Buscar

Teoria absoluta da pena 2


Prévia do material em texto

Teoria absoluta da pena 
Absoluta (ou Retribucionista)
É a punição direta, derivada de julgamento, pela prática de um crime. Na Teoria Absoluta da Pena, não há indicativo de elementos de ressocialização ou, ainda, de orientação para correção de prática criminosa/comportamental. O único objetivo é castigar o autor de determinado crime e tem sua origem histórica nos ordenamentos jurídicos de Estados absolutistas – o que significa, em resumo, que cometer um crime era de uma desonra tão elevada (perante o Estado, seu governante e o próprio Deus) que não havia espaço para nada além da vingança direta pelo mal cometido.
Relativa (ou Preventiva ou Utilitária)
Dentro desta corrente teórica, podem ser aplicados dois tipos de pena: a de prevenção geral e a de prevenção especial. No primeiro caso, trata-se de uma penalidade que serve como um aceno para a sociedade em geral, com objetivo de alertar para o tipo de punição a que determinada prática criminosa pode levar. Já a pena de prevenção especial é direcionada para o cidadão, e sua determinação pede que ele seja afastado do convívio social, com objetivo de ressocialização ou readaptação. A Teoria Relativa da Pena está atrelada ao caráter preventivo do Direito Penal, uma vez que se preocupa, ao estabelecer uma pena, a reeducar o infrator e desencorajar a prática de determinado delito por outros indivíduos.
Teoria Absoluta
Reside no caráter retributivo da pena, seguindo no entendimento que o homem se regozija com o sofrimento causado pelo aprisionamento do infrator.
Teoria Relativa
Se estabelece no critério de prevenção, podendo ser:
•	Prevenção Geral Negativa
•	Prevenção Geral Positiva
Na prevenção geral positiva existe uma conscientização geral onde através dos valores culturais e sociais é criada a ideia da necessidade do cumprimento da lei integrando a sociedade.
A prevenção geral negativa, chamada de prevenção pela intimidação, a pena aplicada ao autor da infração leva o medo as outras pessoas fazendo com que elas deixem de cometer crimes.
Prevenção Especial
Prevenção Especial Negativa - Existe uma neutralização do autor da infração onde esse agente é levado ao cárcere.
Prevenção Especial Positiva - A missão da pena consiste unicamente em fazer com que o autor da infração penal encarcerado deixe de praticar novos delitos em razão da sua ressocialização.
OBS – O código penal brasileiro adota todas as teorias acima listadas. 
Reincidência – A reincidência, 1ª circunstância agravante se encontra prevista nos artigos 63 e 64 do CP, sendo caracterizada quando o agente pratica um novo crime, depois de já ter sido condenado com trânsito em julgado por crime anterior praticado no Brasil ou no estrangeiro, desde que não tenha transcorrido o lapso temporal de 5 anos após o término integral da pena.
Reincidência entre crime e contravenção
Crime + crime = reincidência 
Crime + contravenção = reincidência 
Contravenção + contravenção = reincidência
Contravenção + crime = NÃO reincidente
Fútil ou Torpe – A futilidade se caracteriza como sendo a ausência de motivo, enquanto a torpeza é oriunda da repugnância inerente a infração.
Conexão Criminosa Objetiva – A pena será agravada para aquele que comete o crime buscando facilitar a eficácia da execução de um crime anterior.
Modo de Execução – Qualquer crime praticado por meio de traição, emboscada, ou dissimulação agravará a pena do indivíduo, ressaltando que tal agravante incidirá de igual modo quando a vítima não puder se defender.
Meios empregados na execução - Todos os meios de execução que acarretem risco a terceiros, ou que no seu contexto tragam crueldade devem agravar a pena, elencando o código os seguintes: veneno, fogo, explosivo ou algum meio insidioso ou cruel (sabotagem é um meio insidioso), além da tortura.
Relação de Parentesco - A relação de parentesco existente entre o autor e a vítima agrava a pena. 
