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Curso Técnico em Eletrotécnica

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CURSO TÉCNICO EM ELETROCURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICATÉCNICA  
PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAISPROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS
  
CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICACURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA  
PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAISPROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS
  
Curso Técnico em EletrotécnicaCurso Técnico em Eletrotécnica
Projetos Elétricos IndustriaisProjetos Elétricos Industriais
  
Armando de Queiroz Monteiro NetoArmando de Queiroz Monteiro Neto
PresidentPresidente da e da ConfederConfederação Nacional ação Nacional da Indústriada Indústria
José Manuel de Aguiar MarnsJosé Manuel de Aguiar Marns
Diretor do Departamento Nacional do SENAIDiretor do Departamento Nacional do SENAI
Regina Maria de Fáma TorresRegina Maria de Fáma Torres
Diretora de Operações do Departamento Nacional do SENAIDiretora de Operações do Departamento Nacional do SENAI
Alcantaro CorrêaAlcantaro Corrêa
PresidentPresidente da e da Federação das Indústrias do Estado de Federação das Indústrias do Estado de Santa CatarinaSanta Catarina
Sérgio Roberto ArrudaSérgio Roberto Arruda
Diretor Regional do SENAI/SCDiretor Regional do SENAI/SC
Antônio José CarradoreAntônio José Carradore
Diretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SCDiretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC
Marco Antônio DociaMarco Antônio Docia
Diretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SCDiretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC
  
Confederação Nacional das IndústriasConfederação Nacional das Indústrias
Serviço Nacional Serviço Nacional de Aprendizagem Industrialde Aprendizagem Industrial
Curso Técnico em EletrotécnicaCurso Técnico em Eletrotécnica
Projetos Elétricos IndustriaisProjetos Elétricos Industriais
João Máximo Cidral JuniorJoão Máximo Cidral Junior
Florianópolis/SCFlorianópolis/SC
20102010
  
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévioÉ proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consenmento do editor. Material em conformidade com a nova ortograa da língua portuguesa.consenmento do editor. Material em conformidade com a nova ortograa da língua portuguesa.
Equipe técnica que parcipou da elaboração desta obraEquipe técnica que parcipou da elaboração desta obra
Coordenação de Educação a Coordenação de Educação a DistânciaDistância
Beth SchirmerBeth Schirmer
Revisão Ortográca e NormazaçãoRevisão Ortográca e Normazação
FabriCOFabriCO
Coordenação Projetos EaDCoordenação Projetos EaD
Maristela de Lourdes AlvesMaristela de Lourdes Alves
Design Educacional, Ilustração,Design Educacional, Ilustração,
Projeto Gráco Editorial, DiagramaçãoProjeto Gráco Editorial, Diagramação
Equipe de Recursos DidácosEquipe de Recursos Didácos
SENAI/SC em FlorianópolisSENAI/SC em Florianópolis
AutorAutor
João Máximo Cidral JuniorJoão Máximo Cidral Junior
  
SENAI/SC — Serviço SENAI/SC — Serviço Nacional de Aprendizagem IndustrialNacional de Aprendizagem Industrial
Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Florianópolis/SCFlorianópolis/SC
CEP: 88034-001CEP: 88034-001
Fone: (48) 0800 48 12 12Fone: (48) 0800 48 12 12
www.sc.senai.brwww.sc.senai.br
8989   p. : p. : il. colil. color ; or ; 28 cm28 cm..
Ficha catalográfica elaborada por Kátia Regina Bento dos Santos - CRB 14/693 - Biblioteca do Ficha catalográfica elaborada por Kátia Regina Bento dos Santos - CRB 14/693 - Biblioteca do SENAI/SCSENAI/SC
Florianópolis.Florianópolis.
C568pC568p
Cidral Junior, João MáximoCidral Junior, João Máximo
Projetos elétricos industriais / João Máximo Cidral Junior. – Projetos elétricos industriais / João Máximo Cidral Junior. – FlorianópoFlorianópolis :lis :
SENAI/SC, 2010.SENAI/SC, 2010.
Inclui bibliografias.Inclui bibliografias.
1. Instalações elétricas industriais. 2. Descargas atmosféricas - 1. Instalações elétricas industriais. 2. Descargas atmosféricas - Proteção.Proteção.
3. Luminotécnica. I. SENAI. Departamento Regional de Santa Catarina. II.3. Luminotécnica. I. SENAI. Departamento Regional de Santa Catarina. II.
Título.Título.
CDU 621.316CDU 621.316
  
PrefácioPrefácio
 V Você faz parte ocê faz parte da maior instituição da maior instituição de educação prossional do de educação prossional do estado.estado.
Uma rede de Educação e Tecnologia, formada por 35 unidades conectaUma rede de Educação e Tecnologia, formada por 35 unidades conecta--
das e estrategicamente instaladas em todas as regiões de Santa Catarina.das e estrategicamente instaladas em todas as regiões de Santa Catarina.
No SENAI, o conhecimento a mais é realidade. A proximidade com asNo SENAI, o conhecimento a mais é realidade. A proximidade com as
necessidades da indústria, a infraestrutura de primeira linha e as aulasnecessidades da indústria, a infraestrutura de primeira linha e as aulas
teóricas, e realmente práticas, são a essência de um modelo de Educaçãoteóricas, e realmente práticas, são a essência de um modelo de Educação
por Competências que possibilita ao aluno adquirir conhecimentos, depor Competências que possibilita ao aluno adquirir conhecimentos, de--
senvolvsenvolver habilidade e er habilidade e garantir seu espaço no garantir seu espaço no mercado de trabalho.mercado de trabalho.
Com acesso livre a uma eciente estrutura laboratorial, com o Com acesso livre a uma eciente estrutura laboratorial, com o que existeque existe
de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seuo seu
futuro prossional em uma instituifuturo prossional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa emção que, desde 1954, se preocupa em
oferecer um modelo de educação atual e de qualidade.oferecer um modelo de educação atual e de qualidade.
Estruturado com o Estruturado com o objetivo de atualizar constantemente os métodos deobjetivo de atualizar constantemente os métodos de
ensino-aprendizagem da instituição, oensino-aprendizagem da instituição, o Programa Educação em Movi-Programa Educação em Movi-
mentomento promove a discussão, a revisão e  promove a discussão, a revisão e o aprimoramento dos processoso aprimoramento dos processos
de educação do SENAI. Buscando manter o alinhamento com as necesde educação do SENAI. Buscando manter o alinhamento com as neces--
sidades do mercado, ampliar as possibilidades do processo educacional,sidades do mercado, ampliar as possibilidades do processo educacional,
oferecer recursos didáticos de excelência e consolidar o modelo de Eduoferecer recursos didáticos de excelência e consolidar o modelo de Edu--
cação por Competências, em todos cação por Competências, em todos os seus cursos.os seus cursos.
É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos.É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos.
 T Todos os odos os materiais didátimateriais didáticos do cos do SENAI Santa SENAI Santa Catarina são Catarina são produçõesproduções
colaborativas dos professores mais qualicados e colaborativas dos professores mais qualicados e experientes, e contamexperientes, e contam
com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com animacom ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima--
ções, tornando a aula mais ções, tornando a aula mais interativa e atraente.interativa e atraente.
Mais de 1,6 milhões de alunos já escolheram o SENAI. Você faz parteMais de 1,6 milhões de alunos já escolheram o SENAI. Você faz parte
deste universo.deste universo. Seja bem-vindo e aproveite por completo a IndústriaSeja bem-vindo e aproveite por completo a Indústria
do Conhecimento.do Conhecimento.
  
SumárioSumário
SumárioSumário
Conteúdo Conteúdo Formavo Formavo 99
ApresentaçãoApresentação   1111
12 12 Unidade Unidade de de estudo estudo 11
Demanda e CargaDemanda e Carga
InstaladaInstalada
Seção 1 –Seção 1 – Carga e demandaCarga e demanda
industrialindustrial
Seção 2 –Seção 2 – Fator de potênciaFator de potência
Seção 3 –Seção3 – ConsumidoreConsumidores s ee
tarifaçãotarifação
22 22 Unidade Unidade de de estudo estudo 22
LuminotécnicaLuminotécnica
Seção 1 –Seção 1 – Iluminância em Iluminância em
ambiente industrialambiente industrial
Seção 2 –Seção 2 – Lâmpadas, lu- Lâmpadas, lu-
minárias e acessórios paraminárias e acessórios para
aplicações industriaisaplicações industriais
32 32 Unidade Unidade de de estudo estudo 33
DimensionamentoDimensionamento
de Materiaisde Materiais
Seção 1 –Seção 1 – Sistema de distri- Sistema de distri-
buição de energiabuição de energia
Seção 2 –Seção 2 – Condutores e pro-Condutores e pro-
teção da instalaçãoteção da instalação
Seção 3 –Seção 3 – Proteções paraProteções para
equipamenequipamentos e tos e pessoaspessoas
Seção 4 –Seção 4 – Seleção de dutos Seleção de dutos
1313
1616
1919
60 60 Unidade Unidade de de estudo estudo 44
Proteção contraProteção contra
Descargas Atmos-Descargas Atmos-
féricasféricas
Seção 1 –Seção 1 – Raios e formas deRaios e formas de
proteçãoproteção
Seção 2 –Seção 2 – Projeto dos cap-Projeto dos cap-
torestores
Seção 3 –Seção 3 – Projeto das des-Projeto das des-
cidascidas
Seção 4 –Seção 4 – Projeto do aterra-Projeto do aterra-
mentomento
72 72 Unidade Unidade de de estudo estudo 55
DocumentaçãoDocumentaçãopara Projetospara Projetos
Seção 1 –Seção 1 – Simbologias, dese-Simbologias, dese-
nhos e pranchasnhos e pranchas
Seção 2 –Seção 2 – Documentos deDocumentos de
projetoprojeto
Seção 3 –Seção 3 – Ferramentas com-Ferramentas com-
putacionais para auxílio emputacionais para auxílio em
projetos elétricosprojetos elétricos
FinalizandoFinalizando 8585
  
