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Risco de Acidentes, EPIs e EPCs PROF. DR. RAFAEL GUZELLA DE CARVALHO FARMACÊUTICO (UFJF) MESTRE EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS (UFJF) DOUTOR EM CIÊNCIAS (UNIFESP) Acidente X Incidente Acidente: Evento imprevisto e indesejável instantâneo ou não, que resultou em dano à pessoa ou ao patrimônio ou em impacto ambiental. Incidente: Evento imprevisto e indesejável que poderia ter resultado em dano à pessoa ou ao patrimônio ou em impacto ambiental. Agentes de Risco Direta Indireta Análise de Risco e Prevenção de Acidentes Objetivos principais: Identificação dos riscos; Avaliação do grau desses riscos; Indicação das maneiras de gerenciamento Mapa de Risco Representação gráfica dos riscos à saúde identificados em todos os locais da empresa, e tem como objetivo juntar as informações referentes à situação de segurança do ambiente e da saúde dos trabalhadores que ali atuam, tendo como foco a prevenção de acidentes ocupacionais. •Círculo pequeno: Risco pequeno, desde que esteja controlado. •Círculo médio: Risco relevante, mas que pode ser controlado. •Círculo grande: Risco muito alto que representa ameaça de morte, mutilações ou doenças. Retirado de : Leal, Valéria & Brixner, Betina & Possuelo, Lia & Silva, Chana & Renner, Jane. (2019). Protocolos e técnicas laboratoriais de rotina: aplicações em biologia molecular, microbiologia, cultivo celular e farmacognosia. Mapa de Risco – Laboratório de Pesquisa Retirado de : Leal, Valéria & Brixner, Betina & Possuelo, Lia & Silva, Chana & Renner, Jane. (2019). Protocolos e técnicas laboratoriais de rotina: aplicações em biologia molecular, microbiologia, cultivo celular e farmacognosia. 1) possibilidade de morte iminente; 2) ocorrência de acidentes e doenças com lesões irreversíveis; 3) quantidade de pessoas expostas aos riscos Mapa de Risco – Clínica de Fisioterapia Proposta Alunos irão apresentar: A finalidade da área Riscos inerentes Grau de Risco (Pequeno, Relevante, Muito alto) Hidroterapia Ginásio Terapêutico Genito Urináio Te rm o te ra p ia E le tro te ra p ia C o n su lt ó ri o C o n su lt ó ri o D e rm a to fu n c io n a l D e p ó si to S a la d e R e u n iõ e s R e c e p ç õ e s C o p a B a n h e ir o Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Os EPI são considerados dispositivos de uso individual destinados a proteger a integridade física e a saúde do trabalhador. Eles devem proporcionar o mínimo de desconforto sem tirar a liberdade de movimento do analista. EPIs – Regulamentação NR6 “Os empregados são obrigados a usar os EPI e responsabilizar-se pela guarda e pela conservação deles.” E obrigatória a utilização de EPI na execução de qualquer atividade que envolva o manuseio de reagentes químicos e soluções, o translado e o transporte de materiais perigosos e também a circulação em áreas externas, consideradas de risco. EPIs- Protetores para Cabeça Capacetes de Segurança - são dispositivos rígidos usados para proteger a cabeça e as partes adjacentes contra impactos, partículas desprendidas, agentes perfurantes, choque elétrico ou qualquer combinação desses efeitos. EPIs – Protetores para cabeça Gorros ou Toca Descartável: Tem a função de Proteger os cabelos de aerossóis. A amostra ou ensaio de contaminações quando da queda de fios de cabelo sobre a superfície de trabalho. Uso necessário em isolamento e nas UTI’s EPIs – Protetores Auriculares A proteção auricular visa proteger os ouvidos contra níveis elevados de ruído, que em relação às normas internacionais, o nível de ruído permitido pela OSHA é de 85 decibéis por um período de oito horas. EPIs- Máscaras Faciais Os protetores ou as máscaras faciais protegem a face contra riscos de impactos (partículas sólidas, quentes ou frias), produtos químicos (poeiras, líquidos e vapores) e radiações (raios infravermelho e ultravioleta). Oferecem uma proteção adicional à face do operador sem necessitar do uso de óculos de segurança. EPIs- Óculos de Segurança Os óculos de proteção ou de segurança protegem os olhos contra riscos de impactos, produtos químicos