiva, e entrevistas com três educadoras na Instituição Escola Municipal Pingo de Gente. Para a elaborar e executar o plano de ação foram utilizados alguns procedimentos metodológicos trabalhados, para que fosse concluída e analisada. A partir da realização da reunião e apresentação do projeto, discussão, de experiências e entrevistas é que se pode ter o desenvolvimento e conclusão do trabalho aqui apresentados. 1ª fase: Realização de uma breve reunião com a apresentação do do meu projeto sobre a inclusão dentro da educação infantil com o objetivo de informar e discutir com as educadoras sobre a situação real dentro da Instituição que atuam. Nesse momento, foram abordados pontos positivos, negativos e possíveis intervenções para uma Educação Inclusiva com maior qualidade. 2ª fase: Abordamos e discutimos casos reais de educadores que já tiveram a oportunidade e foram responsáveis por classes inclusivas, que possuíam uma ou mais crianças com deficiências e também educadores que ainda não tiveram a experiência e que poderá ter mais conhecimento sobre o assunto e tivemos várias trocas de experiências. 3ª fase: Aplicação de um questionário/entrevista com três educadoras ao final da intervenção para a análise das repostas e posteriores possíveis modificações e mudanças. 5. RECURSOS NECESSÁRIOS Os recursos utilizados foram canetas e papel para as respostas das entrevistas, celular pois as entrevistas foram gravadas com autorização das entrevistadas. 6. RESULTADOS ESPERADOS Os resultados que espero com este trabalho sobre o ponto de vista dos educadores sobre a Inclusão na Educação Infantil, é ter experiência com a diversidade e a inclusão que foi conquistada com muita luta. Após realizar estudos sobre a inclusão pude perceber que o processo de inclusão está garantido por lei para todas as crianças, com essa entrevista espero conseguir fazer uma análise se realmente tem se efetivado nas instituições através de recursos financeiros e investimentos nessa área seja através dos profissionais de Educação Especial que atuam diretamente com as crianças e também com os educadores regulares, no sentido de dar condições de uma maior formação desses profissionais e conscientização. E também o ponto de vista de cada um e pontos que precisam ser discutidos e melhorados, sempre pensando no bem estar das nossas crianças. 7. REFERÊNCIAS AMARAL , D.P..Paradigmas da Inclusão Uma introdução. Em: F.P. Nunes Sobrinho (org.) (2003). Inclusão educacional pesquisa e interfaces (p.p 11- 20). Rio de Janeiro: Livre Expressão. BEHRENS, Marilda. O paradigma emergente e a prática pedagógica. Petrópolis: Vozes, 2005. BRASIL. Lei Nº 7.853, de 24 de outubro de 1989. Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências. Diário Oficial da União. 24 out 1989. Bueno, J.G.S. (1999). Crianças com Necessidades educativas especiais, Política Educacional e a Formação de Professores: Generalista ou Especialista? Revista Brasileira de Educação Especial, 3, (5), 7-25. Capacitação de professores: pré-requisito para uma escola aberta à diversidade. Revista Souza Marques, vol. I, p.16 -23,2000. DE VITTA, F. C. F.; EMMEL, M. L. G. A dualidade cuidado x educação no cotidiano do berçário. Paidéia, Ribeirão Preto, v.14, n. 28, p.177-189, 2004. FRANCO, M. A. S. Pedagogia da Pesquisa-Ação. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v.31, n.3, p.483-502, 2005. Disponível em: SciELO - Scientific Electronic Library On-line. Disponível em:. Acesso em: 22 set. 2011. FERREIRA, J. R. e GLAT, R. Reformas educacionais pós-LDB: a inclusão do aluno com necessidades especiais no contexto da municipalização. In: Souza, D. B. & Faria, L.C.M. (Orgs.). Descentralização, municipalização e financiamento da Educação no Brasil pós-LDB. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. p. 372-390. GLAT, Rosana; PLETSCH, Márcia Denise. O papel da universidade frente às políticas públicas para Educação Inclusiva. Revista Benjamim Constant, ano 10, n. 29, p. 3-8, 2004. KUHLMANN JR., M. Educação infantil e currículo. In: FARIA, A.L.G., PALHARES, M.S. (Org.). Educação infantil pós-LDB: rumos e desafios. São Carlos: Editora da UFSCar, 1999. LIMA, Priscila Augusta, Educação Inclusiva e Igualdade Social- São Paulo: Avecamp, 2006. MANSOLDO, A. Educação Ambiental Urbana: reflexão e ação. Belo Horizonte: Ed. Do Autor, 2005. RELATÓRIO FINAL DO PROJETO DE INTERVENÇÃO O plano de ação foi desenvolvido no mês de agosto de 2023 com observações feitas por mim, autorizadas pela diretora, passei em várias salas, com crianças na faixa etária de 4 a 6 anos, algumas delas contendo alunos especiais com suas professoras, pude observar vários pontos positivos quanto alguns negativos, mas sem interromper o andar das aulas, o que me acrescentou muito quanto profissional. Tendo assim colhido dados conversei com as professoras regentes de turma onde expus meus pontos de vistas e o motivo das minhas observações e o intuito do meu trabalho, sendo assim, escolhi 3 profissionais que mais me passaram liberdade e segurança para dar andamento com minha proposta. Sendo assim vi uma data que se encaixaria com as profissionais para uma pequena conversa e discursão sobre o assunto para me inteirar do ponto de vista delas e apresentei qual seria o objetivo da minha pesquisa. Nossa reunião aconteceu nos dias 13/09 e 14/09 no turno da tarde ás 17 horas às 18 horas. A reunião foi feita com cada uma delas separadamente, foi uma conversa leve e construtiva. Após essa troca de experiências e colocados cada caso em específico de cada educador com a inclusão na Instituição, logo em seguida informei às educadoras que estaria realizando uma entrevista individual se elas estivessem disponíveis para contribuir com a pesquisa-ação sobre a inclusão de crianças com deficiências, elas aceitaram e passei a entrevista-las separadamente. Foram entrevistadas três educadoras com faixa etária de 30 a 50 anos, com formação em pedagogia e com experiência que varia de 5 a 17 anos. Este trabalho sobre o ponto de vista dos educadores sobre a Inclusão na Educação Infantil me fez refletir que a Instituição trabalha com compromisso e responsabilidade apesar de alguns pontos que precisam ser trabalhados e melhorados. Com os autores compreendi que nós como educadoresprecisamos conhecer as fases do desenvolvimento das crianças dando importância a cada criança e respeitando suas especificidades. Entendendo que as crianças em suas diversidades aprendem na interação com as outras e que o educador possui papel de extrema importancia no desenvolver das crianças em seu potencial ajudando em seu desenvolvimento integral. Percebi também como é importante o conhecimento de cada caso e laudos de cada criança que estamos trabalhando só assim vamos trabalhar dentro de suas limitações garantindo o desenvolvimento de cada criança dentro do seu potencial garantindo assim uma inclusão de qualidade de forma que o aluno participe efetivamente das atividades. E que a partir desse trabalho pude perceber que as educadoras envolvidas nesse processo têm um compromisso com o trabalho. Percebo também a importância de se obter uma maior formação dos profissionais que atuam com as crianças com a participação de palestras, oficinas, troca de informações e outros. É importante o conhecimento prévio de cada caso para que o educador planeje e pesquise sobre a deficiência para uma melhor inserção e desenvolvimento do seu trabalho com cada criança. E sempre buscar uma maior interação família/escola com reuniões que irão aproximar e ajudar tanto a família a conhecer o trabalho da Instituição com as crianças de inclusão e demais alunos quanto para os profissionais conhecerem cada caso específico da criança que estará inserindo na Instituição. Ressalto também a necessidade de troca de experiências entre a família e demais profissionais que atuam com as crianças. Passo agora para o roteiro das entrevistas que foi construído tendo por base o trabalho com crianças com deficiências. Entrevistas realizadas Data: 13/09 e 14/09 1ª entrevista: A educadora tem 42 anos e 20 anos na educação. 1- Você já trabalhou ou trabalha com crianças especiais? Sim, já trabalhei e atualmente trabalho com uma criança 2- Se você trabalha em sala com crianças com deficiências, conte resumidamente como foi a inserção e o trabalho com essa(s) criança(s)? Na primeira criança tivemos um pouco de dificuldade, era uma experiencia nova tanto pra mim quanto para a professora de apoio, pois ela faltava muito pois a mãe não trazia, era uma criança que tinha maior dificuldade porque era uma alimentação específica, usava fraldas. Sendo assim, como a criança era muito infrequente, não pude ver grandes resultados do nosso trabalho. Com os alunos seguintes já eram crianças frequentes que os pais