ReferênciasReferências   8787
2323
  
2626
  
6161
6666
6969
7070
7373
8181
8282
3333
  
4040
5656
5858
  
88 CURSOS TÉCNICOS SENAICURSOS TÉCNICOS SENAI
  
Conteúdo FormativoConteúdo Formativo
Carga horária da dedicaçãoCarga horária da dedicação
99PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAISPROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS
Carga horária da dedicaçãoCarga horária da dedicação
Carga horária: 120 horasCarga horária: 120 horas
CompetênciasCompetências
Planejar e elaborar o Planejar e elaborar o projeto das instalações elétricas industriais.projeto das instalações elétricas industriais.
ConhecimentosConhecimentos
▪▪ Normas Técnicas (instalação de SPDA “Sistema de Proteção contra descargasNormas Técnicas (instalação de SPDA “Sistema de Proteção contra descargas
atmosféricas”, luminotécnica, instalação industrial, ergonomia, fator de potência);atmosféricas”, luminotécnica, instalação industrial, ergonomia, fator de potência);
▪▪ Diagramas unilares, mullares e funcionais;Diagramas unilares, mullares e funcionais;
▪▪ TTécnicas de écnicas de dimensionamentdimensionamento de o de condutores e disposivos de condutores e disposivos de acionamentoacionamento,,
proteção de máquinas proteção de máquinas e instalações elétricas industriais;e instalações elétricas industriais;
▪▪ Análise de Análise de demanda para instalações elétricas industriais;demanda para instalações elétricas industriais;
▪▪ Sistemas de controle e tarifação de energia elétrica para projetos elétricosSistemas de controle e tarifação de energia elétrica para projetos elétricos
industriais;industriais;
▪▪ Sistemas de distribuição de energia Sistemas de distribuição de energia elétrica;elétrica;
▪▪ Sofware Sofware dedicado  dedicado para projetos elétricos.para projetos elétricos.
HabilidadesHabilidades
  ▪▪ Aplicar normas técnicas (instalação de SPDA “Sistema de Proteção contra des-Aplicar normas técnicas (instalação de SPDA “Sistema de Proteção contra des-
cargas atmosféricas”, luminotécnica, instalação industrial, ergonomia, fator decargas atmosféricas”, luminotécnica, instalação industrial, ergonomia, fator de
potência);potência);
▪▪ Elaborar leiautes, diagramaElaborar leiautes, diagramas e s e esquemas de esquemas de iluminação;iluminação;
▪▪ Idencar e selecionar os pos Idencar e selecionar os pos de lâmpadas conforme a aplicação;de lâmpadas conforme a aplicação;
▪▪ Elaborar projetos de aterramentElaborar projetos de aterramento idencando princípios químicos o idencando princípios químicos e sicos;e sicos;
▪▪ IdencarIdencar, selecionar e , selecionar e dimensionar disposivos e máquinas aplicadas aos dimensionar disposivos e máquinas aplicadas aos sistesiste--
mas de mas de instalaçõeinstalações industriais;s industriais;
▪▪ Elaborar orçamentElaborar orçamento; elaborar planilha de o; elaborar planilha de custo dos custo dos projetos elétricos indus-projetos elétricos indus-
triais;triais;
▪▪ Aplicar sowares especícos para elaboração de projetos;Aplicar sowares especícos para elaboração de projetos;
▪▪ Elaborar e acompanhar cronograma de etapas para projetos;Elaborar e acompanhar cronograma de etapas para projetos;
▪▪ Analisar necessidades do consumo de Analisar necessidades do consumo de energia elétrica por parte do usuário;energia elétrica por parte do usuário;
▪▪ Idencar as fontes alternavas de energia, aplicando e substuindo fontes deIdencar as fontes alternavas de energia, aplicando e substuindo fontes de
energia tradicionais.energia tradicionais.
  
AtudesAtudes
  ▪▪ Zelo no manuseio dos Zelo no manuseio dos equipamentos, atender praequipamentos, atender prazos e datas pré-denidas ezos e datas pré-denidas e
responsabilidaresponsabilidade de sócio-ambientalsócio-ambiental..
1010 CURSOS TÉCNICOS SENAICURSOS TÉCNICOS SENAI
  
ApresentaçãoApresentação
Seja bem-vindo! Espero que este material seja de grande utilidade para aSeja bem-vindo! Espero que este material seja de grande utilidade para a
orientação durante o desenvolvimento de projetos elétricos orientação durante o desenvolvimento de projetos elétricos industriais.industriais.
O prossional que atua nesta área O prossional que atua nesta área poderá desempenhar atividades comopoderá desempenhar atividades como
Professor João MáximoProfessor João Máximo
Cidral JuniorCidral Junior
Nascido na cidade de São Fran-Nascido na cidade de São Fran-
PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAISPROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS
trabalhador autônomo e até mesmo como funcionário de Instaladorastrabalhador autônomo e até mesmo como funcionário de Instaladoras
Elétricas ou Construtoras, sendo amplamente solicitado dependendo deElétricas ou Construtoras, sendo amplamente solicitado dependendo de
seu conhecimento em especicação de materiais e da seu conhecimento em especicação de materiais e da sua habilidade parasua habilidade para
produzir detalhes técnicos necessários para a execução correta de umaproduzir detalhes técnicos necessários para a execução correta de uma
instalação elétrica industrial.instalação elétrica industrial.
Neste material serão apresentados os principais aspectos que inuenNeste material serão apresentados os principais aspectos que inuen--
ciam o processo de elaboração de um projeto elétrico industrial. Serãociam o processo de elaboração de um projeto elétrico industrial. Serão
abordadas questões relacionadas à aplicação de Normas Técnicas atéabordadas questões relacionadas à aplicação de Normas Técnicas até
informações relacionadas ao uso de ferramentas de desenho auxiliadoinformações relacionadas ao uso de ferramentas de desenho auxiliado
por computador. Boa leitura!por computador. Boa leitura!
Nascido na cidade de São FranNascido na cidade de São Fran
cisco do Sul - SC, formado em En-cisco do Sul - SC, formado em En-
genharia Elétrica pelo CCT-UDESCgenharia Elétrica pelo CCT-UDESC
Joinville. Atuou no desenvolviJoinville. Atuou no desenvolvi--
mento de protópos eletrônimento de protópos eletrôni--
cos para Pequenas Indústrias dacos para Pequenas Indústrias da
região, atualmente leciona pararegião, atualmente leciona para
aprendizagem industrial e paraaprendizagem industrial e para
cursos técnicos no SENAI em Ja-cursos técnicos no SENAI em Ja-
raguá do Sul.raguá do Sul.
1111
  
Unidade deUnidade de
Unidade deUnidade de
estudo 1estudo 1
Seções de estudoSeções de estudo
Seção 1– Seção 1 – Carga e demanda industrialCarga e demanda industrial
Seção 2 – Fator de potênciaSeção 2 – Fator de potência
Seção 3 – Seção 3 – Consumidores e tarifaçãoConsumidores e tarifação
  
Demanda e Carga InstaladaDemanda e Carga Instalada
SEÇÃO 1SEÇÃO 1
Carga e demanda industrialCarga e demanda industrial
Nesta seção você conhecerá grandezas usadas para indicar potência,Nesta seção você conhecerá grandezas usadas para indicar potência,
fatores relacionados ao ramo industrial que interferem na demanda efatores relacionados ao ramo industrial que interferem na demanda e
1313PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAISPROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS
fatores, relacionados ao ramo industrial, que interferem na demanda efatores, relacionados ao ramo industrial, que interferem na demanda e
aprenderá como calcular essa demanda.aprenderá como calcular essa demanda.
Em uma indústria, estão presentes diversos tipos de cargas, como máEm uma indústria, estão presentes diversos tipos de cargas, como má--
quinas operatrizes, fresadoras, tornos, dobradeiras, máquinas de soldaquinas operatrizes, fresadoras, tornos, dobradeiras, máquinas de solda
ponto, prensas excêntricas e fornos resistivos, entre outras. Contudo, aponto, prensas excêntricas e fornos resistivos, entre outras. Contudo, a
maioria das cargas presentes na indústria é do tipo indutivo, principalmaioria das cargas presentes na indústria é do tipo indutivo, principal--
mente motores monofásicos e mente motores monofásicos e trifásicos.trifásicos.
 V Veja um exemplo de motor na gura a seguir:eja um exemplo de motor na gura a seguir:
Figura 1 - Exemplo de motor de uso industrialFigura 1 - Exemplo de motor de uso industrial
Fonte: WEG (2004).Fonte: WEG (2004).
Nem sempre estes motores apresentam sua potência nominal especicaNem sempre estes motores apresentam sua potência nominal especica--
da em W. Podem ainda ser especicados em HP ou CV.da em W. Podem ainda ser especicados em HP ou CV.
 A seguir, é apresentada a relação e A seguir, é apresentada a relação entre estas grandezas.ntre estas grandezas.
GrandezaGrandeza DescriçãoDescrição
Conversão para WConversão para W
(aproximada)(aproximada)
CVCV CaCavavalo lo VVapapor or inindidica ca a pa pototênêncicia ma mececânânicica na no eo eixixo do de ue um mm mototoror.. 1 C1 CV = V = 73736 W6 W
HPHP
Horse Power, também indica a potência mecânica no eixo de umHorse Power, também indica a potência mecânica no eixo de um
motor, porém é mais usada por países de língua Inglesa.motor, porém é mais usada por países de língua Inglesa.
1 HP = 746 W1 HP = 746 W
Quadro 1 – Relação entre HP e CV Quadro 1 – Relação entre HP e CV com o Wcom o W
Fonte: Creder (2000, p. 231).Fonte: Creder (2000, p. 231).
Quanto à demanda, seu cálculo determinará as especicações dos maQuanto à demanda, seu cálculo determinará as especicações dos ma--
teriais que compõe o alimentador de energia. Caso o alimentador deteriais que compõe o alimentador de energia. Caso o alimentador de
energia tenha sido projetado utilizando apenas a informação da carga, oenergia tenha sido projetado utilizando apenas a informação da carga, o
custo do alimentador torcusto do alimentador tornaria inviável a execução do projeto.naria inviável a execução do projeto.
  
