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Biologia Básica II[1]


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Apostila organizada por: 
Professora Mestra Amanda Passuello de Aguiar
BIOLOGIA BÁSICA IIBIOLOGIA BÁSICA II
AUTORA
 ● Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Paraná 
(UNESPAR).
 ● Mestra em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de 
Londrina (UEL).
 ● Pós-graduanda em ciências criminais pela Faculdade Descomplica.
Professora e pesquisadora. Possui experiência nas áreas de genética e biologia 
molecular, atuando principalmente na linha de pesquisa de genética toxicológica e câncer. 
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6831342314894185
 
Plano de Estudo:
●	 Embriologia	e	Histologia;
●	 Sistema	Esquelético,	Sistema	Muscular	e	Sistema	Nervoso;
●	 Sistema	Digestório,	Sistema	Cardiovascular	e	Sistema	Respiratório;
●	 Sistema	Endócrino,	Sistema	Urinário	e	Sistema	Reprodutor.
http://lattes.cnpq.br/6831342314894185 
3
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
A biologia, é a ciência do estudo da vida. Conhecimentos em áreas da biologia 
relacionadas ao funcionamento e formação do organismo humano, trazem ao estudante 
das ciências da saúde, informações fundamentais a serem aplicadas na área. 
Durante este curso, revisaremos algumas ciências fundamentais para a manutenção 
da vida humana. O primeiro tópico a ser abordado, será a embriologia, a ciência que estuda 
o desenvolvimento de uma nova vida desde o momento da fecundação até o nascimento. Na 
sequência, seguiremos para a histologia, estudo dos tecidos e de como eles se organizam 
para constituir os diferentes tipos de órgãos.
Por	fim,	estudaremos	os	diversos	sistemas	que	compõem	o	corpo	humano,	que	
trabalham coordenadamente para realizar funções essenciais para a manutenção da vida.
Portanto, este curso tem como objetivo abordar alguns dos principais assuntos da 
biologia, a serem aplicados durante sua jornada acadêmica.
SUMÁRIO
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5TÓPICO 1 EMBRIOLOGIA E HISTOLOGIA
 1 EMBRIOLOGIA E HISTOLOGIATÓPICO
1.1 Embriologia
A embriologia é a ciência dedicada ao estudo do desenvolvimento embrionário dos 
seres vivos, desde a fecundação de um embrião até o seu nascimento. 
Podemos considerar que o embrião humano se desenvolve em cinco estágios:
●	 Gametogênese;
●	 Fecundação;
●	 Clivagem;
●	 Gastrulação;	
●	 Morfogênese	e	organogênese.	
1.1.1 Gametogênese
Processo pelo qual os gametas masculinos e femininos são formados. Os 
espermatozóides (gametas masculinos) são produzidos na gônada masculina, o testículo, 
por meio de um processo chamado de espermatogênese. Este processo tem início na 
puberdade e ocorre até a morte do indivíduo. O óvulo é o gameta feminino e seu processo de 
formação é denominado de ovogênese, a maior parte desse processo ocorre nas gônadas 
femininas, os ovários.
As gametogêneses masculina e feminina envolvem os dois processos de divisão 
celular, a meiose e a mitose. Quando uma célula passa por mitose, ela origina duas novas 
células	 idênticas,	 chamadas	 de	 células	 filhas.	 Enquanto	 a	 meiose	 reduz	 o	 número	 de	
cromossomos presentes na célula (2n) pela metade (n). Os seres humanos possuem 46 
6TÓPICO 1 EMBRIOLOGIA E HISTOLOGIA
cromossomos em suas células, portanto, ao passarem por meiose, as células reprodutivas 
possuirão apenas 23 cromossomos. Este processo é importante, pois, no momento da 
fecundação, o espermatozóide (n) e o ovócito (n) se encontram, restabelecendo o número 
de cromossomos (2n).
A espermatogênese tem início quando as espermatogônias, células presentes 
no	túbulo	seminífero,	sofrem	divisão	mitótica	e	geram	duas	células	filhas,	as	células	tipo	
A, que permanecem no tubo, e as células tipo B, que se movem para o compartimento 
adluminal, dando origem aos espermatócitos primários. Este espermatócito sofre meiose, 
reduzindo seu número de cromossomos (2n -> n). O espermatócito primário produzirá 
dois espermatócitos secundários, que sofrerão novamente uma meiose e darão origem 
às	 espermátides.	Por	 fim,	 as	 espermátides	 diferenciam-se	 em	espermatozóides	 em	um	
processo chamado de espermiogênese. 
A ovogênese é um processo que leva anos para ser concluído, ainda no período 
fetal, os ovócitos da mulher entram em meiose I e permanecem estacionados nesta fase. É 
somente	na	puberdade,	em	resposta	a	um	estímulo	de	LH,	que	o	ovócito	primário	finaliza	a	
meiose I e entra em meiose II, se tornando um ovócito secundário, que será liberado durante 
a ovulação. A meiose II só será concluída se houver o encontro com um espermatozóide, 
do contrário, o ovócito será degenerado. O processo de ovogênese produz quatro células 
filhas,	no	entanto,	apenas	uma	dará	origem	ao	óvulo.	As	outras	três	células	produzidas	são	
chamadas de corpos polares, que serão degenerados rapidamente sem serem fertilizados.
7TÓPICO 1 EMBRIOLOGIA E HISTOLOGIA
1.1.2 Fecundação
Durante o ato sexual, o sêmen é ejaculado com o propósito de abrigar e conduzir os 
espermatozóides até o ovócito. Para que esse encontro aconteça, o espermatozóide precisa 
percorrer praticamente todo o trato do sistema reprodutor feminino, o que é possível graças ao 
auxílio	de	seu	flagelo	(cauda).	Ao	encontrar	o	ovócito,	o	espermatozóide	precisa	ainda	penetrar	
a corona radiata, um grupo de células que envolve o ovócito, e a zona pelúcida, uma película 
protetora que envolve o ovócito. Ocorre então a fusão da membrana do espermatozóide 
com a membrana do ovócito, neste momento, a membrana do ovócito se torna impenetrável 
para outros espermatozóides. Na fecundação ocorre a fusão dos núcleos dos gametas, um 
processo chamado de cariogamia, acarretando na formação do zigoto.
1.1.3 Clivagem
Após a formação do zigoto, dá se início o processo de clivagem, também conhecido 
como segmentação. As clivagens são divisões mitóticas que promovem a divisão do zigoto, 
fazendo aumentar a quantidade de células em progressão geométrica, isto é, primeiro são 
produzidas duas células, depois quatro, oito células e assim sucessivamente. Como esse 
processo ocorre rapidamente, não há tempo para crescimento celular entre as divisões, 
resultando em células cada vez menores.
