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13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 1/82 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) Prof. Cosme José Vieira Machado Descrição Abordagem das ações elementares, dos componentes e dos equipamentos que fazem parte da infraestrutura de uma unidade de terapia intensiva (UTI). 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 2/82 Propósito As unidades de terapia intensiva apresentam recursos de atendimento ao paciente crítico que dependem do conhecimento de sua base estrutural, dos profissionais que compõem a equipe multidisciplinar e dos equipamentos necessários para esse atendimento, que são indispensáveis para os profissionais que poderão atuar nesse ambiente. Objetivos Módulo 1 Unidade de terapia intensiva: conceito, serviços e histórico Reconhecer o conceito de unidade de terapia intensiva, os profissionais que nela atuam e seus principais componentes históricos. Módulo 2 A infraestrutura e os principais equipamentos de uma unidade de terapia intensiva Identificar os principais equipamentos e a infraestrutura de uma unidade de terapia intensiva. Módulo 3 Prevenção e controle de infecção hospitalar Identificar os principais métodos para prevenção e controle da ocorrência de infecção hospitalar. 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 3/82 As unidades de terapia intensiva (UTIs) são consideradas, por muitos, ambientes hospitalares hostis e invasivos. Contudo, são locais de extrema importância para o atendimento do paciente crítico. Com a pandemia da covid-19, ficou evidente que as UTIs, seus equipamentos e os profissionais nelas atuantes foram responsáveis pela recuperação de muitas vidas e por devolver a muitas pessoas o prazer de ter consigo seus amigos e entes queridos. Portanto, conhecer o conceito de UTI, um breve histórico dessa unidade, seus equipamentos e a equipe multidisciplinar que a compõe, além das principais ações na prevenção e no controle da infecção nesse ambiente hospitalar, é de extrema importância para o aluno. Após a leitura deste conteúdo, certamente, veremos que o adjetivo hostil não se encaixa no conceito, tampouco na ação prestativa das unidades de terapia intensiva. Orientação sobre unidade de medida Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades. Introdução 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 4/82 1 - Unidade de terapia intensiva: conceito, serviços e histórico Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer o conceito de unidade de terapia intensiva, os pro�ssionais que nela atuam e seus principais componentes históricos. 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 5/82 Conceito de unidade de terapia intensiva Conceito de unidade de terapia intensiva e principais pro�ssionais atuantes As especialidades da área de saúde se distribuem em vários setores das unidades hospitalares, apresentando funções específicas. Alguns pacientes, devido a condições clínicas graves, têm necessidade de internação em unidades de tratamento diferenciado, onde podem ser mais bem monitorados. Sendo assim, tais doentes são encaminhados a uma unidade hospitalar de tratamento intensivo. A unidade de terapia intensiva (UTI) é um ambiente hospitalar de estrutura dotada de alta complexidade, com um sistema de monitorização contínua. Tem como objetivo a admissão de pacientes enfermos e potencialmente graves, descompensados por agravamento de um ou mais sistemas orgânicos. 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 6/82 Ambiente simplificado de um leito em uma unidade de terapia intensiva. A UTI pode ser conceituada como uma unidade hospitalar que objetiva dar suporte intensivo de elevada complexidade para pacientes instáveis, com comprometimento clínico agudizado ou ainda nos pós-operatórios cirúrgicos, dependente de acompanhamento contínuo e assistência médica avançada. Desse modo, os doentes podem ser monitorizados e vigiados por um período de 24 horas. De acordo com os indexadores integrados aos níveis de atenção à saúde pública no Brasil, estabelecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a UTI é um local de alta complexidade hospitalar, com serviços de elevadas características tecnológicas e alto suporte à vida; formada por diversos profissionais especializados. 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 7/82 Em adicional, a unidade de terapia intensiva também conta com serviços complementares, como diagnóstico por imagem e exames laboratoriais. Profissionais envolvidos no monitoramento do paciente crítico. As unidades de terapia intensiva são compostas de vários profissionais. São alguns dos mais importantes: médicos intensivistas, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem, psicólogos, nutricionistas, dentistas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, secretários, auxiliares de limpeza e maqueiros. O médico, o fisioterapeuta e o enfermeiro são os profissionais que interagem mais frequentemente nesse ambiente, onde são responsáveis pelo monitoramento de numerosas variáveis fisiológicas e previsão de suporte para múltiplos órgãos. Veja na tabela a seguir a síntese de algumas das funções desses profissionais: Profissionais Síntese de algumas funções Médico Orientação imediata de condutas de acordo com a clínica do paciente 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 8/82 Profissionais Síntese de algumas funções Exame físico Prescrição de medicamentos Solicitação de exames Informação aos familiares sobre o estado clínico do internado Início do registro do prontuário e das anotações da evolução clínica do paciente Fisioterapeuta Evolução no prontuário Controle das vias aéreas, ajustes na oxigenoterapia e ventilação mecânica Monitorização do paciente Controle postural Avaliação do status respiratório e motor do paciente Enfermeiro e técnico de enfermagem Monitorização multiparamétrica Verificação da identidade do paciente Registro dos sinais vitais, da inserção de cateteres e sondas 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 9/82 Profissionais Síntese de algumas funções Avaliação do nível de consciência Controle postural Controle de drogas e soro Nutricionista Realização de diagnósticos e prescrições dietéticas específicas Organização e acompanhamento do status nutricional do paciente. Psicólogo Avaliação das condições emocionais do paciente e da família dele. Assistente social Apoio à família e ao paciente em casos de dificuldades relacionadas à sua evolução terapêutica. Tabela: Atribuições de profissionais envolvidos com o paciente crítico, em uma unidade de tratamento intensivo. Cosme Machado. 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir10/82 Serviços de tratamento intensivo Quais são os serviços de tratamento intensivo? Segundo a Portaria nº 466, de 4 de junho de 1998, em suas disposições gerais (item 1.5), os serviços de tratamento intensivo compreendem a unidade de tratamento ou terapia intensiva (UTI) e a unidade de tratamento semi-intensivo. A unidade de tratamento intensivo é constituída de um conjunto de elementos agrupados funcionalmente, que objetiva o atendimento de pacientes graves ou de risco, que tenham necessidades de assistência ininterruptas, podendo estar associada a uma unidade de tratamento semi-intensivo. Já a unidade de tratamento semi-intensivo, que é igualmente formada por um conjunto de elementos agrupados funcionalmente, é destinada ao atendimento de pacientes, preferencialmente vindos da UTI, que necessitem de cuidados intensivos e observação contínua, sob supervisão e acompanhamento médico, não necessariamente contínuo, porém linear. Embora muitas vezes sejam informalmente tratadas de maneira similar, existe diferença entre as siglas CTI e UTI. Ainda de acordo com a mesma portaria, veja a 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 11/82 diferença: Unidade de terapia intensiva (UTI) Sendo também chamada de UTI especializada, é responsável pelo atendimento de pacientes em uma especialidade médica ou selecionados por grupos de doenças. Centro de tratamento intensivo (CTI) É o agrupamento, numa mesma área física, de duas ou mais UTIs, incluindo-se, quando existentes, as unidades de tratamento semi- intensivo. As unidades de terapia intensiva são principalmente classificadas em: UTI adulto ou geral Suporte dado a pacientes acima de 14 anos. UTI pediátrica Suporte para doentes entre 29 dias de vida e menores de 18 anos. UTI neonatal Suporte a pacientes com idade até 28 dias. 