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Competência no Processo Penal

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PROCESSO PENAL
Caderno de Revisão esquematizado – OAB XXXV – Método de revisão Constante 
Material elaborado por Samara Gomes de Freitas (@esquematizaquestoes) 
O material é de uso pessoal e o compartilhamento é PROIBIDO! 
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Competência, CONEXÃO E CONTINÊNCIA 
(tema importante) 
Art.109 CF Aos juízes federais compete processar e julgar: 
IV – Os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, 
serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas 
públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar 
e da Justiça Eleitoral; 
• A justiça federal NÃO JULGA CONTRAVENÇÕES PENAIS, de acordo 
com o art. 109 da constituição federal. Porém, se o autor da contravenção tiver 
foro especial na Justiça Federal (ex: juiz federal) a competência para 
julgamento será da Justiça Federal. 
CARTA ROGATÓRIA → COMPETÊNCIA DOS JUÍZES FEDERAIS 
Súmula 147, STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados 
contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função 
→ Fora da razão da função será competente a Justiça Estadual. 
 
Súmula 151, STJ: A competência para o processo e julgamento por crime de 
contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar 
da apreensão dos bens. 
 
Súmula 122 STJ: Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos 
crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 
78, II, a, do Código de Processo Penal. 
• OU SEJA, CONEXÃO ENTRE UM CRIME DE COMPETENCIA DA JF E 
OUTRO CRIME DE COMPETÊNCIA DA J.C A JF PREVALECE 
 
Súmula 165, STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar crime de falso 
testemunho cometido no processo trabalhista. 
 
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Súmula 546, STJ: A competência para processar e julgar o crime de uso de 
documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o 
documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor. 
Caixa Econômica ---> JUSTIÇA FEDERAL 
Banco do Brasil --> JUSTIÇA ESTADUAL, mesmo se os dois forem CONEXOS!!!!!! 
OBS: Tratando-se de uso de documento falso, praticado por quem não é responsável 
pela falsificação, a competência será determinada em virtude da pessoa prejudicada. 
 
JUSTIÇA FEDERAL: Empresa pública federal 
• O processo penal brasileiro adotou, como regra, a teoria do resultado que 
define ser competente para apurar a infração penal o foro onde se deu a 
consumação do delito (art. 70 do CPP). 
• Contudo, no âmbito dos juizados especiais a teoria adotada foi a da atividade, 
que leva em conta o lugar onde ocorreu a ação ou omissão (conduta), pouco 
importando o local do resultado.
SUMULA 556-STF 
É COMPETENTE A JUSTIÇA COMUM PARA JULGAR AS CAUSAS EM QUE É PARTE 
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. 
 
Súmula 38 do STJ: "Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da CF/88, o 
processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, 
serviços ou interesse da União ou de suas entidades. 
 
Banco do Brasil, Petrobras = Sociedades de Economia Mista -> Justiça estadual. 
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• A prerrogativa de foro subsiste apenas em relação aos crimes que tenham 
relação com o cargo ou mandato eletivo exercido. 
 
• Depois de cessado o exercício da função, não deve manter-se o foro por 
prerrogativa de função. 
 
Súmula 451 STF: A competência especial por prerrogativa de função não se 
estende ao crime cometido após a cessação definitiva do exercício funcional. 
 
Súmula nº 702 do STF: “a competência do Tribunal de Justiça para julgar 
prefeitos restringe-se aos crimes de competência da Justiça Comum Estadual; 
nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal 
de segundo grau” 
Exemplo: Se um prefeito comete um crime contra um policial, por não ser de 
competência da justiça comum, será julgado pelo respectivo tribunal de segundo 
grau, TRF. 
*Quanto aos Prefeitos - Súmula 702 do STF: “A competência do Tribunal de 
Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de competência da justiça 
comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao 
respectivo tribunal de segundo grau”; e Súmula 703: “A extinção do mandato do 
prefeito não impede a instauração de processo pela prática dos crimes previstos 
no art. 1.º do Dec.-lei 201/67”. 
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Compete processar e julgar o: 
• Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade; 
• Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; 
• Ministros do Supremo Tribunal Federal; 
• Membros do Conselho Nacional de Justiça e do Ministério Público; 
• Procurador-Geral da República 
• Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade 
COMPETE A CÂMARA DOS DEPUTADOS: 
 
- Autorizar, por 2/3 de seus membros, a instauração de processo contra o 
Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; 
• Com relação aos demais cargos podem ser oferecida denúncia 
independentemente de qualquer autorização, sem prejuízos das imunidades 
formais a que fazem jus os Deputados (Federais e Estaduais) e Senadores: 
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer 
de suas opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, 
de 2001) 
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a 
diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por 
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus 
membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. 
➔ A denúncia poderá ser oferecida e recebida INDEPENDENTEMENTE DE 
AUTORIZAÇÃO PARLAMENTAR, mas deverá ser dada ciência à Casa 
Legislativa respectiva, que poderá, seguidas as exigências, até a decisão final, 
sustar o andamento da ação.
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• CONCURSO DE CRIMES 
• Conexão Intersubjetiva → I - se, 
ocorrendo duas ou mais infrações, 
houverem sido praticadas, ao mesmo 
tempo, por várias pessoas reunidas, ou 
por várias pessoas em concurso, embora 
diverso o tempo e o lugar, ou por várias 
pessoas, umas contra as outras; 
• Conexão Objetiva → II - se, no mesmo 
caso, houverem sido umas praticadas 
para facilitar ou ocultar as outras, ou para 
conseguir impunidade ou vantagem em 
relação a qualquer delas; 
• Conexão Instrumental ou Probatória → 
III - quando a prova de uma infração ou de 
qualquer de suas circunstâncias 
elementares influir na prova de outra 
infração. 
 
• CONCURSO DE AGENTES 
• Continência Subjetiva → 
I- Quando 2 ou + pessoas 
forem acusadas pela 
mesma infração penal 
• Continência Objetiva. → 
II - no caso de infração 
cometida nas condições 
previstas nos arts. 51, § 
1º, 53,segunda parte, 
e 54 do Código Penal. 
 