Assim como numa instalação elétrica de uma edicação para nsAssim como numa instalação elétrica de uma edicação para ns
comerciais e/ou residenciais, a instalação elétrica de uma edicaçãocomerciais e/ou residenciais, a instalação elétrica de uma edicação
industrial precisa ser dimensionada conforme sua demanda máxima,industrial precisa ser dimensionada conforme sua demanda máxima,
ou seja, depende essencialmente da carga instalada e do fator de de-ou seja, depende essencialmente da carga instalada e do fator de de-
manda associado.manda associado.
 Alguns  Alguns exemplos exemplos de de fator fator de de demanda, demanda, relacionados relacionados com com o o ramo ramo dede
atividade, são apresentados na tabela a seguir:atividade, são apresentados na tabela a seguir:
Tabela 1 - Exemplos de fatores de demanda conforme o ramo da avidade comercialTabela 1 - Exemplos de fatores de demanda conforme o ramo da avidade comercial
Fator de demandaFator de demanda Fator de cargaFator de carga
1414 CURSOS TÉCNICOS SENAICURSOS TÉCNICOS SENAI
Ramo de avidadeRamo de avidade Código do ramoCódigo do ramo
Fator de demandaFator de demanda
picopico
Fator de cargaFator de carga
picopico
Extração de carvão de pedra, xistosExtração de carvão de pedra, xistos
betuminosos e outros.betuminosos e outros.
10001000 5566,,8822 5599,,7733
Abate de aves e outros pequenos animais eAbate de aves e outros pequenos animais e
preparação de produtos de carne.preparação de produtos de carne.
11551122 6633,,4455 5566,,1199
FFaabbrriiccaaççãão o dde e pprroodduuttoos s dde e llaaccíínniiooss.. 11554422 5555,,0088 5588,,2233
TTeecceellaaggeem m dde e aallggooddããoo.. 11773311 5522,,5522 3366,,3388
Fabricação de tecidos de malha (malharia) eFabricação de tecidos de malha (malharia) e
fabricação de tecidos eláscos.fabricação de tecidos eláscos.
11777711 6677,,6666 34,0234,02
Fabricação de argos de material Fabricação de argos de material pláscoplásco
para embalagem e acondicionamento.para embalagem e acondicionamento.
22552299 6688,,4466 5544,,3311
Fabricação de ferramentas manuais.Fabricação de ferramentas manuais. 22884433 4499,,1122 24,9724,97
Fabricação de máquinas, Fabricação de máquinas, ferramenferramentas,tas,
máquinas operatrizes e aparelhos industriais.máquinas operatrizes e aparelhos industriais.
22994400 2233,,9900 20,6820,68
Fonte: CELESC (2007, p. 84).Fonte: CELESC (2007, p. 84).
DICADICA
Mais informações referentes ao cálculo da demanda de uma edi-Mais informações referentes ao cálculo da demanda de uma edi-
cação poderão ser consultadas na CELESC por meio da Normacação poderão ser consultadas na CELESC por meio da Norma
I-321.0023, Apêndice II.I-321.0023, Apêndice II.
 Além do  Além do dimensionamento utilizando dimensionamento utilizando o o critério critério do do fator de fator de demanda,demanda,
também é possível calcular a demanda a partir da seguinte fórmula:também é possível calcular a demanda a partir da seguinte fórmula:
Dt = Dp + DmDt = Dp + Dm
Fórmula – demanda de Fórmula – demanda de uma unidade consumidora industrial.uma unidade consumidora industrial.
Fonte: CELESC, 1997, p. 16.Fonte: CELESC, 1997, p. 16.
Onde:Onde:
Dt → Demanda da Dt → Demanda da unidade consumidora industrial;unidade consumidora industrial;
Dp → Somatório da demanda dos pontos de luz e força de usoDp → Somatório da demanda dos pontos de luz e força de uso
geral;geral;
Dm → Somatório da demandaDm → Somatório da demanda
de máquinas de máquinas elétricas.elétricas.
 A demanda  A demanda dos pontos dos pontos de luzde luz
e força poderá ser obtida pelae força poderá ser obtida pela
regra geral (MOURA, 2006, p.regra geral (MOURA, 2006, p.
18):18):
  ▪▪ 100% da carga instalada para100% da carga instalada para
os primeiros 20kW;os primeiros 20kW;
  ▪▪ 70% da carga instalada para o70% da carga instalada para o
excedente de 20kW.excedente de 20kW.
  
 Já  Já a a demanda de demanda de máquinas máquinas elétricas, quando elétricas, quando se se tratar tratar apenas deapenas de
motores, poderá ser calculada considerando as tabelas A seguir,motores, poderá ser calculada considerando as tabelas A seguir,
(considerando um fator de diversidade para cada grupo de mo(considerando um fator de diversidade para cada grupo de mo--
tores de mesma potência e mesmo tipo de instalação); sendo atores de mesma potência e mesmo tipo de instalação); sendo a
primeira tabela a ser aplicada a grupos de motores trifásicos e aprimeira tabela a ser aplicada a grupos de motores trifásicos e a
segunda tabela para grsegunda tabela para grupos de motores monofásicos.upos de motores monofásicos.
Tabela 2 - Motores trifásicosTabela 2 - Motores trifásicos
PotênciaPotência
do motordo motor(CV)(CV)
1 2 3 4 5 6 7 81 2 3 4 5 6 7 8 99 1010 → (1)→ (1)
11 11,,55 1,91,9 22,,33 22,,77 33 33,,33 33,,66 3,93,9 4,24,2  → (2) → (2)
1/31/3 0,650,65 00,,9988 11,,2244 11,,5500 11,,7766 11,,9955 22,,1155 2,342,34 22,,5533 22,,7733
1/21/2 0,870,87 1,311,31 1,651,65 2,002,00 22,,3355 22,,6611 22,,8877 33,,1133 33,,3399 3,653,65
1515PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAISPROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS
3/43/4 1,261,26 11,,8899 22,,3399 22,,9900 33,,4400 33,,7788 44,,1166 44,,5544 4,914,91 5,295,29
11 1,521,52 22,,2288 22,,8899 3,503,50 4,104,10 44,,5566 55,,0022 55,,4477 55,,9933 66,,3388
1 1 ..11//22 22,,1177 33,,2266 44,,1122 44,,9999 55,,8866 66,,5511 77,,1166 77,,8811 88,,4466 9,119,11
22 22,,7700 44,,0055 55,,1133 66,,2211 77,,2299 88,,1100 88,,9911 99,,7722 1100,,5533 11,3411,34
33 44,,0044 66,,0066 77,,6688 99,,2299 1100,,9911 1122,,1122 1133,,3333 1144,,5544 1155,,7766 1166,,9977
44 55,,0033 77,,5555 99,,5566 1111,,5577 1133,,5588 1155,,0099 1166,,6600 18,1118,11 19,6219,62 21,1321,13
55 66,,0022 99,,0033 1111,,4444 1133,,8855 1166,,2255 1188,,0066 1199,,8877 2211,,6677 23,4823,48 25,2825,28
77..11//22 88,,6655 12,9812,98 16,4416,44 19,9019,90 2233,,3366 2255,,9955 2288,,5555 31,1431,14 3333,,7744 3366,,3333
1010 1111,,5544 1177,,3311 21,9321,93 2266,,5544 3311,,1166 3344,,6622 38,0338,03 4411,,5544 4455,,0011 4488,,4477
12.1/212.1/2 1144,,0099 2211,,1144 26,7726,77 3322,,4411 3388,,0044 4422,,2277 4466,,5500 5500,,7722 5544,,9955 5599,,1188
1155 1166,,6655 24,9824,98 31,6331,63 33,2933,29 4444,,9966 4499,,9955 5544,,9955 5599,,9944 6644,,9933 6699,,9933
2200 2222,,1100 33,1533,15 41,9941,99 5500,,8833 5599,,6677 6666,,3300 7722,,9933 7799,,5566 8866,,1199 92,8292,82
2255 2255,,8833 3388,,7755 49,0849,08 5599,,4411 6699,,7744 7777,,4499 8855,,2244 92,9992,99 100,74100,74 103,49103,49
3030 3300,,5522 4455,,7788 5577,,9999 7700,,2200 82,4082,40 9911,,5566 110000,,7722 110099,,8877 11119,9,0303 12128,8,1818
Fonte: CELESC (1997, p. 57).Fonte: CELESC (1997, p. 57).
Notas:Notas:
(1) → Quantidade de (1) → Quantidade de motores.motores.
(2) → Fator de diversidade.(2) → Fator de diversidade.
DICADICA
Os fabricantes de máquinas Os fabricantes de máquinas e motores elétricos fornecem catálogose motores elétricos fornecem catálogos
com especicações detalhadas das caracteríscas elétricas e com especicações detalhadas das caracteríscas elétricas e mecânimecâni--
cas de cas de seus produtos. Cabe ao seus produtos. Cabe ao projestprojesta consultar estas a consultar estas informaçõeinformaçõess
para garanr um dimensionamento correto de condutores, protepara garanr um dimensionamento correto de condutores, prote--
ções e dutos que compõe a instalação elétrica.ções e dutos que compõe a instalação elétrica.
  
Tabela 3 - Motores monofásicos e demanda (até 1CV)Tabela 3 - Motores monofásicos e demanda (até 1CV)
PotênciaPotência
do motordo motor
(CV)(CV)
1 2 3 4 5 6 7 81 2 3 4 5 6 7 8 99 1010 → (1)→ (1)
11 11,,55 1,91,9 22,,33 22,,77 33 33,,33 33,,66 3,93,9 4,24,2
→ (2)→ (2)
1/41/4 0,660,66 0,990,99 11,,225544 11,,551188 11,,778822 1,981,98 22,,117788 22,,337766 22,,557744 22,,777722
1/31/3 00,,7777 11,,115555 11,,446633 11,,777711 22,,007799 2,312,31 22,,554411 22,,777722 33,,000033 33,,223344
11//22 11,,1188 1,771,77 2,2422,242 22,,771144 33,,118866 33,,5544 33,,889944 44,,224488 44,,660022 44,,995566
33//44 11,,3344 22,,0011 2,2462,246 3,0323,032 3,6183,618 44,,0022 44,,442222 44,,882244 55,,222266 55,,662288
11 1,561,56 2,342,34 22,,996644 33,,558888 4,2124,212 44,,6688 55,,114488 55,,661166 66,,008844 66,,555522
11..11//22 22,,3355 33,,552255 44,,446655 55,,440055 66,,334455 77,,0055 77,,775555 88,,446600 99,,116655 99,,887700
22 22,,9977 44,,445555 55,,664433 66,,883311 88,,001199 88,,9911 99,,880011 1100,,669922 1111,,558833 1122,,447744
33 44,,0077 66,,110055 77,,773333 99,,336611 1100,,998899 1122,,2211 1133,,443311 1144,,665522 1155,,887733 1177,,009944
55 66,,1166 9,249,24 1111,,770044 1144,,116688 1166,,663322 1188,,4488 2200,,332288 22,17622,176 24,02424,024 25,87225,872
Fonte: CELESC (1997, p. 57).Fonte: CELESC (1997, p. 57).
1616 CURSOS TÉCNICOS SENAICURSOS TÉCNICOS SENAI
Notas:Notas:
(1) → Quantidade de motores(1) → Quantidade de motores
(2) → Fator de diversidade(2) → Fator de diversidade
O fator de diversidade está relacionado à O fator de diversidade está relacionado à simultaneidadsimultaneidade do aciona-e do aciona-
mento dos motores. Máquinas de solda po motor-gerador devemmento dos motores. Máquinas de solda po motor-gerador devem
ser consideradas como motores.ser consideradas como motores.
Ainda é possível calcular a demanda de máquinas através de um estuAinda é possível calcular a demanda de máquinas através de um estu --
do detalhado da sequência de funcionamento das máquinas durantedo detalhado da sequência de funcionamento das máquinas durante
os turnos de um dia de trabalho. Desta forma, a demanda poderá seros turnos de um dia de trabalho. Desta forma, a demanda poderá ser
dimensionada em função da maior carga instantânea registrada durantedimensionada em função da maior carga instantânea registrada durante
o dia de trabalho (MOURA, 2006, p. 16).o dia de trabalho (MOURA, 2006, p. 16).
 T Todavia, esta técnica eodavia, esta técnica exige que a linha de produção não apresente xige que a linha de produção não apresente variavaria--
ções bruscas em relação à ções bruscas em relação à sequência de acionamento das máquinas, poissequência de acionamento das máquinas, pois
poderia causar um eventual subdimensionamento da instalação elétrica,poderia causar um eventual subdimensionamento da instalação elétrica,
causando interrupções indesejadas no fornecimento de energia elétrica.causando interrupções indesejadas no fornecimento de energia elétrica.
Quando a demanda de máquinas elétricas for associada a máquinas deQuando a demanda de máquinas elétricas for associada a máquinas de
solda ponto ou qualquer outro tipo de máquina não motora de alta posolda ponto ou qualquer outro tipo de máquina não motora de alta po--
tência, então, sugere-se que seja considerada a demanda igual tência, então, sugere-se que seja considerada a demanda igual a 100% daa 100% da
potência nominal da máquina.potência nominal da máquina.
SEÇÃO 2SEÇÃO 2
Fator de potênciaFator de potência
Na seção 2, você aprenderá quais as formas de calcular a potência dosNa seção 2, você aprenderá quais as formas de calcular a potência dos
diversos tipos de motor.diversos tipos de motor.
Sabe-se que a potência elétrica é expressa através do produto entre aSabe-se que a potência elétrica é expressa através do produto entre a
tensão elétrica (U) e a corrente elétrica (I), como mostrado a fórmula:tensão elétrica (U) e a corrente elétrica (I), como mostrado a fórmula:
P = U x IP = U x I
Fórmula – Expressão geral de potênciaFórmula – Expressão geral de potência
Fonte: Creder (2000, p. 44).Fonte: Creder (2000, p. 44).
Contudo, esta expressão somenteContudo, esta expressão somente
pode ser utilizada quando se tratapode ser utilizada quando se trata
de circuitos de corrente contínuade circuitos de corrente contínua
ou de circuitos resistivos em cor-ou de circuitos resistivos em cor-
rente alternada (lâmpadas incanrente alternada (lâmpadas incan--descentes, fornos resistivos, chudescentes, fornos resistivos, chu--
 veiros elétricos etc). veiros elétricos etc).
Quando se tratar de motores ouQuando se tratar de motores ou
qualquer carga com característiqualquer carga com característi--
cas indutivas ou capacitivas, surcas indutivas ou capacitivas, sur--
ge a potência reativa. (CREDER,ge a potência reativa. (CREDER,
2000, p. 45). Desta forma, a nova2000, p. 45). Desta forma, a nova
fórmula para cálculo de potência,fórmula para cálculo de potência,
para estes casos é apresentada Apara estes casos é apresentada A
seguir,:seguir,:
N = P + Q N = P + Q 
Fórmula – Potência considerando a preFórmula – Potência considerando a pre--
sença de reavossença de reavos
Fonte: CREDER, 2000, p.45.Fonte: CREDER, 2000, p. 45.
  