Esse processo começa cerca de 30 horas após a fecundação e ocorre enquanto o 
embrião se desloca em direção ao útero. Em certo momento da clivagem, o zigoto terá de 
12 a 16 células e passará a ser chamado de mórula (“amora”).
Após adentrar no útero, a mórula passa a acumular líquido uterino em seu interior, 
formando uma cavidade chamada de blastocele. A partir deste momento, a mórula 
passa a ser chamada de blastocisto. Dois tipos celulares são evidentes nesse estágio, o 
trofoblasto, uma camada de células que constituem a parte externa, e a parte mais inteira, 
o embrioblasto. Posteriormente, o trofoblasto contribuirá para a formação da placenta, 
enquanto o embrioblasto dará origem ao embrião propriamente dito. A partir do 6º dia, 
ocorre	a	implantação,	ou	seja,	o	blastocisto	se	fixará	no	endométrio	(parede	uterina).
No 9º dia após a fertilização, o embrioblasto se dividirá em duas camadas de 
células, o epiblasto e o hipoblasto. Juntas, estas estruturas formarão o disco embrionário 
bilaminar e darão origem ao corpo. O epiblasto formará uma extensão chamada de saco 
amniótico, essa extensão é preenchida pelo líquido amniótico, o que protege o feto dos 
choques físicos. Já o hipoblasto, formará uma extensão chamada de saco vitelino, que 
posteriormente dará origem ao tubo digestório.
8TÓPICO 1 EMBRIOLOGIA E HISTOLOGIA
1.1.4 Gastrulação
Durante a 3º semana, têm-se início a fase de diferenciação celular, originando três 
folhetos embrionários, a ectoderme, a mesoderme e a endoderme. É por meio desses folhetos 
que os tecidos e órgãos serão formados. Esta etapa é chamada de gastrulação, e o embrião 
deixa de ser um disco embrionário bilaminar e passa a ser um disco embrionário trilaminar.A ectoderme dá origem a camada externa da pele, ao cérebro e a medula espinhal. 
A mesoderme origina o músculo, ossos e tecidos conjuntivos. A endoderme forma o 
revestimento epitelial.
Além destes folhetos embrionários, algumas células se proliferam na extremidade 
caudal e cranial, formando a linha primitiva. Ademais, uma porção de células migram atra-
vés do nó primitivo, formando um cordão celular que dá origem a notocorda, estrutura que 
será fundamental para o desenvolvimento do sistema nervoso.
 
1.1.5 Morfogênese e Organogênese
Por volta da 4º semana de gestação ocorrerá a diferenciação dos folhetos em 
tecidos e órgãos. Essa fase é chamada de organogênese e ocorre até a 8º semana de 
gestação, quando o embrião passa a ser chamado de feto.
Durante a diferenciação dos folhetos, sinalizadores são enviados às células, 
induzindo-as	a	mudar	sua	morfologia	e	adquirir	funções	específicas.	A	partir	daí,	as	células	
passam a se agrupar, formando os tecidos e órgãos, caracterizando a organogênese.
9TÓPICO 1 EMBRIOLOGIA E HISTOLOGIA
Além disso, o embrião assume gradativamente o aspecto humano, principalmente 
por meio da formação da face e dos membros, processo chamado de morfogênese.
1.2 Histologia
Ramo da biologia dedicado ao estudo dos tecidos. 
Afinal, você sabe qual a definição de tecido dentro da biologia? 
Para	 a	 biologia,	 um	 tecido	 pode	 ser	 definido	 como	 um	 conjunto	 de	 células	 da	
mesma natureza e que possuem a mesma função. Os principais tecidos presentes nos 
seres humanos são o tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso.
1.2.1 Tecido Epitelial
Composto por células justapostas, ou seja, células intimamente unidas umas às 
outras, tem como principal função revestir superfícies, como por exemplo a superfície 
externa do corpo e de órgãos, protegendo-os.
10TÓPICO 1 EMBRIOLOGIA E HISTOLOGIA
Esse	 tecido	 é	 classificado	 de	 acordo	 com	 sua	 função,	 podendo	 ser:	 epitélio	 de	
revestimento e epitélio glandular.
O tecido epitelial de revestimento forma a pele, as mucosas (como nariz e boca) e as 
serosas (membranas que revestem os órgãos). As principais membranas de revestimento 
são a pleura (pulmão), o pericárdio (coração) e o peritônio (abdome). Portanto, este tecido 
é responsável por cobrir a superfície do corpo e proteger suas cavidades internas.
Em alguns epitélios há a presença de glândulas (células secretoras), formando 
o tecido epitelial glandular. Este epitélio, além de revestir, produz e elimina substâncias 
fundamentais	 para	 a	 superfície	 dos	 tecidos.	 As	 glândulas	 podem	 ser	 classificadas	 de	
acordo	com	a	forma	que	a	liberação	da	secreção	acontece,	podendo	ser	classificadas	em	
glândulas endócrinas, exócrinas e mesócrinas.
 ● Glândula endócrina: elimina sua secreção diretamente na corrente sanguínea 
(exemplo:	glândula	tireóide);
 ● Glândula exócrina: elimina sua secreção na superfície, seja para fora do 
corpo ou para a cavidade de órgãos (exemplo: glândulas sudoríparas e glândulas 
lacrimais);
 ● Glândula mesócrina: também conhecidas como glândulas mistas, possuem 
ao mesmo tempo uma parte endócrina e outra exócrina (exemplo: pâncreas).
1.2.2 Tecido Conjuntivo
O tecido conjuntivo é caracterizado por possuir uma grande variedade de células 
e	 fibras	 e	 uma	 abundância	 de	 matriz	 extracelular.	 As	 diferentes	 combinações	 desses	
componentes podem contribuir para a formação de diversos tipos de tecido conjuntivo. Tem 
como principal função conectar tecidos e órgãos, servindo como preenchimento, conexão 
e sustentação. No entanto, os diferentes tipos de tecido conjuntivo podem apresentar 
diferentes funções.
Você sabia que gordura, sangue e ossos, mesmo tão diferentes, são 
classificados como tecidos conjuntivos?