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 12/82 No entanto, além dessa classificação principal, podemos incluir, nos tipos de unidade de terapia intensiva, as UTIs especializadas, que podem ser desmembradas em: UTI cardiológica ou unidade coronariana. UTI neurológica. UTI respiratória. UTI cirúrgica. UTIs especializadas em traumas e no tratamento de grandes queimados. Alguns serviços hospitalares mantêm os doentes críticos baseados na classificação principal, enquanto outros também incluem nas características de seus atendimentos as UTIs especializadas. Para estarem de acordo com as determinações do Ministério da Saúde, o número de leitos de uma unidade de terapia intensiva deve estar entre 6% e 10% do total de leitos existentes no hospital, a depender da capacidade total e da complexidade em que ele se classifica. Cumprindo esses requisitos, a distribuição das UTIs deveria acatar as seguintes referências: UTI adulto S h it l f l 5% d l it d i d ti d à UTI d lt 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 13/82 Se o hospital for geral, 5% dos leitos deveriam ser destinados à UTI adulto. UTI pediátrica Em relação aos leitos pediátricos utilizados em todo o hospital, 5% deles deveriam ser destinados à UTI pediátrica. UTI neonatal Com base no número de leitos obstétricos do hospital, 5% devem ser utilizados na UTI neonatal. 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 14/82 Em 14 de fevereiro de 2020, o Conselho Federal de Medicina definiu, por meio da Resolução nº 2.271, as unidades de terapia intensiva e as unidades de cuidados intermediários (UCIs), com base em seus níveis de cuidado e complexidade. Por essa definição, a UTI ficaria responsável pelo atendimento de suporte de vida a pacientes considerados clinicamente de alta complexidade, com gravidade extrema e alto risco de morte, enquanto a UCI seria responsável pelo suporte a paciente de gravidade intermediária, com riscos moderados e afastados de riscos de morte imediata. Os níveis de cuidados para os atendimentos relativos a cada unidade citada foram estratificados de acordo com as condições de assistência relativas à UTI e à UCI, em nível III, II e I. Veja na tabela a seguir: Nível de atenção Gravidade Características dos pacientes III Muito alta Falência aguda de múltiplos órgãos UTI especializada Em caso de hospital geral, 10% dos leitos seriam destinados à UTI especializada. 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 15/82 Nível de atenção Gravidade Características dos pacientes vitais ou em risco de desenvolvimento e ameaça imediata de morte. Necessidade de monitoramento e suporte de complexidade muito alta. II Alta Falência aguda de órgãos vitais ou em risco de desenvolvimento e ameaça de morte. Necessidade de monitoramento e suporte de complexidade menor. 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 16/82 Nível de atenção Gravidade Características dos pacientes I Médio-baixa Necessidade de monitoramento por risco de desenvolvimento de uma ou mais falências agudas de órgãos ou em recuperação de situações clínicas críticas. Tabela: Níveis de cuidados, com suas principais características. Cosme Machado. História História das unidades de terapia intensiva A literatura mostra relatos divergentes sobre a origem e o momento do surgimento das unidades de terapia intensiva no mundo. Tradicionalmente, a enfermeira britânica 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 17/82 Florence Nightingale é considerada a primeira a idealizar o que poderíamos imaginar como uma unidade de terapia intensiva. Ela serviu com o lado britânico na Guerra da Crimeia, entre 1854 e 1856. Essa enfermeira reuniu os soldados que apresentavam ferimentos graves em uma área próxima ao seu posto de enfermagem, onde ela podia acompanhar suas condições clínicas com observação contínua e fornecer ajuda rápida quando eles mais precisavam. Não encontramos relatos ou esforços parecidos até 1929, quando, no Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, o doutor Walter Dandy falou sobre a utilização de uma unidade especial de pós-operatório para seus pacientes neurocirúrgicos (HANSON et al., 2001). Comentário Alguns relatos datados entre as décadas de 1940 e 1950, nos EUA, dão conta de uma experiência realizada nas salas de recuperação pós-anestésica, na qual se demostrou que a vigilância intensiva de pacientes muito enfermos foi extremamente eficaz. Nesses relatos, ficou evidente que alocar, em uma grande sala, pacientes que estavam acordando da anestesia permitia uma melhor observação quanto a complicações imediatas, dispneia, pressões arteriais instáveis e déficits de coagulação. No entanto, discordando desses relatos, alguns outros atribuem ao surto epidêmico de poliomielite em 1952, em Copenhague, na Dinamarca, a origem precursora das UTIs. O que fundamentaria alimentar essa especulação era o fato de que a epidemia de poliomielite levou os acometidos a necessitarem de ventilação mecânica, por meio do assim denominado “pulmão de aço”, método de ventilação por pressão negativa usado na época, que possibilitava o tratamento das sequelas respiratórias dos pacientes acometidos pela doença. 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 18/82 Pacientes vítimas de poliomielite sendo ventiladosartificialmente com o “pulmão de aço”. Conforme podemos observar, os pacientes necessitavam de supervisão e cuidados intensivos pela equipe de enfermagem. Como resultado, ficou evidente que poderia ser feito um melhor uso da equipe de saúde e dos equipamentos disponíveis, quando os pacientes fossem acompanhados em uma área específica. Na época, essa área foi denominada como enfermaria, onde médicos e enfermeiras observavam e tratavam pacientes gravemente doentes 24 horas por dia. De acordo com o exposto, Berthelsen e Cronqvist (2003) sugerem que o “título de idealizador” da primeira unidade de terapia intensiva deva ser atribuído ao anestesiologista dinamarquês Bjørn Ibsen, em 1953. Ibsen foi considerado o precursor das UTIs por ter se envolvido no tratamento das vítimas de surtos de poliomielite e ter sido o primeiro a publicar um artigo sobre terapia intensiva, intitulado O trabalho em uma unidade de observação anestesiológica. 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 19/82 No fim da década de 1960, pesquisadores norte-americanos e ingleses chegaram à conclusão de que indivíduos criticamente enfermos apresentavam problemas fisiopatológicos comuns e que a sobrevida deles dependia de múltiplos controles de suas funções corporais. A partir do surgimento de alguns equipamentos e terapêuticas, a UTI se desenvolveu e gerou outras unidades específicas, tais como: unidade de choque, unidade coronariana, unidade respiratória, unidade de diálise renal, unidade intensiva neonatal. No Brasil, com o uso dos primeiros ventiladores por pressão negativa na década de 1950, a unidade de terapia intensiva teve sua iniciação. O “pulmão de aço” foi utilizado pela primeira vez em 1955, no Instituto Paulista de Traumatologia e Ortopedia da Universidade de Medicina, deixando, a partir daí, a ventilação mecânica como prática exclusiva da anestesiologia e dos ambientes cirúrgicos. Esse fato foi considerado um marco na terapia intensiva brasileira. No final da década de 1960, graças aos estudos de Antônio Tufik Simão, surgiu a primeira UTI pulmonar no Rio de Janeiro, no Hospital dos Servidores do Estado. Em São Paulo, nos anos 1970, uma unidade de terapia intensiva foi criada no Hospital Sírio-Libanês, a partir de uma ação pioneira no Hospital das Clínicas. 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 20/82 Histórico e conceitos sobre UTIs Neste vídeo, o mestre Cosme Machado discorrerá sobre os principais conceitos das UTIs, assim como sobre o histórico de seu surgimento no Brasil e no mundo. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 21/82 Pacientes no pós-cirúrgico não raramente carecem de internação em unidades de terapia intensiva, com o objetivo de serem monitorados continuamente em um período não inferior a 24 horas. As UTIs são unidades hospitalares que garantem serviços de alta qualidade e contam com profissionais bem treinados e muitos especialistas que compõem uma equipe multidisciplinar. De acordo com o Sistema Único de Saúde (SUS), as UTIs são indexadas pelos seus níveis de atenção. O SUS, por esses índices integrados, classifica as unidades de terapia intensiva como A unidades hospitalares de muito alta complexidade. B unidades hospitalares de média complexidade. C unidades hospitalares de alta complexidade. D unidades hospitalares de baixa complexidade. E unidades hospitalares de extrema complexidade. 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 22/82 Parabéns! A alternativa C está correta. Os níveis de atenção à saúde são organizados de forma hierárquica em baixa, média e alta complexidades. As ações de saúde que exigem alta complexidade de atendimento são conceituadas como ações que necessitem de tecnologia de ponta e custos maiores, possibilitando atendimento com suporte alto para manutenção da vida. Portanto, as UTIs se encaixam no perfil de unidades hospitalares de alta complexidade. Serviços de baixa complexidade estão relacionados à atenção primária e são oferecidos pelas unidades básicas de saúde, possibilitando que os pacientes realizem consultas e exames. Os serviços classificados como de média complexidade correspondem aos serviços de pronto atendimento, como os realizados nas unidades de pronto atendimento (UPAS) e nos hospitais de pequeno porte, além das unidades ambulatoriais. Pelo exposto, podemos chegar à conclusão de que as alternativas B e D estão incorretas. Não existem, pela classificação do SUS, as conceituações muito alta e extrema complexidade. Sendo assim, as alternativas A e E estão incorretas. Questão 2 Desde sua instituição para o oferecimento de atendimento que demande alta qualidade de serviços e presença de profissionais especializados, os serviços de tratamento intensivo proporcionam algumas dúvidas no que diz respeito a surgimento, conceitos, caracterização, especialização e procedimentos internos. A 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 23/82 capacidade de dirimir essas dúvidas auxilia na compreensão de fatores determinantes sobre diversos aspectos que envolvem os serviços intensivos. Indique a alternativa que constitui uma descrição verdadeira sobre os serviços de tratamento intensivo. A O centro de tratamento intensivo (CTI) pode conter uma unidade coronariana, uma unidade especializada para doenças neurológicas e uma unidade especializada para cuidados de grandes queimaduras. B Uma unidade de tratamento semi-intensivo agrupa, em uma mesma área física, várias unidades de tratamento intensivo (UTI), sendo os pacientes encaminhados das unidades semi-intensivas para as UTIs, sendo que a recíproca não é verdadeira. C Os centros de tratamento intensivo (CTI) e as unidades de tratamento intensivo (UTI) são descritos na literatura como ambientes hospitalares exatamente iguais, sem distinção conceitual. D Uma unidade de tratamento semi-intensivo atende pacientes que chegam exclusivamente das unidades ambulatoriais, com base na 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 24/82 Parabéns! A alternativa A está correta. Nos serviços de tratamento intensivo, o CTI agrupa, em uma estrutura física, duas ou mais UTIs. As UTIs são conhecidas como unidades de tratamento especializado, entre as quais se destacam algumas unidades, tais como a coronariana, a neurológica e a de grandes queimaduras. A unidade de tratamento intensivo pode estar associada a uma de tratamento semi-intensivo, porém, hierarquicamente, as unidades semi-intensivas atendem paciente oriundos das UTIs. Analisando essas afirmações, chegaremos à conclusão de que as alternativas B e D não são verdadeiras. Em adicional, é citada uma portaria na alternativa D que não existe, definitivamente tornando-a incorreta. O CTI e a UTI não são siglas sinônimas. O CTI atende pacientes em um contexto patológico geral, enquanto as UTIs atendem pacientes com clínica especializada. Certamente, com base nesta afirmativa, as alternativas C e E estão incorretas. exigência da Portaria nº 35.765 do SUS. E As unidades de tratamento intensivo são ambientes hospitalares responsáveis pelo atendimento de doentes sem distinção de patologia, sendo, algumas vezes, tratado como CTI geral. 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir25/82 2 - A infraestrutura e os principais equipamentos de uma unidade de terapia intensiva Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os principais equipamentos e a infraestrutura de uma unidade de terapia intensiva. 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 26/82 Infraestrutura da unidade de terapia intensiva Como é a infraestrutura da unidade de terapia intensiva? Conforme descrito no módulo 1, as informações sobre o surgimento das unidades de terapia intensiva são historicamente divergentes e algo inconsistentes, mas algumas similaridades existem. As descrições mencionam sempre um único motivo: a necessidade de observação contínua do paciente gravemente enfermo. Atenção! Uma unidade de terapia intensiva deve conter uma área física que ofereça facilidades para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de múltiplos órgãos em falência, possibilitando um alto nível de assistência continuada ao paciente. Doenças que precipitam a admissão em uma UTI são, frequentemente, inesperadas e associadas a mortalidade e morbidade altas. Não é surpreendente que muitos 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 27/82 profissionais possam encontrar nessas unidades situações intimidantes e estressantes. Conhecer as políticas e as práticas comuns das unidades de terapia intensiva, seu funcionamento, organização e estrutura elementar pode auxiliar a equipe multidisciplinar a gerenciar melhor o atendimento ao doente crítico e evitar procedimentos que afetem negativamente o cuidado ao paciente. Estrutura física É fundamental que uma unidade de terapia intensiva ocupe uma área própria, de acesso restrito, dentro de uma unidade hospitalar. O seu planejamento deve ter como prioridade as admissões e os encaminhamentos dos pacientes, as patologias que serão atendidas, seus postos de atendimento (p.ex., o posto de enfermagem), os locais de estoque dos materiais e equipamentos usados, ou não, e, principalmente, o respeito ao perfil do doente que será internado. Seu tamanho deve considerar o número de profissionais qualificados envolvidos no atendimento e a fácil locomoção deles. A estrutura está relacionada aos elementos ambientais dos cuidados de saúde e suas instalações, portanto, deve oferecer condições para uma adequada qualidade de serviços prestados. Uma UTI adaptada a esses propósitos maximiza a prevenção da 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 28/82 incidência de riscos terapêuticos e o aperfeiçoamento dos atendimentos produzidos. Uma UTI deve estar de acordo com as normas para projetos físicos do estabelecimento da assistência de saúde e ser constituída de unidades físicas exclusivas. Localização Trata-se de uma área dentro do hospital com restrito controle, impossibilitando a ligação com outros departamentos da unidade hospitalar — uma necessidade prioritária. A UTI deve apresentar proximidade para fácil acesso às unidades de emergência, de tratamento semi-intensivo e aos centros cirúrgicos, além de ser próxima aos elevadores, ao serviço de exame de imagem e aos laboratórios. Ambiente de uma unidade de terapia intensiva A exigência de alguns pré-requisitos ambientais é fator indispensável para o funcionamento de uma UTI. Aqui, citaremos os de maior necessidade. Para desenvolver suas principais atividades, uma UTI deve possuir: 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 29/82 Uma área de tratamento para pacientes adultos, pediátricos e neonatos. Lavatórios exclusivos para os profissionais que promovem a assistência ao indivíduo internado. Um quarto de isolamento. Um posto de enfermagem. Área de estar para a equipe de saúde. Um local exclusivo para a prescrição médica. Aposentos para o descanso dos profissionais atuantes. Sala para preparo e depósito de equipamento/material. Laboratório. Leitos Devem ficar localizados em um espaço que favoreça a observação adequada e segura dos pacientes, seja direta ou indireta. Sua disposição na UTI pode ser em uma área comum, em quartos fechados ou mista. Em se tratando de área comum, a observação contínua do doente fica mais facilitada. A área comum deve ser dividida em leitos separados por divisórias para relativa privacidade dos indivíduos. Caso sejam quartos 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 30/82 fechados, estes precisam possibilitar a visualização dos pacientes através de painéis de vidro. Leitos de uma UTI organizados em área comum. Leitos de uma UTI organizados em quartos fechados. A vantagem de unidades dispostas em quartos fechados é o atendimento mais privado ao paciente e a redução de ruídos locais. Ainda, o isolamento de pacientes imunodeprimidos ou infectados é uma das principais utilidades das unidades fechadas. O número de leitos, normalmente, é designado pela quantidade total de leitos do hospital. O ideal seria um número de 8 a 12 leitos por UTI, e o número mínimo, considerado suficiente, é de 5 leitos. O Ministério da Saúde sugere dimensões diferentes dos leitos para as áreas comuns e os quartos fechados, sendo, respectivamente, de 12m2 e 10m2, no mínimo. 