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Processo Psicodiagnóstico em Psicologia

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8
CURSO DE PSICOLOGIA
PROCESSO PSICODIAGNÓSTICO.
Resumo apresentado ao Curso de Psicologia, como requisito parcial para obtenção de nota referente à disciplina Psicodiagnóstico. 
São Luís
2023
1 RESUMO DOS PASSOS DO PROCESSO PSICODIAGNÓSTICO
1.1 Passos Do Processo Psicodiagnóstico 
O processo de psicodiagnóstico é um processo científico que se inicia a partir de perguntas ou hipóteses específicas em sua maioria. Costumeiramente sendo descritas no encaminhamento. A partir disso, o psicólogo precisa de mais dados. A história clínica/pessoal ajudará a realizar a escolha do tratamento e dos instrumentos necessários.
Definidas as hipóteses e objetivos pode-se verificar na sintomatologia se há a necessidade de estudo de outras suspeitas ou laudos. Para assim estabelecer os métodos e exames a serem utilizados e estipular então o tempo (em sessões) do processo.
1.2 Contrato De Trabalho
O contrato de trabalho deve ser estabelecido com base no que já foi dito, tendo certa flexibilidade pois pode haver a necessidade de ser revisto durante o desenvolvimento do processo, seja por necessidade do paciente ou psicólogo. E caso levante alguma suspeita não informada no início, o psicólogo com flexibilidade no contrato pode solicitar mais tempo ou novos testes.
1.3 Estabelecimento de um plano de avaliação
O plano de avaliação é um processo que procura identificar recursos que possibilitem respostas confiáveis para questões apresentadas e ao mesmo tempo atender objetivo proposto. Isso inclui a possibilidade de testagem de uma hipótese ser realizada com diferentes instrumentos. A opção por um determinado instrumento específico, definida pelo objetivo do exame, como outros aspectos tipo realidade demográfica, situações especificas, hospitalização com uso de medicamentos, os quais refletem nos testes, devem ser levados em consideração. Assim, deve - se observar a urgência do resultado do exame ou não, a fim de evitar estresse dessa situação. É importante considerar se o português é o idioma pátrio, além de outros aspectos que dizem respeito a subjetividade do sujeito. 
Essas informações são importantes e necessárias para saber qual técnica deve ser usada visando chegar aos posicionamentos seguintes e consequentemente sugerir os elementos necessários durante a testagem e validar o uso de certas técnicas nesse processo, tornando possível a previsão do tempo necessário para sua realização. 
Algumas vezes para testar uma mesma hipótese são precisos instrumentos alternativos em resultados que certa técnica não se mostra significante para responder as demandas apresentadas. 
De qualquer maneira nesse momento é possível com segurança dizer o número de sessões para que o diagnóstico seja considerado completo.
1.4 Parte 3 - Administração de testes e técnicas 
É fundamental que o foco da testagem seja o sujeito e não os testes. Mas, para que o psicólogo possa ser assertivo quanto à adequabilidade do teste, ele precisa estar familiarizado e saber manejar o material pertinente. 
Tem algumas questões básicas que precisam ser consideradas. O psicólogo precisa estabelecer seu plano de avaliação com cuidado, é importante revisar e levar em consideração as características do paciente. Deve-se estar adaptado com o instrumento, jamais utilizando uma técnica em que não esteja treinado o suficiente. 
O psicólogo deve preparar um ambiente que seja organizado e apropriado para as realizações dos testes, tendo em mente os objetivos para a inclusão de cada técnica. O psicólogo deve ser honesto com o paciente e nunca prometer o que não irá cumprir. 
Existe uma situação padronizada de testagem, mas sempre é importante que o psicólogo lide com ela não meramente como um testólogo, mas de uma maneira clínica, atento a um sujeito que reage de forma personalizada e única.
1.5 Níveis de inferência clínica
A Psicodiagnóstico se utiliza de técnicas e testes psicológicos, com objetivo predeterminados. A inferência é, pois, o processo que vincula entrada e saída, que pode ser simples quando se baseia no quantitativo ou em graus de generalização, como classificação diagnóstico. 
A comunicação dos resultados é a formalização oral ou escrita das conclusões que o psicólogo chegou. 
1.6 Diagnóstico e Prognóstico
Na inferência clínica, chamada de diagnóstico, o psicólogo deve examinar os dados que englobam informações sobre o quadro sintomático e o histórico clínico, durante esse processo deve se considerar várias alternativas diagnósticas, utilizando o DSM como uma base de classificação e em aspectos específicos da história clínica para se fazer predições sobre o curso do provável transtorno (prognóstico) e planejar a intervenção adequada. O Psicodiagnóstico também pode fornecer indícios muito úteis para o prognóstico.