Revisaremos aqui, as principais classes de tecido conjuntivo propostas por Marieb, 
Wilhelm e Mallatt (2014):
 ● Tecido conjuntivo propriamente dito: este tecido tem alta capacidade para 
resistir à tração, é responsável por sustentar praticamente todos os epitélios do cor-
po, além de circundar alguns nervos e vasos sanguíneos. Atua também como um 
11TÓPICO 1 EMBRIOLOGIA E HISTOLOGIA
defensor contra microrganismos invasores, devido à presença de células de defesa 
que protegem o corpo antes que os microrganismos se espalhem pela corrente 
sanguínea. Nesse tecido estão presentes os adipócitos, células especializadas no 
armazenamento de lipídios, formando o tecido adiposo.
 ● Tecido cartilaginoso: mais conhecido por proporcionar a forma a alguns órgãos 
como nariz e orelha, a cartilagem é um tecido que ocorre por todo o esqueleto, é 
firme	e	flexível	e	consiste	em	até	80%	de	água.
 ● Tecido ósseo: caracterizado pela rigidez e dureza, tem capacidade para 
sustentar e proteger as estruturas do corpo.
 ● Tecido sanguíneo: o sangue é o tecido conjuntivo mais atípico, ele se 
movimenta por todo o corpo servindo como meio de transporte para os gases (como 
o O2 e o CO2), os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório, os hormônios e 
as células de defesa.
1.2.3 Tecido Muscular
Caracterizado pela capacidade de contração e distensão de suas células, 
determinando o movimento dos membros e das vísceras. As células que compõem o tecido 
muscular	são	células	alongadas,	podendo	 também	ser	chamadas	de	fibras	musculares.	
Essas	células	são	ricas	em	filamentos	de	actina	e	miosina,	responsáveis	pela	contração	
muscular. É essa contração muscular que promove o movimento de estruturas ligadas ao 
tecido, como os ossos, propiciando, consequentemente, o movimento do corpo.
No corpo humano há três tipos de músculos, são eles:
 ● Tecido estriado esquelético: tem esta nomenclatura devido a sua localização, 
visto que está ligado ao esqueleto. As células que constituem este tecido são ricas 
em	filamentos	de	actina	e	miosina,	promovendo	os	movimentos	corporais;
 ● Tecido estriado cardíaco: este tecido está presente na parede do coração e 
tem	a	função	de	se	contrair	para	impelir	o	sangue	por	meio	dos	vasos	sanguíneos;
 ● Tecido muscular liso: o músculo liso ocorre nas paredes dos órgãos ocos 
(como o útero e a bexiga urinária). Quando essa musculatura se contrai, ela encolhe 
o tecido onde se encontra, resultando, por exemplo, na locomoção do alimento pelo 
trato	digestório,	regulação	do	fluxo	de	ar	dos	pulmões,	entre	outros.
12TÓPICO 1 EMBRIOLOGIA E HISTOLOGIA
1.2.4 Tecido Nervoso
O tecido nervoso está completamente interligado e distribuído pelo organismo, 
compondo o sistema nervoso. Este tecido é constituído por células altamente especializadas, 
os neurônios, e por células menores, que juntas formam uma substância intercelular 
denominada de neuroglia.
O neurônio é uma célula com formato estrelado que possui extensões muito 
ramificadas.	Essas	extensões	são	chamadas	de	dendritos	e	são	responsáveis	por	receber	
os sinais de outros neurônios. O axônio é uma extensão que se destaca por ser mais 
prolongado	e	pouco	ramificado	e	tem	a	função	de	transmitir	sinais	para	as	demais	células.
O tecido nervoso é caracterizado por ser especializado na condução de estímulos. 
Ele recebe informações do meio ambiente por meio dos sentidos (tato, visão, audição, olfato 
e paladar) e do meio interno e processa essas informações, elaborando uma resposta. 
Essa resposta pode resultar em ações, como uma contração muscular.
 
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13TÓPICO 2 TEMA ESQUELÉTICO, SISTEMA MUSCULAR E SISTEMA NERVOSO
 2 SISTEMA ESQUELÉTICO, SISTEMA MUSCULAR E SISTEMA NERVOSOTÓPICO
2.1 Sistema Esquelético
O sistema esquelético é constituído por peças ósseas e cartilaginosas, formando um 
sistema de alavancas movimentadas pelos músculos. Podemos dividir o esqueleto humano 
em duas partes: o esqueleto axial e o esqueleto apendicular, sendo que, o esqueleto axial 
é constituído pelacaixa craniana, coluna vertebral e caixa torácica, enquanto o esqueleto 
apendicular compreende as escápulas e clavículas, ossos ilíacos e o esqueleto dos 
membros superiores e inferiores (braços e pernas).
14TÓPICO 2 TEMA ESQUELÉTICO, SISTEMA MUSCULAR E SISTEMA NERVOSO
A caixa craniana compreende os ossos que formam o crânio, incumbidos de proteger 
o encéfalo, e os ossos faciais, que protegem e dão suporte aos olhos, orelhas, nariz e 
boca. A coluna vertebral fornece suporte à cabeça e uma ligação para as costelas, ela é 
responsável principalmente por proteger a medula espinhal. A caixa torácica é constituída 
pelas costelas e o esterno, ossos que protegem a região torácica do corpo, como os pulmões 
e o coração.
O	sistema	esquelético	possui	algumas	funções	específicas:
●	 Fornecer	suporte	para	as	estruturas	corporais;
●	 Permitir	o	movimento	e	um	ponto	de	fixação	para	os	músculos;
●	 Proteger	órgãos	internos;
●	 Estocar	minerais,	como	o	cálcio	e	o	fósforo;
 ● Auxiliar na formação de células sanguíneas, visto que a medula óssea está 
localizada no interior dos ossos.
As células que formam o tecido ósseo são de 3 tipos:
 ● Osteócitos: ocupam espaços vazios no interior da matriz óssea e auxiliam em 
sua	manutenção;
 ● Osteoblastos:	envolvidos	no	processo	de	produção	da	matriz	óssea;
 ● Osteoclastos: participam do processo de remodelação óssea, promovendo a 
reabsorção do tecido.
2.1.1 Sistema Muscular
15TÓPICO 2 TEMA ESQUELÉTICO, SISTEMA MUSCULAR E SISTEMA NERVOSO
O sistema muscular compreende os três grupos musculares, o músculo estriado 
esquelético, o estriado cardíaco e o músculo liso, já descritos anteriormente em histologia. 
Esses músculos, juntamente com o sistema esquelético, contribuem para a movimentação 
do corpo. Atos como piscar, respirar e andar são completamente dependentes da ação 
deste sistema. 
 As principais atribuições dos músculos são:
●	 Realizar	movimentos	corporais;
●	 Dar	forma	ao	corpo,	auxiliando	na	manutenção	da	postura;
●	 Manter	a	temperatura	corporal.
