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APOCALIPSE E ESCATOLOGIA - AULA 6


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APOCALIPSE E ESCATOLOGIA 
AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Antonio Carlos da Silva 
 
 
 
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CONVERSA INICIAL 
Após o pecado “original”, a consequência mais grave foi a sentença 
recebida, de que o homem teria um limite de vida. Do homem mais velho que a 
Bíblia apresenta, Matusalém (Gênesis 5.27, 969 anos) até o texto do Salmo 
90.10 “Os dias da nossa vida sobem a setenta anos, ou em havendo vigor, a 
oitenta...”, vemos que o período de vida do ser humano foi limitado. 
No Antigo Testamento, o destino final para o ser humano é o Sheol, 
mundo dos mortos. No contexto do Novo Testamento, o termo usado, similar, é 
Hades. Na carta que Paulo escreve aos romanos, ele relata que “o salário do 
pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, 
nosso Senhor” (Romanos 6.23). 
Mas no contexto do Novo Testamento, surge a expressão salvação. Esse 
termo será preponderante para definir o destino do ser humano, pois está escrito: 
“quem crer e for batizado será salvo, quem não crê já está condenado.” (Marcos 
16.16). 
Quando lemos o Evangelho de João, observamos que quem crê em Jesus 
não é julgado, e o que não crê já está julgado (João 3.18). O destino final será 
definido conforme a confissão de fé. Em João 17.3, está escrito como se faz para 
se obter a vida eterna “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus 
verdadeiro, e Jesus Cristo, a quem enviaste.” 
Conforme o Evangelho de Lucas 16.23, o destino final pode ser o seio de 
Abraão ou o inferno. Mas também há o termo destruição em alguns textos 
bíblicos, que é tratado de modo absoluto, levando a entender que o ser humano 
que não crer deixará de existir; ele será destruído. Essa visão é conhecida como 
aniquilacionismo. Os julgamentos é que definem o destino de cada um. 
TEMA 1 – ANIQUILACIONISMO 
Essa doutrina foi adotada por Arnobius (final do séc. IV), bispo cristão 
apologista na Gália. Foi mais propagada a partir do séc. XIX, por Edward White. 
No século XX, foi defendida por Le Roy Froom (ministro da Igreja Adventista do 
7º Dia). Essa é uma doutrina escatológica minoritária, e o número de seguidores 
não é dos maiores. 
 
 
 
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1.1 Os cinco argumentos 
 Os ímpios não passarão a eternidade sofrendo. Ao serem lançados no 
lago de fogo, serão consumidos até não existirem mais. 
 Argumento emocional. Não seria possível ser feliz no paraíso com Deus 
lembrando dos entes queridos que estão no inferno. 
 Conforme o texto de 2 Tessalonicenses 1.9: “os ímpios serão destruídos”. 
 Um inferno eterno mancharia a vitória de Deus sobre o mal. 
 Há distinção entre tempo e eternidade. Não seria justo Deus punir 
pecadores eternamente, sendo que eles cometeram pecados em um 
tempo finito. 
Conforme Apocalipse 14.10, a pessoa que morrer sem crer em Cristo 
(adoradores da besta) “será atormentada com fogo e enxofre, diante dos santos 
anjos e na presença do Cordeiro”. Por esse texto, se trataria de algo eterno. 
TEMA 2 – O JULGAMENTO DOS MORTOS INSCRITOS NOS LIVROS 
Após o período milenar do reino de Cristo, os ímpios serão ressuscitados 
para o julgamento final, e serão julgados pelo que está escrito nos livros, onde 
foram registradas todas as obras e feitos. Alguns estudiosos entendem que 
nesse momento haverá uma confirmação pública e universal de julgamentos 
anteriores. Será revelada publicamente a sentença que, de forma reservada e 
pessoal, foi pronunciada sobre cada pessoa ao morrer. 
2.1 Os injustos (ímpios) esperarão mil anos 
O fato de os ímpios terem que esperar mil anos pode ser interpretado 
como uma punição, pois estarão fora da presença de Cristo e não 
experimentarão esse período de paz. 
Ao serem ressuscitados após os mil anos, confirmaria que há um domínio 
absoluto da História exercido por Cristo, e que a ressurreição profetizada 
ocorrerá de modo público e global. 
Se pensarmos em termos literais, imagine quantas pessoas em toda a 
história da humanidade perderam sua vida em meio ao mar, e não tiveram seus 
corpos encontrados. Talvez o caso mais famoso seja o do navio Titanic. Quando 
pensamos no sentido figurado, o mar pode representar a própria humanidade 
 