 
1. Prevalência da competência do crime mais grave 
2. Prevalência de maior número de infrações, quando estivermos em crimes de 
mesma gravidade 
3. Prevalência da prevenção, se a gravidade e número de crimes forem iguais 
4. Prevalência da jurisdição especial sobre a comum 
 
Exemplo 01: Roubo em São Paulo e venda da res em Santos – será julgado em São 
Paulo (crime roubo mais grave) – Santos (receptação crime menos grave). 
Exemplo 02: Pratica de 2 Roubos em Porto Alegre e 01 roubo em Santa Maria – será 
julgado em Porto Alegre, por maior número de infrações. 
Exemplo 03: Se o agente praticar 01 roubo em Curitiba e 01 roubo em Florianópolis, 
o juiz que se tornar prevento primeiro será competente. 
Exemplo 04: Se o crime for cometido por militar será competência da jurisdição 
militar. 
http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/Decreto-Lei/Del3689Compilado.htm#art51
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633698/artigo-51-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633772/par%C3%A1grafo-1-artigo-51-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633772/par%C3%A1grafo-1-artigo-51-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633627/artigo-53-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633591/artigo-54-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
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No crime de estelionato, o local da ação é onde se deu a OBTENÇÃO 
DA VANTAGEM ILÍCITA, sendo este o lugar de fixação da competência, a teor do art. 
70 do CPP.
o delito de extorsão, sendo formal, consuma-se no local em que a vítima foi 
constrangida, mediante grave ameaça. Sendo a extorsão crime formal (Súmula 96, 
STJ), pouco importa, para a sua consumação, se o agente auferiu a vantagem por ele 
perseguida. 
ART.70 § 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940 (Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante 
emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com 
o pagamento frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será 
definida pelo local do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a 
competência firmar-se-á pela prevenção.” 
 
 
a) no concurso entre a justiça comum e a militar a separação é obrigatória, sob pena 
de nulidade absoluta. 
b) concurso entre a justiça comum e o juizado da criança e do adolescente. 
c) doença mental superveniente em relação a um dos acusados (suspensão do 
processo para o doente e prosseguimento para os demais). 
D) Artigo 366 do CPP, um dos acusados citado por edital não comparece e nem 
constitui advogado (o processo ficará suspenso em relação a ele, prosseguindo para 
os demais), podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas 
consideradas urgentes. 
E) Crime eleitoral em conexão com crime federal, haverá separação de processos 
 
Artigo 80 do CPP - Será facultativa a separação dos processos quando as infrações 
tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, 
quando pelo excessivo número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão 
provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art70%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art171
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art171
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645869/artigo-366-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10672495/artigo-80-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
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Movida ação penal privada por crime de calúnia por querelante dotado de foro por 
prerrogativa de função, o processo deverá correr perante juiz de 1ª instância. 
 
Ocorre que, oposta exceção da verdade pelo querelado (CP, art. 138, § 3º), ou seja, 
propondo-se o acusado a demonstrar a verdade do fato que imputou ao querelante, 
tem-se que, do julgamento da exceção da verdade, poderá resultar o 
reconhecimento da prática de crime, razão pela qual seu julgamento deve ficar a 
cargo do Tribunal competente de acordo com o foro por prerrogativa de função. 
MUITO IMPORTANTE !!
 
 
Aplicação do art. 593, III, "d" e §3º, CPP: 
"Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: 
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: 
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos." 
"§3º Se a apelação se fundar no n. III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se 
convencer que a decisão dos jurados é manifestamente contrária a prova dos 
autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar ao réu a novo julgamento; não se admite 
porém, pelo mesmo motivo segunda apelação." 
Quem deve afastar a qualificadora é o júri mediante novo julgamento. O Tribunal vai 
mandar que o Júri faça novo julgamento e é o júri que vai determinar se afasta ou não 
a qualificadora. 
 
DESCLASSIFICAÇÃO FEITA PELO JÚRI: art. 492, §1º CPP: O juiz-presidente proferirá a 
sentença. Lembrando que→ Se for de menor potencial ofensivo, remeterá ao juizado 
especial. 
O processo já está no Tribunal do Júri, então lá mesmo fica e lá mesmo o juiz julgará. 
Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a 
imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o TRIBUNAL, a 
requerimento do Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acusado ou 
mediante representação do juiz competente, poderá determinar 
o desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma região, onde não 
existam aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas. 
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§ 1° O pedid o de desaforamento será distribuído imediatamente e terá preferência 
de julgamento na Câmara ou Turma competente. 
§ 2° Sendo relevantes os motivos alegados, o relator poderá determinar, 
fundamentadamente, a suspensão do julgamento pelo júri. 
§ 3° Será ouvido o juiz presidente, quando a medida não tiver sido por ele solicitada. 
Lesão corporal seguida de morte → Não é julgada pelo júri 
IMPRONUNCIA 
Nos termos do artigo 414 do CPP, o juiz, não se convencendo da existência de indícios 
suficientes de autoria ou de participação, fundamentadamente, impronunciará o 
acusado. 
Art. 478 CPP - Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer 
referências: 
I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a 
acusação ou à determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que 
beneficiem ou prejudiquem o acusado; 
II – ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório por falta de requerimento, 
em seu prejuízo. 
Art. 479 CPP - Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a 
exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima 
de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte. 
 
Conteúdo decoreba, você precisa saber o que compete a justiça Federal e a Justiça 
comum, exige-se muita leiturae repetição + resolução de questões para fixação do 
conteúdo. 
 
 
Na prerrogativa de foro, saber a competência do STF, STJ, TJ e Senado Federal 
(conteúdo interdisciplinar, exige-se conhecimento da Constituição Federal + Processo 
Penal) -> Caso sinta dificuldade, faça a leitura dos artigos da CF juntamente com as 
tabelas da pg.4 
 
Regras de Competência territorial e conexão – Saber as 4 regras de prevalência → 
Crime mais grave; maior número de infrações; prevenção; jurisdição especial sobre 
a comum 
 
 
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Importante lembrar que no crime de calúnia o querelante dotado de foro por 
prerrogativa de função será processado em 1° instancia, porém na EXCEÇÃO DA 
VERDADE o julgamento deve ficar a cargo do Tribunal competente de acordo com o 
foro por prerrogativa de função 
 
 
Tribunal do jurí, saber sobre: O procedimento/ recurso caso a decisão dos jurados 
seja manifestamente contrária a prova dos autos; A hipótese de desclassificação feita 
pelo tribunal do júri e quando será remetido ao juizado especial.; Sobre a hipótese de 
desaforamento e os seus efeitos 
 
 
 
CPP: Art. 53, Art.70 (3x), Art.73, Art.74, Art.76 (2x), Art.77, Art.78, Art.79, 
Art.84, Art.85 (2x), Art.86, Art.427, Art.478 
CF: art. 53, §3º, art. 105, I, a),i), Art.109, I, IV (2x), X, § 3º 
Lei 9099/99: Art.63 
Súmulas: • STF→ 396, 446, 451, 556 e 702 ; Súmula vinculante 45 
• STJ→ 38. 42, 48, 73, 96, 107, 122(2x), 147, 151, 165, 200; 546 
Em destaque os artigos cobrados entre os anos de 2019 a 2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INQUÉRITO POLICIAL 
(TEMA IMPORTANTE) 
 
DENÚNCIA 
ANÔNIMA/ NOTITIA 
CRIMINIS 
INQUALIFICADA: 
• Se houver denúncia anônima, o IP NÃO DEVE ser 
instaurado de imediato, é necessária a realização de 
diligências preliminares para confirmar as 
informações; 
 
PRINCÍPIO DA 
VEDAÇÃO À AUTO 
ACUSAÇÃO: 
• O indiciado não pode ser obrigado a fornecer 
material sanguíneo para a autoridade; 
 
REPRODUÇÃO 
SIMULADA DOS FATOS 
(Art.7 CPP): 
• A autoridade policial poderá proceder à reprodução 
simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a 
moralidade ou a ordem pública. 
IDENTIFICAÇÃO 
CRIMINAL: 
• O civilmente identificado não será submetido à 
identificação criminal, salvo casos específicos. 
 
