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AGRADECIMENTOS Ao Prof. Rosevaldo, nosso orientador que nos acompanhou neste processo. Á Prof.ª Cilene que nos direcionou e compartilhou seus ensinamentos, A toda direção, coordenação e professores que contribuíram para a realização deste TCEM. FERREIRA, Mariana. OLIVEIRA, Felipe. PEDROSA, Juliana. SOUZA, João Vitor. 25 folhas. Indústria Cinematográfica.A história e seu impacto Atibaia, 2019. RESUMO Nesta monografia temos o objetivo de apresentar o avanço da indústria cinematográfica, tanto na história quanto no seu impacto na sociedade, desde o início até a atualidade. Baseando-se em pesquisas e leituras sobre o cinema realizamos esse Trabalho de Conclusão do Ensino Médio apresentando as fases mais marcantes de sua trajetória, a forma como pode influenciar pequenos grupos de maneiras divergentes, a representatividade que é dada aos indivíduos e sua importância cultural e econômica. Com este estudo esclarecemos o poder da sétima arte, cada evolução e marco histórico desde 1891. Conseguimos entender como o cinema participa efetivamente no desenvolvimento mundial da sociedade como um todo, a sua importância para a peleja contra o preconceito na vida moderna apresentando o lado feminista que luta para desconstruir a imagem objetificada e a marginalização do preto e seus estereótipos , a sua influencia econômica mostrando que o cinema se tornou um produto explorado pelas indústrias e culturalmente dando mais visibilidade e acesso a arte. Palavras-chave: Cinema. Sociedade. Impacto. Cultura. Economia. Representatividade. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Anexo A 27 Figura 2 - Anexo B 27 Figura 3 - Anexo C 28 Figura 4 - Anexo D 28 Figura 5 - Anexo E 29 SUMÁRIO 1. Introdução 13 2. História do cinema 14 2.1 O raiar do cinema 14 2.2 Cinema mudo 15 2.3 Hollywood: a cidade cinematográfica 15 2.4 A classificação dos filmes 16 2.5 O cinema brasileiro 16 2.6 A animação no cinema 17 3. O impacto e a influência do cinema na sociedade 19 3.1 A indústria cultural e o cinema 20 3.2 A economia no cinema 21 3.3 Mulheres no cinema 22 3.3 Negros no cinema 22 4. CONCLUSÃO 24 5. REFERÊNCIAS 255 13 1. INTRODUÇÃO. . Pelo dicionário cinema é uma abreviatura de cinematógrafo, que foi a invenção dos irmãos Lumiere no final do século XIX que tinha como objetivo contar histórias através de imagens e a partir desse momento o cinema é uma arte que tem um papel importante tanto em forma econômica e representativa. A história desta indústria é marcada por várias fases que acompanham o momento histórico de cada época e cada avanço tecnológico, melhorando cada vez mais em questões de fotografia com câmeras e técnicas de gravação mais eficientes, principalmente em animações que têm cada vez mais detalhes. Seu poder cultural também é de suma importância, pois já foi usado para propagandas políticas, revoluções e movimentos de oposição, apenas mostrando versões de uma mesma história. É uma das fo0rmas de lazer mais procuradas e utilizadas no mundo. A representatividade que ele pode dar a grupos diversos também é muito discutida e a também é uma forma de mostrar a quebra de estereótipos e idealizações que as pessoas tem. De certa forma o cinema carrega mais o que apenas a diversão, também leva consigo a informação e muitos temas importantes. 