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 31/82 Principais equipamentos de uma unidade de terapia intensiva Os equipamentos utilizados na UTI variam desde os bem conhecidos, como aparelhos para medir a pressão arterial, até aparelhos mais especializados, como monitores de cabeceira ou máquinas de diálise. A Portaria nº 466, de 4 de junho de 1998, publicada no Diário Oficial, determinada pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Vigilância Sanitária, lista 33 equipamentos de presença obrigatória em uma UTI. Foge ao escopo de nossa intenção descrever todos os equipamentos possíveis que podem estar presentes. Aqui, procuraremos fornecer informações de natureza geral, focando nossas atenções em alguns dos equipamentos utilizados dentro de uma unidade de terapia intensiva que julgamos ser importantes. Equipamentos relacionados ao sistema respiratório 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 32/82 Ventiladores mecânicos Ventilador mecânico, com o display mostrando alguns parâmetros ventilatórios. São os principais responsáveis pela manutenção da ventilação pulmonar. São coadjuvantes no tratamento da insuficiência respiratória aguda, no qual sua utilização é habitual. No entanto, podem também ser de grande valor em algumas situações pós-operatórias. Possibilitam a monitorização clínica da mecânica respiratória e das trocas gasosas em pacientes neonatais, pediátricos e adultos. Essas máquinas para suporte respiratório podem oferecer ventilação por pressão positiva e por pressão negativa (menos habitual). A ventilação pode ser invasiva e não invasiva (VNI). Os ventiladores que oferecem VNI podem produzir pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) ou dois níveis de pressão positiva nas vias aéreas (BIPAP). 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 33/82 Paciente realizando ventilação não invasiva. Oxímetro Este equipamento objetiva medir a ligação de oxigênio à hemoglobina. Para isso, conta com um sensor luminoso que o capacita a analisar a saturação de oxigênio no sangue arterial(SatO2). Além de mensurar, a SatO2 também registra a frequência cardíaca (FC). Oxímetro. No display, é mostrada a SatO2 à esquerda e, à direita, a FC. 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 34/82 A saturação de oxigênio e a frequência cardíaca também podem ser avaliadas pelo monitor multiparamétrico. Abordaremos esse equipamento mais adiante. Capnógrafo Capnografia em um paciente sob ventilação mecânica. Tem sua utilidade para a mensuração da concentração ou pressão parcial de gás carbônico (PaCO2). O registro é feito por meio de um sensor que analisa, ao final da expiração, o CO2 expirado durante os ciclos respiratórios do paciente. O aparelho é conectado à via aérea artificial do doente submetido à ventilação mecânica. Hemogasômetro 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 35/82 Este equipamento analisa a concentração dos gases sanguíneos. Em uma unidade de terapia intensiva, tem inestimável valor, pois, por meio deste equipamento, é possível a avaliação do equilíbrio ácido-base e das pressões parciais de oxigênio (PaO2) e de gás carbônico (PaCo2). O pH, a PaO2 e PaCO2 são medidos diretamente, sendo que o aparelho possibilita que outras medidas sejam realizadas de forma indireta. Análise dos gases sanguíneos a partir de uma amostra de sangue. O hemogasômetro é muito utilizado para fornecer os valores da gasometria arterial, exame frequentemente solicitado em pacientes internados em uma UTI. A amostra de sangue é colhida do paciente e submetida à análise no aparelho. Ventilômetro 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 36/82 Este aparelho mede os volumes e as capacidades pulmonares. A medida é feita em pacientes submetidos ou não à ventilação mecânica. Por meio do display do aparelho, pode-se avaliar, diretamente, o volume corrente (VC) e o volume minuto do paciente. No visor do aparelho, o menor medidor volumétrico mensura o volume corrente, enquanto o maior mensura o volume minuto. Também é possível medir, por meio do ventilômetro, o tempo inspiratório (Ti), o tempo expiratório (Te) e a frequência respiratória (FR), assim como outros parâmetros ventilatórios. Ventilômetro. Dreno torácico, cateter, máscaras e sonda de aspiração 13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 37/82 Estas ferramentas são componentes importantes para o tratamento de transtornos respiratórios. Os drenos torácicos são usados em pacientes com pneumotórax ou derrame pleural, com o objetivo de remover ar ou líquido da cavidade pleural. O cateter e as máscaras comuns servem para ofertar oxigênio em doses terapêuticas, sendo que a máscara de nebulização é utilizada para a entrega de partículas inaladas com ou sem medicação. A máscara de Venturi se destaca entre as demais, por possibilitar a oferta de oxigênio em concentrações controladas. Máscara de Venturi. As peças coloridas são as responsáveis por garantir uma invariável fração de O2. A sonda de aspiração é utilizada para a remoção de secreção brônquica em pacientes hipersecretivos. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 38/82 Oxigenador de membrana extracorpórea A oxigenação de membrana extracorpórea (ECMO) é utilizada em pacientes com grave e aguda síndrome respiratória, oriunda ou não de infecções que não são contidas pela abordagem clínica tradicional. Objetiva tratar temporariamente desordens que levem à falência cardíaca e/ou pulmonar. Oxigenador extracorpóreo. Equipamentos relacionados ao sistema cardiovascular Ressuscitador manual (ambu) 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 39/82 Ressuscitador manual (ambu). Embora também possa ser classificado como um equipamento relacionado ao sistema respiratório, o ambu é um dos principais componentes de auxílio em condições de parada cardíaca. É um equipamento que oferece uma variedade de utilidades. Entre elas, está a de fornecer suporte à ventilação de forma manual, em situações de transporte de pacientes ou falhas temporárias do suporte ventilatório. Des�brilador e cardioversor Embora a função de ambos seja utilizar altas descargas elétricas objetivando atingir as fibras do miocárdio e despolarizá-las, estes dois equipamentos são diferentes. No cardioversor, a corrente elétrica aplicada é sincronizada, enquanto a aplicação não sincronizada da corrente elétrica é particularidade do desfibrilador. O desfibrilador é usado em casos de parada cardiorrespiratória, com o intuito de regularizar o ritmo cardíaco, reiniciando os batimentos do coração. É um procedimento utilizado unicamente em emergências. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 40/82 Desfibrilador cardíaco. Já o cardioversor é usado tanto em emergências quanto de forma eletiva. Com ele, a reversão de situações emergenciais pode ser feita com margem de tempo superior. O cardioversor é usado quando a pulsação está presente; no caso de ela estar ausente, usa-se o desfibrilador. Eletrocardiógrafo 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 41/82 Este aparelho converte, em registro gráfico, o potencial elétrico representado pelas fases dinâmicas e elétricas do ciclo cardíaco. Ele possibilita o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio, taquicardias ventriculares, arritmias e algumas outras desordens que interfiram na atividade elétrica do coração. O aparelho se utiliza de eletrodos colocados na superfície corporal para realizar o registro. Paciente realizando um eletrocardiograma. Cateter de Swan-Ganz Cateter de artéria pulmonar de Swan-Ganz. O cateterismo cardíaco direito à beira do leito contribuiu enormemente para a compreensão da doença crítica. O cateter de artéria pulmonar de Swan- Ganz, dirigido por fluxo, é um tipo de conduta de monitorização invasiva. Permite monitorizar continuamente a pressão e o fluxo arterial pulmonar, sendo uma avaliação importante do volume sanguíneo, do trabalho cardíaco e da oxigenação dos tecidos. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 42/82 Dentre os parâmetros que podem ser avaliados pelo cateter de Swan-Ganz, podemos citar: o débito cardíaco e o volume sistólico, a pressão da artéria pulmonar, a resistência vascular sistêmica e a pressão atrial direita. Ecocardiógrafo É o aparelho responsável pela realização do ecocardiograma. Trata-se de uma técnica segura e não invasiva que utiliza o ultrassom e o doppler colorido para examinar o coração. As ondas ultrassônicas produzem imagens do coração, valvas cardíacas e grandes vasos. A ecocardiografia ainda está evoluindo como ferramenta no cuidado de pacientes críticos. Paciente realizando ecocardiograma. No entanto, esse exame possibilita o diagnóstico de cardiomegalia e atrofia cardíaca. Pode também estimar as pressões arterial pulmonar e venosa central. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 43/82 Equipamentos relacionados ao sistema renal Aparelho de hemodiálise O equipamento dialisador, também conhecidocomo “rim artificial”, tem o objetivo de substituir, em pacientes renais, as funções de filtração renal de forma artificial, simulando o processo de purificação glomerular. A hemodiálise é classificada como umas das terapias de substituição renal, estando indicada para pacientes com insuficiência renal aguda e crônica. O dialisador funciona executando a limpeza e a filtração sanguínea, liberando os resíduos indesejáveis. Podemos dizer que o sangue é retirado do corpo, é limpado e posteriormente devolvido ao paciente. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 44/82 Paciente no procedimento de hemodiálise. Urodensímetro 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 45/82 Ilustração mostrando o processo de mensuração da densidade urinária. É um aparelho que mensura a densidade da urina. Este dispositivo é similar a uma régua que apresenta uma boia em sua extremidade distal. Para medir a densidade urinária, coloca- se a urina em um tubo de ensaio, proveta ou béquer com largura suficiente para acomodar adequadamente o urodensímetro. O equipamento é imerso no reservatório para a realização da mensuração. A densidade urinária também pode ser mensurada por meio do uso do refratômetro e da tira reativa. O refratômetro tem a vantagem de utilizar um pequeno volume de urina, enquanto um volume maior de amostra é necessário para a medida da densidade urinária pelo urodensímetro. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 46/82 Outros equipamentos presentes em uma UTI Carro ressuscitador (carrinho de parada) Também conhecido como carrinho de emergência, o carro ressuscitador é frequentemente chamado pelos profissionais de saúde de “carrinho de parada”, em razão de ser utilizado em situações emergentes de parada cardiorrespiratória. Trata-se de um carrinho onde são guardados materiais de uso extremamente emergencial ou de urgência, contendo, frequentemente, quatro gavetas. Os medicamentos e equipamentos contidos no carrinho de emergência vão depender das necessidades de cada unidade de terapia intensiva. Carrinho ressuscitador. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 47/82 Os materiais estão detalhados na tabela a seguir: Materiais Descrições Medicamentos Aminofilina Bicarbonato de sódio Diazepam Dopamina Epinefrina Sulfato de magnésio Heparina Cateteres e sondas Oxigenação, aspiração e nutrição Cânula de Guedel, tubo endotraqueal, laringoscópio e as respectivas lâminas, xilocaína Material para inserção de 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 48/82 Materiais Descrições via aérea artificial Bisturi, seringa, tesouras, agulhas, luvas, máscaras e óculos de proteção Material de apoio Desfibrilador, eletrodos, ambu Emergência cardiorrespiratória Tabela: Materiais que devem estar presentes em um carrinho de parada. Cosme Machado. Monitor multiparamétrico É um monitor de sinais vitais que fornece, dependendo do modelo, inúmeros parâmetros fisiológicos importantes. Obrigatoriamente, deve fornecer: frequências respiratória e cardíaca, oximetria de pulso, temperatura corporal, pressão arterial e cardioscopia. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 49/82 Monitor multiparamétrico ou de beira de leito. Bomba de infusão Bomba de infusão. Este equipamento é essencial em uma unidade de terapia intensiva. É utilizado para a infusão de nutrientes e fármacos por vias esofágica, arterial ou venosa. Caracteristicamente, exerce total controle do volume e do fluxo das substâncias líquidas por ele infundidas. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 50/82 Glicosímetro O glicosímetro é um aparelho portátil, de fácil manipulação, utilizado para o controle glicêmico de pacientes internados. O controle da glicose sanguínea em pacientes hospitalizados previne complicações de natureza clínica e cirúrgica. Tem sido mostrado que este equipamento digital oferece acurácia e exatidão nas medidas de glicemia sanguínea (MIRA; CANDIDO; YALE, 2006). Glicosímetro digital para o controle da glicemia. A presença do glicosímetro em UTIs é recomendado pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Vigilância Sanitária. Sondas gástricas As sondas gástricas são itens que oferecem nutrição a pacientes internados e impossibilitados de alimentação por via oral. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 51/82 Paciente fazendo uso de sonda nasogástrica. Pacientes internados, principalmente aqueles com infecções graves, apresentam mais de 20% de chance de desnutrição nos primeiros dois dias de internação. Quando a ingestão de alimentos pela boca não pode ser feita, são submetidos à nutrição enteral. Esse procedimento utiliza sondas por via nasal ou oral, inseridas até o duodeno, jejuno, estômago ou intestino. À diferença da nutrição enteral, a nutrição parenteral é aquela em que o acesso nutricional é feito por via intravenosa. Aparelho móvel de radiologia Para concluirmos este módulo, apresentaremos um dos equipamentos mais importantes de uma unidade de terapia intensiva: o aparelho de raios x móvel. Esse equipamento permite realizar exame radiológico sem a necessidade de deslocamento do paciente. Doentes internados em uma UTI estão acamados e impossibilitados de se locomoverem, de modo que o raio x móvel é utilizado com o paciente no leito. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 52/82 Exame radiológico do paciente acamado, utilizando equipamento móvel. Infraestrutura de uma UTI Neste vídeo, o mestre Cosme Machado identificará os principais equipamentos e a infraestrutura de uma unidade de terapia intensiva. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 53/82 Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Uma unidade de terapia intensiva deve guardar algumas particularidades sobre sua infraestrutura. A localização, os requisitos ambientais específicos, as condições de acesso, o tamanho e, principalmente, o respeito ao perfil do paciente que será internado são características que devem ser analisadas. Uma outra característica importante a ser respeitada é a disposição dos leitos dentro da unidade e suas dimensões. Nesse sentido, é correto afirmar que A a área de quarto fechado deve ser um ambiente totalmente isolado, sem qualquer possibilidade de visualização do paciente, com o intuito de preservar sua privacidade e evitar possíveis meios de contaminação. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 54/82 Parabéns! A alternativa E está correta. B a área comum deve ser totalmente livre de divisórias, com o objetivo de melhor circulação dos profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento do paciente. C as áreas comuns e de quartos fechados devem ser separadas por divisória, com leitos de dimensões exatamente iguais. D as áreas comunse de quartos fechados devem ser separadas por divisória, com a dimensão dos leitos das áreas comuns sendo menores que as de quarto fechado, já que, nas áreas comuns, as divisórias apresentam maior proximidade. E as dimensões dos leitos das áreas de quarto fechado devem ser de, no mínimo, 10m2, necessitando da presença de painéis de vidro para permitir a visualização dos pacientes. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 55/82 De acordo com o Ministério de Saúde, as unidades de terapia intensiva são dispostas em área comum e em quartos fechados, devendo favorecer a privacidade do paciente. Além disso, os pacientes lotados em quartos fechados precisam ser acompanhados continuamente. Dessa forma, na disposição em área comum, os leitos devem ser separados por divisórias; nas de quarto fechado, devem apresentar a possibilidade de visualização do paciente através de painéis de vidro. Sendo assim, as alternativas A e B estão incorretas. Segundo o mesmo órgão governamental, as dimensões dos leitos devem ser, no mínimo, de 12m2 para a área comum e 10m2 para os quartos fechados. De acordo com essa afirmação, chega-se à conclusão de que as alternativas C e D estão incorretas. Questão 2 A avaliação dos gases respiratórios pode ser realizada por medidas diretas e por medidas que analisem o sangue arterial. Em pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva, essa possibilidade é uma aliada importante na prevenção da insuficiência respiratória aguda, assim como em outras complicações respiratórias. Existem equipamentos acurados na avaliação desses parâmetros fisiológicos, dando ao clínico a possibilidade de realizar condutas adequadas para o tratamento das afecções em unidade de tratamento intensivo. Um desses aparelhos é o capnógrafo, que se destaca por 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 56/82 Parabéns! A alternativa D está correta. A saturação de oxigênio no sangue arterial (SatO2) e a ligação de oxigênio na hemoglobina são avaliadas pelo oxímetro. Fica claro que as alternativas A e B estão incorretas. A alternativa E está incorreta, pois atribui ao capnógrafo a medida da SatO2. O capnógrafo avalia, por meio de um sensor, a concentração de CO2 do ar A avaliar a saturação de oxigênio no sangue arterial (SatO2). B avaliar a ligação do oxigênio à hemoglobina. C avaliar a PaO2 do ar expirado. D avaliar a PaCO2 colhida no final da expiração. E avaliar tanto a PaCO2 quanto a SatO2 do ar expirado, no início e no fim da expiração. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 57/82 expirado, sendo, então, capaz de determinar a PaCO2, e não a PaO2. Dessa maneira, a alternativa D é a única correta, estando a alternativa C também incorreta. 3 - Prevenção e controle de infecção hospitalar Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os principais métodos para prevenção e controle da ocorrência de infecção hospitalar. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 58/82 Infecção hospitalar: histórico Histórico Hospitais organizados para cuidar de doentes necessitados já existem há muitos séculos, principalmente na Índia, na Palestina, no Egito e na Grécia. Saiba mais As condições de higiene que prevaleciam baseavam-se, principalmente, nos conceitos religiosos de pureza ritualística (SELWYN, 1991). Naquela época, eles acreditavam que a propagação da infecção era impedida por uma aplicação das leis de Levítico – o terceiro livro do Antigo Testamento. A higiene geral, o diagnóstico de infecções da pele e outras “impurezas”, além do isolamento dos infectados, baseavam-se nesses preceitos. As infecções hospitalares têm sido observadas desde o século XVIII, quando apareciam na forma de febre puerperal, que ocorre no período pós-parto, em razão de uma manifestação infeciosa principalmente da mucosa interna do útero. Em 1846, um médico húngaro, ao perceber que as taxas de mortalidade por febre puerperal eram significativas no hospital onde trabalhava, observou que as mulheres examinadas e tratadas no período pré-natal pelos médicos e acadêmicos de medicina que 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 59/82 transitavam entre a enfermaria e a sala onde eles faziam a dissecção de cadáveres, apresentavam maior possibilidade de contrair a febre puerperal do que as que não faziam parte dessa rotina. Ele especulou que, quando faziam o exame ginecológico das mulheres grávidas, os médicos e os estudantes as infectavam com microrganismos trazidos da sala de dissecção. Quando o médico sugeriu que todos que tivessem essa rotina lavassem as mãos antes da realização do atendimento às gestantes, as taxas de mortalidade entre essas pacientes declinaram significativamente. Vista parcial da reconstrução de um artista da enfermaria de um hospital, em Epidauro, Grécia, no século V a.C. Antes, nos anos 1740, um médico do exército britânico fez as primeiras observações importantes sobre infecção adquirida no hospital. Ele introduziu grandes reformas sanitárias em hospitais militares para conter as infecções ocorridas nessas unidades hospitalares em razão da má ventilação do ambiente e de sua superlotação. Desde a 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 60/82 primeira metade do século XVIII até o início da “Era Bacteriológica”, as mais importantes contribuições para o controle da infecção hospitalar foram: observações sobre a natureza contagiosa da febre puerperal e as cabíveis medidas preventivas; ensaios de desinfecção do ar em navios-hospital; observações valiosas sobre a sepse cirúrgica; e investigações gerais sobre a infecção hospitalar, que tiveram origem na Escócia. O tratamento das infecções hospitalares sofreu grandes modificações com o aparecimento da antibioticoterapia nos anos 1940. Embora isso tenha contribuído para o gerenciamento de fatores exógenos de infecção, não trouxe muitas alterações no controle dessas afecções no interior dos hospitais. Em 1970, foi proposta a criação de um programa denominado Sistema Nacional de Vigilância de Infecções Hospitalares, inicialmente introduzido em vários hospitais norte-americanos, com o objetivo de emitir relatórios periódicos sobre os dados de infecção hospitalar encontrados em suas unidades de terapia intensiva, berçários de alto risco, enfermarias cirúrgicas e outras áreas. Esse sistema de avaliação objetivava desenvolver estratégias para a prevenção das infecções em ambientes hospitalares. Veja, a seguir, como se deu o início do controle das infecções hospitalares no Brasil: 1980 N fi l d dé d f i d i õ ífi t d t l 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 61/82 Vimos que, no passado, as infecções hospitalares eram atribuídas às precárias condições de higiene, aos preceitos religiosos empíricos, à atenção inadequada de condutas médicas e, provavelmente, às ineficientes condições de esterilização de materiais. Porém, mesmo com os avanços da medicina, essas infecções são o evento adverso mais comumente experimentado por pacientes hospitalizados. Pode-se estimar que aproximadamente 10% dos pacientes internados apresentam a probabilidade de desenvolver uma infecção hospitalar durante a sua admissão para o cuidado de afecções agudas. É evidente que essas infecções prorrogam o tempo de internação,aumentam as taxas de mortalidade e comorbidades, e ainda elevam os custo hospitalares. No final da década, foram criadas associações específicas para estudar e controlar as infecções hospitalares. 1992 O Ministério da Saúde estabeleceu que todos os hospitais do país deveriam manter programas de controle de infecção hospitalar. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 62/82 Fontes infecciosas Principais fontes infecciosas As infecções ditas “hospitalares” são aquelas nas quais os pacientes são contaminados no interior do hospital. Esses transtornos infecciosos também são conhecidos como infecção nosocomial, termo de origem grega: nosos significa doença; koméo, cuidar. Portanto, nosocomial é relativo ao âmbito hospitalar. A infecção nosocomial pode ser definida como aquela que ocorre em 48 horas ou mais a partir da internação hospitalar. No entanto, se provado, essas infecções podem se manifestar após a alta da unidade de atendimento oferecido. Para controlar e prevenir a infecção hospitalar, o conhecimento de algumas estratégias é vital. Contudo, além do conhecimento delas, é necessário conhecer o elemento básico de sua origem e como ela pode se disseminar. Em um ambiente hospitalar, a transmissão infecciosa depende da fonte de origem do microrganismo, da suscetibilidade do hospedeiro e das vias que possibilitam a sua transmissão. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 63/82 Elementos responsáveis pelo processo de infecção. Fontes de microrganismos Alguns elementos intra-hospitalares são considerados fontes de agentes infecciosos. Esses elementos são, na verdade, possíveis reservatórios dos microrganismos. Atenção! Um reservatório pode ser definido como qualquer lugar no qual um agente infeccioso possa crescer e se desenvolver, multiplicar-se ou reproduzir-se e ser transmitido ao hospedeiro com probabilidade de infectá-lo. Os profissionais que fazem o atendimento direto ao paciente, as pessoas que os visitam, os equipamentos, os talheres e a roupa de cama são exemplos de possíveis reservatórios. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 64/82 A infecção autógena, aquela na qual o próprio paciente pode ser a fonte da infecção a partir de sua flora endógena, também é uma fonte patogênica. Dentre os principais agentes infecciosos comumente causadores de infecção hospitalar, podemos citar: Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Enterococcus, Streptococcus, Escherichia coli, Acinetobacter baumannii, Proteus mirabilis e Clostridium difficile. Hospedeiros suscetíveis As condições imunológicas ditam as características de suscetibilidade das infecções. Isso faz com que ocorra uma variabilidade de condições que definem a resistência imunológica do indivíduo. É possível que determinadas pessoas apresentem resistência à colonização ou sejam expostas ao microrganismo e se mantenham assintomáticas, enquanto outras sejam mais suscetíveis e menos resistentes aos processos infecciosos. Algumas comorbidades podem facilitar a instalação da infecção, veja a segur: Pacientes portadores de síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS), diabetes mellitus e doenças respiratórias crônicas têm maior probabilidade de apresentarem infecções nosocomiais. Ações invasivas, como o uso de tubo oro ou nasotraqueal, de cateteres venoso ou urinário, levam a uma maior possibilidade de adesão e colonização de 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 65/82 microrganismos. A imunossupressão induzida por medicamentos em pacientes transplantados, a idade avançada, cirurgias, antibioticoterapia inadequada (por incorreta seleção ou dose do antibiótico usado) são outros fatores que, comumente, diminuem a capacidade de combate do sistema de defesa do corpo. Normalmente, os agentes etiológicos presentes nas unidades hospitalares apresentam menor virulência do que aqueles localizados no exterior do hospital. No entanto, a deficiência imunológica do doente, associada ao fato de que alguns patógenos são antibióticos-resistentes, protagoniza a ocorrência das infecções hospitalares. Principais formas de transmissão O conhecimento de como os microrganismos são transmitidos entre os pacientes é um fator indispensável para os profissionais de saúde. As principais vias de transmissão de infecção nosocomial são: vias urinárias, respiratórias, gastrointestinais e a pele. As formas mais comuns de transmissão são por meio do contato direto ou indireto, de perdigotos, do ar e de determinado veículo. Veja as formas de transmissão: 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 66/82 Contato direto Essa é a forma mais habitual de transmissão. É aquela na qual o microrganismo é transferido por meio do contato pessoal de uma pessoa infectada, pelas mãos sem luvas, para o hospedeiro suscetível. Contato indireto Esse tipo de transmissão, por sua vez, ocorre quando o contágio se dá pelo contato do hospedeiro suscetível com fômites, roupas e luvas contaminadas ou com equipamentos mal esterilizados. Os perdigotos (gotículas de saliva) servem como transmissores quando são liberados por tosse, espirro ou fala no ambiente. A forma de infecção pelo ar ocorre por meio da inalação de patógenos presentes em partículas de aerossóis suspensas no ar. A forma veicular é a transmissão que ocorre a partir da ingestão de alimentos, água e medicamentos contaminados ou pela deposição de sangue com presença de agentes infecciosos sobre a pele ou mucosas. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 67/82 Controle e prevenção das infecções hospitalares Plano geral de controle e prevenção das infecções hospitalares A criação de uma cultura visando a mudanças de hábitos, visões e comportamentos dos profissionais de saúde é o principal desafio para o gerenciamento do controle e prevenção das infecções nosocomiais. Deve haver comprometimento de todos em relação à sua segurança e a do paciente, seguindo o planejamento e a prática das normas preestabelecidas, além de serem submetidos a uma rigorosa metodologia de treinamento. Uma dessas práticas de segurança é a garantia da imunização dessa equipe A vacinação é uma medida fundamental para a equipe médica. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 68/82 prestadora de serviços do hospital. A vacinação, principalmente contra o vírus Influenza, deve ser uma medida unânime, tomada por todos aqueles que estão em contato com os pacientes internados. Para controlar e empreender medidas profiláticas padrão contra a infecção intra-hospitalar, é importante que a cadeia de eventos responsáveis por esse processo infeccioso seja interrompida. Veremos, a seguir, algumas medidas que devem ser tomadas para que isso seja possível. Princípios gerais e procedimentos padrão Independentemente do quadro clínico, da presença de doenças com probabilidade de serem contagiosas e da avaliação diagnóstica, as medidas padrão utilizadas para diminuir os riscos de transmissão de microrganismos devem ser aplicadas a todos os pacientes. Descreveremos adiante alguns desses procedimentos: Higienização das mãos A adequada lavagem das mãos, visando à prevenção e/ou eliminação do elemento contagioso é umadas medidas mais importantes na tentativa da eliminação da fonte patogênica. Para a “simples lavagem”, é necessário que o procedimento ocorra na presença de água corrente, utilizando um lavatório grande, com sabonete ou ti é ti d d d d di t f t á li d A l d 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 69/82 antisséptico, dependendo do procedimento futuro que será realizado. A lavagem do antebraço deve ser incluída e igualmente realizada previamente aos procedimentos cirúrgicos. É necessário que a secagem exclua a possibilidade de contaminação. Outras opções de lavagem incluem: desinfetantes específicos, substâncias alcoólicas com géis antissépticos e emolientes. Máscaras e óculos Este tipo de proteção deve ser utilizado em diversas situações relativas aos seus propósitos. A recomendação é que sejam utilizados em momentos que envolvam riscos como contatos com secreções e sangue. Luvas O uso de luvas estéreis em atendimento a pacientes imunodeprimidos, em procedimentos invasivos, em contato com fluídos corporais e pele não intacta é condição sine qua non. Luvas não estéreis (as conhecidas luvas de procedimento ou luvas descartáveis) devem ser usadas para todos os pacientes, onde houver risco de t i ã d ã d ã f t b l t t l 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 70/82 contaminação das mãos ou quando as mãos forem estabelecer contato com qualquer membrana mucosa. Roupas de trabalho A roupa deve ser coberta com um jaleco, de preferência branco. O uso de um avental adicional, caso o procedimento apresente riscos de contaminação, é uma medida adequada. A vestimenta deve ser trocada após a exposição ao sangue ou a outros fluidos, bem como após transpiração excessiva, caso ela fique molhada. Calçados e capuz Nas unidades assépticas e nas salas de cirurgia, a equipe deve usar sapatos exclusivos, sendo que, em outras áreas, esses devem apresentar garantia de estarem desinfectados. É imprescindível o uso de qualquer cobertura que cubra completamente o cabelo, como uma touca ou capuz, bem como é fundamental o uso de todos os equipamentos já mencionados. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 71/82 Sequência correta para a higienização das mãos. Equipamento adequado para o cumprimento das normas de controle de infecções hospitalares. Ações adicionais para o controle e prevenção da transmissão das infecções nosocomiais Além das precauções padrão que são exigidas para todos os pacientes, em todas as situações, medidas suplementares devem ser tomadas. Vamos abordar algumas delas neste momento. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 72/82 Limpeza O procedimento de limpeza de rotina é necessário para garantir um ambiente hospitalar livre de poeira e outros tipos de sujeira. Uma boa percentagem de microrganismos está presente dentro da “sujeira visível”, e o objetivo da limpeza de rotina é eliminar essa sujeira. O processo de limpeza depende essencialmente da ação mecânica, já que detergentes ou sabão não são substâncias antimicrobianas. Agentes de limpeza utilizados nas dependências do hospital devem ser adequados à probabilidade de contaminação e ao nível necessário de assepsia. Desinfecção Definida como um processo físico ou químico no qual a maioria das formas de crescimento de organismos patogênicos é destruída, a desinfecção não possui atividade esporicida, logo, bactérias dessa natureza não são neutralizadas. Esse fator a difere da esterilização. Deve ser usada para a neutralização de patógenos possivelmente presentes em objetos inanimados e superfícies ou em equipamentos que serão futuramente manuseados. Diferentes produtos ou processos atingem determinados níveis de desinfecção, logo, o desinfetante utilizado deve ser compatível com altos, intermediários ou baixos níveis de atividade infecciosa. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 73/82 Esterilização Objetiva a destruição de todos os microrganismos, incluindo esporos bacterianos, diminuindo a carga microbiana proporcionada por eles. Também pode ser realizada por meios físicos e químicos. O meio esterilizante mais comum é a autoclave. Aparelho de autoclavação. A destruição de agentes patogênicos de superfície ou em um fluido, bem como a prevenção de sua transmissibilidade, está associada ao uso da esterilização. Ela é expressamente necessária em dispositivos médicos de acesso a locais corporais estéreis (por exemplo: em procedimentos invasivos com penetração em pele e mucosas) e a fluidos parenterais. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 74/82 Após a esterelização, os materiais devem ser embalados antes de serem guardados para uso posterior. A limpeza com intuito de remoção da sujeira visível em equipamentos reutilizáveis deve preceder a esterilização. Todos os materiais devem ser embalados após a esterelização, sendo este o único procedimento que dará a possibilidade de os materiais serem considerados estéreis. Infecção hospitalar: como prevenir? Neste vídeo, o mestre Cosme Machado descreverá os riscos de infecção hospitalar e as medidas que podem ser realizadas para prevenção. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 75/82 Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 As infecções hospitalares podem se manifestar após a alta da unidade de atendimento oferecido. Diversas estratégias podem ser usadas para prevenir essa condição. A infecção hospitalar também pode ser chamada de A infecção emergencial. B infecção nosocomial. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 76/82 Parabéns! A alternativa B está correta. A única alternativa que mostra o termo correto para infecção hospitalar é a que indica o nome “infecção nosocomial”. Questão 2 Quando o paciente adquire uma infecção dentro de um hospital, estando internado em um quarto, enfermaria ou unidade de terapia intensiva, esse processo infeccioso pode ser descrito como uma infecção hospitalar. Contudo, para que, de acordo com os conceitos apresentados pela literatura, essa infecção seja de origem nosocomial, o tempo de sua ocorrência é um fator decisivo. Essa exigência é pertinente, já que, se não fosse assim, a infecção poderia ter ocorrido em outro ambiente e ser C infecção institucional. D infecção grave. E infecção aguda. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 77/82 erroneamente atribuída a dependências, procedimentos ou equipamentos intra- hospitalares. Para ser considerada uma infecção nosocomial, qual condição deveria estar presente? Parabéns! A alternativa C está correta. A Infecção ocorrida imediatamente a partir da internação do paciente. B Infecção ocorrida momentos antes de um procedimento invasivo. C Infecção ocorrida em 48 horas ou acima desse tempo a partir da internação hospitalar. D Infecção ocorrida em menos de 48 horas da admissão, especificamente em uma unidade de tratamento hospitalar. E Infecção ocorrida em 24 horas a partir da admissão hospitalar. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidadede terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 78/82 As afecções por processos infecciosos nosocomiais são identificadas como as que ocorrem em 48 horas ou mais a partir da internação hospitalar, já que esse é o período frequentemente observado que afasta a possibilidade de a infecção já estar presente ou incubada antes de o paciente estar no interior de uma unidade hospitalar. Dessa forma, as alternativas A, B, D e E estão incorretas, já que descrevem períodos que não levam em consideração a possibilidade de que o paciente já esteja infectado antes de ter sido internado. Chamando a atenção, adicionalmente, para a alternativa B, que, equivocadamente, não garante que o procedimento invasivo ocorra 48 horas depois da internação. Considerações �nais As informações sobre a infraestrutura de uma unidade de terapia intensiva dão suporte ao público acadêmico para lidar com certas ações de gerenciamento hospitalar. Equipamentos presentes nessa unidade podem salvar vidas e tratar de modo diferencial os pacientes potencialmente enfermos. Uma adequada arquitetura interna desse ambiente também está ligada à profilaxia de várias enfermidades. A admissão, permanência ou alta de doentes críticos depende de 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 79/82 ações relativas a inúmeros fatores, sendo um fator preocupante as infecções hospitalares. Estas últimas podem ocorrer no interior de uma unidade de terapia intensiva, ou não, e as infestações bacterianas são sua principal etiologia. A infecção hospitalar ou nosocomial é um problema reconhecidamente de saúde pública. Privados ou públicos, hospitais de pequeno, médio ou grande porte “sofrem” com a presença dessa entidade patológica. Não raramente, um alto índice de mortalidade e morbidade é atribuído aos pacientes acometidos por processos infecciosos intra-hospitalares. Esses elevados índices podem ser contidos se houver integração entre os conhecimentos sobre a estrutura e as ferramentas de saúde presentes dentro de uma UTI, como também de formas para o controle do desenvolvimento das infecções nosocomiais. Podcast Neste podcast, o mestre Cosme Machado fala sobre a infraestrutura de uma unidade de terapia intensiva, os principais profissionais e equipamentos, e a forma como podemos prevenir a temida infecção hospitalar ou nosocomial. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 80/82 Explore + Sugerimos que você pesquise a Portaria nº 466/1998 do Ministério da Saúde e da Secretaria de Vigilância Sanitária, para saber mais sobre a estrutura e os equipamentos necessários para a criação de uma unidade de terapia intensiva. Referências BERTHELSEN, P. G.; CRONQVIST, M. The first intensive care unit in the world: Copenhagen 1953. Acta Anaesthesiologica Scandinavica, v. 47, n. 10, p. 1190–1195, 2003. 13/01/24, 19:23 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI) https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 81/82 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 466, de 4 de junho de 1998. D.O.U. ‒ Diário Oficial da União, Poder Executivo, 5 jun. 1998. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução n. 2.271, de 14 de fevereiro de 2020. D.O.U. ‒ Diário Oficial da União, ed. 77, seção 1, p. 90, abr. 2020. FROST, P.; WISE, M. P. A guide to the adult intensive care unit. British Journal of Hospital Medicine, v. 69, supl. 5, p. M74–M77, 2008. HANSON, C. W. et al. The anesthesiologist in critical care medicine. Anesthesiology, v. 95, n. 3, p. 781–788, 2001. LUCATO, J. J. J. et al. Influência do trocador de calor e umidade com filtro microbiológico nas medidas de pressões respiratórias máximas e capacidade vital em pacientes com DPOC. 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