 
 
• O IP é sempre sigiloso em relação às pessoas do povo em 
geral, todavia, o IP não é, em regra, sigiloso em relação aos 
envolvidos (ofendido, indiciado e seus advogados), 
podendo, entretanto, ser decretado sigilo em relação a 
determinadas peças do Inquérito quando necessário para 
o sucesso da investigação. 
 
• Súmula Vinculante 14: é direito do defensor, no interesse 
do representado, ter acesso amplo aos elementos de 
prova que, já documentados em procedimento 
investigatório realizado por órgão com competência de 
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito 
de defesa. 
• Todas as peças serão reduzidas a termo. Isto é, tudo que 
ocorre no inquérito será escrito e juntado aos autos do 
inquérito. 
• Uma vez instaurado o IP, não pode a autoridade policial 
arquivá-lo. 
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• O Inquérito Policial é dispensável, ou seja, não é 
obrigatório. Dado seu caráter informativo (busca reunir 
informações), caso o titular da ação penal já possua todos 
os elementos necessários ao oferecimento da ação penal, 
o Inquérito será dispensável. 
• O IP é conduzido por um órgão oficial do Estado. 
• No Inquérito não há acusação, logo, não há nem autor, 
nem acusado. 
• A autoridade policial pode conduzir a investigação da 
maneira que entender mais frutífera. 
• O Inquérito Policial não é fase do processo. 
• Em se tratando de crime de ação penal pública 
incondicionada, a autoridade policial deve instaurar o 
Inquérito Policial sempre que tiver notícia da prática de 
um delito desta natureza. 
 
REDAÇÃO PASSADA (art.28): 
 
• O MP requere o arquivamento; 
Se o juiz considerar 
improcedentes as razões, 
remete ao PROCURADOR 
GERAL e este oferecerá a 
denúncia, designará outro órgão 
do Ministério Público para 
oferecê-la, ou insistirá no pedido 
de arquivamento ao qual só 
então estará o juiz obrigado a 
atender. 
 
ALTERAÇÃO PACOTE ANTICRIME ESTÁ 
SUSPENSA, MAS PARA FINS DE 
CONHECIMENTO: 
 
• Arquivamento do IP é feito pelo 
MP, que comunica a vítima, ao 
investigado e à autoridade policial e 
encaminhará os autos para a 
instância de revisão ministerial 
para fins de homologação, na 
forma da lei. 
• Não pode ser determinado pela 
autoridade policial ou de ofício pela 
autoridade judiciária. 
 
 
Por conta da concessão de liminar na ADI 6305/DF, pelo Ministro Luiz Fux, está 
SUSPENSA sine die a alteração constante da lei nº 13.964/2019, no que tange o 
procedimento de arquivamento de inquérito policial. 
• Advindo novas provas, poderá ser oferecida denúncia, desde que não tenha 
ocorrido a extinção da punibilidade. (Art.18 e Súmula 524 STF); 
 
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• Ausência de pressuposto processual condição da ação penal [coisa julgada 
formal] 
 
• Falta de justa causa para a ação penal; quando não há indícios de autoria ou 
prova da materialidade [coisa julgada formal]
Não cabe interceptação telefônica em crime punido com detenção. **** 
 
LEI Nº 9.296, DE 24 DE JULHO DE 1996. 
Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando 
ocorrer qualquer das seguintes hipóteses: 
I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal; 
II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis; 
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de 
detenção. 
 
ATUALIZAÇÃO PACOTE ANTICRIME!!! 
 
A intercepção telefônica: revogou o mandato de ofício do juiz, cabendo agora ao juiz 
de garantias autorizar a intercepção telefônica. 
OBS: Não cabe em sede de jecrim 
 
 
 Juiz das garantias fica suspenso até decisão em Plenário, decide Fux. 
 
 10 dias, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se 
executar a ordem de prisão + prorrogado por 15 dias após pedido 
da autoridade policial fundamentada e ouvido o 
Ministério Público. 
 
30 dias, prorrogado mediante fundamentação e contados a partir 
da expedição da portaria; ou da requisição do juiz ou MP; da 
representação ou requerimento do ofendido. 
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DIREITO DE CONSTITUIR DEFESA 
 
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições da: 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV -polícias civis; 
V -polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
VI -polícias penais federal, estaduais e distrital. 
 
 
que figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e 
demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao 
uso da força letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, o 
indiciado poderá constituir defensor. 
 
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigadodeverá ser citado da 
instauração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 
48 H a contar do recebimento da citação. 
 
Com o advento da Lei do Pacote Anticrime (Lei Federal nº 13.964/2019), passou a 
contemplar que se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante 
representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma 
única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim 
a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada. 
30 dias → prazo duplicado mediante pedido fundamentado 
90 dias → prazo duplicado mediante pedido fundamentado 
 
15 dias prorrogado por + 15 dias mediante fundamentação. 
Não há previsão, aplica-se a regra do CPP. 
 
Deverão terminar no prazo de 10 dias 
20 dias 
40 dias 
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15 
 
 
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de defensor 
pelo investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a 
que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo 
de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor para a representação do investigado 
 
§ 3º Havendo necessidade de indicação de defensor nos termos do § 2º deste artigo, a defesa 
caberá preferencialmente à Defensoria Pública, e, nos locais em que ela não estiver instalada, 
a União ou a Unidade da Federação correspondente à respectiva competência territorial do 
procedimento instaurado deverá disponibilizar profissional para acompanhamento e 
realização de todos os atos relacionados à defesa administrativa do investigado. 
 
§ 4º A indicação do profissional a que se refere o § 3º deste artigo deverá ser precedida de 
manifestação de que não existe defensor público lotado na área territorial onde tramita o 
inquérito e com atribuição para nele atuar, hipótese em que poderá ser indicado profissional 
que não integre os quadros próprios da Administração. 
 
§ 5º Na hipótese de não atuação da Defensoria Pública, os custos com o patrocínio dos 
interesses dos investigados nos procedimentos de que trata este artigo correrão por conta do 
orçamento próprio da instituição a que este esteja vinculado à época da ocorrência dos fatos 
investigados. 
 
§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servidores militares vinculados às 
instituições dispostas no art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos investigados 
digam respeito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem. 
 
Art. 142 CF. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, 
são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na 
disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da 
Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da 
ordem. 
 
Súmula 714 
É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público, 
condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a 
honra de servidor público em razão do exercício de suas funções. 
 
Súmula 594 
Os direitos de queixa e de representação podem ser exercidos, independentemente, 
pelo ofendido ou por seu representante legal. 
 
Súmula 14 
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos 
de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão 
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de 
defesa. 
 
Súmula 524 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
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Saber sobre o procedimento de arquivamento e a hipótese de desarquivamento do 
IP, (Foram os pontos mais cobrados em provas anteriores). 
 
Não esquecer que se houver denúncia anônima o inquérito policial não pode ser 
instaurado de imediato, necessitando de prévia investigação/averiguação do fato. 
 
Saber suas características: Sigiloso, escrito, indisponível, dispensável, oficial, 
discricionário, inquisitório, administrativo e oficioso. 
 
Saber quando é possível a reprodução simulada dos fatos. 
 
