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Escravidão e Direitos Humanos

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCRAVIDÃO 
Trabalho da disciplina de Direitos Humanos do curso de Direito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2020 
A escravidão durou três séculos, dos anos de 1550 até o dia 13 de maio de 1888 
com a aprovação da Lei Áurea, sancionada pela Princesa Isabel, onde foi concebida 
a liberdade total aos escravos, abolindo teoricamente a escravidão no país. 
Em 2018, foi celebrado os 15 anos do dia da implementação da Comissão Nacional 
em prol da Erradicação do Trabalho escravo, onde, segundo o Artigo 4˙ da 
Declaração Universal dos Direitos Humanos “Ninguém pode ser mantido em 
escravidão ou servidão; a escravatura e o comércio de escravos, sob qualquer 
forma, são proibidos”. Os Direitos Humanos visam a garantia da dignidade humana 
e da aplicação dos direitos fundamentais previstos na Constituição Federal de 1888 
com objetivo de combater principalmente o trabalho escravo. 
Em controvérsia, a escravidão não foi abolida por completo no passado, uma vez 
que segundo a OIT – Organização Internacional do Trabalho, mais de 40 milhões de 
pessoas sofrem com as formas contemporâneas de escravidão como trabalho 
foçado, jornadas exaustivas em que apresentam danos à saúde, escravidão sexual 
e doméstica. 
O Código Penal, especificamente o artigo 149, assegura a punição aos 
escravagistas com pena de reclusão de dois a oito anos, e multa, além da pena 
correspondente à violência. Além de que a pena pode aumentar caso o crime 
cometido seja contra crianças ou adolescentes ou até mesmo por motivos de 
preconceito. 
Segundo pesquisas da Childhood Brasil de 2018, há cerca de 500 mil casos de 
exploração sexual infantil todo ano. A partir dessa afirmação, podemos dizer que a 
violência sexual infantil é um problema complexo, fazendo parte de uma cultura 
antiga, com ideais patriarcais e machistas, porém, também presente na atualidade, 
perante à indústria pornográfica, que, aponta o termo mais procurado dos sites 
sendo pesquisado pela palavra “novinha”, ou seja, sexo com crianças e 
adolescentes. 
 O Brasil é o segundo país no ranking mundial de casos de exploração sexual 
infantil, sendo assim, existem muitas formas de violência, como abuso sexual, 
exploração comercial do seu corpo, estupro, casamento infantil, dentre outros; 
porém, não podemos negar que é um crime cometido por todas as idades, raças e 
gêneros, mas a desigualdade é um aspecto que influencia muito pois a falta de 
oportunidades ligada com a extrema pobreza aumenta o índice de vulnerabilidade 
dessas crianças. Mas afinal, o que é violência sexual? Segundo a ONU, violência 
sexual é “todo ato sexual, tentativa de consumar um ato sexual ou insinuações 
sexuais indesejadas; ou ações para comercializar ou usar de qualquer outro modo a 
sexualidade de uma pessoa por meio da coerção por outra pessoa, independente da 
relação desta com a vítima, em qualquer âmbito, incluindo o lar e o local de 
trabalho”. Diante disso, devemos saber distinguir os dois conceitos adentre a 
violência sexual, que é o abuso e a exploração sexual. 
Abuso é a relação sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente, com o 
único objetivo de satisfação da parte do adulto, podendo ocorrer ameaças e, na 
maioria dos casos, é cometido por pessoas muito próximas à criança, podendo ser 
da família ou até mesmo o vizinho. 
Exploração é quando há uma relação entre um adulto e uma criança em troca de 
sexo por dinheiro ou até mesmo comida; sendo assim, uma mercantilização. 
Geralmente há um agenciador que seria a terceira pessoa envolvida. Dentre a 
exploração, podemos citar o tráfico de pessoas e o turismo sexual. 
Infelizmente, a pobreza e o histórico familiar são fatores primários, pois, muita das 
vezes a criança que é explorada fugiu de casa após ser abusada por uma pessoa 
próxima. Portanto, a exploração atinge todas as classes sociais. Ademais, a criança 
ou o adolescente não entendem o que está acontecendo na maioria das vezes, 
então, cabe ao responsável ficar atendo aos sinais apresentados como hematomas, 
mudanças de humor ou até mesmo evasão escolar; porém, a maioria dos 
responsáveis não está apta à ter essa responsabilidade, sendo assim, a escola 
passa a ser uma referência quando falamos em ficar atendo aos sinais. 
Vale destacar que, o artigo 227 da Constituição Brasileira afirma que: 
Art. 227 “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao 
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a 
salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade 
e opressão.” 
Ademais, podemos concluir que é importante denunciar pois tanto quem pratica, 
quanto quem se cala, são ambos responsáveis. Além disso, é necessário cobrar do 
Estado posturas sérias, como campanhas de conscientização dos pais para eles 
ficarem alertas quanto os sinais apresentados. Por parte das instituições 
educacionais, é importante aulas para o conhecimento do próprio corpo e o que é 
certo e errado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
https://nacoesunidas.org/oit-alerta-para-formas-contemporaneas-de-escravidao-no-
brasil-e-mundo/ 
 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10621211/artigo-149-do-decreto-lei-n-2848-de-
07-de-dezembro-de-1940 
 
 
https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_06.06.2017/art_227_.a
sp 
 
https://nacoesunidas.org/oms-aborda-consequencias-da-violencia-sexual-para-
saude-das-mulheres/amp/ 
 
 
 
https://nacoesunidas.org/oit-alerta-para-formas-contemporaneas-de-escravidao-no-brasil-e-mundo/
https://nacoesunidas.org/oit-alerta-para-formas-contemporaneas-de-escravidao-no-brasil-e-mundo/
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https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_06.06.2017/art_227_.asp
https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_06.06.2017/art_227_.asp
https://nacoesunidas.org/oms-aborda-consequencias-da-violencia-sexual-para-saude-das-mulheres/amp/
https://nacoesunidas.org/oms-aborda-consequencias-da-violencia-sexual-para-saude-das-mulheres/amp/

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