14 2. A HISTÓRIA DO CINEMA Em 1891, Thomas Edson e seu assistente inventaram um dispositivo chamado de cinetoscópio que era capaz de projetar imagens em movimento. A invenção ficou muito popular, mas Edson não tinha a intenção de torná-la uma fonte de lucro então não a patenteou e várias pessoas começaram a criar variações do cinetoscópio. De todas as invenções a mais popular foi criada por Auguste e Louis Lumière, o cinematógrafo que foi uma evolução em comparação ao cinetoscópio. Em 28 de Dezembro de 1895, em Paris, aconteceu a primeira exibição de filmes da história no porão de Grand Café. A exibição de 10 curtas, incluindo a cena em que os empregados saiam da Fábrica dos Lumière, que foi o primeiro filme dos irmãos. Por acreditar que as pessoas não ficariam interessadas em ver cenas do cotidiano, Louis não confiava que o cinematógrafo seria um grande sucesso, mas a quantidade de pedidos de filmes mostrou-o o contrário. O cinema entrou em uma competição com as outras formas de entretenimento por ser uma inovação. Mais empresas ficaram interessadas aprimorar suas apresentações por sua popularidade que só aumentava. 2.1 O RAIAR DO CINEMA O público dos filmes era composto principalmente por homens da classe trabalhadora, mas com o surgimento dos Nickelodeons, em 1901, mulheres e crianças também começaram a ter acesso a essa forma de entretenimento. As projeções dos Nickelodeons dependiam de homens que rodavam a filmagem para o público. Eles acrescentavam músicas e narrações para cada experiência do telespectador ser diferente além de ter uma grande variedade de estilos de conteúdo audiovisual. O interesse por filmes mais longos aumentou e causou grande sucesso nos Estados Unidos e na Europa, os expositores foram cada vez mais ficando mais avançados e tendo mais capacidade de reprodução e isto atraia um grande interesse no público que estava disposto a pagar mais pelo ingresso. 15 2.2 O CINEMA MUDO A combinação do cinema com a música despertou a criatividade de muitos. Por ser um recurso extremamente utilizado pelos diretores da época, o público se acostumou a ver isso nas telas e quando o filme não possuía essa característica havia uma antipatia. Em 1909 foi o auge do cinema mudo que não era necessariamente sem som, e sim sem falas, os sons e as músicas representavam emoções, situações diversas e ambientes. As atuações caracterizadas pelas expressões faciais e corporais e frases que contextualizavam as cenas, agregavam ainda mais aos filmes. Os filmes continham cores em determinadas cenas, cada cor acrescentada aos filmes tinha um significado e as cenas eram pintadas a mão. Nessa época, além dos Estados Unidos, grandes produtores de cinema mudo eram a Alemanha, Rússia, México, França e Brasil. Mulheres dominavam a indústria sendo desde produtoras até atrizes. O maior sucesso era o personagem Charlie Chaplin, interpretado por Charles Spencer Chaplin Jr, que interpretava, dirigia e escrevia seus próprios filmes. Mesmo após o surgimento do cinema sonorizado Charlie continuou a fazer cinema mudo, diminuindo ainda mais sua popularidade e sua carreira teve total decadência após o lançamento de “O Grande Ditador”, uma sátira de Adolf Hitler, e por causa desse filme ele foi extraditado dos Estados Unidos. No final da década de 20 os diretores de filmes queriam inovar, portanto apostaram em filmes sonoros, mas essa ideia não agradou o público, porém o filme “O cantor de jazz” mudou a opinião geral dos espectadores, se tornando o ancestral dos filmes sonoros. 2.3 HOLLYWOOD: A CIDADE CINEMATOGRÁFICA Houve dois motivos que moveram os produtores do cinema americano para Los Angeles, o clima ensolarado e agradável da Califórnia e a distância de Nova York. O clima californiano era perfeito para filmagens, havia sol o ano todo e os panoramas podiam ser facilmente adaptados para cenas. Os cineastas e os originadores tentaram fugir do controle de patentes que Thomas Edison impunha em Nova York. Edison conquistou tanto abriu 16 uma empresa, a Motions Pictures Patents Company e a companhia começou a acumular processos contra todos que usavam a tecnologia de Edison, sem pagar pelos direitos. Com isso, os primeiros pretendentes a cineastas americanos tiveram interesse em trabalhar na costa da Califórnia. Em 1887, Horace Wilcox tenta modificar