CPP: Art.3°, Art.5°, § 2º, Art.7°, Art.8°, Art.10°, Art.16°, Art.17°, Art. 18°, Art.20° 
CF: Art.5, LVIII + LEI DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL (Lei n.º 12.037/2009 – 
Art.3°, IV) 
Súmulas: Súmula 524 do STF, Súmula vinculante 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de 
justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
 
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Ação penal 
(tema importante) 
 
 A vítima desiste da ação penal • Iniciada a ação, a vítima desiste 
antes do trânsito em jugado 
• Antes do oferecimento da queixa • Depois do oferecimento da 
queixa 
• A renúncia é ato unilateral do 
ofendido (não precisa aceitação 
do agressor), e é pré-processual. 
• É bilateral. Portanto pode ser 
recusado pelo querelado. 
• 3 dias para o querelado aceitar ou 
não, o silêncio importa anuência 
(art.58 CPP) 
• Se concedido a um, a todos 
aproveita (que aceitarem), pois a 
ação privada é regida pelo 
princípio da indivisibilidade. 
• Se concedido a um, a todos 
aproveita (que aceitarem), pois a 
ação privada é regida pelo 
princípio da indivisibilidade. 
• Extingue a punibilidade, o direito 
de queixa não pode ser exercido 
• Extingue a punibilidade 
 
• A renúncia do representante legal do menor que houver completado 18 
(dezoito) anos NÃO privará este do direito de queixa, nem a renúncia do 
representante excluirá o direito do que completou 18 anos (Art.50) 
 
• Prazo da ação privada (6 meses) inicia do conhecimento da autoria → Se 
passar esse prazo, considera-se decaído o direito de entrar com ação, sendo 
que a contagem do prazo decadencial é contado DO DIA EM QUE A VÍTIMA 
VIER A SABER QUEM É O AUTOR DO CRIME. 
• A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo 
constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do 
fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências 
que devem ser previamente requeridas no juízo criminal. Art.44 
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CPP (Art.25 CPP): 
 
ANTES do oferecimento da denúncia → 
É possível o ofendido se retratar 
DEPOIS do oferecimento da denúncia→ 
NÃO é possível o ofendido se retratar 
 
• A renúncia à representação poderá 
ser feita perante o juiz ou delegado. 
 
Lei Maria da penha (Art.16) 
 
ANTES do recebimento da denúncia → É 
possível o ofendido se retratar 
DEPOIS do recebimento da denúncia→ NÃO 
é possível o ofendido se retratar 
 
Art. 16. Nas ações penais públicas 
condicionadas à representação da ofendida 
de que trata esta Lei, só será admitida a 
renúncia à representação perante o juiz, em 
audiência especialmente designada com tal 
finalidade, ANTES do recebimento da 
denúncia e ouvido o Ministério Público. 
 
1° →OFERECIMENTO: Quando MP oferece a denúncia para o Juiz 
2° →RECEBIMENTO: Quando o Juiz recebe a denúncia 
Conforme preceitua o artigo 29 do CPP, "admite-se ação privada nos crimes de ação 
pública, se esta não for intentada no prazo legal,cabendo ao Ministério Público 
aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os 
termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, 
no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal". 
1. Somente ocorre na Ação penal privada, durante o processo penal; 
2. Quando o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 
30 dias seguidos; 
3. Quando não houver substituição processual, no caso de morte ou 
incapacidade do querelante, no prazo de 60 dias; 
4. Quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a 
qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou DEIXAR DE 
FORMULAR O PEDIDO DE CONDENAÇÃO NAS ALEGAÇÕES FINAIS; 
 Quando, sendo o querelante pessoa jurídica, está se extinguir sem deixar 
sucessor.
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• • 
• 
• 
Para o STF "menção do fato criminoso" (expressão contida no art. 44 do CPP) significa 
que, na procuração, deve ser individualizado e descrito o evento criminoso, não 
bastando que apenas se mencione o nomen iuris do crime. 
OBS.: A falsa imputação de contravenção penal NÃO caracteriza CALÚNIA, mas sim 
DIFAMAÇÃO. 
 
OBS 2: CRIME CONTRA HONRA, TENDO COMO VÍTIMA FUNCIONÁRIO PÚBLICO E EM 
RAZÃO DE SUA FUNÇÃO, HÁ DUAS OPÇÕES: 
• Ação penal privada (queixa- crime); 
• Ação penal pública condicionada à representação; 
• Ou ação condicionada à requisição do Ministro da Justiça no caso do art 141 
(contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro). 
 
Súmula 714, STF: 
É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público, 
condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a 
honra de servidor público em razão do exercício de suas funções. 
1) COM relação intima de afeto - lesões corporais leves - AÇÃO PENAL PÚBLICA 
INCONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO - (VIOLÊNCIA DOMÉSTICA) - Não cabe 
rejeição porque há obrigatoriedade do MP para propor a ação penal (princípio da 
obrigatoriedade) 
2) SEM relação intima de afeto - lesões corporais leves - AÇÃO PENAL PÚBLICA 
CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO. Cabível rejeição, pois, cabe ou não propor a 
ação de acordo com a vontade das vítimas (princípio da oportunidade ou 
conveniência). 
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Nas hipóteses de lesão corporal grave ou gravíssima = aplicabilidade de Ação Penal 
Pública Incondicionada 
E, nas hipóteses de lesão corporal leve ou culposa = aplicabilidade de Ação Penal 
Pública Condicionada à Representação
 
A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a 
mulher é pública incondicionada, conforme Súmula 542 do STJ. 
 
O crime de estelionato passa a ser processado, em regra, mediante ação penal 
pública condicionada à representação do ofendido, salvo se a vítima for: 
• Administração Pública, direta ou indireta; 
• Criança ou adolescente; 
• Pessoa com deficiência mental; 
• Maior de 70 anos de idade ou incapaz. 
• Em face da natureza mista (penal/processual) da norma prevista no §5º do 
artigo 171 do Código Penal, sua aplicação retroativa será obrigatória em 
todas as hipóteses onde ainda não tiver sido oferecida a denúncia pelo 
Ministério Público, independentemente do momento da prática da infração 
penal, nos termos do artigo 2º, do Código de Processo Penal, por tratar-se de 
verdadeira “condição de procedibilidade da ação penal”. 
 
• Inaplicável a retroatividade do §5º do artigo 171 do Código Penal, às 
hipóteses onde o Ministério Público tiver oferecido a denúncia antes da 
entrada em vigor da Lei 13.964/19; uma vez que, naquele momento a norma 
processual em vigor definia a ação para o delito de estelionato como pública 
incondicionada, não exigindo qualquer condição de procedibilidade para a 
instauração da persecução penal em juízo. 
 
• A nova legislação não prevê a manifestação da vítima como condição de 
prosseguibilidade quando já oferecida a denúncia pelo Ministério Público. 
 
