APRESENTAÇÃO MÔNICA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
Diretotia de Educação Abertae e a Distância
Licenciatura em Química
Mônica dos Santos Moreira
PROJETO DE PESQUISA 
TRATAMENTO ALTERNATIVO DE ÁGUA CINZA PARA REUSO UTILIZANDO EXTRATOS DE Mangifera indica E Spondias lutea 
VARZELÂNDIA – MG
2024
INTRODUÇÃO 
A água é um recurso indispensável na vida do homem;
Alternativas sustentáveis para o trato com a água;
O reuso de água é uma das alternativas mais sustentáveis e acessíveis para a população mundial no que tange à redução e aproveitamento da água.
Aplicação de técnicas simples de tratamento para as águas cinzas a fim de reduzir transtornos como geração de maus odores.
JUSTIFICATIVA
O reuso de água é atualmente uma das possibilidades alternativas mais sustentáveis e acessíveis;
Esse sistema prevê o aproveitamento de águas já utilizadas;
Viabilização da aplicação de técnicas simples de tratamento para as águas cinzas.
Utilização de extratos vegetais para melhorar potencialmente a qualidade das águas de reuso
OBJETIVOS 
OBJETIVO GERAL
Analisar a eficiência do uso de extratos vegetais como formas alternativas para o tratamento da água cinza em sistema domiciliar de reuso.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Avaliar a clarificação obtida após o uso dos extratos;
Avaliar a redução da carga bacteriológica após aplicação dos extratos vegetais;
Comparar os resultados obtidos com o uso dos extratos com aqueles obtidos com as mesmas concentrações de cloro.
REFERENCIAL TEÓRICO 
FORMAS ALTERNATIVAS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA
Segundo Kobiyama, Checchia e Silva (2005), com o aumento da população aumentou-se também a demanda de água potável fazendo-se necessária a utilização de fontes alternativas para captação, já que as águas superficiais e subterrâneas não conseguem mais suprir todas as necessidades da população. Uma das alternativas seria a utilização de águas salinas, de água da chuva e a reutilização de água.
A origem da reutilização da água se deu a partir da redução da água disponível, fazendo com que a água potável se destinasse às atividades nobres e a água reutilizada suprisse a necessidade das atividades consideradas menos nobres.
Embora a prática de reuso seja uma ferramenta bastante útil para minimizar os problemas de escassez de água, principalmente em regiões urbanas e industrializadas, a adoção dessa deve ser devidamente planejada de maneira a minimizar os riscos sobre a saúde humana e sobre o desempenho das atividades nas quais está sendo aplicado o reuso (BRAGA et al., 2005; p.112).
REUSO: NECESSIDADE E APLICAÇÕES
Conforme Fiori (2005), para a reutilização da água deve-se primeiramente conhecer sua qualidade, características físicas, químicas e biológicas, para que a água a ser reutilizada atenda os critérios recomendados para o devido fim.
Blum (2003) define que a qualidade da água baseada na adequação ao seu uso é que nos dá a classificação das águas adequadas ou não adequadas a determinados usos, sendo que,para a água ser classificada como boa ou má, vai depender do uso previsto para ela.
ÁGUAS CINZAS
Águas cinza, representando cerca de 70% do esgoto doméstico, têm um grande potencial de reutilização, devido a sua disponibilidade e o seu baixo teor de poluentes, quando comparado com a mistura de águas residuais (LEAL et al., 2007 apud SOUZA; PAULO,2009).
De acordo com Gonçalves et al. (2006), as águas cinzas apresentam uma alta concentração de sólidos suspensos e turbidez elevada devido aos resíduos de alimentos, cabelos e fibras de tecidos presentes nas águas cinzas de cozinha, banheiro (chuveiro e lavatório) e lavanderia, o que proporciona um ambiente adequado para proliferação de microrganismos.
SISTEMAS DE PURIFICAÇÃO DE ÁGUAS CINZAS
Para Gonçalves et al. (2006), para a produção de uma água de reuso sem odor e com baixa turbidez, uma estação de tratamento de águas cinzas deve ter, pelo menos, o tratamento primário e secundário.
Existem também tratamentos alternativos para os efluentes domésticos que utilizam sementes e extratos vegetais como auxiliares na coagulação e floculação.
Nogueira et al. (2010) investigou a eficácia da semente de Moringa oleifera como coagulante natural e o extrato do quiabo como auxiliar de floculação em efluentes domésticose industriais.
METODOLOGIA 
MATERIAIS 
Serão feitas coletas em três pontos do sistema de reuso de água implantado na residência do Sr. Jose Gomes, antes do filtro, depois do filtro e no reservatório (caixa de alimentação aos vasos sanitários) para análises laboratoriais para determinação do IQA – Índice de Qualidade de Água, desenvolvido pelo CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo).
O IQA consiste em um cálculo que incorpora nove parâmetros considerados relevantes para a avaliação da qualidade das águas, tendo como determinante principal a utilização das mesmas para abastecimento público.