uma região de campos de cevada, em uma coletividade religiosa. Sua mulher foi quem deu o nome de Hollywood ao povoado, em homenagem à casa de campo de Chicago e em 1903 o território de Hollywood foi comprado por uma organização do General Moses H. Sherman. Ele foi um grande apoiador da ampliação das ferrovias na região o que causou um crescimento urbano.Em 1907, o astro Francis Boggs cria o primeiro estúdio californiano. No mesmo ano, "O Poder do Sultão" se tornou o primeiro filme cinematografado em Hollywood. Em 1909, o diretor Charles French bateu um recorde, criou mais de 185 curtas-metragens em apenas oito meses e em 1914 foi criado o primeiro grande estúdio, a Paramount, comandada por Adolph Zukor. Por fim, em 1925, surge a MGM, ambos representando a permanência definitiva da capital do cinema mundial. 2.4 A CLASSIFICAÇÃO DOS FILMES Logo no começo da década de 30, gêneros de filmes se tornaram cada vez mais fortes, principalmente em Hollywood e devido à popularidade dos filmes sonoros, os musicais faziam muito sucesso juntamente com as comédias românticas e filmes com a temática de faroeste. Em 1940 os filmes Noir, que tinham como tema a violência e a máfia faziam muito sucesso. Dez anos depois o conceito de filme popular mudou drasticamente, passando a ser os exploitation o gênero que mais agradava as massas populares. Nos anos 70, uma nova geração de cineastas dominou Hollywood com suas ideias de rebeldia e violência e a partir desta época a tecnologia foi cada vez mais se desenvolvendo e trazendo inovações, como efeitos especiais e personagens virtuais. 2.5 O CINEMA BRASILEIRO O cinema se iniciou em 1887 no Brasil, especificamente no Rio de Janeiro, incentivado pelos irmãos Segreto que foram os primeiros cineastas do país. 17 Apenas no século XX São Paulo teve seu primeiro cinema. Depois que a eletricidade chegou com força total ao país o Rio de Janeiro chegou a ter 20 cinemas. Inicialmente os filmes eram como documentários e somente em 1908 o primeiro filme de ficção brasileiro foi lançado e após alguns anos o primeiro filme brasileiro com duas horas de duração chegou à tela de cinema. Em meio a dominação das produções norte-americanas, o Brasil conseguiu atingir uma expansão dominando regiões e na década de 30 foi fundado o primeiro estúdio cinematográfico no Brasil, chamado de Cinédia. Em 1941 as chanchadas, filmes com baixo orçamento com um teor de comédia e musical, dominaram, mas em torno de 1949 o primeiro estúdio que usava um estilo americano foi criado, A Vera Cruz, que procurava ter um modelo mais rebuscado de fazer filme-se marcou história além de ter lançado o primeiro filme brasileiro a cores, a maior estrela desse estúdio foi Mazzaropi. Com altos e baixos a indústria cinematográfica brasileira teve épocas focadas em filmes com temas políticos e de situações socioeconômicas nos anos 60 e nos dez anos depois o cenário mudava para filmes revolucionários que sofreram com a censura durante a ditadura militar e na mesma época foi fundada a Embrafilme, empresa que recebia apoio do governo e dava mais espaço as produções nacionais. Na década de 70 produções com pouco orçamento incentivados pelo movimento “Boca de lixo” criam as pornochanchadas, filmes inspirados em comedias italianas com temas sexuais, que gerou um grande sucesso no Brasil, mas sofreu um declínio em 1980 junto com toda a indústria cinematográfica brasileira. O período do “Cinema de Retomada”, nos anos 90, marcou o cinema como uma salvação após a crise e pela criação da Lei do Audiovisual e logo no começo do século XXI o cinema brasileiro ganho um reconhecimento mundial com produções indicadas até ao Oscar, filmes como Cidade de Deus, Carandiru e Tropa de Elite marcaram esse período em que a indústria cinematográfica brasileira se consolidou. 