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Aula 5 1 Aula 5 → A psicanálise está em constante modificação → A psicanálise descreve, não prescreve. → Polêmica da “inveja do pênis”: “Ai, queria ter nascido homem” Desejo de não ter nascido mulher, mas homem Freud baseou-se nisso, pois recebia queixas constantes de mulheres com essa temática. Está baseada em uma certa “vantagem” de se portar um corpo masculino, em detrimento do corpo feminino. Isso expressa-se na cultura, não somente em homens ou somente mulheres. → Psiquiatria basea-se no transtorno/doença isso aponta para o fato de que o transtorno pode ser curado, retirado do indivíduo → Já a psicanálise compreende por sua vez estruturas O obejtivo não é “curar” essas estruturas , mas sim fornecer uma melhor vivencia ao indivíduo que carrega essa estrutura. O diagnóstico, do ponto de vista lacaniano, não é uma simples questão de preencher a papelada rotineira e superficial exigida por instituições e empresas de seguros; ele é crucial para determinar a abordagem geral do terapeuta no tratamento de um paciente individual, para situá-lo corretamente na tranferência e para que o terapeuta faça tipos específicos de intervenções. (pag. 87 [do pdf: pag. 80]) Neurose Psicose Perversão Aula 5 2 - Instalação da função paterna - Fracasso da função paterna - insuficiência da função paterna que permite que se negue/desminta a existência da função paterna. - passou pela alienação e pela separação - não passou nem pela alienação, nem pela separação - passou pela alienação mas não pela separação - assimilação da estrutura essencial da linguagem. “A palavra é a morte da coisa” - não assimilação que leva a um discurso fragmentado - não é fornecido nenhum significante capaz de simbolizar a falta. - Primazia da dúvida - primazia da certeza - sinismo - inibições da pulsão (acting out) - desinibida colocação em ato (passagem ao ato) - se exibe ao Outro “sei que foi proibido, mas vou encenar essa exação ou essa imposição com alguém que ocupe o lugar dele, farei essa pessoa pronuciar a lei” (p. 190) - Mais prazer na fantasia que no contato sexual direto (desejo) - falta uma unidade ao corpo que lhe permitiria prazer na fantasia- corpo assombrado - Há fantasia na perversão de um gozo interminável. (demanda) - a neurose é uma estratégia em relação ao gozo- acima de tudo, sua evitação - o psicótico sofre em função de uma invasão incontrolável do gozo em seu corpo - a perversão como uma estratégia a respeito do gozo: envolve uma tentativa de estabelecer limites para ele. (p.194) - recalque - foraclusão - desmentido - retorno do recalcado (sintoma) - delírio - fetiche - conjunto de estratégias para protestar contra a castração - A castração sequer é regitrada - desmente a castração para negar sua existência - desejam norteados pela lei. - profunda e - tentativa de respaldar a lei para Aula 5 3 Instauração definitiva da lei. “O desejo é uma defesa, proibição de ultrapassar um limite no gozo” Lacan (escritos) completa ausência da lei estabelecer os limites para o gozo. Luta para fazer o outro existir. Não desejam em função funçãp da lei, ou seja, não desejam o proibido, por isso busca fazer a lei existir. - culpa - vergonha - vontade do gozo → A clinica psicanalítica → 3 tempos: inicio do tratamento → O primeiro passo “oq te traz aqui?” O paciente então se abre para o analista e começa falando de suas inquietações O papel do analist aqui é fazer o paciente falar, cada vez se abrindo mais A fala e a escuta é extremamente importante aqui → O sintoma levado ao analista se torna obejto de anaálise, passando a resposta ao estatuto de perguntas a ser desenvolvida na terapia. para além das posições tomadas pelo sujeito, o analista deve situar o desejo do sujeito. Aqui novamente há a primazia da livre associação A dificuldade é passar da fala catartica para uma fala reflexiva, de responsabilidade pelo que fala. Isso é de fato o processo mais doloroso do processo análise. Urge pensar sobre a positividade tóxica, pois /////////////////////////// → TEXTO: Psicanálise Hoje. → Desejo de adequar a teoria às subjetividade impostas pelo século XXI Aula 5 4 → Lei de