Onde:Onde:
N → Potência aparente, especicada em kVA;N → Potência aparente, especicada em kVA;
P → Potência ativa, especicada em kW;P → Potência ativa, especicada em kW;
Q → Potência reativa, especicada em kVAr.Q → Potência reativa, especicada em kVAr.
Em um motor, apenas a parcela da potência ativa (P) é convertida emEm um motor, apenas a parcela da potência ativa (P) é convertida em
energia mecânica sendo a parcela de potência reativa (Q) responsávelenergia mecânica sendo a parcela de potência reativa (Q) responsável
apenas pelas trocas de energia entre o gerador e a carga (CREDER,apenas pelas trocas de energia entre o gerador e a carga (CREDER,
2000, p. 45).2000, p. 45).
Em outras palavras, no caso de um Em outras palavras, no caso de um motor monofásico, a forma de ondamotor monofásico, a forma de onda
da tensão que está sobre os terminais de um motor perda tensão que está sobre os terminais de um motor permanece adiantadamanece adiantada
certo ângulo θ em relação à forma de onda da corrente que entra nestecerto ângulo θ em relação à forma de onda da corrente que entra nestemotor.motor.
 V Veja a representação a seguir:eja a representação a seguir:
Desta forma, o cálculo da potênDesta forma, o cálculo da potên--
cia passa a ser:cia passa a ser:
P = U x I x FPP = U x I x FP
Fórmula – Potência ava para motoresFórmula – Potência ava para motores
monofásicosmonofásicos
Fonte: Creder (2000, p. 45).Fonte: Creder (2000, p. 45).
P = 1,73 x U x I x FPP = 1,73 x U x I x FP
Fórmula – Potência ava para motoresFórmula – Potência ava para motores
trifásicostrifásicos
Fonte: Creder (2000, p. 46).Fonte: Creder (2000, p. 46).
1717PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAISPROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS
Figura 2 - Tensão adiantada em relação à corrente, forma de ondaFigura 2 - Tensão adiantada em relação à corrente, forma de onda
Fonte: Creder (2000, p. 45).Fonte: Creder (2000, p. 45).
Diz-se que neste caso, o fator de potência (FP) é dado pelo cosseno doDiz-se que neste caso, o fator de potência (FP) é dado pelo cosseno do
ângulo θ, como pode ser observado na próxima fórmula:ângulo θ, como pode ser observado na próxima fórmula:
FP = COS θFP = COS θ
Fórmula – Fator de potência para uma carga puramente induva com forma de ondaFórmula – Fator de potência para uma carga puramente induva com forma de onda
senoidalsenoidal
Fonte: Creder (2000, p. 45).Fonte: Creder (2000, p. 45).
Onde:Onde:
P → Potência ativa consumidaP → Potência ativa consumida
pelo motor;pelo motor;
U → Tensão de fase aplicada aoU → Tensão de fase aplicada ao
motor;motor;
I → Corrente de fase aplicada aoI → Corrente de fase aplicada ao
motor;motor;
FP → Fator de potência.FP → Fator de potência.
Há outra maneira de se visualizarHá outra maneira de se visualizar
o efeito do fator de potência sobreo efeito do fator de potência sobre
a potência consumida pelo circuia potência consumida pelo circui--
to. Veja a representação a seguir:to. Veja a representação a seguir:
considere que o comprimento deconsidere que o comprimento de
cada vetor equivalha ao valor dacada vetor equivalha ao valor da
potência em questão.potência em questão.
  
Figura 3 - Figura 3 - RepresentRepresentação das variações das componentes de potências deação das variações das componentes de potências de
uma carga induvauma carga induva
Note na gura anterior, que aNote na gura anterior, que a
representação “a” apresenta umrepresentação “a” apresenta um
caso de motor a vazio. Observecaso de motor a vazio. Observe
que o comprimento do vetor Qque o comprimento do vetor Q
( ê i i ) é i( ê i i ) é i
  ▪▪  Acréscimo na conta de energia Acréscimo na conta de energia
elétrica;elétrica;
  ▪▪ Limitação da capacidade dosLimitação da capacidade dos
transformadores de alimentação;transformadores de alimentação;
  ▪▪ Nível de tensão acima do valorNível de tensão acima do valor
nominal provocando um aumennominal provocando um aumen--
to no consumo de energia reativa.to no consumo de energia reativa.
DICADICA
Quanto à correção do fatorQuanto à correção do fator
de potência para cargas in-de potência para cargas in-
duvas (como transformaduvas (como transforma--
dores e motores), recomen-dores e motores), recomen-
da-se a instalação de bancosda-se a instalação de bancos
de capacitores próximos dade capacitores próximos da
carga induva em questão,carga induva em questão,
além da eliminação ou mini-além da eliminação ou mini-
mização de superdimensio-mização de superdimensio-
namentos.namentos.
f d df d d
1818 CURSOS TÉCNICOS SENAICURSOS TÉCNICOS SENAI
(potência reativa) é maior que o(potência reativa) é maior que o
comprimento do vetor P (potêncomprimento do vetor P (potên--
cia ativa) e que o ângulo entre P ecia ativa) e que o ângulo entre P e
N é maior do que o mostrado nasN é maior do que o mostrado nas
representações “b” e “c”. Nesterepresentações “b” e “c”. Neste
caso, a potência aparente concaso, a potência aparente con--
sumida pela máquina será bemsumida pela máquina será bem
maior que a potência ativa requemaior que a potência ativa reque--
rida por esta máquina.rida por esta máquina.
 Agora  Agora observe observe a a representaçãorepresentação
“b”, nesta situação, o motor está“b”, nesta situação, o motor está
operando em plena carga. Comoperando em plena carga. Com--
parando com a representação “a”parando com a representação “a”
é possível notar que o comprié possível notar que o compri--
mento do vetor Q é praticamentemento do vetor Q é praticamente
o mesmo, porém o vetor P possuio mesmo, porém o vetor P possui
maior comprimento do que antes,maior comprimento do que antes,
caracterizando um melhor aprocaracterizando um melhor apro--
 veitamento  veitamento da da potência potência ativa ativa emem
relação à potência aparente fornerelação à potência aparente forne--
cida ao circuito.cida ao circuito.
 Já na representação “c”, note  Já na representação “c”, note queque
houve uma correção no fator dehouve uma correção no fator de
potência, ocasionando uma repotência, ocasionando uma re--
dução no comprimento do vetordução no comprimento do vetor
“Q”, que aumentou ainda mais o“Q”, que aumentou ainda mais o
aproveitamento da potência apa-aproveitamento da potência apa-
rente consumida pelo circuito.rente consumida pelo circuito.
Principais consequências do baiPrincipais consequências do bai--
xo fator de potência são (WEG,xo fator de potência são (WEG,
2007, p. 9):2007, p. 9):
  ▪▪ Quedas e utuações de tensãoQuedas e utuações de tensão
nos circuitos de distribuição;nos circuitos de distribuição;
  ▪▪ Sobrecarga nos equipamentosSobrecarga nos equipamentos
de manobra, limitando sua vidade manobra, limitando sua vida
útil;útil;
  ▪▪  Aumento das perdas elétricas Aumento das perdas elétricas
na linha de distribuição por efeitona linha de distribuição por efeito
 Joule; Joule;
  
▪▪
Necessidade de aumento daNecessidade de aumento daseção dos condutores;seção dos condutores;
  ▪▪ Necessidade de aumento daNecessidade de aumento da
capacidade dos equipamentos decapacidade dos equipamentos de
manobra e de manobra e de proteção.proteção.
Principais causas do baixo fatorPrincipais causas do baixo fator
de potência (WEG, 2007, p. 9):de potência (WEG, 2007, p. 9):
  ▪▪ Motores de indução trabalhanMotores de indução trabalhan--
do a vazio;do a vazio;
  ▪▪ Motores superdimensionadosMotores superdimensionados
para sua necessidade de trabalho;para sua necessidade de trabalho;
  ▪▪  Transfo Transformadores trabalhandormadores trabalhando
a vazio ou com pouca carga;a vazio ou com pouca carga;
  ▪▪ Reatores de baixo fator de poReatores de baixo fator de po--
tência no sistema de iluminação;tência no sistema de iluminação;
  ▪▪ Fornos de indução ou a arco;Fornos de indução ou a arco;
  ▪▪ Máquinas de tratamentoMáquinas de tratamento
térmico;térmico;
▪▪ Máquina de solda;Máquina de solda;
Para formas de onda não senoiPara formas de onda não senoi--
dais, para o cálculo do Fator dedais, para o cálculodo Fator de
potência (FP), deve-se considerarpotência (FP), deve-se considerar
também a taxa de distorção hartambém a taxa de distorção har--
mônica (THD) como é mostradomônica (THD) como é mostrado
na fórmula:na fórmula:
FP = (1/√(1+THD²)) x (COS θ)FP = (1/√(1+THD²)) x (COS θ)
Fórmula – Fator de potência com harFórmula – Fator de potência com har--
mônicasmônicas
Fonte: WEG (2007, p. 15).Fonte: WEG (2007, p. 15).
Na próxima seção, você estudaráNa próxima seção, você estudará
os diversos tipos de tarifa, as caos diversos tipos de tarifa, as ca--
racterísticas do contrato estaberacterísticas do contrato estabe--
lecido entre a concessionária delecido entre a concessionária de
energia elétrica e o consumidor,energia elétrica e o consumidor,
além da classicação dos gruposalém da classicação dos grupos
de consumidores em relação aode consumidores em relação ao
 valor da tensão de fornecimento valor da tensão de fornecimento..
  
