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febre reumática 01 O QUE CAI? MANIFESTAÇÕES & CRITÉRIOS DE JONES HARDTOPICS Critérios diagnósticos e regimes de profilaxia. latência. Classicamente as manifestações se iniciam após 2-3 semanas da infecção. como identificar? A cultura tem baixa sensibilidade, por conta do período de latência; por isso classicamente utilizamos teste sorológico, como a antiestreptolisina O (ASLO). Cuidado. Não podemos confundir com a glomerulonefrite pós-estreptocócica, onde tanto infecção de orofaringe, quanto de pele podem estar associadas. MANIFESTAÇÕES CARDINAIS – CRITÉRIOS MAIORES. artrite/poliartralgia. Ocorre em até 60% dos casos, acometendo grandes articulações de forma migratória (2-3 dias por junta), sem deixar sequela e com boa resposta a anti-inflamatórios. O quadro tem remissão completa em 3-4 semanas. cardite. Ocorre em 50-55% dos casos; o endocárdio é mais envolvido (90%), com acometimento valvular; a valva mais afetada é mitral, seguida pela aórtica. insuficiência mitral. Lesão mais comum da fase aguda da doença. estenose mitral. Lesão mais comum da fase crônica; por sinal, a febre reumática é a causa de cerca de 90% dos casos de estenose mitral em países em desenvolvimento. atenção. A associação de outro teste sorológico, como anti-dnase reduz a taxa de falso negativo para 5-10%. EVIDÊNCIA DE INFECÇÃO ESTREPTOCÓCICA estreptococo. A febre reumática representa resposta imune anormal a infecção de orofaringe por estreptococo beta-hemolítico do grupo A de lancefield (S. Pyogenes); ocorre em até 4% dos indivíduos afetados coreia de Sydenham. Pode ser manifestação tardia, ocorrendo em até 6 meses após a infecção de orofaringe; representa movimentos involuntários, desordenados, estereotipados, que atenuam no sono; há labilidade emocional associada. nódulos subcutâneos. Ocorre em <5% dos casos; são fibroelásticos, indolores e se localizam nas superfícies extensoras das articulações e nos tendões. eritema marginado. Ocorre em menos de 3% dos casos, na forma de lesão macular com halo eritematoso, sem prurido; é evanescente CRITÉRIOS MENORES febre. Muito comum na fase inicial, com forte associação com surtos de artrite. monoartralgia. Cuidado, pois poliartralgia faz parte dos critérios maiores. aumento do intervalo PR. Pode ser considerado desde que não haja cardite. Provas inflamatórias. Elevação da VHS e/ou PCR. 02 O QUE CAI? HARDTOPICS DEFINIÇÃO febre reumática fármaco. Penicilina benzatina dose única. alternativas. Penicilina v oral (10 dias), amoxicilina (10 dias); se alergia a betalactâmicos, clindamicina (10 dias) ou macrolídeos (azitromicina 3 dias; eritromicina 10 dias). clássico. Evidência de infecção estreptocócica + 2 critérios maiores OU 1 critério maior & 2 menores MANIFESTAÇÕES Recorrência. Nos casos de recorrência podemos considerar o uso de 3 critérios menores ou, se já houver lesão cardíaca, 1 maior ou 2 menores. envolvimento articular. Responde bem a AINE. cardite. Considerar corticoide para os casos moderados/graves; tratar insuficiência cardíaca como recomendado. coreia. Considerar tratamento nos casos graves – haloperidol, ácido valpróico ou carbamazepina. atenção. Coreia de sydenham ou lesão cardíaca sequelar típica descrita por ecocardiograma podem indicar o diagnóstico isoladamente. TRATAMENTO E PROFILAXIA TRATAMENTO DA AMIGDALITE BACTERIANA – PROFILAXIA PRIMÁRIA PROFILAXIA SECUNDÁRIA DE SURTOS escolha. Penicilina benzatina a cada 21 dias. Alternativas. Todas com uso diário: penicilina V oral, sulfadiazina ou eritromicina. tempo de uso. Depende da gravidade da cardite do evento inicial e da faixa etária. sem cardite. Até os 21 anos ou até 5 anos após o último surto (o que terminar depois). cardite leve. Até 25 anos ou até 10 anos após o último surto (o que terminar depois). cardite moderada/grave. Até os 40 anos ou até 10 anos após o último surto (o que terminar depois); em alguns casos poderá ser mantida indefinidamente.