ou radiações. EPIs- Óculos de Segurança Devem ser colocados durante execução de técnicas fisioterapêuticas em pacientes portadores de hepatite B Durante procedimento de aspiração de secreções EPIs – Protetores Respiratórios Protetores respiratórios são necessários para o manuseio de gases irritantes, como cloreto de hidrogénio, dióxido de enxofre, amónia e formaldeído, os quais produzem inflamação ao entrarem em contato com os tecidos. EPIs – Protetores Respiratórios Máscaras de uso profissional – Para procedimentos geradores de gotículas deve-se utilizar a máscara cirúrgica e utilizar as de proteção respiratória (respirador particulado) com eficácia mínima na filtração de 95% de partículas de até 0,3μ (tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3) sempre que realizar procedimentos fisioterapêuticos geradores de aerossóis como por exemplo, aerossolterapia, indução de escarro, técnicas de desobstrução pulmonar, etc. EPIs - Protetores para o Tronco Avental ou Jaleco – Protege as roupas contra borrifos químicos ou biológicos e ainda fornece proteção adicional ao corpo. •O comprimento deve ser abaixo dos joelhos, com mangas longas, sistema de fechamento nos punhos por elástico ou sanfona e fechamento até a altura do pescoço; •O fechamento é frontal, com botões, preferencialmente de pressão, para o caso de alguma situação de emergência, como derramamento de material contaminado sobre o profissional quando for necessário retirá-lo com rapidez; •Deve ser confeccionado em tecido de algodão ou misto, não inflamável. EPIs - Protetores para o Tronco Jalecos - Não é permitido o uso de jaleco em elevadores, copas, refeitórios, toaletes e outros locais públicos; O jaleco deve ser deixado no ambiente técnico, em cabides ou vestiários específicos; Só é usado em áreas comuns quando estiverem sendo transportados materiais biológicos, químicos, estéreis ou resíduos. EPIs - Protetores para as Mãos Luvas de procedimento (descartáveis). São utilizadas nos trabalhos que envolvem contato com amostras biológicas, com membranas mucosas e lesões, no atendimento aos usuários e para procedimentos de diagnóstico que não requeiram o uso de luvas estéreis. Luva de Látex Luva de Vinil Luvas? Quando usar? Durante procedimentos que possam gerar respingos de sangue e líquidos Durante avaliação fisioterapêutica com pacientes de enfermarias (internados) Na execução de técnicas que necessitem de contato físico com o paciente Em atendimento a paciente do CTI EPIs - Protetores para as Mãos Luvas resistentes a altas e baixas temperaturas - São usadas na manipulação de materiais submetidos a aquecimento ou congelamento. Luvas de fio Kevlar Luvas Térmicas de Nylon Protegem em trabalhos a altas temperaturas – 250ºC Protegem em trabalhos a baixas temperaturas– -35ºC EPIs - Protetores para as Mãos Luvas resistentes a reagentes Químicos EPIs - Protetores para as Mãos Luvas – Cuidados ao calçar: 1. Higienize suas mãos e garanta que estejam secas; 2. Verifique a presença de furos ao calçar as luvas; 3. Calce as luvas devagar, ajustando cuidadosamente cada dedo, para evitar que rasguem. Tome cuidado, pois podem ocorrer rasgos imperceptíveis que comprometem a proteção da sua mão. Protetores para os Pés Utilizar calçados fechados Recomendado para a proteção dos calçados/pés, em áreas contaminadas ou para trabalhar em áreas estéreis EPCs – Equipamentos de Proteção Coletiva São equipamentos de uso no laboratório que, quando bem especificados para as finalidades a que se destinam, permitem executar operações em condições de salubridade para o operador e as demais pessoas no laboratório. Chuveiros e lava-olhos Respingo de produto químico na região dosolhos: - Não tente neutralizar o produto; - lave a região abundantemente no lava-olhos, por pelo menos 15 minutos, com os olhos abertos; - consulte a FISPQ do produto, na qual consta todas as informações importantes e orientações em caso de acidente; - encaminhe-se imediatamente ao pronto-socorro, comunicando o tipo de produto químico utilizado. Respingo em qualquer outra região do corpo - retire a roupa que cobre o local