funcionamento do insconsciente: “O eu não é senhor da própria casa” esse desconhecido que te golpeia Desorienta o sujeito Guia as ações sem entender perfeitamente a razão disso “Ela opera sobre o sujeito que se deixa tocar pelos efeitos do inconsciente, pela sua irrupção inesperada, pela desarmonia que isso lhe provoca.” (pag. 1) → Não trata-se de negar as categorias sintomáticas de Freud, mas atualiza-las para as demandas que existem no atual clima cultural o desafio está em como fazer isso → Não há sujeito sem sintoma para a psicanálise Dá se então a manifestação das angústias Elas não escolhem necessáriamente o melhor tempo do sujeito para ocorrerem. Metáfora do Iceberg “Na metáfora do iceberg o que está no plano visível, acessível representado pela ponta do iceberg é algo do consciente, porem a parte submersa representa o inconsciente de difícil acesso que só será possível pelo método criado pelo pai da psicanálise” Metáfora do Cristal “A metáfora do cristal constitui alusão às várias facetas que o cristal apresenta. Por meio dessa metáfora ‘o pesquisador conta a mesma história de diferentes pontos de vista’ (DE GRANDE, 2011). Para Oliveira (2013), a metáfora traz consigo, para o processo de produção de investigação, ‘aspectos relacionados ao sujeito, ao tempo, à historicidade, à subjetividade, às relações de poder e à ética, explicitando o entendimento de que o modelo dominante no campo das Ciências Humanas apresenta-se como multifacetado e resultante de multicausalidades’”. → Não devemos furtarmos de estabelecer a primazia, novamente, da associação livre. → O sujeito no século XXI Neuróticos Aula 5 5 A psicanálise vive a época do sintoma mudo, paralisado pelo curto- circuito da satisfação imediata. Os abalos da função paterna e da perda dos ideais trazem como consequência o esfacelamento dos laços sociais e o surgimento de novos sintomas, que provocam novas formas de mal-estar expressos na segregação, exclusão, racismo, fracasso escolar, acidentes de trabalho, desemprego, consumo desenfreado de drogas, de gadgets, levando a um excesso de gozo que determina as bases de um novo laço social. Impera aqui um excesso do gozo Isso leva à consequêcias adoecedoras do sujeito, que busca satisfazer-se a todo momento. é uma relação de satisfação e sofrimento → Curto circuito da satisfação imediata não é autorizado o sofrimento, o sono, a dor e etc. Todas os afetos são negados para que se chegue mais rapidamente à satisfação Esse talvez chegue a ser o sintoma de destaque da modernidade → Abalos da função paterna Até um determinado ponto quando eu queria conhecer algo do mundo eu [criança] perguntava a uma determinada autoridade (pai, mãe, professora e etc) Agora esse papel é dado pela internet Isso traz problemas por viéses de confirmação, notícias falsas, mentiras e etc. Nesse sentido, os abalos da função paterna é abalo das leis, das normas... Os abalos da função paterna e da perda dos ideais trazem como consequência o esfacelamento dos laços sociais e o surgimento de novos sintomas, que provocam novas formas de mal-estar expressos na segregação, exclusão, racismo, fracasso escolar, Aula 5 6 acidentes de trabalho, desemprego, consumo desenfreado de drogas, de gadgets, levando a um excesso de gozo que determina as bases de um novo laço social. (pag. 9) Tudo pode ser resumido ao excesso do gozo Além de tudo isso, se registra o crescimento em larga escala das passagens ao ato, ou mais propriamente falando das patologias do ato de jovens que assassinam os próprios pais, o aumento de casos de toxicomania, anorexia, bulimia, lesões psicossomáticas, entre outros são sintomas que revelam a insuficiência da função simbólica do pai para dar conta do real em jogo na experiência humana. Na posição de cidadão, o psicanalistahoje se confronta, se debate, se vê premido a intervir na comunidade para trabalhar esses sintomas que brotam, florescem e, como uma avalanche, irrompem no meio social descaracterizando, negando o particular de um sujeito em prol de uma atitude universalizante. Ler o primeiro cap. sobre as estruturas clinicas pag. 91 [estudar neurose]→ fica pra prox. aula. Pag 127 [estudar psicose]