2.6 A ANIMAÇÃO NO CINEMA A primeira animação foi criada e lançada em 1892 por Émile Reynaud, fez uma animação conhecida como "Pauvre Pierrot". 18 Em 1908 Émile Cohl criou "Fantasmagorie", o filme é sobre um boneco que se desdobra em vários acontecimentos; Émile queria mostrar a constante movimentação nos desenhos, algo que era surreal naquela época. O primeiro longa-metragem de animação foi "El Apostol" do argentino Quirino Cristiani. Sabe-se muito pouco sobre esse filme, pois naquela época se preocupavam muito com a preservação do filme. Mickey Mouse é o nome mais famoso que temos no mundo, foi uma criação do renomado Walt Disney, que ganhou créditos por ter criado o primeiro filme sonorizado; foi aí que Mickey e Minnie, ficaram famosos no mundo todo, visto que era algo diferente e inovador. Steamboat Willie foi o primeiro filme protagonizado pelo casal de camundongos e em 1932, no primeiro ano da aparição do troféu Oscar para filmes de animação, Walt Disney o recebe por ter feito a primeira animação colorida e sonorizada, o curta se chamava "Flowers and Trees". Nessa época a animação era direcionada para o público infantil, e o pensamento infantil se tornou cada vez mais ativo, assim como o mundo, que estava mudando muito e se tornando cada vez mais ágil. 19 3. O IMPACTO E A INFLUÊNCIA DO CINEMA NA SOCIEDADE É de desconhecimento de muitos, mas o cinema pode ser usado intencionalmente para influenciar na vida das pessoas. Em um caso no ano de 1956, utilizaram uma mensagem subliminar pedindo para as pessoas comerem pipoca, e tomarem uma Coca-Cola. Esse cinema registrou um aumento de quase 60% a venda de Coca-Cola, e de 18% a pipoca. Esse sistema funciona de um jeito simples, era utilizado outro projetor com a mensagem por cima da tela, enquanto o filme passava. A mensagem era refletiva na velocidade de 1/3000 de segundos, o que a tornava imperceptível a olho nu. Outro método que pode ser usado atualmente seria colocar a imagem em um frame (fotografia) do filme, que seria perceptível ao cérebro, mas não aos olhos. Geralmente são usados 24 frames para criar um movimento de 1 segundo, caso a mensagem for colocada no meio é quase imperceptível para muitas pessoas, algumas com experiência nessa área podem até perceber O cinema desde quando surgiu teve seu potencial explorado para transmitir ideologias, porém na Segunda Guerra Mundial, o cinema também foi à luta. Ele foi muito usado como modo de propaganda pelo regime nazista. Em 1930, a atriz Leni Riefenstahl foi escolhida para fazer filmes que exaltavam a supremidade ariana. Cenas dos documentários "Triunfo da Vontade" e "Olympia", que retratam coisas boas da Alemanha antes da guerra, foram transmitidas repetidas vezes pelo regime totalitário. Nesta mesma época foram produzidos filmes antissemitas, como "Judeu Süss" e "O Judeu Errante". Antes do início oficial da guerra, Hollywood já lutava contra o nazismo. A Warner Bros produzia filmes antinazistas desde 1937, sempre tendo uma preocupação social, produzindo filmes que giram em torno de assuntos sociais. A Warner foi o primeiro estúdio a e preocupar com isso. Outro estúdio que alertava todos era a United Artists em que Charlie Chaplin foi um dos fundadores. Um filme produzido nessa época deixou Hitler furioso, que mesmo protestando contra o filme foi exibido, porque na época nos EUA o cinema não era censurado pelo governo. O processo de aprovação do roteiro teve muita polêmica, e o sistema de censura interna de Hollywood dificultou a exibição. Joseph Brin que tinha influência sobre esse código de produção, tentou aconselhar a Warner de que poderiam perder mercado na Europa com filmes 20 dessa natureza, e ele acreditava que Hitler havia criado um bem-estar para o povo alemão. Os irmãos Warner ignoraram o conselho, e mandaram o filme. Em 1939 a Warner produziu o