SEÇÃO 3SEÇÃO 3
Consumidores e tarifaçãoConsumidores e tarifação
Quanto à modalidade tarifária, existem duas modalidades. Os consuQuanto à modalidade tarifária, existem duas modalidades. Os consu--
midores do Grupo B são cobrados pela energia que consomem. Já osmidores do Grupo B são cobrados pela energia que consomem. Já os
consumidores do Grupo A são cobrados pela demanda contratada econsumidores do Grupo A são cobrados pela demanda contratada e
pela energia qpela energia que consomem (PROCEL, 2001, p. 7).ue consomem (PROCEL, 2001, p. 7).
Normalmente os consumidores industriais são classicados conforme aNormalmente os consumidores industriais são classicados conforme a
tensão de fornecimento da concessionária de energia elétrica da regiãotensão de fornecimento da concessionária de energia elétrica da região
(PROCEL, 2001, p. 6).(PROCEL, 2001, p. 6).
 A resolução  A resolução 456, de 456, de 29 de 29 de novembro novembro de 2000, de 2000, estabeleceu alteraçõeestabeleceu alterações nass nas
condições gerais de fornecimento de energia elétrica, visando aprimorarcondições gerais de fornecimento de energia elétrica, visando aprimorar
o relacionamento entre os agentes responsáveis pela prestação do sero relacionamento entre os agentes responsáveis pela prestação do ser--
 viço público de energia elétrica e consumidores (ANEEL viço público de energia elétrica e consumidores (ANEEL, 2000, p, 2000, p. 1).. 1).
 A próxima  A próxima tabela classica tabela classica os consumidores os consumidores em subgem subgrupos rupos do Grdo Grupoupo
 A, segundo o valor da tensão de  A, segundo o valor da tensão de fornecimento.fornecimento.
TabTabela 4 ela 4 - Classicação dos subgrupos do grupo A- Classicação dos subgrupos do grupo A
SubgruposSubgrupos Tensão de FornecimentoTensão de Fornecimento
1919PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAISPROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS
SubgruposSubgrupos Tensão de FornecimentoTensão de Fornecimento
AA11 SSuuppeerriioor r a a 223300kkVV
AA22 DDe e 8888kkV V a a 113388kkVV
A3A3 Igual a 69kVIgual a 69kV
AA33aa DDe e 3300kkV V a a 4444kkVV
A4A4 De 2,3kV a 25kVDe 2,3kV a 25kV
ASAS
Inferior a 2,3kV, atendida a parr de sistemaInferior a 2,3kV, atendida a parr de sistema
subterrânesubterrâneo de distribuição e o de distribuição e faturada no Grupo Afaturada no Grupo A
excepcionalmente.excepcionalmente.
Fonte: ANEEL (2008, p. 22).Fonte: ANEEL (2008, p. 22).
 Antes de apresentar  Antes de apresentar os tipos os tipos de tarifação de de tarifação de energia e energia e as característicasas características
de contrato é interessante estabelecer as seguintes denições (ANEEL,de contrato é interessante estabelecer as seguintes denições (ANEEL,
2000, p. 2):2000, p. 2):
  ▪▪ Demanda contratada:Demanda contratada: demanda de potência ativa a ser obrigatódemanda de potência ativa a ser obrigató--
ria e continuamente disponibilizada pela concessionária, no ponto deria e continuamente disponibilizada pela concessionária, no ponto de
entrega, conforme valor e período de vigência xados no contrato deentrega, conforme valor e período de vigência xados no contrato de
fornecimento e que deverá ser integralmente paga, seja ou não utilizadafornecimento e que deverá ser integralmente paga, seja ou não utilizada
durante o período de durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW).faturamento, expressa em quilowatts (kW).
  ▪▪ Horário de ponta:Horário de ponta: período denido pela concessionária e com período denido pela concessionária e com--
posto por 3 (três) posto por 3 (três) horas diárias consecutivas, exceçhoras diárias consecutivas, exceção feita aos sábados,ão feita aos sábados,
domingos e feriados domingos e feriados nacionais.nacionais.
  
▪▪
Horário fora de ponta:Horário fora de ponta: período composto pelo conjunto das horas período composto pelo conjunto das horasdiárias consecutivas e complementares àquelas denidas no horário diárias consecutivas e complementares àquelas denidas no horário dede
ponta.ponta.
  ▪▪ Período seco:Período seco: período de  período de sete meses consecutivos, compreendendosete meses consecutivos, compreendendo
os fornecimentos abrangidos pelas leitos fornecimentos abrangidos pelas leituras de maio a uras de maio a novembronovembro..
  ▪▪ Período úmido:Período úmido: período de cinco período de cinco meses consecutivosmeses consecutivos, compreen, compreen--
dendo os fornecimentos abrangidos pelas leituras de dezembro de umdendo os fornecimentos abrangidos pelas leituras de dezembro de um
ano a abril do ano seguinte.ano a abril do ano seguinte.
  
 A seguir, são  A seguir, são mostrados os tipos mostrados os tipos de tarifação e as de tarifação e as características do concaracterísticas do con--
trato estabelecido entre concessionária de energia elétrica e trato estabelecido entre concessionária de energia elétrica e consumidor.consumidor.
Tabela 5 - Alternava tarifária e caracteríscas do contratoTabela 5 - Alternava tarifária e caracteríscas do contrato
AAlltteerrnnaavva a ttaarriiffáárriiaa CCaarraacctteerrííssccaas s ddo o ccoonnttrraatto o ccoom m a a ccoonncceessssiioonnáárriiaa
Tarifação ConvencionalTarifação Convencional
São enquadrados os consumidores do grupo A São enquadrados os consumidores do grupo A com demanda inferior acom demanda inferior a
300kW. No contrato, pactua-se um único valor de demanda (demanda300kW. No contrato, pactua-se um único valor de demanda (demanda
contratada), independente da hora do dia (ponta ou fora de ponta) e docontratada), independente da hora do dia (ponta ou fora de ponta) e do
período do ano (seco ou úmido).período do ano (seco ou úmido).
Tarifação Horo-sazonal VerdeTarifação Horo-sazonal Verde
O enquadramento é opcional para os O enquadramento é opcional para os consumidoreconsumidores do s do grupo A,grupo A,
subgrupos A3a, A4 e subgrupos A3a, A4 e AS. No contrato, pactua-se a demanda contratadaAS. No contrato, pactua-se a demanda contratada
pretendida pelo consumidor independente da ponta ou fora da ponta. Apretendida pelo consumidor independente da ponta ou fora da ponta. A
resolução 456 resolução 456 permite que sejam contratadas duas permite que sejam contratadas duas demandas diferentedemandas diferentes:s:
uma para o período seco e outra para o período úmido.uma para o período seco e outra para o período úmido.
Tarifação Horo-sazonal AzulTarifação Horo-sazonal Azul
O enquadramento é obrigatório para os consumidores do grupo A,O enquadramento é obrigatório para os consumidores do grupo A,
subgrupos A1, A2 e subgrupos A1, A2 e A3. No contrato, pactuam-se duas dewmandasA3. No contrato, pactuam-se duas dewmandas
contratadas: uma para o horário de ponta e outra para o horário fora decontratadas: uma para o horário de ponta e outra para o horário fora de
ponta. A resolução 456 permite que sejam contratadas duas demandasponta. A resolução 456 permite que sejam contratadas duas demandas
diferentes: uma para o período seco e outra para o período úmido.diferentes: uma para o período seco eoutra para o período úmido.
Fonte: PROCEL (2001 p 7)Fonte: PROCEL (2001 p 7)
2020 CURSOS TÉCNICOS SENAICURSOS TÉCNICOS SENAI
Fonte: PROCEL (2001, p. 7).Fonte: PROCEL (2001, p. 7).
 A conta de  A conta de energia elétrica energia elétrica dos consumidores alimentados dos consumidores alimentados em alta tem alta tenen--
são é composta pela soma das parcelas de consumo, demanda e ultrasão é composta pela soma das parcelas de consumo, demanda e ultra--
passagem, caso ocorra (PROCEL, 2001, p. 10). Assim, os consumidorespassagem, caso ocorra (PROCEL, 2001, p. 10). Assim, os consumidores
do Grupo A podem se enquadrar em uma das seguintes alternativasdo Grupo A podem se enquadrar em uma das seguintes alternativas
tarifárias (PROCEL, 2001, p. 7). A tabela a tarifárias (PROCEL, 2001, p. 7). A tabela a seguir, apresenta uma relaçãoseguir, apresenta uma relação
entre estas alternativas tarifárias e as parcelas que a compõe.entre estas alternativas tarifárias e as parcelas que a compõe.
  