1.7 Classificação dos diagnósticos
"É permitido ao psicólogo o uso do Código Internacional de Doenças (CID) e outros códigos de diagnóstico científico e socialmente reconhecido, como fonte de enquadramento de diagnóstico ".
Como podemos observar se um caso preenche os critérios de uma categoria diagnóstico, o psicólogo deve utilizar algum sistema oficial de classificação de transtornos mentais.
Atualmente os dois sistemas de classificação mais difundidos e usados são o CiD-10 e o DSM-IV.
O DSM-IV utiliza um modelo categórico classificando os transtornos mentais, em tipos com bases nos conjuntos de critérios que o definem. A abordagem multiaxial do DSM-IV inclui diversas áreas de dimensões, mais adequadamente denominados eixos, nos quais cada cliente pode ser avaliado a sim diferente domínio de informações.
Segundo ele o eixo 1, inclui os transtornos mentais, da personalidade e retardamento mental. O Eixo 2, outras condições médicas gerais, que podem estar relacionadas aos transtornos mentais de diversas maneiras, não são consideradas problemas psicossociais.
A classificação Diagnóstica, além de útil é fidedigna e muito viável para a comunicação entre profissionais.
1.8 Comunicação De Resultados
Psicodiagnóstico, quanto a sua estrutura, possui algumas unidades fundamentais: O sujeito ou examinado, o psicólogo, os testes ou as técnicas psicológicas, o informe psicodiagnóstico e o receptor.
O informe ou a comunicação dos resultados constitui uma unidade essencial do psicodiagnóstico, e deve ser previsto no contrato de trabalho com o sujeito ou responsável.
Na operacionalização do processo, a comunicação dos resultados deve se realizar como o último passo, seguindo recomendações.
É responsabilidade do psicólogo definir seu tipo de conteúdo e forma a comunicação dos resultados e definindo pelos objetivos do exame.
Os laudos, geralmente respondem questões como, “o que “, quando" como”, por que, “para que", e quando. Os pareceres se restringem a análise de problemas específicos colocados pelo profissional que já dispõe de várias informações sobre o sujeito.
O laudo constitui os resultados de um processo psicodiagnóstico com vários objetivos, costumam ser mais extensos abrangente s e minuciosos, enquanto parecer pressupõe um único objetivo, e focalizando, resumindo e curtos.
1.9 Casos Ilustrativos e Motivos de Encaminhamento
A abordagem da análise dos casos aqui abordada passou por reformulação no que se refere ao psicodiagnóstico, passando a ter novas abordagens do MMPI e critérios do DSM-IV, englobando o diagnóstico diferencial.
A partir disso, para o caso do paciente de classe média B. S., adulto, 35 anos, bancário, segue sua avaliação diagnóstica acerca do seu diagnóstico.
O referido paciente apresentava comportamento equilibrado, com bom convívio familiar. Após passar pelo trauma de perder o seu pai que veio a óbito, sofreu abalo psicológico intenso, o que culminou em seu apego a cultos religiosos de origem afro-brasileiro, fato que o levou a fazer encomendas de trabalhos, e para conseguir pagá-los fez um desfalque de quantia significativa do banco no qual trabalhava. Com o passar do tempo, o feito foi descoberto, levando-o a ser afastado do seu trabalho, o que mais contribuiu para um quadro depressivo, levando-oà tentativa de suicídio, o que resultou em seu internamento psiquiátrico.
1.10 Discrição Hipótese Perguntas Iniciais
O processo precisou ser iniciado com os dados fornecidos pelo psiquiatra, pelo irmão e pelo paciente, as informações dadas pelo irmão, foi possível verificar que o caso não atendia os critérios diagnósticos de um transtorno de personalidade antissocial em segundo lugar, com base em subsídios, fornecidos pelo irmão e pelo próprio paciente. Sua personalidade pré-morbida, bastante dependente, parece ter desenvolvido uma série de sintomas antes esse fato que, por sua gravidade e duração, teria ultrapassado um quadro depressivo, normalmente pela perda de um ente querido, por outro lado levou a sintomatologia que levou a internação, estaríamos diante de um transtorno bipolar, em que o paciente em atividade altamente prejudiciais para sua vida. Entre os dois episódios depressivos, poderia ser explicado como uma sintomatologia maníaca? Estaríamos, então, diante de transtorno depressivo, maior recorrente, em que o envolvimento do paciente, no período intermediário, em atividades religiosas ritualísticas pudesse ser explicado por um transtorno de personalidade esquizotípica?.