 
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que, em vida, em todas as épocas, não deu crédito aos ensinamentos das 
Escrituras Sagradas. Algo predito pelo apóstolo Pedro, em 2 Pedro 2.9: “os 
injustos estão reservados para a condenação”. 
O critério para o julgamento se baseia em Apocalipse 20.11-15: “Foram 
julgados segundo as suas obras”. Conforme o texto de 2 Coríntios 5.10, “todos 
comparecerão perante o tribunal de Cristo para que cada um receba o bem ou o 
mal que tiver feito por meio do corpo”. Esse texto pode ser questionado, pois, se 
os mortos foram devolvidos pelo mar, pela morte e pelo além (inferno), pode ser 
um sinal de que suas ações em vida foram reprováveis, pois logo em seguida ao 
julgamento eles sofrem o juízo de serem lançados no lago de fogo. 
2.2 Julgamento justo 
Quando pensamos na justiça do julgamento, podemos nos lembrar da 
narrativa bíblica do Antigo Testamento, envolvendo o profeta Jonas e os 
moradores da cidade de Nínive. As obras dos ninivitas eram más; o profeta 
recebe ordem divina de anunciar um juízo sobre toda a cidade. Eles, por sua 
vez, se arrependem e acabam sendo poupados do juízo. 
Em relação ao Novo Testamento, o julgamento se dá porque pessoas dos 
mais distintos povos e nações rejeitaram a salvação por meio da fé em Cristo, 
única maneira de poder fazer parte do reino de Deus e do reino dos céus. As 
penalidades correspondem à culpa de cada pecador, dando a ideia de que o 
castigo é merecido. 
2.3 Os sete livros 
Quando investigamos o conteúdo bíblico sobre a expressão livros, vamos 
descobrir que vários livros são citados, principalmente no Antigo Testamento, 
que vem sendo chamados de livros perdidos. Ao todo seriam 23 livros. Em 
relação ao Novo Testamento, também é possível que algumas cartas tenham se 
perdido, e acabamos não sabendo o seu conteúdo. Mas, na questão apocalíptica 
ligada ao juízo do capítulo 20, podemos relacionar alguns livros importantes que 
podem ser vistos como presentes na ocasião do julgamento. Há quem comente 
que a Bíblia é bem seletiva quanto às informações que todo ser humano precisa. 
 
 
 
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1. Livro da consciência – Rm.2,15; 9.1. João Calvino escreve que sua 
consciência e seus pensamentos, ora acusam-no, ora o defendem. O 
testemunho de sua própria consciência, que é equivalente a mil 
testemunhas, era a mais forte pressão que poderá ter causado neles 
(CALVINO, 1997, p. 89-93). 
2. Livro da natureza – Jó 12.7-9; Rm.1.20; Sl. 19.1-4. Os textos mencionados 
apontam para o poder criativo de Deus, que manifesta a grandeza de 
Deus a toda humanidade em todas as épocas. Mas também podem ser 
vistos na perspectiva de que essa grandeza e perfeição vêm se tornando 
degradação, e isso testemunha a negligência da humanidade para com 
ela, ainda que existam ações com o intuito de preservá-la. 
3. Livro da lei – Rm.2.9. O conteúdo do texto mostra que a “Tribulação e 
angústia virão sobre a alma de qualquer homem que faz o mal, do judeu 
primeiro, e também do grego (gentio)”. Se a alma é eterna, e em vida ela 
praticou o mal, é justo que ela seja julgada nessa ocasião. Podemos 
pensar que a maior maldade que pode ser praticada é não dar crédito aos 
ensinamentos das Escrituras Sagradas. 
4. Livro do Evangelho – Rm.2.16; Jo.12.48. Nesta ocasião, em Romanos, os 
segredos dos homens serão julgados, conforme o que o Evangelho vem 
registrando. De acordo com o Evangelho de João, quem rejeita Jesus e 
não recebe as suas palavras, será julgado por aquilo que está escrito em 
relação aos que não creem. 
5. Livro da memória – Lc.16.25, 26. Neste texto, há um diálogo narrado, e 
nele Abraão recorre ao verbo lembrar-se: “lembra-te de que recebeste”. 
Se ele está conversando com alguém que já morreu fisicamente, só pode 
estar falando com a sua alma. E, pelotexto, o homem rico é desafiado a 
se lembrar daquilo que lhe ocorreu em vida. A partir dessa ideia surge a 
perspectiva do que está registrado na memória (que estaria consciente 
após a morte física). Se pensarmos que o texto é uma parábola, ela pode 
ter fins didáticos, indicando que tudo se define enquanto se está vivo, pois 
após a morte física não se pode fazer mais nada quanto ao destino final 
do ser humano. 
6. Livro dos atos humanos – Ap.20.12; Sl.69.28; Dn.12.1; Fp.4.3. A 
referência que dá base inicial para essa ideia é a expressão que surge no 
Salmo 69.28 “livro dos vivos”. A identificação como livro dos atos humanos 
 