Os	tipos	musculares	têm	algumas	especificidades	em	comum.	A	primeira	delas	é	
chamada de contratilidade, o que corresponde à capacidade dos músculos de se contraírem 
em resposta a um estímulo. A irritabilidade ou excitabilidade, é a capacidade de responder 
rapidamente aos estímulos elétricos, causando os impulsos. A capacidade que um músculo 
possui	de	ser	estendido	quando	não	está	em	repouso	é	chamada	de	extensibilidade.	Por	fim,	
a elasticidade determina a capacidade do músculo retornar a sua posição normal quando 
em repouso. Coletivamente, essas quatro propriedades conferem ao sistema muscular a 
capacidade de realizar movimentos complexos.
2.1.2 Sistema Nervoso
16TÓPICO 2 TEMA ESQUELÉTICO, SISTEMA MUSCULAR E SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é o principal sistema de comunicação e controle do corpo. Você 
sabia que seus pensamentos e ações são resultados da atividade deste sistema? Pois bem, 
é por meio dele que as informações e os estímulos externos são captados e respondidos, 
na forma de movimentos, sensações ou constatações.
As	células	nervosas	comunicam-se	através	de	sinais	elétricos	rápidos	e	específicos,	
produzindo respostas quase imediatas. No sistema nervoso há a predominância de dois 
tipos celulares, os neurônios e as células da glia.
Os neurônios são as células responsáveis pela recepção de estímulos e transmissão 
dos mesmos. Estas células são dotadas de duas propriedades fundamentais: a irritabilidade 
e a condutibilidade. A irritabilidade corresponde à capacidade celular de responder aos 
estímulos internos e/ou externos. Uma vez que os neurônios foram excitados por esses 
estímulos, uma onda de excitação é transmitida em alta velocidade por toda a sua extensão, 
esse fenômeno corresponde a condutibilidade.
A	 célula	 nervosa	 possui	 uma	 morfologia	 bem	 específica,	 ela	 é	 composta	 por	
um corpo celular e por prolongamentos celulares denominados dendritos e axônios. Os 
dendritos	são	prolongamentos	ramificados	que	atuam	como	receptores	de	estímulos.	Já	
os axônios são prolongamentos mais alongados que atuam como condutores dos impulsos 
nervosos. Cada neurônio pode possuir vários dendritos, mas apenas um axônio. Os axônios 
possuem um revestimento denominado de bainha de mielina, este revestimento acelera 
os impulsos nervosos que estão percorrendo o axônio, além de produzir uma substância 
chamada de mielina, que o protege. Portanto, podemos dizer que os dendritos obtêm e 
carregam mensagens para o corpo celular, enquanto o axônio carrega a mensagem para 
fora da célula. As sinapses são as regiões onde as mensagens são transmitidas de um 
neurônio para outro.
As células da glia não participam da transmissão dos impulsos nervosos, elas estão 
responsabilizadas por isolar, apoiar e proteger o neurônio.
O sistema nervoso pode ser dividido em duas partes: o sistema nervoso central e o 
sistema nervoso periférico. O SNC (sistema nervoso central) divide-se em encéfalo e medula. 
Ao passo que o SNP (sistema nervoso periférico) é formado por nervos encarregados de 
fazer as ligações entre o sistema nervoso central e o corpo.
O encéfalo consiste na junção de três órgãos: o cérebro, o cerebelo e o tronco 
encefálico. O cérebro, sendo o maior e mais complexo dos órgãos deste sistema, é 
responsável pelos pensamentos, memórias, e demais funções relacionadas aos sentidos 
e cognição humana. O cerebelo tem como função coordenar os movimentos do corpo e 
manter o equilíbrio. O tronco encefálico possui a função de conduzir os impulsos nervosos 
17TÓPICO 2 TEMA ESQUELÉTICO, SISTEMA MUSCULAR E SISTEMA NERVOSO
do cérebro para a medula espinhal e vice-versa. Também atua produzindo estímulos 
nervosos de controle das atividades vitais, como os batimentos cardíacos e a respiração.
A medula espinhal atua como um centro nervoso de atos involuntários e como veículo 
para	os	impulsos	nervosos.	É	a	partir	da	medula	que	partem	os	nervos,	que	se	ramificam,	
conectando-a com todo o corpo. Possibilitando assim, o recebimento de mensagens de 
vários locais do corpo e o envio dessas mensagens para o cérebro, e recebendo mensagens 
do cérebro e as transmitindo para as diversas partes do corpo.
O SNP é composto pelos nervos que conectam o cérebro e a medula espinhal 
com os músculos, receptores sensoriais e as glândulas. Sua função é conectar o SNC com 
o resto do corpo. Compõem este sistema dois tipos de nervos: os nervos cranianos e os 
raquidianos. Os nervos cranianos têm sua origem no cérebro e tronco cerebral, sua função 
é transmitir informações sensoriais ou motoras, principalmente para as regiões da cabeça e 
pescoço. Os nervos raquidianos saem da medula espinhal, eles conduzem impulsos desta 
região para a periferia do corpo, como os músculos.
O SNP também pode ser dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso 
autônomo. O sistema nervoso somático é a parte do SNP que tem como função regular 
ações voluntárias, aquelas que nós somos capazes de controlar, e regular a musculatura 
esquelética. Já o sistema nervoso autônomo, atua de modo integrado com o SNC, ele 
possui ainda duas subdivisões: o sistema nervoso simpático, que regula o funcionamento 
dos órgãos, e o sistema nervoso parassimpático, que inibe o funcionamento dos mesmos.
Curiosidade: Durante uma fratura na coluna, as vértebras que normalmente 
protegem	 a	medula	 podem	 danificar	 as	 células.	 Dependendo	 da	 área	 em	 que	 a	 lesão	
ocorrer, o trânsito dos sinais será interrompido até o ponto da fratura, podendo levar o 
indivíduo a perder seus movimentos.
 
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. 
 3 SISTEMA DIGESTÓRIO, SISTEMA CARDIOVASCULAR E SISTEMA RESPIRATÓRIOTÓPICO
TÓPICO 3 SISTEMA DIGESTÓRIO, SISTEMA CARDIOVASCULAR E SISTEMA RESPIRATÓRIO 18
3.1.1 Sistema Digestório
O sistema digestórioé o sistema responsável por garantir a digestão, processo que 
garante a transformação de nutrientes obtidos por meio da alimentação, em substâncias 
menos complexas e absorvíveis, para que possam ser utilizados pelas células.
 
 Podemos resumir as funções deste sistema em:
 ● Ingestão: captação	do	alimento	pela	boca;
 ● Propulsão: movimento que auxilia o alimento a percorrer o tubo digestório. 