filme “Sargento York" que se passava na Segunda Guerra. O filme conta a história de um pacifista que acaba tendo que ir contra sua ideologia, e se convencendo de que às vezes é necessário sacrificar vidas, para salvar vidas. Em Hollywood começaram um trabalho de conscientização do que realmente estava ocorrendo, que era algo incrível para as pessoas, menos pelos alemães. A Warner perdeu seu representante na Alemanha, Joe Kaufmann, morto por vândalos nazistas, no progom Noite de Cristais. No ano seguinte a Warner começou a produzir filmes antinazistas que resultou em "Casablanca". Chalie Chaplin ficou impressionado com a Noite de Cristais em 1938,onde houve uma série de ataques a lojas de judeus e sinagogas na Alemanha, Chaplin resolveu produzir um filme ridicularizando Hitler, que estreou em 1940 com o nome de "O Grande Ditador" onde Chaplin interpreta dois personagens: o ditador Hynkel, e um barbeiro judeu. O filme foi censurado em muitos países, até mesmo no Brasil. Hitler era um cinéfilo, ele assistiu e ficou curioso, mas não pode fazer nada. Seus discursos no rádio não chegavam às pessoas, ao contrário do discurso de Chaplin, que acabou se tornando um hino internacional de paz. Após a Segunda Guerra, que envolveu os cinemas de várias formas, o cinema bélico deu lugar ao cinema atrocidades. 3.1 A INDÚSTRIA CULTURAL E O CINEMA Os meios de comunicação em massa apareceram com o progresso da industrialização. Essa cultura se confirma no século XX, quando o capitalismo produziu as circunstâncias para uma sociedade de consumo desenvolvida pela TV e pelo Cinema. Os modelos da cultura de massa são fortemente políticos e ideológicos, sendo de essencial importância ser estudadas para entender seu lado crítico. A indústria cultural tem um grande meio de alienação, pois se coloca um valor absurdo ao produto e sua propriedade. Existem pensamentos que 21 supõem que a cultura feita em sequência, perde seu porte de crítica, assim se tornando um mau produto de consumo frenético e dizem que são nos momentos de lazer que absorvemos as ideologias apresentadas nos filmes. As maiores preocupações com o culturalismo no cinema é se ele vai beneficiar ou maleficiar o homem, ou seja, se vai se adequar ao desenvolvimento de seus esboços e virtualidades. A indústria cinematográfica dos EUA é a mais globalizante, mas suas técnicas de desenvolvimento de ideologias foram realizadas da mesma maneira pelos filmes alemães dos anos 1940. 3.2 A ECONOMIA NO CINEMA Atualmente, as empresas enxergam o cinema como um grande meio de publicidade por ser muito lucrativo. Esse mercado vem crescendo constantemente chamando muita atenção, como por exemplo, em 2013 que em apenas um ano arrecadou mais de 22 bilhões e 200 mil reais, um aumento de 65,8% em comparação com o ano de 2007. Estudos do IPEA e da FIRJAN apontam que os setores criativos representam pouco mais de 2% do PIB nacional. No Brasil, em 2015 o cinema representou 0,54% da economia nacional, ultrapassando até as indústrias farmacêuticas e a produção de produtos eletrônicos e de informática. Existem várias maneiras de um filme gerar lucro como as exibições públicas nos cinemas, vendendo os direitos de exibição para a televisão, com a venda do filme para o público ou com a publicidade. No século XX, os filmes que mais fizeram sucesso foram os musicais, dramas históricos, épicos bíblicos e os baseados em guerras. Com a chegada da década de 2000, as franquias dominaram com sagas como Harry Potter e O Senhor dos Anéis. História em quadrinhos, também foi outro gênero que obteve grande interesse do público, como os da DC Comics e da Marvel, que com o seu Universo Cinematográfico, conseguiu o filme de maior bilheteria da história, onde arrecadou aproximadamente 2,8 bilhões de dólares. Os 10 filmes com maiores bilheterias em dólares são