levavam as mesmas para fazerem outros atendimentos extras (contra turno) como fonoaudiólogos, terapeutas e terapia ocupacional. Assim eram crianças que mostravam melhores resultados dentro da escola como socialização, que foi desenvolvendo dia-a-dia no início choravam demais, escolhia uma educadora e ficava mais com ela. Mas com o tempo foram se adaptando muito bem a rotina da escola, professores e monitores. E com Davison, que é meu atual aluno posso ver um trabalho que começou pequeno e que hoje tem um resultado muito bom com a ajuda da família dando esse feedback para nós que o trabalho desenvolvido está muito bom. Eu juntamente com a professora de apoio temos nos adaptado para dar uma melhor experiencia a ele. 3- Na sua opinião, fale os desafios que nós educadores enfrentamos com o trabalho de inclusão de crianças com deficiências? São diversos desafios e o principal deles é não termos a dimensão do que realmente a criança apresenta, muitas vezes as crianças chegam até nós sem um laudo, sem uma avaliação feita por um profissional especializado e o que a gente sabe é bem pouco. 4 – E em questão da perspectiva, como você acha que será esse processo de inclusão no futuro? Levanto em conta no quanto esse processo já evoluiu, penso que positivamente tem grandes possibilidades de crescimento e grande melhoria. As pessoas também estão ficando mais conscientes tanto pais quanto educadores que tinham a mente bem fechada para esse assunto. 5- O que você pensa sobre o trabalho com a inclusão dos deficientes realizado aqui nesta escola? Bom, eu acho bem positivo, só tem a enriquecer o nosso trabalho e a inclusão veio nos trazer desafios, mas também nos mostrar que é possível. Estamos começando e estamos percebendo, o que precisamos fazer, além do que está sendo feito. Claro que vários pontos precisam melhorar mas estamos no caminho certo. E acho que nós precisamos ser mais ouvidas pela gestão pelos órgãos maiores em uma questão macro, o governo e tudo mais. Quem faz essas leis não estão em sala de aula, não sabem quais são as reais dificuldades que temos. 6- Quais estratégias, atividades ou recursos poderia ser acrescentado na prática aqui da escola, para um melhor desenvolvimento no trabalho com a inclusão? Aqui na nossa escola nós temos alguns recursos. Atividades tanto para as crianças com necessidades especiais como para as crianças “ditas normais”, ambas fazem as mesmas atividades, mas sempre adaptadas para melhor compreensão e interação das crianças especiais. Não há restrições, cada um trabalha de acordo com seu potencial. Mas deveria ter na escola, como discutimos em nossa reunião, salas de recursos, um profissional responsável e formado em terapia ocupacional, por exemplo, uma coisa mais voltada a essas crianças. Não que as excluísse das salas de aula, mas que pudesse ser no contra turno. São varias ideias e vejo que poderíamos ter uma formação maior de cada deficiência, ter mais conhecimento de cada uma, para melhor nos prepararmos. E que a formação maior que temos é a prática com o trabalho e trocas de experiencias. 2ª entrevista: A educadora tem a idade de 50 anos e possui 25 anos de magistério. 1- Você já trabalhou ou trabalha com crianças especiais? Já trabalhei, atualmente não. 2- Se você trabalha em sala com crianças com deficiências, conte resumidamente como foi a inserção e o trabalho com essa(s) criança(s)? Trabalhei com Pedro e no início foi bastante complicado, ele era muito agitado, fugia demais da sala e em questão da aprendizagem era bem lento. Apesar das fugas da sala, sua maior questão era a agitação, e acabava tirando o foco de todos da sala. Já Milene era cadeirante e apresentava muito interesse nas atividades e apesar de suas dificuldades era bem inteligente. Era uma turma de 5/6 anos e ela se destacava em relação a sua. Era fácil e prazeroso trabalhar com ela, sua evolução era constante. 3- Na sua opinião, fale os desafios que nós educadores enfrentamos com o trabalho de inclusão de crianças com deficiências? Acho interessante e necessário que antes de inserirmos as crianças na realidade da escola, precisamos saber qual a sua necessidade especial. Para que antes de estarmos com a criança, possamos entender um pouco sobre sua deficiência e sua realidade para organizarmos o nosso trabalho, senão não será uma inclusão e sim uma exclusão, a criança está lá na sala com a professora de educação especial você desenvolve um trabalho com a turma e ele está lá. Alguns casos acaba sendo somente de socialização, eles não irão acompanhar as atividades. 