 
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aponta que tudo o que o ser humano faz é registrado; isso pode ser feito 
no livro dos justos ou no livro dos ímpios, algo que seria mais contundente 
ainda. O salmista pede a Deus que os iníquos sejam riscados dos livros 
dos vivos, e não se registre os seus feitos juntamente com os feitos dos 
justos. Esse pedido é feito com base naquilo que o povo de Israel entendia 
por causa da Lei. O texto de Apocalipse 20.12 parece incluir todos de 
todas as épocas, inclusive os da época da Lei. 
7. Livro da Vida – Ap.20.15. Podemos neste momento nos lembrar de 
quando nasce uma criança e uma pessoa responsável se dirige ao 
cartório e o registra, informando a filiação e declarando o nome que será 
registrado. Trata-se de um ato público para informar à sociedade que ela 
ganhou um novo integrante. Em paralelo, o livro serve para integrar o 
grupo dos que irão participar do novo céu e da nova terra. As pessoas que 
tiverem seus nomes no livro da vida não sofrerão nenhum tipo de juízo. 
Haverá uma conferência justa no final. Participar da eternidade com Deus 
é a mensagem central do Evangelho ensinado por Jesus, pelos apóstolos 
e pela Grande Comissão de Mateus 28.18-20. 
TEMA 3 – O INFERNO 
 Pensando sobre o destino final do ser humano, nos lembramos do texto 
escrito pelo profeta Ezequiel “Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz 
o Senhor” (Ezequiel 18.32). Se não há prazer na morte, imagine na possibilidade 
de alguém ser lançado no inferno? De acordo com Apocalipse 21.8, pessoas 
serão lançadas no lago que arde com fogo e enxofre, e essa será a segunda 
morte. Se essa é a pior consequência para um ser humano, resta saber se a 
condição é eterna, ou se cada um sofrerá por um período e depois já não existirá, 
se o fogo consome tudo o que é lançado nele. 
3.1 Afinal, o que é o inferno? 
No Novo Testamento, dois termos específicos são utilizados para se 
referir ao inferno: Hades e Geena. Podemos chegar a uma compreensão mais 
clara da natureza do inferno a partir de um estudo cuidadoso dessas duas 
expressões. 
 
