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A descoberta dessas áreas foi, sem dúvida alguma, um grande marco para os estudos sobre onde ocorrem o processamento e a compreensão da linguagem. No entanto, sobre o modo como isso ocorre temos várias teorias, as chamadas teorias de aquisição da linguagem. A seguir, veremos as principais. BEHAVIORISMO OU COMPORTAMENTALISMO Teoria desenvolvida pelo Psicólogo norte-americano B. F. Skinner que encara o processo de aquisição da linguagem como um acúmulo de comportamentos verbais. Ou seja, a linguagem seria um tipo de comportamento adquirido pela experiência, em decorrência da exposição ao meio e da utilização de mecanismos comportamentais como estímulo, resposta e reforço. Principal hipótese: a linguagem é um tipo de comportamento adquirido pela experiência, em decorrência da exposição ao meio e da utilização de mecanismos comportamentais como estímulo, resposta e reforço. A aquisição da linguagem: resultado de uma construção gradativa operada pela criança que ocorre primordialmente pela imitação da produção verbal do adulto. Estímulo reforço resposta Na escola: Os comportamentalistas afirmam que a pessoa que cuida da criança, o professor, por exemplo, deve modelar as formas adultas corretas e fazer uso do reforço e da recompensa para corrigir as produções imitativas delas. Através de estímulos, respostas e reforços (que podem se manifestar de forma positiva ou negativa), ocorre a maturação do comportamento verbal, ou seja, por esse processo, a criança torna-se madura como usuária da língua. Principais objeções: 1. Não explica como as crianças produzem sentenças nunca ouvidas antes; 2. O processo de aquisição ocorre de forma muito rápida. INATISMO A proposta inatista, também conhecida como gerativista, surgiu em 1957, com a publicação de um artigo do linguista norte-americano N. Chomsky, que criticava o modelo behaviorista vigente na época. O principal argumento do inatismo contra o comportamentalismo é a afirmação de que a linguagem infantil não é uma imitação da linguagem do adulto, pois existem expressões linguísticas na fala da criança que não se verificam na fala dos adultos. Sendo assim, as crianças possuem suas próprias regras de fala, e, à medida que interagem com o ambiente linguístico que as cerca, adaptam sua fala às regras da língua-alvo que precisam desenvolver. 67