TabTabela 6 ela 6 - Tipos de - Tipos de tarifação de energia elétrica para consumidores do Grupo Atarifação de energia elétrica para consumidores do Grupo A
Tipo deTipo de
TarifaçãoTarifação
PPaarrcceella a ddo o CCoonnssuummoo PPaarrcceella a dda a DDeemmaannddaa PPaarrcceella a dda a UUllttrraappaassssaaggeemm
Convencional.Convencional.
O consumo medido éO consumo medido é
mulplicado pela tarifa demulplicado pela tarifa de
consumo.consumo.
A maior demandaA maior demanda
do período (sem ado período (sem a
ultrapassagemultrapassagem) ) éé
mulplicada pela tarifamulplicada pela tarifa
de demanda.de demanda.
A demanda excedente (10% acimaA demanda excedente (10% acima
da demanda contratada) custaráda demanda contratada) custará
3 vezes o valor da demanda no3 vezes o valor da demanda no
horário normal.horário normal.
Horo-sazonalHoro-sazonal
Verde.Verde.
Há tarifas diferentes para oHá tarifas diferentes para o
consumo dependendo do horárioconsumo dependendo do horário
do dia e do período do ano. Odo dia e do período do ano. O
consumo também é separadoconsumo também é separado
em duas parcelas: medidasem duas parcelas: medidas
no horário de ponta e fora dono horário de ponta e fora do
horário de ponta.horário de ponta.
A tarifa de demandaA tarifa de demanda
é única e deve seré única e deve ser
mulplicada pela maiormulplicada pela maior
demanda contratada.demanda contratada.
A demanda excedente (10% acimaA demanda excedente (10% acima
da demanda da demanda contratada).contratada).
Horo-sazonalHoro-sazonal
Azul.Azul.
Segue o mesmo modelo que oSegue o mesmo modelo que o
usado para o cálculo da parcelausado para o cálculo da parcela
de de consumo consumo para Tpara Tarifaçãoarifação
Horo-sazonal Verde.Horo-sazonal Verde.
Segue o mesmo modeloSegue o mesmo modelo
que o usado para oque o usado para o
cálculo da parcela decálculo da parcela de
consumo consumo para para TarifaçãoTarifação
Horo-sazonal Verde: háHoro-sazonal Verde: há
variações na tarifa devariações na tarifa de
demanda conforme odemanda conforme o
Segue o mesmo modelo que oSegue o mesmo modelo que o
usado para o cálculo da parcelausado para o cálculo da parcela
de consumo de consumo para Tpara Tarifação Horo-arifação Horo-
sazonal Verde: há variações nasazonal Verde: há variações na
tarifa de tarifa de ultrapassagem conformeultrapassagem conforme
o horário o período do ano e oo horário o período do ano e o
2121PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAISPROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS
demanda conforme odemanda conforme o
horário e o período dohorário e o período do
ano.ano.
o horário, o período do ano e oo horário, o período do ano e o
grupo do consumidor.grupo do consumidor.
Fonte: PROCEL (2001, p. 7).Fonte: PROCEL (2001, p. 7).
A demanda medida é a máxima vericada ao longo do mês. Se todasA demanda medida é a máxima vericada ao longo do mês. Se todas
as máquinas permanecerem ligadas por um período de 15 minutos,as máquinas permanecerem ligadas por um período de 15 minutos,
será cobrado um valor de demanda equivalente ao caso em que es-será cobrado um valor de demanda equivalente ao caso em que es-
tas máquinas permanecerem ligadas ininterruptamente o mês inteirotas máquinas permanecerem ligadas ininterruptamente o mês inteiro
(PROCEL, 2001, p. 11).(PROCEL, 2001, p. 11).
Outro fator importante relacionado à cobrança de energia é o consumoOutro fator importante relacionado à cobrança de energia é o consumo
associado à potência reativa. A resolução 456 de 2000 estabelece queassociado à potência reativa. A resolução 456 de 2000 estabelece que
as instalações industriais devem apresentar um fator de potência nãoas instalações industriais devem apresentar um fator de potência não
inferior a 0,92 (capacitivo ou indutivo). Os consumidores pertencentesinferior a 0,92 (capacitivo ou indutivo). Os consumidores pertencentes
ao Grupo A são cobrados pelo mesmo método (da energia ativa) paraao Grupo A são cobrados pelo mesmo método (da energia ativa) para
a energia reativa (PROCEL, 2001, p. 14). Portanto, ca claro que se a energia reativa (PROCEL, 2001, p. 14). Portanto, ca claro que se forfor
realizada a correção do fator de potência, consequentemente será redurealizada a correção do fator de potência, consequentemente será redu--
zido o valor da conta de energia.zido o valor da conta de energia.
  
Unidade deUnidade de
estudo 2estudo 2
Seções de estudoSeções de estudo
Seção 1 – Iluminância em Seção 1 – Iluminância em ambienteambiente
industrialindustrial
Seção 2 – Lâmpadas, luminárias eSeção 2 – Lâmpadas, luminárias e
acessórios para aplicações industriaisacessórios para aplicações industriais
  
LuminotécnicaLuminotécnica
SEÇÃO 1SEÇÃO 1
Iluminância em ambiente industrialIluminância em ambiente industrial
Na primeira seção serão apresentados alguns tipos de iluminação, osNa primeira seção serão apresentados alguns tipos de iluminação, os
benefícios e desvantagens de seu uso, além das características e ferrabenefícios e desvantagens de seu uso, além das características e ferra--
mentas do software Lumisoft, utilizado para determinar a quantidade dementas do software Lumisoft, utilizado para determinar a quantidade de
lâmpadas para o ambiente e lâmpadas para o ambiente e os pontos a serem instaladas.os pontos a serem instaladas.
 A iluminação no ambiente industrial está  A iluminação no ambiente industrial está relacionada com a tarefa a serrelacionada com a tarefa a ser
desempenhada. Existem ambientes que exigem maior luminosidade,desempenhada. Existem ambientes que exigem maior luminosidade,como é o caso de uma indústria que realiza montagens eletrônicas. Jácomo é o caso de uma indústria que realiza montagens eletrônicas. Já
outros, podem apresentar a menor luminosidade necessária, como é ooutros, podem apresentar a menor luminosidade necessária, como é o
caso de um depósito de materiais.caso de um depósito de materiais.
 Assim o método mais indicado para a iluminação industrial é o método Assim o método mais indicado para a iluminação industrial é o método
dos lúmens, seguindo as recomendações da nordos lúmens, seguindo as recomendações da norma NBR5413: 1992.ma NBR5413: 1992.
 A seguir, são mostrados alguns  A seguir, são mostrados alguns valores de iluminância segundo valores de iluminância segundo a tarefaa tarefa
a ser desempenhada no ambiente.a ser desempenhada no ambiente.
TabTabela 7 ela 7 - Valores de iluminância para alguns pos - Valores de iluminância para alguns pos de indústriade indústria
IInnddúússttrriiaa SSeettoorr Iluminância (lux)Iluminância (lux)
SSeelleeççãão o dde e RReeffuuggoos s oou u LLiimmppeezza a oou u LLaavvaaggeemm.. 11550 0 – – 22000 0 – – 330000
2323PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAISPROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS
AlimenciaAlimencia
çç gg pp gg
CCllaassssiiccaaççãão o ppeella a ccoor r ((ssaalla a dde e ccoorrtteess)).. 77550 0 – – 1100000 0 – – 11550000
EEnnllaattaammeenntto o MMaannuuaall.. 22000 0– – 33000 0 – – 550000
De calçadosDe calçados
Riscagem de modelos, cortes, costuras, formação deRiscagem de modelos, cortes, costuras, formação de
pares e classicação.pares e classicação. 750 – 1000 – 1500750 – 1000 – 1500
Lavagem, tratamento de composto de borracha,Lavagem, tratamento de composto de borracha,
confecção de lençóis de borracha.confecção de lençóis de borracha.
100 – 150 – 200100 – 150 – 200
De materiaisDe materiais
elétricos eelétricos e
telecomunicaçõestelecomunicações
IImmpprreeggnnaaççããoo.. 11550 0 – – 22000 0 – – 330000
IIsosollaçaçãoão, e, enrnroolalammeennttoo, b, bobobininagageem, m, enensasaioios e s e ininspspeeçãçãoo.. 30300 – 0 – 50500 0 – – 757500
TêxteisTêxteis
Abertura de fardos, batedores, mistura e classicação deAbertura de fardos, batedores, mistura e classicação de
algodão.algodão.
150 – 200 – 300150 – 200 – 300
TTeecceellaaggeem m dde e aallggooddãão o oou u sseeddaas s e e bbrraas s ssiinnttééccaass.. 33000 0 – – 55000 0 – – 775500
TTeecceellaaggeem m dde e llã ã ccoolloorriiddaa.. 77550 0 – – 1100000 0 – – 11550000
VestuárioVestuário
IInnssppeeççãão o ddo o mmaatteerriiaall.. 1155000 0 – – 2200000 0 – – 33000000
CCoorrttee, , ppaassssaaggeemm, , ccoossttuurra a e e gguuaarrnneecciimmeennttoo.. 77550 0 – – 1100000 0 – – 11550000
Fonte: ABNT (1992, p. 7).Fonte: ABNT (1992, p. 7).
 Antes de efetuar o cálculo da iluminância, é necessário seleciona Antes de efetuar o cálculo da iluminância, é necessário selecionar o mer o me--
lhor sistema de iluminação conforme lhor sistema de iluminação conforme a atividade a ser desempenhada noa atividade a ser desempenhada no
ambiente de trabalho (OSRAM, 2009, p. 10).ambiente de trabalho (OSRAM, 2009, p. 10).
O quadro A seguir, relaciona as principais características segundo o tipoO quadro A seguir, relaciona as principais características segundo o tipo
de iluminação.de iluminação.
  