 
 
 
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Art. 28-A: 
 
• Não sendo caso de arquivamento e; 
• tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a 
prática de infração penal sem violência ou grave ameaça; 
• com PENA MÍNIMA INFERIOR A 4 (QUATRO) ANOS 
• o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução 
penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e 
prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas 
cumulativa e alternativamente: 
 
1. reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-
lo; 
 
2. renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público 
como instrumentos, produto ou proveito do crime; 
 
3. prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período 
correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de um a dois 
terços, em local a ser indicado pelo juízo da execução; 
 
4. pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do CP, a 
entidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, 
que tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou 
semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; 
 
5. cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério 
Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada 
 
§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere o caput deste 
artigo, serão consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso 
concreto. 
§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica nas seguintes hipóteses: 
 
I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, 
nos termos da lei; 
 
II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que 
indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se 
insignificantes as infrações penais pretéritas; 
 
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da 
infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão 
condicional do processo*; e 
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IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados 
contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor. 
 
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado 
pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor. 
§ 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal, será realizada 
audiência na qual o juiz deverá verificar a sua voluntariedade, por meio da oitiva do 
investigado na presença do seu defensor, e sua legalidade. 
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições 
dispostas no acordo de não persecução penal, devolverá os autos ao Ministério 
Público para que seja reformulada a proposta de acordo, com concordância do 
investigado e seu defensor. * 
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz devolverá 
os autos ao Ministério Público para que inicie sua execução perante o juízo de 
execução penal. 
 
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à propostaque não atender aos requisitos 
legais ou quando não for realizada a adequação a que se refere o § 5º deste artigo. * 
 
§ 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para a 
análise da necessidade de complementação das investigações ou o oferecimento da 
denúncia. 
§ 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de não persecução penal e de 
seu descumprimento. 
 
§ 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo de não 
persecução penal, o Ministério Público deverá comunicar ao juízo, para fins de sua 
rescisão e posterior oferecimento de denúncia. 
 
§ 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado 
também poderá ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o 
eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo. 
 
§ 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal NÃO 
CONSTARÃO DE CERTIDÃO DE ANTECEDENTES CRIMINAIS, exceto para os fins 
previstos no inciso III do § 2º deste artigo. 
 
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo 
competente DECRETARÁ A EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE. 
 
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de não 
persecução penal, o investigado poderá requerer a remessa dos autos a órgão 
superior, na forma do art. 28 deste Código. 
 
 Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito (RESE), da decisão, despacho ou 
sentença: 
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 XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução 
penal, previsto no art. 28-A desta Lei. 
 
Saber a diferença entre renúncia e perdão 
As características da queixa crime, prazo de decadência (contagem inicial do prazo) e 
consequências frente a renúncia do representante legal 
 
As características da retratação no CPP e na lei Maria da penha (Saber a diferença 
entre oferecimento e recebimento) 
 
Saber o que é perempção, suas hipóteses e o seu prazo 
Crimes contra a honra → Saber suas características e quais são os crimes que 
admitem a retratação 
 
Saber que no crime de lesão corporal leve se houver relação intima de afeto a ação 
será pública Incondicionada (pg.48) 
 
 
CPP: Art.24, Art.25, Art.28, Art.28-A, Art.29 (2x), Art.30, Art.31, Art.33, Art.38, 
Art.41, Art.44 (2x), Art.45, Art.46, Art.48, Art.49 (3x), Art.50 (2x), Art.51, 
Art.60, Art.383 
CP: Art.104; art. 129, § 1º, I, 
Lei 9099/95: Art.88 
Lei 11.340: Art.16 
CF: Art. 5º, LIX 
Súmulas: Súmula 542 do STJ (2x); Súmula 594 STF; Súmula 714 STF 
Em destaque os artigos cobrados entre os anos de 2019 a 2022 
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provas 
(tema importante) 
• São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas 
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou 
legais. 
 
§ 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não 
poderá proferir a sentença ou acórdão. 
 
 SUSPENSO PELO MINISTRO FUX! 
 
 
• Significa que ninguém é obrigado a se auto-incriminar ou a produzir prova 
contra si mesmo (nem o suspeito ou indiciado, nem o acusado, nem a 
testemunha) 
• Nenhum indivíduo pode ser obrigado, por qualquer autoridade ou mesmo por 
um particular, a fornecer involuntariamente qualquer tipo de informação ou 
declaração ou dado ou objeto ou prova que o incrimine direta ou 
indiretamente. 
 
 
Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela 
acusação e 8 (oito) pela defesa. 
Regra: Ninguém pode eximir de ser testemunha. 
Exceção: Podem recusar → Ascendente, descendente, a fim de linha reta (sogro, 
sogra), conjugue, desquitado (divorciado, separado), irmão, pai, mãe, filho adotivo. 
São proibidos → função, ministério, ofício ou profissão que deva guardar segredo. 
• Se o crime é material, produzirá um resultado naturalístico, logo deixará vestígio, 
que por sua vez precisará do exame de corpo e delito, seja ele direto ou indireto, 
(art.158, CPP), NÃO PODENDO A CONFISSÃO DO ACUSADO SUPRIR TAL EXAME. 
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• Direto: quando o perito possui acesso imediato ao vestígio; 
• Indireto: quando o perito faz o exame com base em informações verossímeis 
fornecidas a ele; 
• Caso não haja mais nenhum vestígio, este poderá ser suprido pela prova 
testemunha 
 
• Súmula 273 do STJ: Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se 
desnecessária intimação da data da audiência no juízo deprecado. 
 
• Em regra, de fato, o ofendido deve ser ouvido antes das testemunhas. Contudo, 
em se tratando de ofendido que será ouvido mediante carta precatória não há 
nulidade no fato de vir a ser ouvido após a oitiva das testemunhas, pois a 
expedição de carta precatória não suspende a instrução criminal, nos termos do 
art. 222, §1º do CPP. 
 
• Havendo mais de um acusado, serão interrogados separadamente 
 
• Precedida da expedição de 
mandado. 
• Em regra, serão executadas de dia 
 
• salvo se o morador consentir que se 
realizem à noite, e, antes de 
penetrarem na casa, os executores 
mostrarão e lerão o mandado ao 
morador, ou a quem o represente, 
intimando-o, em seguida, a abrir a 
porta 
 
• CF, Art. 5º ,XI. A casa é asilo 
inviolável do indivíduo, ninguém 
nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo 
em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, 
ou, durante o dia, por determinação 
judicial 
• A busca pessoal independerá 
de mandado no caso de prisão 
ou quando houver fundada 
suspeita de que a pessoa esteja 
na posse de arma proibida ou de 
objetos ou papéis que 
constituam corpo de delito, ou 
quando a medida for 
determinada no curso de busca 
domiciliar. 
 
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Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os 
procedimentos utilizados para manter e documentar a história 
cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, 
para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até 
o descarte. 
 
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com 
procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de 
vestígio. 
 
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para 
a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação. 
 
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou 
recolhido, que se relaciona à infração penal. 
 
Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas 
seguintes etapas: 
 
1. Reconhecimento 
2. Isolamento 
3. Fixação 
4. Coleta* 
5. Acondicionamento* 
6. Transporte 
7. Recebimento 
8. Processamento 
9. Armazenamento 
10. Descarte 
 
Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por perito 
oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo 
quando for necessária a realização de exames complementares. 
 
§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem ser 
tratados como descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de natureza 
criminal responsável por detalhar a forma do seu cumprimento.2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer 
vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo 
tipificada como fraude processual a sua realização. 
 
Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela 
natureza do material. 
 
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§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração 
individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio 
durante o transporte. 
 
§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas características, 
impedir contaminação e vazamento, ter grau de resistência adequado e espaço para 
registro de informações sobre seu conteúdo. 
 
§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise e, 
motivadamente, por pessoa autorizada. 
 
§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de 
acompanhamento de vestígio o nome e a matrícula do responsável, a data, o local, a 
finalidade, bem como as informações referentes ao novo lacre utilizado. 
 
§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo recipiente. 
 
 
CENTRAL DE CUSTÓDIA 
 
Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia 
destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada 
diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal. 
 
§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para 
conferência, recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a 
seleção, a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e 
apresentar condições ambientais que não interfiram nas características do vestígio. 
 
§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser protocoladas, 
consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a eles se 
relacionam. 
 
§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser 
identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. 
 
 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações deverão ser 
registradas, consignando-se a identificação do responsável pela tramitação, a 
destinação, a data e horário da ação. 
 
Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de 
custódia, devendo nela permanecer. 
 
Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições de 
armazenar determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária 
determinar as condições de depósito do referido material em local diverso, mediante 
requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza criminal. 
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Princípio da não auto-incriminação 
Testemunhas→ Quantidade de testemunhas, quem pode ser, quem pode se recusar 
a ser, quem são proibidos de testemunhar 
 
 
Saber que no crime material que deixa vestígio, a confissão do acusado NÃO pode 
suprir o exame de corpo e delito. Mas e quando NÃO deixa vestígio ???? → Pode ser 
suprido por prova testemunhal 
 
 
Saber a ordem que o ofendido irá testemunhar quando se tratar de carta precatória 
 
 
Saber as hipóteses de busca domiciliar permitidas 
Ter noção do que se trata a cadeia de custódia, suas etapas e quem realizará a coleta 
de vestígios 
 
• Art.155, Art. 157 (3X), art. 158, art. 159 (2X), Art. 182 (2X), art.185, 
Art.186, Art. 191, art.192, art.196, Art.206, Art. 207 (2X), Art.209, art. 
214, art. 222, Art. 226, Art. 240 Art. 244, Art. 245 (2X), art.401 
 
• Art. 5º ,XI (2X); art. 5º, LVI 
 
• 273 do STJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PRISÃO, MEDIDAS CAUTELARES E LIBERDADE PROVISÓRIA 
(tema importante) 
 
PRISÃO: 
 
 Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita 
e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de prisão 
cautelar ou em virtude de condenação criminal transitada em julgado. 
 
§ 1o As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a que não 
for isolada, cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa de liberdade. 
 
§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as 
restrições relativas à inviolabilidade do domicílio. 
 
Art. 287. Se a INFRAÇÃO FOR INAFIANÇÁVEL, a falta de exibição do mandado não 
obstará a prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que 
tiver expedido o mandado, para a realização de audiência de custódia. 
 
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo 
penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a 
REQUERIMENTO do Ministério Público, do querelante ou do assistente, 
ou por representação da autoridade policial. 
 
• A PRISÃO PREVENTIVA NÃO PODE SER DECRETADA DE OFÍCIO 
PELO JUIZ 
• A REVOGAÇÃO DA PREVENTIVA PODE SER DECRETADA DE 
OFÍCIO PELO JUIZ 
 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da 
ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução 
criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver 
prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo 
gerado pelo estado de liberdade do imputado. 
 
§ 1º A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de 
descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de 
outras medidas cautelares 
 
§ 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser MOTIVADA E 
FUNDAMENTADA em receio de perigo e existência concreta de fatos 
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novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida 
adotada. 
 
SERÁ ADMITIDA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA: 
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima 
superior a 4 (quatro) anos; 
 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença 
transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do 
art. 64, CP; 
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, 
criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para 
garantir a execução das medidas protetivas de urgência; 
 
§ 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida 
sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer 
elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado 
imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra 
hipótese recomendar a manutenção da medida 
 
§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a 
finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como 
decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou 
recebimento de denúncia. 
 
 Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão 
preventiva SERÁ SEMPRE motivada e fundamentada. 
 
§ 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer 
outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a existência de 
fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da 
medida adotada. 
 
§ 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial,seja ela 
interlocutória, sentença ou acórdão, que: 
 
I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, 
sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; 
 
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo 
concreto de sua incidência no caso; 
 
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra 
decisão 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art64i
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IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes 
de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; 
 
V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem 
identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o 
caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; 
 
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou 
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de 
distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento. 
 
Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a 
prisão preventiva se, no correr da investigação ou do processo, 
verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como novamente 
decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem 
 
Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor 
da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 
(noventa) dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de 
tornar a prisão ilegal. 
 
 Caberá prisão temporária: 
 
1. quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
2. quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer 
elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; 
 
• A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da 
representação da autoridade policial ou de requerimento do 
Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável 
por igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade. 
 
• No caso de crime hediondo o prazo será de 30 dias + 30 dias 
 
• Findo o prazo da temporária sem prorrogação, o preso deve ser 
imediatamente solto 
 
• O preso, em razão de prisão temporária, NÃO poderá ficar 
detido no mesmo local em que se encontram os presos 
provisórios ou os condenados definitivos (art. 3°, da Lei 
7.960/89). 
 
• O mandado de prisão conterá necessariamente o período de 
duração da prisão temporária estabelecido no caput deste 
artigo, bem como o dia em que o preso deverá ser libertado 
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• Da mesma forma que ocorre com a prisão preventiva, não é 
possível a decretação de prisão temporária de ofício pelo juiz, 
devendo, portanto, haver requerimento do MP ou 
representação da autoridade policial. 
 
• A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou 
acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com 
autorização judicial. 
 
• Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar 
quando o agente for (Art.318): 
I - maior de 80 (oitenta) anos; 
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; 
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) 
anos de idade ou com deficiência; 
IV - gestante a partir do 7o (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de 
alto risco. 
IV - gestante; 
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; 
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de 
até 12 (doze) anos de idade incompletos. 
 
• A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe 
ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será 
substituída por prisão domiciliar, desde que: 
 
1. não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a 
pessoa; 
2. não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente. 
 
FLAGRANTE ESPERADO: 
• Prisão LEGAL; 
• Nos casos em que o agente quer praticar ato ilícito 
• NÃO há estimulo da autoridade policial, que apenas espera o 
momento mais oportuno para efetuar a prisão em flagante 
 
FLAGRANTE FORJADO: 
• Prisão ILEGAL 
• O agente NÃO quer praticar ato ilícito 
• A autoridade policial forja a realização do crime 
 
FLAGRANTE PREPARADO: 
• Prisão ILEGAL 
• Nos casos em que o agente quer praticar ato ilícito 
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• Há estimulo da autoridade policial para que o agente de fato 
realize o delito 
 
Súmula 145/STF: 
“não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna 
impossível a sua consumação” → OBS: Da prisão ILEGAL cabe 
RELAXAMENTO 
 
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA: 
 
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo 
de até 24 H após a realização da prisão, o juiz deverá promover 
audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado 
constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do 
Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, 
fundamentadamente: 
 
I - relaxar a prisão ilegal; ou 
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes 
os requisitos constantes do art. 312 do CPP, e se revelarem 
inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; 
ou 
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 
 
De acordo com o art. 366 do CPP, se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem 
constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, 
podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, 
se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312 do CPP. 
 