Onde:
q i : valor do parâmetro i, numa escala de 0 a 100.
w i : peso relativo atribuído ao parâmetro i.
Segundo Mota (2008), os valores de IQA variam de 0 a 100, para os diferentes níveis de qualidade de água.
	QUALIDADE	PONDERAÇÃO
	Ótima 	79 < IQI <_ 100
	Boa 	51 IQI <_ 79 
	Aceitável 	36 IQI<_ 51
	Ruim 	19 IQI <_ 36
	Péssima 	IQI <_ 19 
Tabela – Níveis de Qualidade de Água segundo avaliação dos resultado obtidos com os índices de qualidade de água (IQA)
ENSAIOS LABORATORIAIS COM EXTRATOS VEGETAIS
No laboratório de práticas experimentais da Escola Estadual Deputado Edgar Pereira será realizada uma pesquisa qualitativa, através dos extratos da Manga (Mangifera indica) e Cajá (Spondias lutea), espécies nativas do norte de Minas Gerais.
Será utilizado para a obtenção do extrato da manga, o caroço, e para o cajá, a casca.
Os extratos vegetais serão secos em estufa a 35°C durante 24 horas. Em seguida, macerados em um almofariz, até virarem um pó bem fino. 
CRONOGRAMA 
	CRONOGRAMA PREVISTO PARA ELABORAÇÃO DO TCC												
	ANO 	2024											
	MÊS	Jan	Fev	Março	Abril	Maio	Junho	Julho	Agosto	Set	Out	Nov	Dez
	Definição do tema	 	x	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 
	Levantamento
Bibliográfico	 	 	x	x	 	 	 	 	 	 	 	 
	Elaboração do projeto	 	 	x	x	 	 	 	 	 	 	 	 
	Apresentação do projeto	 	 	 	 	x	 	 	 	 	 	 	 
	Coleta de dados	 	x	x	x	x	x	x	x	x	 	 	 
	Análise e discussão dos
dados	 	 	 	 	x	x	x	x	x	 	 	 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BLUM, J. R. C. Critérios e padrões de qualidade de água in MANCUSO, P. C. S; SANTOS, H. S. (editores) et al. Reuso de Água. Barueri, São Paulo: Manole, 2003. p. 125-174
BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental: o desafio do desenvolvimento sustentável. 2ª edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. p. 73-123
COSTA, R. P. Água: matéria-prima primordial à vida in TELLES, D. D; COSTA, R. P. (coordenadores) et al. Reuso da Água: conceitos, teorias e práticas. 2ª edição. São Paulo: Blucher, 2010. p. 1-11
FIORI, S. Avaliação qualitativa e quantitativa do potencial de reuso de água cinza em edifícios residenciais multifamiliares. Dissertação de Mestrado – Universidade de Passo Fundo. Passo Fundo, 2005.
GONÇALVES, R. F. et al. Gerenciamento de águas cinzas in GONÇALVES, R. F. (coordenador) et al. Uso racional da água em edificações. Rio de Janeiro: ABES, 2006. p.153-222
KOBIYAMA, M; CHECCHIA, T; SILVA, R. V. Tecnologias alternativas para aproveitamento de águas. Florianópolis: UFSC/CTC/ENS, 2005. 110 p.(Apostila para Curso de Especialização em gestão de Recursos Hídricos) 
LINDSTROM, C. Greywater: what is...how to treat it…how to use it. Disponível em: <http://www.greywater.com> 
MANCUSO, P. C. S; BREGA FILHO, D. Conceito de reuso de água in MANCUSO, P. C. S; SANTOS, H. S. (editores) et al. Reuso de Água. Barueri, São Paulo: Manole, 2003. p. 20-36
MOTA, S. Gestão Ambiental de Recursos Hídricos. 3ª ed. , atualizada e revisada. Rio de
Janeiro: ABES, 2008. p. 64-67
NOGUEIRA, F. C. B. et al. Sementes de Moringa oleifera e extrato de quiabo no tratamento de efluentes urbanos e industriais.UNIFENAS. II Encontro Nacional de Moringa. Aracaju-SE,2010.
PHILIPPI JÚNIOR, A. Reuso de água: uma tendência que se firma in MANCUSO, P. C. S; SANTOS, H. S. (editores) et al. Reuso de Água. Barueri, São Paulo: Manole, 2003. p. XIII-XVII 
RAPOPORT, B. Águas cinzas: Caracterização, avaliação financeira e tratamento para reuso domiciliar e condominial. Escola Nacional de Saúde Pública. Rio de Janeiro, 2004.
SANTOS, H. F. Custos dos sistemas de reuso de água in MANCUSO, P. C. S; SANTOS, H. S. (editores) et al. Reuso de Água. Barueri, São Paulo: Manole, 2003. p. 433-468
SOUZA, H. H. S; PAULO, P. L. Avaliação da Desinfecção Solar (SODIS) de água cinza. Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. X Encontro de iniciação científica da UFMS, 2009.
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