TTiippo do de Ie Illuummiinnaaççããoo PPrriinncciippaal Vl Vaannttaaggeemm PPrriinncciippaal Dl Deessvvaannttaaggeemm EExxeemmppllo do de Ae Applliiccaaççããoo
Iluminação Geral:Iluminação Geral:
Permite maior Permite maior exibilidadexibilidadee
no leiaute da fábrica tantono leiaute da fábrica tanto
para máquinas quantopara máquinas quanto
bancadas de trabalho.bancadas de trabalho.
Não atende às Não atende às necessidadesnecessidades
especícas de locais queespecícas de locais que
requerem maiores níveis derequerem maiores níveis de
iluminância, isso acarretariailuminância, isso acarretaria
maior consumo de energia emaior consumo de energia e
maiores gastos com material.maiores gastos com material.
Depósito de peças eDepósito de peças e
materiais.materiais.
Iluminação Localizada:Iluminação Localizada:
Maior economia deMaior economia de
energia.energia.
Não permite grandesNão permite grandes
variações no leiaute davariações no leiaute da
fábrica.fábrica.
Setor de fechamento deSetor de fechamento de
carcaça de carcaça de motores.motores.
Iluminação de Tarefa:Iluminação de Tarefa:
Maior controle dos efeitosMaior controle dos efeitos
luminotécnicluminotécnicos já os já queque
permite maiores níveis depermite maiores níveis de
iluminância.iluminância.
Deve ser complementada porDeve ser complementada por
outro po de iluminação.outro po de iluminação.
Setor de InspeçãoSetor de Inspeção
Eletrônica.Eletrônica.
Quadro 2 - Comparavo entre os pos de iluminaçãoQuadro 2 - Comparavo entre os pos de iluminação
Fonte: OSRAM (2009, p. 11).Fonte: OSRAM (2009, p. 11).
No dimensionamento do sistema de iluminação de um ambiente indusNo dimensionamento do sistema de iluminação de um ambiente indus--
trial, além das técnicas tradicionais para o cálculo da iluminância (atravéstrial, além das técnicas tradicionais para o cálculo da iluminância (através
do método dos lúmens ou do método ponto a ponto), ainda existemdo método dos lúmens ou do método ponto a ponto), ainda existem
programas de computador capazes de sintetizar os cálculos e relacionarprogramas de computador capazes de sintetizar os cálculos e relacionar
2424 CURSOS TÉCNICOS SENAICURSOS TÉCNICOS SENAI
programas de computador, capazes de sintetizar os cálculos e relacionarprogramas de computador, capazes de sintetizar os cálculos e relacionar
informações de bancos de dados, pré-cadastrados pelos fabricantes deinformações de bancos de dados, pré-cadastrados pelos fabricantes de
lâmpadas e luminárias.lâmpadas e luminárias.
 Assim, estes softwares servem para agilizar  Assim, estes softwares servem para agilizar o processo de cálculo, alémo processo de cálculo, além
de gerar a listagem de materiais necessários para o projeto luminotécnide gerar a listagem de materiais necessários para o projeto luminotécni--
co.co.
Existem vários sowares luminotécnicoExistem vários sowares luminotécnicos no s no mercado (gratuitos ou comercado (gratuitos ou co--
merciais), apresentando uma grande variedade de recursos que vãomerciais), apresentando uma grande variedade de recursos que vão
desde a determinação da quandade de luminárias a serem instaladesde a determinação da quandade de luminárias a serem instala--
das em um ambiente até a geração de grácos com os níveis pontuaisdas em um ambiente até a geração de grácos com os níveis pontuais
de iluminamento.de iluminamento.
 A seguir,  A seguir, é apresentada é apresentada a versão a versão gratuita gratuita do software do software Lumisoft, dispoLumisoft, dispo--
nibilizado pela Empresa Lumicenter (<http://www.lumicenter.com/nibilizado pela Empresa Lumicenter (<http://www.lumicenter.com/
empresa.php>) para empresa.php>) para download pelo download pelo link: <http://wwwlink: <http://www.ctktim.com.br/.ctktim.com.br/
lumicenter/Lumisoft2008.zip>.lumicenter/Lumisoft2008.zip>.
  
Figura 4 - Janela de cálculo do Figura 4 - Janela de cálculo do soware Lumisowsoware Lumisow
Fonte: Lumicenter (2009).Fonte: Lumicenter (2009).
EsteEste software software  dimensiona a quantidade de luminárias necessárias para a dimensiona a quantidade de luminárias necessárias para a
Iluminação geral de um ambiente, usando lâmpadas uorescentes. SãoIluminação geral de um ambiente, usando lâmpadas uorescentes. São
solicitados campos com as informações sobre a região a ser iluminadasolicitados campos com as informações sobre a região a ser iluminada
(área, pé direito, reetâncias, entre outras), valor do iluminamento e tipo(área, pé direito, reetâncias, entre outras), valor do iluminamento e tipo
de luminária a ser instalada.de luminária a ser instalada.
DICADICA
OutroOutro sofwaresofware gratuito que possui muitos recursos é o Solux (mos gratuito que possui muitos recursos é o Solux (mos--
trado na próxima gura), fornecido pela Empresa ITAIM Iluminação.trado na próxima gura), fornecido pela Empresa ITAIM Iluminação.
Este programa de computador pode ser baixado da internet atravésEste programa de computador pode ser baixado da internet através
2525PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAISPROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS
Este programa de computador pode ser baixado da internet atravésEste programa de computador pode ser baixado da internet através
do link: <hp://www.itaimiluminacao.com.br/novo/index_main.do link: <hp://www.itaimiluminacao.com.br/novo/index_main.cfm?p=d>.cfm?p=d>.
Programas de computador para cálculo luminotécnico são fornecidosProgramas de computador para cálculo luminotécnico são fornecidos
gratuitamente porque o interesse de seus desenvolvedores é justamentegratuitamente porque o interesse de seus desenvolvedores é justamente
realizar a venda dos produtos realizar a venda dos produtos relacionados, como é o caso de lâmpadasrelacionados, como é o caso de lâmpadas
e luminárias.e luminárias.
  
Figura 5 - Janela de conguração do SoluxFigura 5 - Janela de conguração do Solux
Fonte: Itaim Iluminação (2010).Fonte: Itaim Iluminação (2010).
Na seção 2, você conhecerá diversos tipos de lâmpadas, luminárias eNaseção 2, você conhecerá diversos tipos de lâmpadas, luminárias e
acessórios utilizados para iluminação industrial e as características e vanacessórios utilizados para iluminação industrial e as características e van--
tagens de sua aplicação em relação ao ambiente.tagens de sua aplicação em relação ao ambiente.
SEÇÃO 2SEÇÃO 2
Lâmpadas, luminárias e acessórios para aplicaçõesLâmpadas, luminárias e acessórios para aplicações
industriaisindustriais
O ambiente industrial pode apresentar altas O ambiente industrial pode apresentar altas temperaturas, altas concentemperaturas, altas concen--
õ d i ã l í i éõ d i ã l í i é
2626 CURSOS TÉCNICOS SENAICURSOS TÉCNICOS SENAI
trações de poeira em suspensão, vapores com elementos químicos e atétrações de poeira em suspensão, vapores com elementos químicos e até
eventuais jatos de água esguichados em diversas regiões. Lâmpadas eeventuais jatos de água esguichados em diversas regiões. Lâmpadas e
luminárias para instalação em ambiente industrial devem apresentar veluminárias para instalação em ambiente industrial devem apresentar ve--
dação contra a entrada de partículas sólidas e água, em outras palavras,dação contra a entrada de partículas sólidas e água, em outras palavras,
deve apresentar maior grau deve apresentar maior grau de proteção.de proteção.
“O grau de proteção de um componente é dado pelo índice IP (Inter“O grau de proteção de um componente é dado pelo índice IP (Inter--
national Protection Code) conforme denido pela IEC 60529” (WAnational Protection Code) conforme denido pela IEC 60529” (WA--
LENIA, 2008, p. 64). O grau de proteção estabelece quanto um equiLENIA, 2008, p. 64). O grau de proteção estabelece quanto um equi--
pamento (neste caso um conjunto contendo luminária e lâmpada) estápamento (neste caso um conjunto contendo luminária e lâmpada) está
protegido contra partículas sólidas (primeiro algarismo) e contra a inlprotegido contra partículas sólidas (primeiro algarismo) e contra a inl --
tração de água.tração de água.
 A seguir,  A seguir, são relacionados são relacionados os algos algarismos e arismos e a proteção a proteção associados a associados a umum
equipamento:equipamento:
  
Grau deGrau de
Proteção 1ºProteção 1º
AlgarismoAlgarismo
IndicaçãoIndicação
Grau deGrau de
Proteção 2ºProteção 2º
AlgarismoAlgarismo
IndicaçãoIndicação
00 Não Protegido.Não Protegido. 00 Não Protegido.Não Protegido.
11
Proteção contra corpos sólidosProteção contra corpos sólidos
superiores a 50mm.superiores a 50mm.
11
Proteção contra quedas vercais deProteção contra quedas vercais de
gotas de água.gotas de água.
22
Proteção contra corpos sólidosProteção contra corpos sólidos
superiores a 12,5mm.superiores a 12,5mm.
22
Proteção contra quedas de gotas de águaProteção contra quedas de gotas de água
com ângulo de incidência de até 15.com ângulo de incidência de até 15.
33
Proteção contra corpos sólidosProteção contra corpos sólidos
superiores a 2,5mm.superiores a 2,5mm.
33
Proteção contra quedas de gotas de águaProteção contra quedas de gotas de água
com ângulo de incidência de até 60º com ângulo de incidência de até 60º dada
vercal.vercal.
44
Proteção contra corpos sólidosProteção contra corpos sólidos
superiores a 1mm.superiores a 1mm.
44
Proteção contra projeções de água emProteção contra projeções de água em
qualquer direção.qualquer direção.
55
Proteção contra poeira, admindo-Proteção contra poeira, admindo-
se acesso limitado, sem se acesso limitado, sem formaçãoformação
de acúmulo de poeira.de acúmulo de poeira.
55
Proteção contra jatos de água de Proteção contra jatos de água de baixabaixa
pressão vindos de qualquer direção.pressão vindos de qualquer direção.
66
Proteção total contra a penetraçãoProteção total contra a penetração
de poeira.de poeira.
66
Proteção contra fortes jatos de água. TaisProteção contra fortes jatos de água. Tais
como ondas do mar.como ondas do mar.
-- 77
Proteção contra imersão emProteção contra imersão em
profundidprofundidades entre 15cm ades entre 15cm a 1m.a 1m.
-- 88
Proteção contra submersão prolongada eProteção contra submersão prolongada e
sob pressão.sob pressão.
Quadro 3 - Algarismos para montagem do grau de proteçãoQuadro 3 - Algarismos para montagem do grau de proteção
Fonte: Walenia (2008, p. 65).Fonte: Walenia (2008, p. 65).
DICADICA
Algumas luminárias industriais apresentam grau Algumas luminárias industriais apresentam grau de proteção IP-65,de proteção IP-65,
ou seja, seu interior é totalmente protegido contra poeira e protegi-ou seja, seu interior é totalmente protegido contra poeira e protegi-
do contra jatos de água. Para mais informações sobre graus de protedo contra jatos de água. Para mais informações sobre graus de prote--
ção, consulte a Unidade “Dimensionamento de Materiais”.ção, consulte a Unidade “Dimensionamento de Materiais”.
2727PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAISPROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS
Desta forma, para uma luminária com grau de proteção IP 65, tem-seDesta forma, para uma luminária com grau de proteção IP 65, tem-se
que esta luminária apresenta invólucro que não permite a entrada deque esta luminária apresenta invólucro que não permite a entrada de
qualquer partícula sólida (6 equivale ao primeiro algqualquer partícula sólida (6 equivale ao primeiro algarismo) e que projetearismo) e que projete
a luminária contra jatos de água de baixa pressão (5 equivale ao segundoa luminária contra jatos de água de baixa pressão (5 equivale ao segundo
algarismo).algarismo).
 A seguir, são relacionados os principais t A seguir, são relacionados os principais tipos de lâmpadas utilizadas noipos de lâmpadas utilizadas no
setor industrial.setor industrial.
  