Será concedida a fiança: 
• Nas penas de até 4 anos → Concedida pela autoridade policial 
• Nas penas superiores a 4 anos → Concedida pelo juiz. Nos demais casos, a 
fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. 
 
NÃO será concedida a fiança nos seguintes crimes: 
• Nos crimes de racismo; 
• Nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, 
terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; 
• Nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático; 
• Em caso de prisão civil ou militar 
• quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão 
preventiva 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art312...
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A liberdade provisória pode ser concedida, com ou sem fiança, no caso de prisão em 
flagrante, em que o procedimento não tiver nenhuma violação das normas previstas em lei, 
conforme o artigo 310, inciso III do Código de Processo Penal. Apesar da prisão ser legal, o 
magistrado pode entender que não é mais necessária para o procedimento criminal e, 
assim, determinar a liberdade provisória. 
 
 
• Na aplicação das medidas cautelares, deve-se observar: (Art.282 CPP) 
 
1. necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal 
e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; 
 
2. adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições 
pessoais do indiciado ou acusado.• As medidas cautelares podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente 
 
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, 
quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou 
mediante requerimento do Ministério Público. 
 
OBS: O juiz não pode decretar medidas cautelares de ofício 
 
§ 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao 
receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para se 
manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada de cópia do requerimento e das peças 
necessárias, permanecendo os autos em juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão 
ser justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos do caso concreto 
que justifiquem essa medida excepcional. 
 
§ 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, mediante 
requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir 
a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva, nos 
termos do parágrafo único do art. 312 deste Código. 
 
§ 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou substituí-
la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se 
sobrevierem razões que a justifiquem. 
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§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua 
substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não 
cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de forma 
fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma individualizada.
 
 
PRISÃO PREVENTIVA: Saber as hipóteses de cabimento, e que não é cabível em 
Crimes culposos, Contravenções e Excludente de ilicitude 
 
OBS: A PRISÃO PREVENTIVA NÃO PODE SER DECRETADA DE OFÍCIO PELO JUIZ, porém, 
a REVOGAÇÃO DA PREVENTIVA PODE SER DECRETADA DE OFÍCIO PELO JUIZ 
 
 
Saber as hipóteses de admissão da prisão preventiva, temporária e domiciliar* (Essa 
parte é muito cobrada) 
 
 
RELAXAMENTO: Quando a prisão for ilegal; LIBERDADE PROVISÓRIA: prisão legal, mas 
desnecessária (desde o início); REVOGAÇÃO DE PRISÃO: prisão legal, que deixou de 
ser necessária* (Essa parte é muito cobrada) 
 
 
Flagrantes: Conhecimento relativo aos tipos de prisão em flagrante e a identificação 
quanto a sua validade. Ex: flagrante esperado é ilegal; flagrante preparado é válido 
 
 
Fiança: Saber o quantum da pena e por quem será concedida, bem como as hipóteses 
em que não será concedida a fiança. 
 
 
Liberdade provisória: Apesar da prisão ser legal, o magistrado pode entender que não 
é mais necessária para o procedimento criminal. 
 
 
Medidas cautelares: Podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente; O juiz não 
pode decretar medidas cautelares de ofício. 
 
• Art.312 (3x), Art.313 (2x), Art. 311, Art. 282 
• Art.8° 
• Art. 2° 
• 145 STF; Súmula vinculante 14 
• Art. 282, § 2º, § 3º, § 4º, § 5º, § 6º, Art. 283, Art. 287, Art.310, 
Art.311, Art.312, Art.315, Art.31 
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DAS QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES 
(TEMA IMPORTANTE) 
 
 
• Quando envolve estado civil das 
pessoas 
 
• Art. 92 do CPP - Se a decisão sobre 
a existência da infração depender 
da solução de controvérsia, que o 
juiz repute séria e fundada, sobre o 
estado civil das pessoas, o curso da 
ação penal FICARÁ suspenso até 
que no juízo cível seja a 
controvérsia dirimida por 
sentença passada em julgado, sem 
prejuízo, entretanto, da inquirição 
das testemunhas e de outras 
provas de natureza urgente 
 
 
• Quando há questão pendente de 
julgamento em outro processo 
 
• Art. 93 do CPP - Se o 
reconhecimento da existência da 
infração penal depender de 
decisão sobre questão diversa 
da prevista no artigo anterior, da 
competência do juízo cível, e se 
neste houver sido proposta ação 
para resolvê-la, o juiz 
criminal PODERÁ, desde que 
essa questão seja de difícil 
solução e não verse sobre direito 
cuja prova a lei civil limite, 
suspender o curso do processo, 
após a inquirição das 
testemunhas e realização das 
outras provas de natureza 
urgente. 
 
DA DECISÃO QUE ORDENA A SUSPENSÃO → Caberá Recurso em Sentido Estrito, com 
base no art. 581, XVI do CPP. 
DECISÃO QUE INDEFERE A SUSPENSÃO → IRRECORRÍVEL 
 
Poderão ser opostas as exceções de: 
 
• Suspeição* → A argüição de suspeição precederá a qualquer outra, salvo 
quando fundada em motivo superveniente. 
 
• Incompetência de juízo → Regras de competência relativa e absoluta. 
 
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• Litispendência → Ocorre quando duas ações que possuem as mesmas partes, 
as mesmas causas e os mesmos pedidos são ajuizadas, fazendo com que 
existam dois processos simultâneos sobre um mesmo tema .A exceção 
de litispendência impede a duplicação da ação, ou seja, não poderá ser 
intentada ação com as mesmas partes e sobre o mesmo fato. 
 
• Ilegitimidade de parte 
 
• Coisa julgada→ Significa que a decisão final no processo foi dada 
 
OBS: Nas exceções de litispendência, ilegitimidade de parte e coisa julgada, será 
observado, no que Ihes for aplicável, o disposto sobre a exceção de incompetência do 
juízo*. 
 
OBS 2: As exceções serão processadas em autos apartados e NÃO SUSPENDERÃO, em 
regra, o andamento da ação penal. 
 
• O incidente de falsidade somente é cabível na fase processual. 
• A instauração desse incidente deve ser feita por ESCRITO; 
• Requerimento assinado pela própria parte, ou 
• Pode ser feito por PROCURADOR, desde que possua PODERES ESPECIAIS 
• O juiz poderá, de ofício, proceder à verificação da falsidade. 
• Qualquer que seja a decisão, não fará coisa julgada em prejuízo de ulterior 
processo penal ou civil.
 
• Se a doença existia ao tempo do fato típico: o processo segue o curso normal 
e haverá absolvição impropria 
 
• Se a doença for superveniente ou se houver inimputabilidade 
superveniente: suspensão do processo até o restabelecimento do processado 
 
 O incidente da insanidade mental processar-se-á em auto apartado, que só depois da 
apresentação do laudo, será apenso ao processo principal.
 