4 – E em questão da perspectiva, como você acha que será esse processo de inclusão no futuro? Estamos caminhando para ser cada vez mais proveitoso. Sempre bato na tecla que nós educadores precisamos ser preparados para essas situações e devemos ter formação, estudo para a inclusão. 5- O que você pensa sobre o trabalho com a inclusão dos deficientes realizado aqui nesta escola? Acredito que o que falta mesmo seja essa informação que é em cima da hora e sem ter o devido tempo de estudo e conversa com os pais e buscando informações e conhecimentos sobre cada caso. E a troca de experiências com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas venham e nos orientem. 6- Quaisestratégias, atividades ou recursos poderia ser acrescentado na prática aqui da escola, para um melhor desenvolvimento no trabalho com a inclusão? Já estou ficando repetitiva, mas tudo que envolver a questão do conhecimento, não tem como eu praticar algo que eu não conheça, ou tenha acesso, eu preciso conhecer. Pois cada caso é um caso. Podemos por exemplo oferecer vários recursos visuais, cartazes de conscientização, porque tem alguns pais que por falta de informações também não buscam ajuda para seus filhos. 3ª entrevista: A educadora tem 30 anos de idade. E possui 5 anos de experiência. 1- Você já trabalhou ou trabalha com crianças especiais? Sim. 1 criança. 2- Se você trabalha em sala com crianças com deficiências, conte resumidamente como foi a inserção e o trabalho com essa(s) criança(s)? Na minha turminha tem uma criança de inclusão. Ele tem TDAH muita hiperatividade, não para quieta é agressiva com ela mesma e com os colegas. E o processo de entendimento, meu como educadora, ficou difícil entender como lidar com esse caso. Mas, a partir de conversas com a família, a escola e profissionais que o acompanhavam passei a entender melhor o caso e a trabalhar com ele em sala de aula. 3- Na sua opinião, fale os desafios que nós educadores enfrentamos com o trabalho de inclusão de crianças com deficiências? Vou falar não de uma criança com necessidades especiais e sim de diversas crianças, precisamos entender cada criança como única e ao mesmo tempo coloca-la inserida num todo fazendo parte de uma turma, de uma escola e de uma sociedade e as colegas serem incluído e estar uma em contato com a outra. 4 – E em questão da perspectiva, como você acha que será esse processo de inclusão no futuro? Eu tenho as minhas perspectivas, acredito que possamos ter um pouco mais de formação e informação para lidar com cada caso. Pois cada criança é única. Acredito que também falte um pouco mais de apoio de outros meios de outras instituições que nos ajudem a lidar com cada criança com necessidades especiais. Procuramos entender melhor através de livros, internet, mas falta alguém com experiencia e que entenda e tenha formação sobre cada caso. 5- O que você pensa sobre o trabalho com a inclusão dos deficientes realizado aqui nesta escola? É um trabalho bem eficiente, pois a escola faz tudo o que esta em suas mãos, fazemos o melhor para que essa inclusão aconteça sem descriminação e que seja melhor a cada dia e seja uma experiencia boa para todos. 6- Quais estratégias, atividades ou recursos poderia ser acrescentado na prática aqui da escola, para um melhor desenvolvimento no trabalho com a inclusão? Na minha visão penso precisamos de mais recursos pedagógicos, mais reuniões com os pais, e reuniões com os professores regentes, professores especiais e outros profissionais da área, pois infelizmente existem muitos profissionais na nossa área que acham q muitos comportamentos são frescuras ou falta de disciplina, acho que isso ajudaria muito em nosso dia a dia com o desenvolver do nosso trabalho. Conclusão: Após as reuniões e entrevistas fiz um relatório e passei para diretora dar uma olhada, a mesma achou valido que o assunto fosse abordado no módulo para que os outros professores também se conscientizassem sobre o assunto e falassem suas experiencias, eu não pude estar presente mas ela me passou o que foi conversando e discutido, me informou que vão introduzir mais o assunto nas reuniões. Fiquei muito feliz em ajudar e contribuir. SEGUE EM ANEXO AS FOTOS DO DIA DA ENTREVISTA!