Fazem	parte	a	deglutição	e	o	peristaltismo;
 ● Digestão mecânica:	prepara	o	alimento	fisicamente	para	a	digestão.	Fazem	
parte da mastigação. 
 ● Digestão:	série	de	etapas	em	que	as	moléculas	do	alimento	são	digeridas;
 ● Absorção:	 transporte	 dos	 produtos	 finais	 digeridos	 para	 os	 capilares	
sanguíneos	onde	serão	absorvidos;
 ● Defecação: eliminação na forma de fezes das substâncias não aproveitáveis.
 
Muitos órgãos fazem parte do sistema digestório. A boca, onde se encontram os 
dentes e a língua, é responsável por preparar o alimento para a digestão por meio da 
mastigação. Com o auxílio da língua, o alimento será empurrado até o estômago, passando 
durante o caminho pela faringe e o esôfago. O alimento só consegue passar por esse 
trajeto devido ao peristaltismo.
19TÓPICO 3 SISTEMA DIGESTÓRIO, SISTEMA CARDIOVASCULAR E SISTEMA RESPIRATÓRIO
No estômago é produzido o suco gástrico, uma solução rica em ácido clorídrico e 
enzimas. A acidez desta substância dissolverá o alimento, auxiliando na fragmentação iniciada 
na mastigação, durante este processo, a pepsina, enzima presente no suco gástrico, catalisa 
a digestão das proteínas. Ao ser misturado com o suco gástrico, o alimento se transforma em 
uma	massa	acidificada	semilíquida	e	passa	a	ser	chamado	de	quimo.	Ao	passar	pelo	piloro,	
um esfíncter muscular, o quimo irá, aos poucos, adentrando no intestino delgado.
Curiosidade: O estômago pode armazenar até quase 1,5 litros de comida, o que 
faz com que não seja necessária a ingestão de alimentos em um curto período de tempo.
A maior parte da digestão ocorre no intestino delgado, este órgão é dividido em três 
partes, o duodeno, o jejuno e o íleo. Grande parte da digestão do quimo ocorre no duodeno 
e no início do jejuno. No duodeno, há a ação do suco pancreático, produzido pelo pâncreas, 
e da bile, produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar. Ambas as substâncias 
auxiliam na digestão do alimento. As enzimas digestivas presentes no suco pancreático, 
juntas com os sais biliares, são responsáveis pela hidrólise das moléculas de alimento, 
como os carboidratos, as proteínas e as gorduras. 
Ocorre então a absorção dos nutrientes. A mucosa intestinal é uma região que 
apresenta inúmeros dobramentos, chamados de vilosidades, além disso, as células do 
epitélio intestinal apresentam dobramentos microscópicos, chamados de microvilosidades. 
Estas características contribuem para o aumento da superfície de absorção intestinal. Os 
nutrientes então são absorvidos pelos vasos sanguíneos presentes no intestino e são 
transportados ao fígado, onde são distribuídos pelo corpo.
Algumas substâncias são reagrupadas em triacilgliceróis, essas substâncias 
são transferidas para os vasos linfáticos e em seguida para os vasos sanguíneos, onde 
alcançam as células gordurosas (adipócitos), sendo, então, armazenadas.
No	intestino	grosso,	há	a	presença	de	mucosas	que	lubrificam	as	fezes,	facilitando	
a	sua	locomoção	e	eliminação	pelo	ânus.	Há	também	a	presença	de	inúmeras	bactérias,	
responsáveis por dissolver os restos alimentícios que não foram aproveitados. Este órgão 
absorve uma quantia considerável de água, com isso, o conteúdo intestinal é condensado 
até formar as fezes, que serão evacuadas.
20TÓPICO 3 SISTEMA DIGESTÓRIO, SISTEMA CARDIOVASCULAR E SISTEMA RESPIRATÓRIO
3.1.2 Sistema Cardiovascular
O sistema cardiovascular, também conhecido como sistema circulatório, é o 
sistema responsável por garantir a circulação do sangue no corpo, permitindo que as 
células recebam o oxigênio e os nutrientes fundamentais para que exerçam suas funções. 
Além disso, o transporte do sangue pelo corpo também assegura a coleta de resíduos que 
devem ser eliminados.
Este sistema é composto basicamente pelo coração e pelos vasos sanguíneos, 
como as veias, artérias e os capilares.
O coração humano é dividido em quatro cavidades: dois átrios, localizados na 
parte superior do coração, e dois ventrículos, localizados na porção inferior do órgão. Os 
átrios correspondem à cavidade responsável por receber o sangue que chega ao coração, 
enquanto os ventrículos são encunbidos de garantir o bombeamento do sangue para fora 
do coração. Outras estruturas presentes no coração que são de extrema importância para 
o	sistema	circulatório	são	as	válvulas.	A	função	das	válvulas	é	certificar	que	o	sangue	siga	
sempre em uma única direção, dos átrios para os ventrículos. O átrio direito se comunica 
com o ventrículo direito por meio da válvula tricúspide, enquanto o átrio esquerdo se 
comunica com o ventrículo esquerdo através da válvula bicúspide ou mitral.
As câmaras cardíacas se contraem e dilatam alternadamente, isso ocorre 
aproximadamente 70 vezes por minuto. Quando o coração se encontra contraído, damos a 
este processo o nome de sístole. Já o relaxamento do mesmo, que ocorre entre as sístoles, 
chamamos de diástole.
21TÓPICO 3 SISTEMA DIGESTÓRIO, SISTEMA CARDIOVASCULAR E SISTEMA RESPIRATÓRIO
Com relação a circulação do sangue dentro do corpo humano, podemos dividi-la 
em dois trajetos. Um desses circuitos é responsável por levar o sangue aos pulmões, para 
garantir a sua oxigenação. O outro, leva o sangue oxigenado para as células distribuídas 
pelo corpo. Por esse motivo, diz-se que a nossa circulação é dupla. A esses dois trajetos 
damos o nome de circulação pulmonar e circulação sistêmica, respectivamente.
FIGURA 1 - TRAJETO DO SANGUE NAS CIRCULAÇÕES PULMONAR E SISTÊMICA
Fonte: A autora (2022).
No	que	diz	respeito	aos	vasos	sanguíneos,	podemos	classificá-los	em	três	tipos:
 ● Artérias: São vasos de parede espessa que saem do coração levando o 
sangue	para	os	órgãos	e	tecidos	do	corpo;
 ● Capilares: São vasos de pequeno calibre que garantem a troca de substâncias 
entre	os	tecidos	do	corpo	e	o	sangue;
 ● Veias: São vasos que garantem o retorno do sangue ao coração.