Tabela 8 - Lâmpadas e suas caracteríscasTabela 8 - Lâmpadas e suas caracteríscas
TipoTipo
RendimentoRendimento
(lm/W)(lm/W)
ReproduçãoReprodução
de cores (IRC)de cores (IRC)
Vida úlVida úl
média (h)média (h)
Caracteríscas e AplicaçõesCaracteríscas e Aplicações
MistaMista 2255 6622 1100..000000
Não necessitam de equipamento auxiliar para seuNão necessitam de equipamento auxiliar para seu
funcionamenfuncionamento. São usadas to. São usadas em locais que em locais que necessitemnecessitem
de grande quandade de luz, não se preocupandode grande quandade de luz, não se preocupando
com a eciência do sistema.com a eciência do sistema.
Vapor deVapor de
MercúrioMercúrio
5555 4444 24.00024.000
Necessitam de um reator para Necessitam de um reator para seu funcionamento.seu funcionamento.
São usadas na São usadas na Iluminação geral de galpões industriais.Iluminação geral de galpões industriais.
Vapor deVapor de
SódioSódio
113355 2255 2288..000000
Necessitam de um reator para seu funcionamento.Necessitam de um reator para seu funcionamento.
São usadas para iluminação de áreas externas ouSão usadas para iluminação de áreas externas ou
internas com elevado pé-direito.internas com elevado pé-direito.
VaporVapor
metálicometálico
8800 8888 12.00012.000
Necessitam de um reator para seu funcionamento.Necessitam de um reator para seu funcionamento.
São usadas na São usadas na Iluminação geral de galpões industriais.Iluminação geral de galpões industriais.
FluorescenteFluorescente 6655 7700 1122..000000
Necessita de componentes auxiliares para seuNecessita de componentes auxiliares para seu
funcionamenfuncionamento. São usadas to. São usadas para realizar a para realizar a iluminaçãoiluminação
geral em galpões industriais.geral em galpões industriais.
FluorecenteFluorecente
EspecialEspecial
8080 9955 1122..000000
Necessita de componentes auxiliares para seuNecessita de componentes auxiliares para seu
funcionamenfuncionamento. São usadas to. São usadas para realizar a iluminaçãopara realizar a iluminação
em galpões industriais, principalmente em em galpões industriais, principalmente em indústriasindústrias
têxteis e ans.têxteis e ans.
LLEEDDss 221100 9900 50.00050.000
Redução do custo de manutenção, fontes compactas,Redução do custo de manutenção, fontes compactas,baixa tensão, não emite radiações ultravioleta oubaixa tensão, não emite radiações ultravioleta ou
infravermelho. Recentemente começaram a serinfravermelho. Recentemente começaram a ser
aplicadas em iluminação industrial, seja aplicadas em iluminação industrial, seja na iluminaçãona iluminação
geral seja na iluminação dirigida.geral seja na iluminação dirigida.
Fonte: Walenia (2009, p. 96).Fonte: Walenia (2009, p. 96).
DICADICA
Consulte sempre catálogos atualizados dos fabricantes! Novas tec-Consulte sempre catálogos atualizados dos fabricantes! Novas tec-
nologias contribuem para elevar a vida úl de nologias contribuem para elevar a vida úl de lâmpadas, melhorarlâmpadas, melhorar
o IRC e aumentar o rendimento luminosoo IRC e aumentar o rendimento luminoso
2828 CURSOS TÉCNICOS SENAICURSOS TÉCNICOS SENAI
o IRC e aumentar o rendimento luminoso.o IRC e aumentar o rendimento luminoso.
Para o correto funcionamenPara o correto funcionamento de algumas lâmpadas é necessário o to de algumas lâmpadas é necessário o uso deuso de
disposivos auxiliares como os transformadores, reatores e ignitores (WAdisposivos auxiliares como os transformadores, reatores e ignitores (WA--
LENIA, 2009, p. 102).LENIA, 2009, p. 102).
 A tabela seguinte  A tabela seguinte relaciona esses acessórios.relaciona esses acessórios.
  
TabTabela 9 ela 9 - Principais acessórios para lâmpadas industriais- Principais acessórios para lâmpadas industriais
TTiippo o dde e aacceessssóórriioo DDeessccrriiççããoo Exemplo de guraExemplo de gura
ReatorReator
eletromagnécoeletromagnéco
convencionalconvencional
São os mais baratos e São os mais baratos e usados do mercado parausados do mercado para
acionamento de lâmpadas uorescentes. Seuacionamento de lâmpadas uorescentes. Seu
esquema de ligação requer um “starter” esquema de ligação requer um “starter” parapara
possibilitar a ligação da lâmpada.possibilitar a ligação da lâmpada.
Figura 6 - Figura 6 - Reator eletromagnécReator eletromagnécoo
convencional.convencional.
Fonte: Philips (2008).Fonte: Philips (2008).
ReatorReator
eletromagnéco deeletromagnéco de
parda rápidaparda rápida
Os componentes para circuitos de pardaOs componentes para circuitos de parda
rápida não necessitam de “starter”, já querápida não necessitam de “starter”, já que
na composição do reator há na composição do reator há enrolamenenrolamentostos
separados para aquecerem os eletrodos daseparados para aquecerem os eletrodos da
lâmpada connuamente. Entretanto, necessitamlâmpada connuamente. Entretanto, necessitam
de aterramento das partes metálicas comode aterramento das partes metálicas como
luminárias, eletrocalhas etc.luminárias, eletrocalhas etc.
Figura 7 - Reator eletromagnéco deFigura 7 - Reator eletromagnéco de
parda rápida.parda rápida.
Fonte: Philips (2008).Fonte: Philips (2008).
Reator eletrônicoReator eletrônico
Apresentam parda instantânea, podem serApresentam parda instantânea, podem ser
dimerizáveis ou não. Possuem maior fator dedimerizáveis ou não. Possuem maior fator de
potência e maior rendimento, além de eliminarempotência e maior rendimento, além de eliminarem
cinlações da luz. São usados para o cinlações da luz. São usados para o acionamentoacionamento
de lâmpadas de lâmpadas uorescenuorescentes.tes.
Figura 8 - Reator eletrônico.Figura 8 - Reator eletrônico.
Fonte: Philips (2008).Fonte: Philips (2008).
StarterStarter
Juntamente com o Reator EletromagnécoJuntamente com o Reator Eletromagnéco
ConvencioConvencional realiza a nal realiza a parda de uma parda de uma lâmpadalâmpada
uorescentuorescente. O e. O modelo S-2 serve para modelo S-2 serve para lâmpadaslâmpadas
de potência de 15 ou 20W e o modelo S-10 parade potência de 15 ou 20W e o modelo S-10 para
lâmpadas de 30, 40 ou 65W.lâmpadas de 30, 40 ou 65W.
Figura 9 - Starter.Figura 9 - Starter.
Fonte: Philips (2008).Fonte: Philips (2008).
ReatorReator
eletromagnéco comeletromagnéco com
É montado com lâmpadas de vapor de mercúrioÉ montado com lâmpadas de vapor de mercúrio
com potências que variam de 80 a 1000W.com potências que variam de 80 a 1000W.
Para lâmpadas de vapor de sódio, pode estarPara lâmpadas de vapor de sódio, pode estar
2929PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAISPROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS
eletromagnéco comeletromagnéco com
capacitor embudocapacitor embudo
Para lâmpadas de vapor de sódio, pode estarPara lâmpadas de vapor de sódio, pode estar
dividido em 3 partes: ignitor + capacitor + reator,dividido em 3 partes: ignitor + capacitor + reator,
montados separadamente.montados separadamente.
Figura 10 - Figura 10 - Reator eletromagnécReator eletromagnéco como com
capacitor embudo.capacitor embudo.
Fonte: Philips (2008).Fonte: Philips (2008).
ReatorReator
eletromagnécoeletromagnéco
(transformador)(transformador)
É montado com lâmpadas de vapor metálicoÉ montado com lâmpadas de vapor metálico
de potência de até 1500W. Necessitam de umde potência de até 1500W. Necessitam de um
capacitor externo para completar o esquema decapacitor externo para completar o esquema de
ligação.ligação. Figura 11 - Transformador.Figura 11 - Transformador.
Fonte: Philips (2008).Fonte: Philips (2008).
Capacitor auxiliar deCapacitor auxiliar de
transformadortransformador
Parte integrante da ligação entre lâmpada deParte integrante da ligação entre lâmpada de
vapor metálico e transformador.vapor metálico e transformador.
Figura 12 - Capacitor.Figura 12 - Capacitor.
Fonte: Philips (2008).Fonte: Philips (2008).
Fonte: Philips (2008)Fonte: Philips (2008)
  
Os principais esquemas de ligação associados a circuitos de iluminaçãoOs principais esquemas de ligação associados a circuitos de iluminação
industrial utilizam lâmpadas de descarga. A seguir, serão mostrados alindustrial utilizam lâmpadas de descarga. A seguir, serão mostrados al--
guns desses guns desses esquemas.esquemas.
DICADICA
Os catálogos de produtos de lâmpadas disponibilizados pelos fabri-Os catálogos de produtos de lâmpadas disponibilizados pelos fabri-
cantes de lâmpadas trazem esquemas de ligação dessas lâmpadascantes de lâmpadas trazem esquemas de ligação dessas lâmpadas
 juntamen juntamente com seus te com seus acessórios (quando acessórios (quando há necessidade).há necessidade).
 A lig A ligação correta ação correta de uma de uma lâmpada glâmpada garante seu arante seu funcionamento sem funcionamento sem fafa--
lhas nem acidentes. Em relação ao esquema de ligação de lâmpadas delhas nem acidentes. Em relação ao esquema de ligação de lâmpadas de
descarga de alta pressão, o circuito é mais complexo e sua ligação erradadescarga de alta pressão, o circuito é mais complexo e sua ligação errada
poderá causar danos poderá causar danos aos componentes.aos componentes.  
 A seguir A seguir, são , são apresentados os apresentados os esquemas de esquemas de ligação usados ligação usados para lâmpadaspara lâmpadas
de vapor metálico e vapor de sódio de vapor metálico e vapor de sódio com reator eletromagnético:com reator eletromagnético:
3030 CURSOS TÉCNICOS SENAICURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 13 - Esquemas de Figura 13 - Esquemas de ligação para lâmpadas de alta pressão, reator eletromag-ligação para lâmpadas de alta pressão, reator eletromag-
néconéco
Fonte: Philips (2008).Fonte: Philips (2008).
 Ainda  Ainda há há a a possibilidade possibilidade de de utilizar utilizar reatores reatores eletrônicos, eletrônicos, desde desde que que aa
potência das lâmpadas seja inferior a 150 W. Veja o exemplo de ligaçãopotência das lâmpadas seja inferior a 150 W. Veja o exemplo de ligação
a seguir:a seguir:
  
Figura 14 - Esquemas de Figura 14 - Esquemas de ligação para lâmpadas de alta pressão, reator eletrônico.ligação para lâmpadas de alta pressão, reator eletrônico.
Fonte: Philips (2008)Fonte: Philips (2008)
 As lâmpadas de  As lâmpadas de vapor de vapor de mercúrio, mercúrio, normalmente são ligadas com normalmente são ligadas com transtrans--
formador e capacitor, para elevar o fator de

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