OBS – devemos ter atenção especial aos casos de excusa absolutória onde a relação de parentesco ao invés de agravar a pena acaba por esvaziar a pretensão punitiva estatal.
Abuso de poder em sentido amplo - A pena será agravada pelo fato do autor da infração deter uma condição privilegiada em relação a vítima, e ainda quando o crime praticado tiver como vítima mulher aplicando assim os parâmetros da lei Maria da Penha.
Vulnerabilidade da Vítima - A situação de fragilidade/vulnerabilidade da vítima gera o agravamento da pena (criança, enfermo, mulher grávida ou idoso).
Art 65 CP
• Confusão 
Inicialmente devemos destacar que a Confisão se demonstra como a rainha das provas, possibilitando uma apuração mais rápida da inflação penal. Entre tanto, em que pese a efetividade da confissão como uma atenuante de maior monta, para sua aplicação não se torna necessária a demonstração do arrependimento por parte do autor da inflação penal.
E necessário ressaltar que o código penal não determina em nenhum momento qual autoridade deve receber a confissão, sendo certo que para a sua aplicação basta tão somente o ato se considerado válido.
• Influência da multidão. 
A multidão gera um efeito psicológico nas pessoas, acarretando na lideracão de condutas que individualmente não seriam praticadas pelo agente em um estado normal de consciência, o que justifica a atenuação da pena do autor de inflação que age motivado por tal fator psicológico. Importante observar entre tanto, que a atuante não será aplicada caso o próprio agente tenha motivado a multidão 
Regras da ficcação da pena intermediaria 
1. Não existe um quantitativo objetivo de pena prevista na lei para cada agravante e atenuante sendo un critério exclusivo do julgado;
2. As agravante e atenuantes se compensam uma eliminando a outra quando presentes no caso concreto;
3. Na pena intermediaria se presentes mais atenuante que agravantes, levando a pena ao quantitativo a baixo do mínimo legal, deverá o juiz desprezar tais atenuantes excedentes.
Art 68 CP
• Pena definitiva
Na pena definitiva será utilizada na sua composição a regra das causas de aumento e diminuição, resultando que as majorantes ou minorantes sempre irão aparecer no código na forma de fração. 
Ex: tentativa, arrependimento eficaz, desistência voluntária etc....
É importante ressaltar que na pena definitiva em razão do princípio da legalidade, a pena poderá ser reduzida abaixo do mínimo abstrato.
• Pena de multa - Existem duas formas de multa prevista na legislação, sendo uma de caráter meramente administrativo, ou seja originada de ato administrativo (multa de trânsito, multa de posturas etc ...)
E outra de cunho judicial proveniente de uma condenação imposta pelo poder judiciário. 
A multa em estudo de interesse penal se encontra prevista e fundamentada entre os artigos 49 e 52código penal. 
 
De acordo como a legislação penal a multa consiste na obrigação de entregar ao fundo penitenciário nacional a quantia fixada pelo juiz na sentença condenatória, o qual utiliza como critério de valor a fração de um dia do salário mínimo. 
O critério a ser observado pelo juiz na dosimetria da multa será a condição econômica do réu agregada os critérios do Art 59 do código penal (circunstância judiciais)
• Efeito do pagamento 
Transitado em julgada a sentença penal condenatória que impôs a pena de multa, deverá o agente sentenciado promover o seu pagamento em até 10 dias após a intimação, ressaltando que se a pena de multa foi aplicada isoladamente estando paga será considerada extinta a pena. 
Obs: o condenado a pena de multa gozará do status de mal antecedentes. 
• Inadimplemento da multa 
Não efetuado o pagamento da pena de multa e transcorrido o prazo legal será determinado, lançamento em dívida ativa da fazendo pública mudando a natureza jurídica de pena para dívida da fazenda pública. 
• Pena de multa e doença mental 
Existindo condenação na pena de multa e sobre vindo doença mental antes do seu comprimento a pena permanecerá suspensa na sua execução até que o condenado se restabeleça.

Mais conteúdos dessa disciplina