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Segunda guerra mundial


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Segunda guerra mundial
Ellen Fernandes Alves
 Durante a Primeira Grande Guerra Mundial (1914-1918), a medicina progrediu em diversos aspectos. Foi uma luta e tanto contra os danos causados por novas armas de fogo e munições, além do uso indiscriminado de gases, outros produtos químicos e contra infecções.
Na era pré-antibióticos, os médicos tinham de lidar com pacientes gravemente feridos, doenças infecciosas e amputações. Isso tudo contribuiu para a corrida atrás de tratamentos mais eficazes, que são utilizados ainda hoje.
Naquela época, os principais inimigos não eram os militares do campo oposto, mas sim os micro-organismos que infectavam os ferimentos, causando bacteremia e sepse, levando o paciente à morte. Ainda não havia antibióticos específicos. Alexandre Fleming começaria a busca por esses agentes exatamente impulsionado pelo grande número de óbitos ocorridos por processos infecciosos na guerra.
Com a “teoria dos germes” e as causas de infecções já bem estabelecidas, a Primeira Guerra Mundial se tornou o primeiro conflito desse tamanho em que mais militares morreram em batalha do que de causas não violentas, como doenças contagiosas, infecções bacterianas e fome (foram aproximadamente 13 milhões de vidas perdidas apenas em combates, e outras 7 milhões por causas secundárias).
    Grandes desafios médicos durante a guerra foram as batalhas contra o tétano e a febre tifoide.
Transporte motorizado: foi durante a Primeira Guerra também que se tornou mais difuso o transporte de feridos com meios de transportes motorizados, permitindo a transferência de um paciente às instalações médicas móveis, renovando o atendimento médico de emergência.
Uso extensivo da radiografia: também se difundiu o uso do “raio X”, o que permitiu que equipes médicas localizassem projéteis e estilhaços no corpo dos soldados para rápida retirada (se assim possível).
 Armazenamento e transfusão de sangue
Maior número de mulheres trabalhando na área da saúde
Pandemia de Influenza: o fim da guerra coincidiu com uma pandemia de influenza (muitos acreditam que o combate foi um dos fatores que contribuíram para a mesma, devido à aglomeração, desnutrição e outros fatores).
Em 1920, a pandemia havia retirado o dobro das vidas perdidas em combate na primeira guerra mundial.
Segunda Guerra Mundial
No decorrer desse período (1939-1945), milhões perderam a vida por infecções como, por exemplo, a malária. A escassez de suprimentos e os bloqueios inimigos dificultavam a disponibilidade de antimaláricos, o que aumentava a disseminação da infecção entre as tropas aliadas (EUA, Reino Unido, França e outros países envolvidos). Em 1930, uma droga sintética foi inventada na Alemanha, sendo disponibilizada para as tropas.
Em 1942, foi formada a US Typhus Commission tendo como missão estudar as formas de prevenção e tratamento do “Tifo”, doença que acometeu de forma intensa a Europa e Norte da África durante a Guerra. Essa comissão foi capaz de fornecer três milhões de doses de vacina, além de utilizar inseticidas como o DDT (diclorodifeniltricloroetano) para controlar o vetor da doença e tratar os militares, seus acampamentos. Também foi a comissão que divulgou informações das condições que favoreciam a doença e sua propagação, como saneamento básico e lixo em decomposição.
enicilina: no final da guerra, estava sendo utilizada como substância antibiótica em larga escala, e com resultados de muito sucesso (servia para tratar quase todas as infecções bacterianas da época. Bom, pelo menos era prescrita para quase todas!).
“Sulfas”: uma geração anterior à penicilina, as sulfonamidas também foram muito utilizadas como substâncias antibióticas no período da segunda guerra. Os soldados recebiam kits de primeiros socorros contendo pó de sulfa antibacteriana para tratar ferimentos abertos e material para curativo de proteção.
“Sulfas”: uma geração anterior à penicilina, as sulfonamidas também foram muito utilizadas como substâncias antibióticas no período da segunda guerra. Os soldados recebiam kits de primeiros socorros contendo pó de sulfa antibacteriana para tratar ferimentos abertos e material para curativo de proteção.
Sangue que salva vidas”: muitos avanços aconteceram no que diz respeito à transfusão de sangue nesse período, além da capacidade de seu armazenamento (já utilizado na Primeira Guerra Mundial). Foi durante a Segunda Guerra que se popularizou a possibilidade de se separar os componentes sanguíneos, como plasma, glóbulos vermelhos.
  Edwin Cohn, pesquisador americano, conseguiu desenvolver um processo para purificar a albumina sérica, e posteriormente foi utilizada como transfusão nos casos de soldados em choque hemorrágico.
  Novas técnicas e rotinas tanto para doação quanto para o transporte do sangue foram aprimoradas. Em 1940, como uma das consequências disso, houve a campanha “Sangue pela Grã Bretanha”, que encorajou civis a doar sangue, sendo a Cruz Vermelha norte-americana responsável por coletar sangue de doadores na cidade de Nova York para exportar plasma para o Reino Unido. Em 1941, o serviço de doadores de sangue dos EUA e o Banco de Sangue da Cruz Vermelha se estabeleceram.
Com relação à doação de sangue, uma frase de Eisenhower, supremo comandante das Forças Aliadas na Europa durante a II Guerra Mundial, e presidente dos EUA (1953-1961), marcou esse fato: “Se eu pudesse alcançar toda a América… eu iria … agradecê-los pelo sangue plasma e sangue total.”.
Serviços de triagem: começaram a se aprimorar os serviços de triagem, garantindo atenção maior e mais rápida aos pacientes que se encontravam mais graves e necessitassem de transferência para hospitais móveis de campanha.
Morfina: a medicação analgésica foi extensamente utilizada neste período, demonstrando grande valor no alívio da dor e sofrimento dos militares na guerra.
Cirurgia plástica e reconstrutiva: vários veteranos de guerra que evoluíram com alguma deficiência física em decorrência da guerra se empenharam, após retornar aos seus países, produzindo membros artificiais. Em diversas vezes essas próteses eram testadas e melhoradas usando a si próprio como modelo.
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