Curiosidade: Você certamente já precisou aferir a sua pressão arterial, correto?
Seja em uma visita médica ou em uma doação sanguínea. O que foi aferido, foi a 
pressão exercida pelo sangue contra a parede das artérias.
22TÓPICO 3 SISTEMA DIGESTÓRIO, SISTEMA CARDIOVASCULAR E SISTEMA RESPIRATÓRIO
3.1.3 Sistema Respiratório
Você sabia que as células presentes em nosso corpo dependem de oxigênio 
para produzir a energia necessária para realizar todas as suas funções? 
Após utilizarem o oxigênio, as células produzem gás carbônico, um subproduto que 
deve ser eliminado. Isso só é possível graças a ação do sistema respiratório, responsável 
por absorver o oxigênio do meio ambiente e eliminar o gás carbônico.
Inicialmente,	o	ar	adentra	o	corpo	por	meio	das	fossas	nasais,	em	que	será	filtrado.	
O ar então percorre o caminho necessário para chegar até o pulmão, passando pela faringe, 
laringe	e	traquéia,	esta	última	se	ramifica	em	dois	brônquios,	dando	acesso	ao	pulmão.	O	
ar	então	adentra	os	bronquíolos,	e	por	fim	chega	aos	alvéolos	pulmonares,	local	em	que	
ocorrem as trocas gasosas.
O oxigênio presente no ar dissolve-se no revestimento dos alvéolos, difundindo-se 
através do epitélio para os capilares. O oxigênio então será transportado para as células 
do organismo, no qual será utilizado no processo de respiração celular. Neste processo, 
as células convertem a glicose em ATP, fazendo uso do oxigênio e gerando gás carbônico.
Esses acontecimentos só são possíveis devido aos processos que constituem a 
respiração: a inspiração e a expiração. A inspiração ocorre devido a contração do diafragma, 
que acarreta na contração e elevação das costelas. Esteocorrido aumenta a caixa torácica, 
23TÓPICO 3 SISTEMA DIGESTÓRIO, SISTEMA CARDIOVASCULAR E SISTEMA RESPIRATÓRIO
diminuindo a pressão interna e forçando a entrada do ar nos pulmões. Na expiração ocorre 
o processo inverso, por meio do relaxamento do diafragma, a caixa torácica retorna ao seu 
tamanho de repouso e os pulmões se retraem. Com isso, há o aumento da pressão interna, 
forçando o ar para fora dos pulmões.
 Os órgãos que fazem parte deste sistema são:
 ● Nariz:	responsável	por	inalar,	umedecer,	aquecer	e	filtrar	o	ar;
 ● Faringe:	via	de	passagem	para	o	alimento	e	o	ar;
 ● Laringe: via de passagem para o ar, também evita que o alimento penetre 
nas	vias	respiratórias;
 ● Traqueia:	 via	de	passagem	para	o	ar,	 também	age	filtrando,	aquecendo	e	
umedecendo	o	ar;
 ● Árvore bronquial:	via	de	passagem	do	ar;
 ● Alvéolos:	local	onde	ocorrem	as	trocas	gasosas;
 ● Pulmões: captar oxigênio e liberar gás carbônico.
 
. . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
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. 
 4 SISTEMA ENDÓCRINO, SISTEMA URINÁRIO E SISTEMA REPRODUTOR TÓPICO
TÓPICO 4 SISTEMA ENDÓCRINO, SISTEMA URINÁRIO E SISTEMA REPRODUTOR 24
4.1.1 Sistema Endócrino
O sistema endócrino é um sistema regulatório, ele tem como função manter o 
ambiente interno do corpo dentro da normalidade. Os órgãos que compõem este sistema 
são as glândulas hormonais.
Os hormônios, que circulam pelo corpo por meio da corrente sanguínea, são 
capazes	de	alcançar	e	sinalizar	respostas	fisiológicas	para	células	distantes.	Desta	maneira,	
o sistema endócrino é capaz de regular processos importantes para o homem, como o 
crescimento do corpo e o desenvolvimento de órgãos reprodutores.
Você deve se lembrar de quando abordamos sobre as glândulas em histologia. As 
glândulas são formadas no tecido epitelial glandular, e não são apenas aglomerados de 
células que compartilham da mesma morfologia ou que desempenham as mesmas funções 
básicas,	 atributos	 que	 caracterizam	 um	 tecido.	 	As	 glândulas	 são	 órgãos	 definidos	 que	
atuam na produção de importantes substâncias para a manutenção do bom funcionamento 
do organismo e para a regulação do metabolismo.
Ao ser liberado no sangue, o hormônio terá contato com praticamente todas as 
células	do	corpo,	no	entanto,	atuará	especificamente	em	algumas	delas,	que	são	chamadas	
de células-alvo. Essas células possuem em sua superfície externa receptores hormonais, 
que	são	proteínas	capacitadas	a	se	combinarem	com	os	hormônios	específicos.	O	estímulo	
hormonal só acontecerá quando ocorre a combinação entre um hormônio e seu receptor 
na célula-alvo.
25TÓPICO 4 SISTEMA ENDÓCRINO, SISTEMA URINÁRIO E SISTEMA REPRODUTOR
As células endócrinas podem criar e secretar seus hormônios por meio de três 
estímulos: humoral, neural e hormonal. No estímulo humoral, a liberação hormonal é 
provocada por níveis alterados de íons ou nutrientes no sangue. O estímulo neural tem a 
sua	liberação	hormonal	provocada	a	partir	de	fibras	nervosas.	Por	fim,	o	estímulo	hormonal	
tem sua liberação provocada por outro hormônio.
Um	dos	principais	componentes	do	sistema	endócrino	é	a	hipófise.	Este	órgão	está	
localizado na base do encéfalo e secreta, pelo menos, nove hormônios. Alguns desses hormônios 
são denominados trópicos, pois atuam sobre outras glândulas endócrinas, comandando a 
secreção de outros hormônios. Podemos citar como exemplo as gonadotropinas, hormônios 
que	atuam	nas	gônadas	masculinas	e	femininas.	Ou	os	hormônios	somatotróficos,	que	atuam	
no crescimento, estimulando o alongamento dos ossos.
Localizado	no	cérebro,	 logo	acima	da	hipófise,	o	hipotálamo	recebe	informações	
provenientes de diversos nervos do corpo e do encéfalo, desempenhando uma integração 
entre os sistemas endócrino e nervoso. Também secreta substâncias semelhantes a 
hormônios	que	atuam	sobre	a	hipófise,	conhecidos	como	fatores	de	liberação.	O	hipotálamo	
estimula	a	hipófise	a	 liberar	hormônios	gonadotróficos,	que	 irão	atuar	sobre	as	gônadas	
(testículos e ovário), os estimulando a liberar hormônios gonadais na corrente sanguínea.