1.11 Plano de Avaliação
Foi usado o teste de Bender.
Logo após decidiu-se usar o HTP o MMPI- (que é bastante usado no psicodiagnóstico de adultos, quando o objetivo é o exame diferencial).
Porém essas técnicas são adequadas quando existe a hipótese de transtorno de personalidade especialmente de tipo borderline.
1.12 Observação
Para facilitar a compreensão do caso no qual o texto se refere, precisa ser apresentado: a história clínica, um exame das funções do ego que parecem importantes para fundamentar o diagnóstico, uma tentativa do entendimento dinâmico e uma discussão sobre achados nas técnicas e nos testes utilizados em função das hipóteses e perguntas levantadas.
1.13 História Clínica 
O paciente segundo o irmão teve uma vida aparentemente normal até 14 ou 15 anos atrás, quando apresentou comportamentos impulsivo e imprevisível. Tinha passado no vestibular, frequentava curso superior sem problemas e foi aprovado para seleção de um banco. Então largou tudo, casou-se e foi morar no interior onde nascerá e se casou logo depois. O que para o irmão foi um comportamento impulsivo, mas para o paciente não, pois ele sempre quis trabalhar no banco. Logo após a morte do pai, ele começou a se sentir culpado e a querer cuidar da saúde de todos. Ficava muito tempo em casa, não fazia a barba e parecia-se cada vez mais com o pai. A esposa lhe disse para buscar um psicólogo/psiquiatra, mas ele não quis, foi buscar uma mãe-de-santo, onde começou a se tornar cada vez mais dependente, começo a gastar muito com ela e a fazer tudo que lhe falava. Estava tendo alucinações e ouvindo vozes. Segundo o paciente "estava bem maluco" e não acreditava na gravidade do seu problema. Quando foi suspenso do tratamento estava aéreo. E a esposa não sabia falar sobre os da doença mental.
1.14 Integração e seleção de dados 
Inteligência e funções cognitivas em geral - O QIT de 98 é médio, provavelmente no mesmo nível da inteligência pré-mórbida. Não obstante, uma análise mais cuidadosa das produções verbais do paciente, em provas estruturadas, revela a intrusão de aspectos conflitivos em funções do ego, consideradas teoricamente livres de conflito. Desta maneira, há respostas incorretas, na escala de inteligência, que sugerem que a função do juízo pode ficar comprometida por impulsividade e que há dificuldade na capacidade de considerar as necessidades 
dos outros.
1.15 Pensamento e linguagem
 Nos testes estruturados, o escore mais baixo é indicativo de comprometimento do pensamento abstrato. O 
sujeito apresentou respostas incorretas em 
muitos itens, chegando a um escore inconsistente com os demais, sugerindo um declínio da eficácia cognitiva da análise e síntese. Confrontado, no reteste de um item, conseguiu dar uma resposta de nível melhor, mas não completamente exata, sem crítica. Por outro lado, seu comentário sobre o fracasso em certos itens envolveu nitidamente projeção, compatível com uma opção de resposta paranoide, ao lidar com estresse.
Também se observa que a própria maneira 
de o sujeito experienciar culpa parece inconsistente, ora se considerando como uma pessoa que prejudicou a si mesmo e à família, pronto para se auto castigar; ora sugerindo que as preocupações éticas estão ausentes, quando diz que realizou o desfalque com completa segurança e, mesmo quando descoberto, não parecia acreditar na gravidade do problema.
Finalmente, há respostas, no Rorschach, compatíveis com alguma dificuldade na internalização do papel sexual, o que, junto aos demais indícios encontrados, aponta para um problema de identidade e, consequentemente, na percepção de si mesmo e dos demais.
1.16 Entendimento Dinâmico
O texto aborda a análise de um paciente e suas tendências emocionais e psicológicas. Há uma preocupação em relação à expressão da agressão e ao seu papel como força motivadora nas histórias narradas pelo paciente. Algumas dessas histórias apresentam tensão, oposição e frustração, com personagens envolvidos em homicídios. No entanto, a agressão não é um tema frequente nas narrativas, e há casos em que símbolos agressivos são desvalorizados ou negados, tornando o quadro menos severo.
O aspecto predominante nas histórias do paciente é a ansiedade em relação ao abandono. As narrativas frequentemente envolvem situações em que os personagens dependem fortemente de outros e experimentam desespero quando esses outros estão ausentes, desencadeando ansiedade e depressão ligadas ao medo do abandono.
