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Fonemas e Segmentos Vozeados

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segmentos vozeados, não vozeada antes de som produzido sem vibração 
das cordas vocais. Talvez precise ler o texto. 
Com base na tabela acima, perguntamos algumas coisas, para motivar 
seu raciocínio. Se não conseguir respondê-las apenas olhando a tabela, 
consulte o texto anexo distribuído, outros textos, colegas, seus tutores.
Finalmente, oferecemos, abaixo, diagrama com símbolos para os 
fonemas. Uma representação fonêmica do português brasileiro não poderia 
deixar de exibir menos que essas unidades. Por outro lado, uma transcrição 
fonética muito ampla, dizendo de forma mais clara, vaga, sem pormenores, 
teria que informar pelo menos essas mesmas unidades.
Você, sozinho, poderia chegar a esse inventário, usando a técnica de 
pesquisa de pares mínimos. Egípcios, semitas, hindus não tinham curso de 
Letras à distância e inventaram muito do que usamos hoje... Repetimos, a 
pesquisa de pares mínimos é uma técnica para verificar se em uma língua 
dois sons, fones, pertencem a um mesmo fonema ou se sua diferença é 
distintiva, se estão em oposição, por servirem para distinguir significados. É 
mais ou menos assim:
DESCUBRA A FONOLOGIA EM VOCÊ
Experimente tomar a palavra “mana” e substituir o segundo [n] por 
[ñ], o som correspondente ao dígrafo “nh”. Você obtém a palavra que se 
escreve “manha” e descobre que o novo segmento, sozinho, (permanecendo 
“ma _ a”) é responsável por um novo sentido.
Tente com “manha” e “mama”. De novo há distinção. E com “mama” e 
“mapa” (estamos simplificando, usando a escrita, mas estamos prestando 
atenção aos sons, não às letras!)?
E entre “mapa” e “maba”? Você não conhece nada que se diga “maba”, 
mas se ouvisse algo assim acharia que não é o mesmo que “mama”, nem 
“mapa”, certo? Ou seja, intuitivamente você sabe que:
a. A nova palavra poderia existir e ser sentida como da língua 
portuguesa.
b. Essa nova palavra teria novo sentido, dificilmente seria o mesmo 
que “mapa” ou “mama”.
c. Isto aconteceria apesar de, entre [p] e [b] haver um único traço 
diferente, a vibração das cordas vocais; entre [b] e [m] também haver um 
único traço diferente, a abertura do véu palatino que permite a nasalidade.
Neste momento, concluímos que o português possui pelo menos os 
fonemas que podemos simbolizar com /n/, /ñ/, /p/, /b/. 
Vamos pensar nas vogais. Já deve ter notado que em “ele” (pronome) e 
“ele”, nome da letra, há mudança na pronúncia que corresponde a 
mudança no significado. Então, estão aí mais dois fonemas, que vamos 
simbolizar com /e/ e /ε/. 
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