respectivamente: Avengers: Endgame (2,8 bilhões) de 2019, Avatar (2,7 bilhões) de 2009, Titanic (2,1 bilhões) de 1997, Star Wars: The Force Awakens (2 bilhões) de 22 2015, Avengers: Infinity Wars (2 bilhões) de 2018, Jurassic World (1,6 bilhões) de 2015, The Lion King (1,6 bilhões) de 2019, Marvel's The Avengers (1,5 bilhões) de 2012, Furious 7 (1,5 bilhões) de 2015 e Avengers: Age of Ultron (1,4 bilhões) de 2015 3.3 MULHERES NO CINEMA A mulher é vista na indústria cinematográfica, tanto atrás das câmeras quanto à frente delas, em segundo plano. A representação feminina no cinema como quem sempre precisa ser salva ecoa pelo mundo cinematográfico, levando a uma imagem estereotipada de princesa em apuros ou que precisa sempre de um homem como protagonista. Até 1960 a mulher apenas desempenhava o papel de dona de casa, mas com o movimento feminista o espaço da mulher na sociedade mudou, porém, a imagem que era passada nos filmes afetou na vida delas. Theda Bara foi a primeira mulher a marcar realmente o cinema mudo junto com Alice Guy que foi a primeira mulher a produzir e dirigir um filme, mas a imagem de apenas desempenhar um papel sexual continuou e como exemplo temos a atriz Marilyn Monroe. No século XXI o padrão da mulher no cinema é a MPDG, um tipo de mulher meiga e adorável, estando nos filmes principalmente para ajudar o homem em seu desenvolvimento ao longo da história e há a minoria de personagens que são as mais fortes e a mulher pós-moderna. Dados comprovam que apenas 11% dos filmes tem uma representatividade feminina, mas a indústria cinematográfica atual dá mais esperança para as mulheres, pois a imagem que é passada está mudando, com mulheres que buscam muito mais que apenas um homem e até as animações estão mudando, as princesas já não querem mais achar o príncipe encantado e sim sua própria independência dando exemplo para as que assistem. 3.4 NEGROS NO CINEMA A população negra foi muito afetada devido ao seu passado, que foi muito conturbado pelo preconceito e principalmente pela escravidão, e isso afetou muito na sua representatividade no cinema. O Nascimento de Uma Nação foi o filme que estabeleceu a imagem do negro no cinema, pois o estereotipava de uma forma 23 anormal e animalesca, e a partir disso foi tendo menos representatividade e quando havia, acabava sendo representado negativamente. A maioria dos papéis dados aos negros são de escravos, empregados domésticos, criminosos ou de menos favorecidos. Além de não ter muitos produtores e diretores negros participando dos filmes, segundo a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) 75,4% dos filmes lançados em 2016 foram dirigidos por homens brancos, 26,2% por mulheres brancas e apenas 2,1% foram dirigidos por homens negros e nenhuma mulher negra que dirigiu ou roteirizou algum filme e apenas em 2014 o prêmio de melhor diretor pelo Oscar foi dado a um negro em 2014, quando Steve McQueen ganhou o prêmio pelo filme “12 anos de escravidão”. Mesmo as dificuldades, eles estão ganhando seu espaço aos poucos e em premiações como o Oscar, que já foi muito criticado por suas seleções, já estão recebendo devido conhecimento. Essa discussão é tema de muitos debates e mesmo que o racismo ainda faça parte do cotidiano de muitos, filmes com representatividade, como os ganhadores e indicados ao Oscar Pantera Negra, Corra!, Homem-Aranha no Aranhaverso entre outros. 