Além disso, o texto menciona uma qualidade infantil na subserviência do paciente a uma figura idealizada e onipotente, que pode cuidar dele e compensar sua incapacidade de lidar com a vida e encontrar equilíbrio. O pai do paciente é descrito como uma figura onipotente da qual ele dependia, e a intensidade de suas necessidades de dependência é destacada.
O texto também aborda a incapacidade do paciente em lidar com situações que exigem um alto nível de estimulação e desafio, como um curso universitário, levando-o a retornar ao ambiente familiar e protetor. A morte do pai desencadeou um episódio depressivo significativo.
Finalmente, o texto menciona a figura da mãe-de-santo, que parece substituir o pai como uma fonte de segurança e continuidade, permitindo que o paciente mantenha seu vínculo com uma figura onipotente. Isso pode ser percebido como uma tentativa de independência, embora baseada em uma profunda dependência emocional.
Em resumo, o texto analisa as dinâmicas emocionais e de dependência de um paciente, destacando sua ansiedade em relação ao abandono e sua busca por figuras onipotentes para preencher sua necessidade de segurança e equilíbrio emocional.
1.17 Discussão Sobre Os Achados Nas Técnicas E Testes, Em Função Das Hipóteses E Perguntas Iniciais
O texto descreve a avaliação de um paciente utilizando diferentes testes psicológicos. No protocolo Bender, foram identificados quatro indicadores de disfunção cerebral, embora esse número não seja suficiente para um diagnóstico definitivo. Os resultados do teste HTP indicam representações regressivas, especialmente na figura da árvore, sugerindo um prognóstico desfavorável em comparação com desenhos da pessoa e da casa. A casa é representada com poucas aberturas, indicando dificuldades no contato com a realidade.
No teste Rorschach, o paciente apresentou resultados atípicos, com uma elevação no percentual de F e F' sugerindo um ego frágil e um contato superficial com a realidade. Também houve indícios de lapsos no pensamento lógico e uma resposta característica de lógica autista, além de possíveis defesas obsessivo-compulsivas.
O teste TAT foi utilizado para entender os vínculos afetivos e a regulação dos afetos do paciente. No entanto, os resultados mostraram pobreza na produção e uma ênfase na ação em vez da interpretação do estado interior dos personagens, o que pode ser comparável a protocolos depacientes com transtorno de personalidade borderline.
No perfil do MMPI, observou-se uma elevação global, sugerindo a possibilidade de um transtorno de personalidade. Houve elevações nas escalas que indicam depressão grave e risco de suicídio. O paciente também relatou sintomas compatíveis com psicose, incluindo alucinações e experiências peculiares.
Além disso, foram considerados indícios de transtornos de personalidade esquizotípica, borderline e dependente com base em escalas suplementares.
O teste WAIS foi aplicado para avaliar aspectos cognitivos, e embora tenha havido alguns indícios de comprometimento, os recursos intelectuais do paciente, em geral, parecem estar preservados.
Em resumo, a avaliação do paciente sugere uma complexa interação de fatores que incluem disfunção cerebral, sintomas psicóticos, características de personalidade borderline e dependente, além de possíveis dificuldades cognitivas. A interpretação completa exige uma análise mais aprofundada, considerando os dados clínicos e contextuais.
1.18 Fundamentação das hipóteses diagnósticas
O paciente em questão apresenta e relata sintomas depressivos apreciáveis, bem como sinais residuais de natureza psicótica. Ele apresenta ter alguns indícios de transtorno de personalidade de borderline, porém não preenche os critérios. Além disso, como há dados compatíveis com a presença de indícios de transtornos de pensamento, da existência de pelo menos, lapsos no teste de realidade, de problemas no sentido de realidade, de conteúdos delirantes e de prováveis alucinações, estão satisfeitos alguns critérios para o diagnóstico de transtorno esquizofrênico, devido ao relato da esposa do paciente e durante ao processo psicodiagnóstico. Ainda, pelos dados da testagem, logo após a hospitalização, em que foram observados sintomas psicóticos, parece haver coincidência de ambos os quadros, quanto transtorno de personalidade esquizotípica quanto borderline. Todavia, como os sintomas de natureza esquizofrênica podem ser emergentes, sendo difícil distinguir formas severas de transtorno de personalidade esquizotípica de sinais prodrômicos de esquizofrenia, só um acompanhamento do caso poderá permitir um diagnóstico mais seguro.

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