A tireóide, situada na parte anterior do pescoço, é uma glândula responsável 
principalmente pela produção dos hormônios T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina). Estes 
hormônios afetam diversas células do corpo, tem como principal função aumentar a taxa 
metabólica basal (taxa em que o corpo utiliza oxigênio para transformar nutrientes em 
energia). As pessoas que secretam pouca quantidade desse hormônio, têm o ritmo mais 
lento e sentem mais frio, enquanto indivíduos que o secretam em excesso, são pessoas 
mais inquietas e que sentem muito calor. A calcitonina, outro hormônio produzido pela 
tireóide, entra em ação diminuindo os níveis de cálcio no sangue quando este está elevado. 
As glândulas paratireóides são pequenas e situam-se na parte posterior da tireóide. 
Elas	produzem	um	hormônio	chamado	de	paratormônio,	ou	hormônio	da	paratireóide	(PTH).	
Esse hormônio, quando necessário, aumenta a concentração de cálcio no sangue, fator 
importante para a manutenção da vida, visto que, o cálcio é importante para a coagulação 
sanguínea, para excitabilidade de células nervosas e para a contração muscular.
O homem possui duas glândulas supra-renais, cada uma dessas é dividida em duas 
partes secretoras de hormônios diferentes, a medula e o córtex. A medula desta glândula é 
constituinte do sistema nervoso, mas também secreta hormônios que auxiliam a resposta 
do corpo nos momentos de luta e fuga, são os hormônios derivados da norepinefrina. Os 
corticosteróides são os hormônios secretados pelo córtex, eles podem ser de dois tipos, 
26TÓPICO 4 SISTEMA ENDÓCRINO, SISTEMA URINÁRIO E SISTEMA REPRODUTOR
mineralocorticóide ou glicocorticóide. Os mineralocorticóides são secretados em resposta 
a um declínio na pressão arterial ou no volume sanguíneo. Os glicocorticóides, dos quais 
o cortisol é o mais conhecido, ajudam o corpo a passar por situações de estresse, como o 
jejum, a infecção e a ansiedade.
Localizado na parte posterior da cavidade abdominal, o pâncreas apresenta 
células endócrinas e exócrinas ao mesmo tempo. As células exócrinas secretam enzimas 
digestivas	no	intestino	delgado	durante	a	digestão	do	alimento.	As	células	endócrinas	ficam	
contidas nas ilhotas pancreáticas e podem ser do tipo alfa e beta. As células alfa liberam o 
glucagon, um hormônio que sinaliza às células hepáticas para liberar glicose, elevando o 
nível de açúcar no sangue sempre que estiver baixo. Já as células beta, são responsáveis 
pela secreção da insulina, um hormônio que sinaliza às células para captar e armazenar a 
glicose do sangue, diminuindo os níveis excessivos de açúcar no sangue.
Os testículos e o ovário, são a principal fonte dos hormônios esteróides sexuais. 
Eles atuam no sistema endócrino ao secretarem hormônios que estimulam o crescimento 
e o desenvolvimento do corpo. Os androgênios secretados pelas células endócrinas 
localizadas nos testículos, mantêm os órgãos reprodutores e as características sexuais 
secundárias dos homens (como o desenvolvimento de pêlos faciais), e ajudam a formar 
os espermatozóides. Nos ovários, os androgênios são secretados e convertidos em 
estrogênio, hormônio que mantém as características sexuais secundárias das mulheres 
(como o desenvolvimento dos seios) e seus órgãos reprodutores. As células foliculares 
também produzem progesterona, responsável por sinalizar ao útero para que se prepare 
para a gravidez.
4.1.2 Sistema Urinário
Também conhecido como sistema excretor, o sistema urinário é incumbido de 
eliminar	 substâncias	 tóxicas	 do	 corpo.	 Diariamente,	 os	 rins	 atuam	 filtrando	 o	 sangue	 e	
eliminando, por meio da urina, toxinas, excesso de água e de íons e resíduos metabólicos. 
Enquanto	isso,	devolvem	ao	sangue	substâncias	necessárias	obtidas	no	fluido	filtrado,que	
podem ser reaproveitadas. Portanto, podemos dizer que o sistema excretor é o responsável 
por manter a pureza do sangue.
No córtex renal (parte externa do rim), existem estruturas chamadas de néfrons. 
Nessa	 estrutura	 ocorre	 a	 filtração	 do	 sangue	 e	 reabsorção	 de	 algumas	 substâncias.	O	
sangue chega até essas estruturas por meio da artéria renal. Dentro do rim, esta artéria se 
afina	até	que	se	torne	um	vaso	capilar,	que	se	enrola	formando	o	glomérulo	renal,	localizado	
dentro da cápsula renal. O sangue arterial é conduzido para fora do glomérulo, em direção 
a veia renal, se tornando sangue venoso. 
27TÓPICO 4 SISTEMA ENDÓCRINO, SISTEMA URINÁRIO E SISTEMA REPRODUTOR
A	filtração	do	sangue	ocorre	quando	este	passa	pela	cápsula	renal.	O	material	fil-
trado é deslocado até os túbulos do néfron, em que serão absorvidas algumas substâncias, 
como a glicose e água. O material que não for reabsorvido irá se acumular e tornar-se urina. 
Os principais resíduos excretados na urina são: ureia, ácido úrico e creatinina.
Os principais órgãos que constituem esse sistema são:
●	 Rins:	responsáveis	pela	formação	da	urina;
● Ureteres: tubos	que	transportam	a	urina	até	a	bexiga;	
●	 Bexiga urinária: reservatório	temporário	da	urina;
●	 Uretra: canal de transporte da urina para fora do corpo.
4.1.3 Sistema Reprodutor 
Todos os seres vivos precisam se reproduzir para garantir a perpetuação da espécie. 
Nos seres humanos, este processo ocorre por meio da ação do sistema reprodutor.
Para que a reprodução ocorra, é necessário que haja a formação dos gametas por 
meio dos processos chamados de espermatogênese e ovogênese. Nós já estudamos estes 
processos na embriologia. Portanto, neste subtópico nós apenas revisamos as estruturas e 
funcionamento dos sistemas genitais masculino e feminino.
O sistema reprodutor feminino é composto por dois ovários, duas tubas uterinas, 
também conhecidas como trompas de Falópio, útero e vagina.