24 4. CONCLUSÃO Por meio deste trabalho de conclusão do ensino médio concluímos que a sétima arte é de extrema importância para a sociedade. Seus avanços acompanharam, e ainda acompanham, a história mundial. Desde a criação do cinema várias fases históricas aconteceram e o cinema também mudou simultaneamente, os avanços tecnológicos do mundo afetaram também nos filmes e isso aconteceu e vai continuar acontecendo. O cinema tem como objetivo chamar atenção para a história, sendo ela de caráter informativo trazendo um tema reflexivo ou apenas para divertir podendo desfocar as pessoas dos problemas do cotidiano para tirarem um tempo para se distraírem. De forma econômica, o cinema tem participação no PIB, mesmo que pequena, e gera um lucro enorme que ultrapassa outras indústrias que são mais comuns. A maior bilheteria é de mais de 2,8 bilhões de dólares, o que mostra a expansão da cultura e o crescimento do cinema. A indústria cinematográfica também atinge um campo de representatividade e informação que interfere na vida de muitos que tem uma representatividade maior e consequentemente acabam com os estereótipos. O modo como a representatividade no cinema muda as pessoas é perceptível no cotidiano, como antes que as mulheres não tinham papéis fortes e eram taxadas como frágeis.25 26 5. REFERÊNCIAS Wikipédia. História do cinema. São Paulo. Disponível em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_cinema Mundo educação. Origem do Cinema. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/origem-cinema.htm Medium. A História da Sétima Arte: o surgimento e os primeiros anos do cinema. Disponível em: https://medium.com/revista-subjetiva/a-hist%C3%B3ria-da-s%C3%A9tima-arte-o-sur gimento-e-os-primeiros-anos-do-cinema-4a93f2f3a18f´ Falando de cinema. Influência do cinema na vida das pessoas. Disponível em: https://falandodecinemafap.wordpress.com/2010/06/11/influencia-do-cinema-na-vida- das-pessoas/ O impacto do cinema na sociedade. Disponível em: http://leticiaa15.blogspot.com/p/o-impacto-do-cinema-na-sociedade.html?m=1 Wordpress. A influência do cinema no cotidiano. Disponível em: https://estereotipo.wordpress.com/2008/04/15/a-influencia-do-cinema-no-cotidiano/ Vida e aprendizado. Cinema e sua influência. Disponível em: http://www.vidaeaprendizado.com.br/artigo.php?id=363 Observatório da imprensa. Quando o cinema vai à guerra - Lilia Diniz em 07/10/2009. Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br/imprensa-em-questao/quando-o-cinema-vai-a- guerra/ El cine activa la economía – Bruno Bettati. 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História do Cinema Brasileiro - Laura Aidar Disponível em: https://www.todamateria.com.br/historia-do-cinema-brasileiro/ Repórter UNESP. Mulheres no cinema: do preconceito à representatividade Disponível em: http://reporterunesp.jor.br/2017/11/14/mulheres-no-cinema/ Oglobo. História dos negros no cinema está marcada por conquistas retrocessos Disponível em: https://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/historia-dos-negros-no-cinema-esta- marcada-por-conquistas-retrocessos-15071304 https://falauniversidades.com.br/mulheres-cinema-representatividade/ https://www.todamateria.com.br/historia-do-cinema-brasileiro/ http://reporterunesp.jor.br/2017/11/14/mulheres-no-cinema/ 28 6. ANEXOS ANEXO A – Cinetoscópio Fonte: a origem do cinema Disponível em: https://gabrielamollina.wordpress.com/2014/10/21/a-origem-do-cinema/ ANEXO B – “O Grande ditador” Fonte: O Grande Ditador: Poster Disponível em: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-2253/fotos/detalhe/?cmediafile=21138843 https://gabrielamollina.wordpress.com/2014/10/21/a-origem-do-cinema/ 29 ANEXO C – Bijol Theatre. Fonte: História do Cinema Brasileiro Disponível em: https://www.todamateria.com.br/historia-do-cinema-brasileiro/ ANEXO D – Pauvre Pierrot. Fonte: Pobre Pierrot Disponível em: https://filmow.com/pobre-pierrot-t17816/ https://filmow.com/pobre-pierrot-t17816/ 30 ANEXO E – A participação feminina na indústria cinematográfica Fonte: A participação feminina na indústria cinematográfica Disponível em: http://www.elenafilme.com/elena-recomenda/ig-publica-serie-de-reportagens-sobre-p articipacao-feminina-na-industria-cinematografica/