Buscar

Cefaleias---resumo-laura medstudies_79b3dc5169b3487fab23de513e17e80d


Prévia do material em texto

Cefaleias
@laura.medstudies
Introdução
Cefaleia é todo processo doloroso referido no
segmento cefálico;
Divididas em primária e secundária;
Primárias – Não são causadas por lesões
intracranianas ou faciais;
Secundárias – São causadas por lesões
patológicas estruturais;
Paciente com sinais de alerta deve ser
submetido a TC ou RNM de crânio, estudo de
vasos, líquor, PCR e VHS;
Avaliação Inicial
1º Passo – Realizar anamnese e exame físico
neurológico detalhado;
As cefaleias primárias não possuem sinais
neurológicos focais, pois não há alteração
estrutural, apenas transtornos nos
neurotransmissores;
As cefaleias secundárias possuem a dor de cabeça
causada por doença estrutural no sistema
nervoso;
Causas: AVCi, AVCh, arterite temporal e
outras;
Cefaleias primárias:
Não há doença estrutural subjacente;
Mecanismo: Transtorno de
neurotransmissores;
Não há gravidade e são mais comuns; 
Tipos:
Migrânea ou enxaqueca;
Cefaleia tensional;
Cefaleia trigêmino-autonômicas;
Neuralgia do trigêmeo;
Sinais de AlertaSinais de Alerta
Início súbito
Cefaleia nova ou com
mudança do padrão
Pior dor da vida
Perda da consciência
Crise convulsiva
Perda visual
Febre
 Imunossupressão
Uso de
anticoagulantes
Sinal neurológico
focal
Edema de papila
Rigidez de nuca e
sinais meníngeos;
Cefaleias Primárias
A dor é recorrente e estereotipada;
Na maioria das vezes ocorrem em surtos;
Exames complementares normais;
Diagnóstico: sinais clínicos e exclusão de outras
condições;
Tratamento:
Mudanças de estilo de vida;
Analgésicos na fase aguda;
Tratamento profilático em paciente com alta
recorrência ou prejuízo na qualidade de vida;
Tratamento das comorbidades;
Cefaleia tensional:
Fisiopatologia:
Relacionado com estímulos nociceptivos
miofasciais relacionados à musculatura
pericraniana;
É o tipo de cefaleia mais frequente;
Relacionada com má alimentação, falta de
sono e estresse;
Dor:
Bilateral;
Pressão ou aperto;
Fraca a moderada;
Não piora com atividade física;
Dura de 30 minutos a 7 dias;
Tratamento:
Regulação do sono, alimentação,
exercícios físicos e manejo do estresse;
Fase aguda:
AINES – Ibuprofeno, naproxeno;
Analgésicos simples; 
Relaxantes musculares –
Ciclobenzaprina;
Profilaxia:
Antidepressivos tricíclicos – Amitriptilina;
@laura.medstudies
Cefaleias Trigêmino-Autonômicas:
São relativamente raras;
Dor:
Unilateral;
Periorbitárias;
Intensas, excruciantes;
Possui sinais de ativação autonômica
ipsilateral – Olho vermelho,
lacrimejamento, rinorreia;
Inquietação do paciente;
Tipos:
Cefaleia em salva:
Predomina em homens;
Dura de 15 minutos a 3 horas;
Fisiopatologia:
Alteração do sistema nervoso
central e periférico, com ativação
dos sistemas trigeminovascular e
parassimpático;
Associado ao tabagismo, TCE ou
história familiar;
Tratamento:
Fase aguda:
Inalação e O2 com máscara
facial 100% - 10 a 15L/min;
Alivia a dor em 5 a 15
minutos;
Se persistir os sintomas,
utilizar ergotamínicos ou
triptanos;
Profilaxia:
Verapamil; Carbonato de lítio;
Ácido valproico; Topiramato;
Melatonina; Gabapentina;
Indometacina;
Hemicrania paroxística:
Dura de 2 a 30 minutos;
Resposta absoluta ao tratamento com
indometacina;
Cefaleias Secundárias
Enxaqueca ou Migrânea:
Fisiopatologia: 
Resulta de ativação hipotalâmica,
trigeminal, mediação de
neurotransmissores como glutamato e
componente genético;
Fatores desencadeantes:
Estresse emocional, alimentos,
medicamentos, substâncias inaladas,
estímulos luminosos, problemas do sono,
fadiga e jejum;
Cerca de 25% dos pacientes apresentam aura;
Aura – Sinais ou sintomas neurológicos
que precedem o episódio de dor;
Podem ser visuais, sensitivos e
anormalidades da fala;
Dura de 5 a 60 minutos;
Auras que duram mais de 60 minutos são
chamadas de prolongadas, devendo ser
evitado o uso de triptanos, pelo risco de
infarto migranoso;
Dor:
Unilateral, na maioria dos caos;
Moderada a intensa;
Latejante ou pulsátil;
Acompanhada de náuseas ou vômitos,
fotofobia ou fonofobia;
Os episódios de dor duram de 4 a 72 horas;
Diagnóstico: História clínica + exclusão de
outras doenças;
Tratamento: 
Fase aguda:
Analgésicos simples;
AINES
Triptanos;
Antieméticos;
Corticoides;
É inadequado usar opioides;
Profilaxia:
Anti-hipertensivos – Propanolol;
Antidepressivos tricíclicos;
Antiepilépticos – Topiramato ou
Valproato;
Toxina botulínica para casos crônicos
selecionados;
Na presença dos sinais de alarme, deve-se
realizar exames complementares;
Doenças que podem cursar com cefaleias:
Meningoencefalites, pseudotumor, hipotensão
liquórica, tumores, arterite temporal e outros;