REGULAR - PRaTICAS

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Curso: DPC REGULAR 
Disciplina: PEÇAS PRÁTICAS 
Professor: BRUO ZAMPIER 
Monitor: Aleane Valgas Teixeira 
Blocos: 01 a 04 
PEÇAS PRÁTICAS DE POLÍCIA JUDICIÁRIA 
 
As aulas serão ministradas pelos professores Bruno Zampier e Cristiano Campidelli. 
Perspectiva dos editais: 
** Ver e-book e slides da aula disponíveis na área do aluno. 
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Normalmente, a elaboração da peça é parte da prova discursiva, juntamente com 
questões, normalmente de Constitucional, Administrativo, Penal e Processo Penal. 
Observações: 
A maioria das provas não permite consultas. 
Exceção atual: 
A peça mais exigida dos candidatos: REPRESENTAÇÃO (espécie de petição inicial, feita 
pelo Delegado, direcionada ao Poder Judiciário). 
Estatisticamente, 75% dos concursos de Delegado cobrou representação. 
Apresentação das Peças Práticas de Polícia Judiciária 
1 – Funções de Polícia Judiciária 
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Seja nas polícias civil ou federal, são funções de apuração das circunstâncias que 
envolvem um possível delito. Na sua essência, objetiva esclarecer a autoria e traçar 
indícios acerca da materialidade. 
2 – Funções de Polícia Administrativa 
Essas funções não são cobradas na prova de peça prática. Ex.: expedição de passaporte 
pela Polícia Federal; fiscalização de determinadas atividades. 
Finalidade do Inquérito: 
• visão tradicional – fornecer justa causa para ação penal. 
• visão moderna – jurisprudência STF – produzir diligências investigativas afim 
de se tentar reconstruir o fato tido como criminoso, confirmando-se ou não 
a autoria e materialidade, a partir da conciliação dos direitos fundamentais 
de todos os envolvidos (investigados, vítimas e pretensão punitiva estatal). 
Finalidade das peças: 
• Iniciar, dar andamento, ou finalizar o procedimento do inquérito. 
• Obter provas acerca do fato investigado, confirmando ou não a autoria e 
materialidade. 
• Respeitar as cláusulas de reserva de jurisdição. 
• Formalizar determinado fato no inquérito (ex.: auto de apreensão). 
Classificação das peças: 
I. Inaugurais 
II. Decisórias 
III. Requisitórias (ex.: dados armazenados em algum banco de dados) 
IV. Petitórias 
V. Conclusivas 
Linha do tempo do inquérito: 
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I. Peças Inaugurais 
a) Portaria (maior probabilidade de ser cobrada!) 
Ato administrativo que instaura o inquérito. 
Art. 5º, CPP. 
Estrutura da Portaria: 
INTRODUÇÃO 
- Estrutura: texto narrativo ou “considerandos”. 
- Título da peça: “PORTARIA”; 
- Apresentação de quem está instaurando a Portaria – TITULARIDADE; 
- Fundamento legal – art. 5º, CPP; 
DESENVOLVIMENTO 
RESOLVE (conector): 
- Justa causa para instauração do IP (fundamentos); 
- Breve relato dos fatos; 
- Possível tipificação das condutas (palavras de “dúvida” são fundamentais); 
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“instaurar inquérito policial a fim de apurar as eventuais responsabilidades 
penais.” 
CONCLUSÃO 
- autuação e registro em livros próprios; 
- diligências iniciais; 
- autenticação (local, data e assinatura); 
b) Auto de Prisão em Flagrante 
“Auto” é formalização de algo que aconteceu no mundo dos fatos. Documentar. 
1ª peça do inquérito. 
Ordem das oitivas (condutor, testemunhas, vítima, conduzido); 
Prisão: advertências impostas pela CR/88 – nota de culpa que explique por qual crime 
está sendo preso; contato com a família e advogado; IML para verificar a integridade do 
preso; alertar o preso sobre o direito ao silencio – fruto da presunção de inocência; 
- Título da peça; 
- Introdução ao ocorrido; 
- Depoimento dos condutores; 
- Depoimento das vítimas; 
- Interrogatório do conduzido; 
Obs.: despacho fundamentado pós-flagrante é feito pelo Delegado e tem conteúdo 
decisório. Apresentam-se as razoes de convencimento; são determinadas apreensão de 
objetos; são encaminhados bens à perícia; conversão do flagrante em preventiva. 
c) TCO 
Termo Circunstanciado de Ocorrência. Menor potencial ofensivo. 
- Estrutura: simplificação. Misto de APF com Portaria. 
- Título da peça; 
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- Detalhes em forma de itens (horário, local, tipificação, relato das testemunhas, 
relato da vítima, relato do conduzido). 
- Encaminhamento ao JECRIM. 
II. Peças Decisórias 
Despachos 
a) Ordinatórios/Ordenatórios: dá andamento ao inquérito. Equivalem aos despachos de 
mero expediente. 
b) Decisórios: no âmbito de atribuições do Delegado, produzem efeitos no plano 
concreto; relativizam direitos fundamentais; iniciam uma culpabilidade. Equivalem a 
decisões interlocutórias (nomenclatura presente em alguns manuais mais atualizados). 
Ex.: apreensão ou restituição de bens; indiciamento e desindiciamento – Lei 
12.830/2013, art. 2º, §6º; vista do inquérito a advogados (SV 14). 
DESPACHOS COM CONTEÚDO DECISÓRIO DEVEM SER FUNDAMENTADOS!
§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise 
técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. 
SÚMULA VINCULANTE 14 
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já 
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, 
digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
Obs.: se o juiz decretar o sigilo do inquérito, o advogado deverá solicitar vista dos autos 
diretamente ao Poder Judiciário. 
Pós flagrante → CPP atual não exige o despacho que fundamente a ratificação do 
flagrante, mas a doutrina moderna, inclusive com base nas alterações da LINDB, 
considera que a decisão administrativa deve ser fundamentada/motivada. 
Art. 20, LINDB - Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores 
jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão. 
Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da 
invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis 
alternativas. 
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A fundamentação dos atos proporciona o controle de legalidade dos atos, bem como 
inaugura o exercício do devido processo legal, ampla defesa e contraditório. A 
fundamentação é extremamente importante e avalia o conhecimento do candidato! 
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