28TÓPICO 4 SISTEMA ENDÓCRINO, SISTEMA URINÁRIO E SISTEMA REPRODUTOR
Cabe ao ovário produzir os óvulos e alguns hormônios sexuais femininos. A partir 
da puberdade, a cada 28 dias, um folículo ovariano passa pela maturação, liberando o óvulo 
do	ovário.	O	desenvolvimento	do	folículo	e	a	liberação	do	óvulo	ocorre	sob	a	influência	dos	
hormônios	FSH	e	LH.	Após	a	ovulação,	o	folículo	rompido	cresce,	se	transformando	em	
corpo lúteo, e passa a secretar progesterona, hormônio que mantém o crescimento da 
parede do útero. Caso não ocorra a fecundação, o corpo lúteo se degenera, cessando 
a produção da progesterona. Neste caso, a membrana espessa do endométrio irá se 
fragmentar, resultando na menstruação. 
 As tubas uterinas são dois tubos que unem o ovário ao útero. O tecido epitelial que 
reveste o interior dessa estrutura possui a presença de células ciliadas. O movimento desses 
cílios, unido aos movimentos peristálticos das tubas, conduzem o óvulo até o útero. O útero 
é um órgão oco estreito e pequeno, no entanto, durante a gravidez, tem a capacidade de 
se	expandir	de	forma	significativa,	com	o	intuito	de	abrigar	o	embrião	durante	a	gestação.
A vagina compreende o canal entre o colo de útero e a vulva (genitália feminina 
externa), ela é composta por um tecido muscular liso revestido por uma mucosa, este tipo 
de tecido permite à vagina acomodar o pênis durante a relação sexual e abrir espaço para 
a passagem do bebê durante o parto.
O sistema reprodutor masculino é formado basicamente pelos: testículos, 
epidídimos, canal deferente, uretra, pênis, escroto, próstata, vesículas seminais e as 
glândulas bulbouretrais.
Os	testículos	são	as	gônadas	masculinas	e	ficam	armazenados	no	saco	escrotal.	
Cada testículo é composto por tubos seminíferos, tais tubos são formados pelas células 
de Sertoli e pelo epitélio germinativo, local de formação dos espermatozoides. As células 
presentes nos tubos seminíferos produzem hormônios masculinos, como a testosterona, 
responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres 
sexuais secundários. Os epidídimos conectam os testículos com o canal deferente e ajudam 
no desenvolvimento e armazenamento dos espermatozóides.
O canal deferente compreende dois tubos que partem dos testículos e unem-se 
ao canal ejaculatório, no qual desembocam as vesículas seminais. Estes canais servem 
como armazenamento para as células do esperma e como ductos excretores. As vesículas 
seminais produzem secreções que nutrem e protegem o espermatozóide durante o seu 
trajeto	pelo	sistema	reprodutor	feminino.	Durante	a	ejaculação,	o	fluido	seminal	é	incorporado	
aos espermatozóides, que deixam os ductos ejaculatórios, sendo liberado pela uretra.
29TÓPICO 4 SISTEMA ENDÓCRINO, SISTEMA URINÁRIO E SISTEMA REPRODUTOR
O pênis é um órgão externo deste sistema, ele contém um tecido erétil que se torna 
alargado	e	rígido	durante	o	estímulo	sexual.	Quando	um	homem	fica	sexualmente	excitado,	
impulsos nervosos inundam os corpos cavernosos com sangue, o que faz com que o pênis 
aumente	de	 tamanho	e	 se	 torne	 firme.	A	uretra,	 um	canal	 que	 se	estende	ao	 longo	do	
pênis, é destinada tanto para a ejaculação quanto para liberação da urina. No entanto, os 
músculos presentes na entrada da bexiga se contraem durante a ereção, evitando que a 
urina entre no sêmen e o sêmen entre na bexiga.
A	 próstata	 é	 responsável	 por	 secretar	 um	 fluido	 que	 melhora	 a	 mobilidade	 do	
esperma. Este líquido é alcalino e neutraliza secreções vaginais ácidas, aumentando 
a viabilidade e motilidade dos espermatozóides dentro do canal vaginal. Assim como a 
próstata, as glândulas bulbouretrais também são responsáveis por liberar uma secreção 
alcalina	ao	sêmen,	neste	caso,	esta	secreção	atua	como	um	 lubrificante	para	a	 relação	
sexual e como um agente, limpando a uretra de quaisquer vestígios de urina.
 
30
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro (a) aluno (a), neste curso você revisou informações fundamentais em áreas da 
biologia relacionadas ao funcionamento e formação do organismo humano. A embriologia, 
a histologia e os sistemas do corpo humano.
Esses tópicos são extremamente complexos e abrangentes, cujos detalhes não 
puderam ser expressados neste material. Entretanto, o principal objetivo deste curso de 
nivelamento é abordar resumidamente temas que serão aplicados em disciplinas futuras 
durante a sua graduação.
Iniciamos com o tema embriologia, no qual estudamos como ocorre a formação e 
desenvolvimento do embrião, e com o tema histologia, em que estudamos a formação e a 
função dos tecidos.
Em seguida, abordamos alguns sistemas que compõem o corpo humano: sistema 
esquelético, responsável por formar o esqueleto, sistema muscular, cuja principal função é 
garantir a movimentação e o sistema nervoso, que coordena e regula as atividades corporais.
Seguimos então com o estudo dos sistemas, em que abordamos: sistema endócrino, 
que regula e controla as funções do organismo, sistema cardiovascular, responsável 
por garantir o transporte do sangue pelo corpo, e sistema respiratório, que possibilita a 
ocorrência das trocas gasosas.
Finalizamos então o nosso conteúdo estudando os últimos sistemas: sistema 
digestório, responsável por garantir a absorção dos nutrientes, sistema urinário, incumbido 
de eliminar toxinas, e sistema reprodutor, que garante a perpetuação da espécie.
Esperamos que você tenha aproveitado ao máximo o conteúdo disponível neste 
material e desejamos boa sorte em sua jornada acadêmica.
Lembre-se, seu futuro depende principalmente de você. Persevere. 
31
MARIEB,	Elaine	N.;	WILHELM,	Patricia	Brady;	MALLATT,	Jon.	Anatomia	Humana.	
7. ed. São Paulo: Editora Pearson, 2014. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/
Leitor/Publicacao/10214/epub/0. Acesso em: 09 dez. 2022. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ENDEREÇO MEGAPOLO SEDE
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 CEP 87702 - 320
 Paranavaí - PR - Brasil 
TELEFONE (44) 3045 - 9898Botão 11: 
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