atingido; - não tente neutralizar o produto; - lave a região abundantemente com água, na pia ou no chuveiro de emergência, por pelo menos 15 minutos; - consulte a FISPQ do produto, na qual consta todas as informações importantes e orientações em caso de acidente; - encaminhe-se imediatamente ao pronto-socorro. Queimaduras: - Por calor: lave a região abundantemente com água corrente para resfriamento do local (observe a força da água para não lesionar ainda mais a área). - Por substâncias químicas: remova o excesso de produto do local e então lave abundantemente; feito isso, encaminhe--se imediatamente ao pronto-socorro. EPCs – Cabine de Segurança Química Essas cabines podem ser usadas para os diversos tipos de análise que incluam o manuseio de substâncias químicas e/ou particuladas, devendo a velocidade do ar no interior da capela ser cie 0,5 m/s, com a janela cia capela totalmente aberta. EPCs – Cabine de Segurança Biológica As CSB - principal EPC utilizado para proteger contra aerossóis que contêm agentes infecciosos originados de vários procedimentos microbiológicos, para limitar a exposição do laboratorista e do ambiente, e ainda, para proteger o experimento de contaminações originadas do ar. CSB I Não há proteção para o experimento, somente para o operador e o ambiente. É recomendada para trabalho com agentes de baixo e moderado risco biológico Serve de contenção para equipamentos como liquidificadores, triturador, ultrassom, processadores, homogeneizadores etc CSB II O filtro HEPA que introduz ar estéril na cabine está abaixo da área de trabalho; 70% do ar saturado sai através de um filtro HEPA acoplado a um exaustor, que o expulsa para o exterior do edifício por um duto que termina na forma de chaminé no telhado CSB III É absolutamente hermética, com ventilação própria à prova de escape de Ar Oferece alta proteção ao operador, ao ambiente e ao material pesquisado. Este tipo de cabine é adequado para trabalho com agentes de risco biológico dos quais não se tenha informação disponível ou que tenham causado infecções fatais em homens e animais. Possui diversos serviços e é construída em aço inoxidável com vidros blindados. O trabalho é efetuado por meio de luvas de neoprene presas à cabine. Sistema de Exaustão de Gases em Laboratórios Destinam a captar os vapores, as névoas, os fumos e os pós. Eles podem estar localizados em cima de pias, cubas, equipamentos ou bancadas inteiras. EPCs – Equipamentos de Proteção Coletiva Questões 1. Assinale a alternativa que explica corretamente à que se refere o termo incidente. a) É o evento imprevisto e indesejável que resultou em dano à pessoa. b) É o evento imprevisto e indesejável que poderia ter resultado em dano à pessoa ou ao patrimônio ou em impacto ao meio ambiente. c) É o evento que instantaneamente resultou em dano ao patrimônio. d) É o evento imprevisto e indesejável, instantâneo ou não, que resultou em dano à pessoa e ao patrimônio ou em impacto ao meio ambiente. e) É o evento imprevisto e indesejável, que, posteriormente, resultou em dano à pessoa e ao meio ambiente 2. A presença de gases tóxicos no ambiente de trabalho, decorrente do armazenamento inadequado, é classificada como: a) agente de risco químico. b) agente de risco físico direto. c) agente de risco biológico. d) agente de risco químico indireto. e) agente de risco biológico indireto. 3. A proteção laboral dos trabalhadores que prestam serviços voltados à saúde é uma das preocupações no que tange a biossegurança. A efetivação dessa seguridade pode ser efetiva mediante à utilização de equipamentos específicos, denominados equipamentos de proteção individual. Nesse sentido, leia atentamente as assertivas a seguir: I) Chuveiro de emergência e lava-olhos. II) Jalecos. III) Cabine de proteção biológica. IV) Luvas. Assinale a alternativa que contempla exemplos de equipamentos de proteção individual. a) Apenas I e II. b) Apenas II e IV. c) Apenas I. d) Apenas II, III e IV. e) Apenas I, II e III. Referência TEIXEIRA P; VALLE S. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar. 2aed. Fiocruz, 2010. Obrigado!