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ANÁLISE POEMA XXXIII – MARÍLIA DE DIRCEU Ele diz que não foram as moiras perversas que o matou na maldita roca onde ela sem descansar sempre está a fiar o fio da vida. Ele diz então que elas não foram as responsáveis por sua “morte” No verso: “Eu, Marília, respiro” é como se ele tentasse se acalmar. Mas isso é maior do que ele pode suportar e por isso ele diz: “Mas ao mal, que suporto, É tão tirano, e forte, Que já me dou por morto”, como se ele desistisse de resistir ao sofrimento. Ele fala sobre uma desrespeitosa mentira a respeito de alguém, que pode ser a acusação feita contra ele de conspiração, por participar da inconfidência mineira. Nos próximos versos ele diz: “Ergueu-se contra mim, vibrou da língua, A venenosa espada” querendo dizer que essa mentira trouxe consequências vindas da fala de alguém. Ele conta que ainda não vê ninguém sendo morto no cadafalso (forca), nem mesmo quem executa a pena de morte de um condenado. Mas ele tem uma sorte perversa de continuar vivo nesse mundo; um mundo sem liberdade. Por causa de todos esses problemas ele se encontra em péssimo estado, um estado que ele mesmo fala que é digno de piedade. Ele diz que é assim que vive um réu, aquele que é autor ou coator de um crime ou delito. Ele diz: “Venha o processo, venha, Na inocência me fundo”, como se não importasse o que acontecesse, ele continuaria convicto na sua inocência. No verso: “Mas não morreram outros, Que davam honra ao mundo!”, como se ele quisesse dizer que outros tem privilégios. Ele fala que aquele que cumpre as leis sagradas é sábio. E “servem de sólio as cruzes”, como se fizesse uma crítica a igreja.