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Cardiologia | Camyla Duarte 1 Propedêutica: conhecimentos mínimos da clínica médica Sintoma: subjetivo, sentido pelo paciente Sinal: objetivo, medido de alguma forma. Se pode ser comprovado pelo exame físico, é um sinal Dispneia: pode ser visto e sentido Síndrome: conjunto de sinais e sintomas típicos, ocorrem associadamente e podem ser determinadas por diferentes causas ex. insuficiência cardíaca - sinais e sintomas de falência de bomba Exemplos de sinais e sintomas: edema, dispneia, congestão pulmonar, turgência jugular Etiologias o Valvar o Isquêmica o Hipertensiva Sinal patognomônico Sinal específico para determinada patologia ex. sinal de romaña - doença de chagas ex. fusão comissural - cardite reumática Diagnóstico Reconhecer uma enfermidade por suas manifestações clinicas, a partir disso podemos estabelecer o prognóstico Prognóstico: evolução e possíveis consequências do diagnóstico Diagnóstico sindrômico + etiológico Etiológico: estabelece a origem da enfermidade Sindrômico: estabelece a correlação das manifestações em uma síndrome. Diferencial: análise comparativa das enfermidades prováveis que podem compor um quadro clínico Passo a passo para pacientes cardiopatas 1- Anamnese + exame físico 2- Exames laboratoriais pouco invasivos e de baixo custo: radiografia, eletro, ecocardiograma 3- Complementação individualizada: tomografia/ ressonância, ergometria, hemodinâmica, transesofágico Anamnese Identificação o Procedência o Naturalidade o Profissão o Estado civil o Gênero o Idade o Religião Queixa principal Com as palavras do paciente. Tente caracterizar a temporalidade da queixa (desde quando) Hábitos de vida História da doença atual o Registro cronológico o Inicio o Desencadeamento o Localização o Duração o Tipo o Fatores de melhora e piora o Relação com outras queixas o Evolução ISDA Antecedentes pessoais fisiológicos e patológicos Antecedentes familiares Condições sócio econômicas e sociais Cardiologia | Camyla Duarte 2 Exame físico o Geral - somatoscopia e visão geral do paciente o Órgãos o Condição geral (BEG, REG, etc...) o Biotipo o Postura o Higiene o Fácies o Nível de consciência o Icterícia, cianose, desidratação, etc o IMC, cintura abdominal, etc. Sinais vitais o PA, FC, FR, temperatura e saturação Frequência cardíaca Pulso arterial – método indireto para frequência e ritmo cardíaco. A cada sístole há transmissão de energia ao longo da artéria. Extra-sístoles podem ser batimentos sem volume de sangue adequado. Pode haver batimento cardíaco sem pulso e atrapalhar sua contagem. Utilize artérias superficiais, como a radial. Nunca palpe usando o polegar. Observe frequência, ritmo e amplitude. Pode observar a simetria dos pulsos. Tipo de onda exige conhecimento. 30 segundos é o tempo adequado para verificação do pulso Fazer ausculta e palpação de pulso juntos em caso de alguma suspeita. Observar se o ritmo é regular, irregular ou se tem algum ritmo de base (bigeminismo, trigeminismo...). Amplitude: filiforme, cheio, em martelo d’água, etc. Exame do pescoço Avalia pressões venosas. Por ser de baixa pressão, não é palpável. Avalia-se a jugular externa para inferir congestão sistêmica. Consegue-se estimar a pressão venosa central: o Paciente 45 graus. o Mede-se a altura da turgência jugular. o Soma-se 5 cm (distância entre o manúbrio e AD). Exame dos MMII Os pulsos de MMII nos transmitem informações sobre arteriopatias Avalia-se amplitude e simetria o Poplíteo o Tibial posterior Claudicação intermitente Dor de origem isquêmica diretamente relacionada ao exercício físico Relatada como dor, câimbra, queimação Vai progredindo com o caminhar Pode ocorrer na panturrilha e até em coxa ou região glútea É graduada em metros até o paciente ter que parar. Edema o Sinal de cacifo Ausculta cardíaca Focos: o Aórtico o Pulmonar o Mitral o Tricúspide o Aórtico Acessório Clicks e estalidos: sons derivados de abertura de folhetos nativos ou de próteses Cardiologia | Camyla Duarte 3 Ciclo cardíaco B1: som do fechamento das valvas atrioventriculares (tricúspide e mitral) - TUM B2: som do fechamento das valvas ventrículo-arteriais (aórtica e pulmonar) - TA B3: desdobramento da segunda bulha na ponta do coração (TUM-TRÁ) - sangue que vem do átrio bate no sangue que sobrou no ventrículo - comum em casos de insuficiência cardíaca descompensada B4: desdobramento da primeira bulha na ponta do coração (TRUM-TA) - barulho da contração vigorosa do átrio frente ao ventrículo enrijecido - comum em casos de hipertensão arterial descompensada Divisão da diástole: proto; meso; telediástole Sopro sistólico ocorre entre B1 e B2 - TUM-SHI-TA o Estenose aórtica o Insuficiência mitral Sopro diastólico ocorre entre B2 e B1: TUM-TA-SHI o Estenose mitral o Insuficiência aórtica