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Ribossomos: Estrutura e Função

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UMA PROCESSOS BIOLÓGICOS
RIBOSSOMOS: CONCEITO E COMPOSIÇÃO
SETE LAGOAS - MG 2024
CONCEITO
Por volta dos anos 1950, o futuro contemplado com o Prêmio Nobel George Palade se interessou por "um pequeno componente particulado do citoplasma". Observando a estrutura celular através da microscopia eletrônica, ele identificou pequenos grânulos esféricos, flutuando livremente no citoplasma e ligados à membrana do retículo endoplasmático (RE). Inicialmente chamados de microssomas, esses grânulos associados ao RE foram reconhecidos como compostos de proteínas e RNA, servindo como locais de síntese protéica celular. Dado o debate sobre se os microssomas incluíam apenas os grânulos ou também a membrana lipídica do RE, um novo termo foi proposto durante um simpósio da Sociedade Biofísica em 1958: "A expressão 'partículas microssomais' não parecia adequada, e 'partículas de ribonucleoproteína da fração microssômica' seria muito complexa, então durante o encontro o termo ‘ribossomo’ foi sugerido”. (Genuth, N. R., Barna, M. (2018).
COMPOSIÇÃO	Comment by Marlon Klein: Não precisa colocar sub texto. 
O ribossomo é um complexo multifuncional composto principalmente de RNA e proteínas. Alguns cromossomos contêm segmentos de DNA que codificam RNA ribossômico, um tipo de RNA estrutural que se associa a proteínas para formar os ribossomos. No nucléolo, o novo RNA ribossômico se liga a proteínas para formar as subunidades do ribossomo, as quais são transportadas através dos poros nucleares até o citoplasma, onde realizam suas funções. Essas estruturas são as máquinas moleculares responsáveis pela síntese de proteínas. Um ribossomo é constituído por RNA e proteínas, formando duas subunidades distintas conhecidas como menor e maior. A subunidade maior fica acima da menor, com um RNA mensageiro entre elas, criando uma estrutura semelhante a um "sanduíche". (Visualmente, um ribossomo assemelha-se a um hambúrguer, com um pão arredondado em cima e um "recheio" de RNA no meio). (KHAN, Academy. 2016).
Nos eucariotos, os ribossomos recebem instruções do núcleo para a síntese proteica, onde os genes são transcritos em RNA mensageiro. Esse RNA, por sua vez, viaja até o ribossomo, que utiliza as informações contidas nele para produzir proteínas específicas. Esse processo é conhecido como
tradução. Já nos procariotos, como não possuem núcleo, os RNA mensageiros são transcritos no citoplasma e traduzidos imediatamente pelos ribossomos. (KHAN, Academy. 2016).
Ademais, os ribossomos são compostos por ácidos ribonucleicos (um tipo de ácido nucleico que desempenha diversas funções biológicas importantes, como a codificação genética e a regulação da expressão gênica) e cerca de 80 tipos diferentes de proteínas. Como citado anteriormente, cada ribossomo consiste em duas subunidades distintas de RNA-proteína, uma menor e outra maior, com um RNA mensageiro entre elas. (Tomaz, K. F.; Nascimento, V. C. S.; Eberlin, M. N., 2019). Embora existam evidências de variações na composição dos ribossomos, a verdadeira extensão de sua heterogeneidade permanece amplamente desconhecida. Alguns pesquisadores sugerem que o "mundo do RNA" possibilitou a evolução da vida na Terra, pois a molécula de RNA foi essencial para o desenvolvimento de uma máquina de tradução de códigos genéticos. Nesse contexto, o ribossomo é considerado uma das maiores evidências dessa teoria, pois é uma enzima composta por RNA, capaz de sintetizar polipeptídios. (Genuth, N. R., Barna, M. (2018).
REFERÊNCIAS BIBLIOFRÁFICAS
Núcleo e ribossomos (artigo). Disponível em:
<https://pt.khanacademy.org/science/biology/structure-of-a-cell/prokaryotic-and-eukaryotic- cells/a/nucleus-and-ribosomes>.
DE FREITAS, K.; SILVA, V.; NOGUEIRA, M. Ribossomo: origem e evolução ribosome: origin and evolution. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://adelpha- api.mackenzie.br/server/api/core/bitstreams/8ed875a0-843f-44e9-954e-92b4340ba651/content>.
GENUTH, N. R.; BARNA, M. The discovery of ribosome heterogeneity and its implications for gene regulation and organismal life. Molecular cell, v. 71, n. 3, p. 364–374, 2018.

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