A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada pela autoridade policial ou juiz, 
mediante termo nos autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do 
reclamante. 
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Em caso de dúvida sobre quem seja o verdadeiro dono, o juiz remeterá as partes 
para o juízo cível, ordenando o depósito das coisas em mãos de depositário ou do 
próprio terceiro que as detinha, se for pessoa idônea. 
 
Art. 122. Sem prejuízo do disposto no art. 120, as coisas apreendidas 
serão alienadas nos termos do disposto no art. 133 deste Código 
 
 Art. 124-A. Na hipótese de decretação de perdimento de obras de 
arte ou de outros bens de relevante valor cultural ou artístico, se o crime não tiver 
vítima determinada, poderá haver destinação dos bens a museus públicos.
 
apurado, será recolhido aos cofres públicos o que não couber ao lesado 
ou a terceiro de boa-fé. 
 
§ 2º O valor apurado deverá ser recolhido ao Fundo Penitenciário Nacional, excetose 
houver previsão diversa em lei especial. 
 
 Art. 133-A. O juiz poderá autorizar, constatado o interesse público, a utilização de 
bem sequestrado, apreendido ou sujeito a qualquer medida assecuratória pelos 
órgãos de segurança pública previstos no art. 144 da Constituição Federal, do sistema 
prisional, do sistema socioeducativo, da Força Nacional de Segurança Pública e do 
Instituto Geral de Perícia, para o desempenho de suas atividades. 
 
§ 1º O órgão de segurança pública participante das ações de investigação ou 
repressão da infração penal que ensejou a constrição do bem terá prioridade na sua 
utilização. 
 
§ 2º Fora das hipóteses anteriores, demonstrado o interesse público, o juiz poderá 
autorizar o uso do bem pelos demais órgãos públicos. 
 
§ 3º Se o bem a que se refere o caput deste artigo for veículo, embarcação ou 
aeronave, o juiz ordenará à autoridade de trânsito ou ao órgão de registro e controle 
a expedição de certificado provisório de registro e licenciamento em favor do órgão 
público beneficiário, o qual estará isento do pagamento de multas, encargos e 
tributos anteriores à disponibilização do bem para a sua utilização, que deverão ser 
cobrados de seu responsável. 
 
§ 4º Transitada em julgado a sentença penal condenatória com a decretação de 
perdimento dos bens, ressalvado o direito do lesado ou terceiro de boa-fé, o juiz 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
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poderá determinar a transferência definitiva da propriedade ao órgão público 
beneficiário ao qual foi custodiado o bem. 
 
Saber as características das questões prejudiciais obrigatórias e facultativas 
Saber quais as exceções podem ser opostas e que elas serão processadas em 
autos apartados e NÃO SUSPENDERÃO, em regra, o andamento da ação penal. 
 
 
Incidente de falsidade→ Cabimento e suas características 
Incidente de sanidade mental→ Saber os efeitos jurídicos no caso da doença 
existir ao tempo ou posterior ao fato típico. 
 
 
CPP: • Art. 92 (2x), art. 93 (2x), art. 95 (2x), Art. 96, Art. 98, Art. 110, 
Art. 111 (2x), Art. 116, Art. 120, Art. 145, Art. 146, Art.152, 
Art. 151, art.254 
 
PACOTE 
ANTICRIME 
• 122, 124-A, 133, 133-A → Artigos que ainda não foram 
cobrados, mas que são importantes por fazerem parte do 
pacote anticrime 
 
OBS: Em destaque os artigos cobrados entre os anos de 2019 a 2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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recursos 
(tema de alta incidência) 
• Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto. 
 
• Art. 579. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de 
um recurso por outro. Parágrafo único. Se o juiz, desde logo, reconhecer a 
impropriedade do recurso interposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com 
o rito do recurso cabível. 
 
• Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do recurso 
interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter 
exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros. 
 
• O juiz ou Tribunal a quo: é aquele de instância inferior, de onde veio o processo ou 
aquele de cuja decisão se recorre. De forma inversa, na linguagem jurídica, diz-se “Juízo 
ad quem” para se referir ao tribunal de instância superior para onde se encaminha o 
processo, ou seja, para quem se recorre 
 
• O juiz está proibido de prolatar sentença com condenação superior à que foi dada no 
primeiro julgamento quando o Tribunal, ao julgar recurso interposto apenas pela 
defesa, anula a sentença proferida pelo juízo a quo.
• O recurso em sentido estrito é a medida judicial adequada para a impugnação de 
decisões interlocutórias desprovidas de caráter definitivo ou terminativa, uma vez que 
estas desafiam recurso de apelação. 
 
• Prazo de 5 dias para interpor o recurso. (Forma de interposição→ Petição por termo 
nos autos) 
 
• Uma vez interposto, o juiz o recebendo determinará a intimação do recorrente para 
apresentação de suas razões no prazo de 2 dias. 
 
• A petição de interposição é salutar para se aferir a tempestividade da impugnação, já 
em segundo momento, devem ser apresentadas as razões do recurso em sentido estrito. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art25.
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• “ENUNCIADO 48 – O recurso em sentido estrito é incabível em sede de Juizados 
Especiais Criminais.” → Se houver negativa de queixa crime no JECRIM por exemplo, 
SERÁ CABÍVEL APELAÇÃO NO PRAZO DE 10 DIAS.... IMPORTANTE FIXAR ISSO NA CABEÇA 
PARA NÃO ESQUECER. 
 
• Efeito regressivo: É o efeito que permite ao próprio juiz prolator da decisão impugnada 
rever sua decisão. Sempre que for aberto um juízo de retratação ao órgão prolator da 
decisão, pode-se falar em efeito regressivo. 
 
• Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: 
I - que não receber a denúncia ou a queixa; 
II - que concluir pela incompetência do juízo; 
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; 
IV – que pronunciar o réu; (O recurso da pronúncia suspenderá tão somente o julgamento) 
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento 
de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em 
flagrante; 
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor; (efeito suspensivo) (suspenderá 
unicamente o efeito de perda da metade do seu valor) 
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade; 
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da 
punibilidade; 
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; 1° grau** 
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena; 
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional; 
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte; 
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; (Para o presidente do Tribunal de 
Apelação) (recurso voluntário no prazo de 20 dias, contado da data da publicação definitiva 
da lista de jurados.) 
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta; (efeito suspensivo) 
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial; 
Caderno de Revisão esquematizado – OAB XXXV – Método de revisão Constante 
Material elaborado por Samara Gomes de Freitas (@esquematizaquestoes) 
O material é de uso pessoal e o compartilhamento é PROIBIDO! 
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XVII - que decidir sobre a unificação de penas; 
XVIII - que decidir o incidente de falsidade; (efeito suspensivo) 
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado; 
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra; 
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774; 
XXII - que revogar a medida de segurança; 
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a 
revogação; 
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples. (efeito suspensivo) 
XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal, previsto no 
art. 28-A desta Lei. *** 
Art. 294, parágrafo único, da Lei 9.503/97: 
 
"Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a 
garantia da

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