 
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Nas versões bíblicas do português, a palavra inferno aparece cerca de 30 
vezes. A versão grega koinê, base para as versões em português, traz a palavra 
Hades, que alguém traduz por “a morada dos espíritos falecidos”. 
A palavra Geena aparece doze vezes no Novo Testamento (Mateus 5:22, 
29-30; 10:28; 18:9; 23:15, 33; Marcos 9:43, 47; Lucas 12:5; Tiago 3:6). Ela é a 
forma grega da expressão em aramaico gehinnam, que se refere ao vale de 
Hinom (Josué 15:8), localizado ao sul de Jerusalém (hoje ele é chamado 
de Wadi er-Rababi), ou cavidade perto de Jerusalém, um lugar debaixo da terra, 
um lugar de punição para o mal. Ele eventualmente se tornou um aterro para 
disposição de lixo, carcaças de animais mortos, e corpos de criminosos 
executados. Era um lugar de fogo e fumaça contínuos, e era infestado com 
larvas, vermes e animais daninhos. 
Conforme Ap.20.14, “A morte e o Hades foram lançados para dentro do 
lago de fogo.” Há quem defenda que crer na eternidade do inferno é heresia 
(ensino falso, contrário ao ensino bíblico). Em Mateus 13.41-42, é mencionada 
uma fornalha acesa, dentro da qual haverá choro e ranger de dentes. 
TEMA 4 – O JULGAMENTO DOS INSCRITOS NO LIVRO DA VIDA 
Podemos perceber que o capítulo 20 do Apocalipse informa o desfecho 
da história humana no planeta Terra no modo em que a conhecemos, e relata 
do que acontece com as forças espirituais contrárias a Deus. A narrativa do 
capítulo 21 descreve o estabelecimento de uma nova vida em todos os aspectos 
na Nova Jerusalém. Para ter direito a habitar a cidade é celestial, será preciso 
ter seu nome inscrito no livro da vida. 
4.1 O livro da vida 
Essa expressão aparece uma vez em Filipenses 4.3 e seis vezes no 
Apocalipse. Em princípio, nele consta o nome de todos os que têm a vida eterna. 
O conceito está presente em outras passagens do N.T., mas em Êxodo 32.32 
Moisés já “sabia” da existência desse livro. 
Alguns estudiosos entendem que o livro da vida representa a memória de 
Deus. Os nomes estão escritos e, conforme o capítulo 2.17, o vencedor receberá 
um novo nome. Outra questão que surge é se o nome é escrito quando ocorre a 
 
 
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“conversão” ou se o nome já consta no livro desde a fundação do mundo – e, na 
ocasião ideal, lhe será revelado. 
4.2 O julgamento dos cristãos 
Em João 3.18, está escrito: “Quem crê em Jesus não é julgado”. E em 
João 5.24, temos: “Em verdade, em verdade, vos digo: quem ouve a minha 
palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas 
passou da morte para a vida” 
Alguns estudiosos creem que, após o arrebatamento da Igreja, esse 
julgamento acontecerá nos céus, apenas para recompensar os justos de acordo 
com suas obras após a “conversão” (Tribunal de Cristo, 2Coríntios 5.10). 
TEMA 5 – O NOVO CÉU E A NOVA TERRA 
Dentre os elementos escatológicos e as diversas perspectivas e teorias 
abordadas até aqui, as expressões novo céu e nova terra decretam o fim do 
passado da humanidade, e fazem com os que creram nas Escrituras Sagradas 
mergulhem no estado eterno. Os labores experimentados em vida pelos 
personagens bíblicos e extra-bíblicos ao longo da história humana foram uma 
semeadura. 
5.1 A profecia de um Novo Céu e uma Nova Terra no Antigo Testamento 
O povo de Israel no Antigo Testamento teve diversas experiências 
relacionadas a esperar por uma terra prometida. Abraão ouviu: “vai para a terra 
que te mostrarei”. Moisés e o povo peregrinaram na direção dessa terra. Josué 
entrou na terra, depois na época dos juízes e dos reis; Israel lutou por terras e 
acabou exilado na Babilônia por sua desobediência. O povo recebe uma nova 
chance quando retorna do exílio. 
A expressão que encontramos no livro do profeta Isaías 65.17, “Pois eis 
que crio novos céus e nova terra”, tem sido entendida e interpretada por muitos 
eruditos como uma profecia para esse momento de retorno do exílio babilônico. 
Haveria um novo tempo; contudo, sabemos que esse período de recomeço de 
Israel passou por conflitos e acabou tendo duração limitada. Há alguns 
estudiosos que entendem essa expressão como escatológica, sendo base para 
 
 
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o “Novo céu e Nova Terra” do Apocalipse 21. A profecia estaria tratando que 
surgirá algo novo, algo que nunca existiu. 
5.2 A profecia no Novo Testamento 
Quando lemos o texto que o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo no final 
de sua vida – “Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, 
reto juiz, me dará naquele dia e não somente a mim, mas também a todos 
quantos amam a sua vinda” (2Timóteo 4.8) – somos estimulados a pensar sobre 
a expressão “naquele dia”. Ela é muito usada pelos profetas no Antigo 
Testamento, e agora é a vez do apóstolo usá-la com os gentios. 
Essa expressão pode se referir ao dia da vinda de Cristo (parúsia). Parece 
que esse era o principal sentido daquele momento. Ainda assim, o ápice de todo 
o estudo escatológico será a ocasião em que não haverá nenhum tipo de 
adversidade ou conflito de nenhuma forma, pelo fato de tudo ser novo: “Vi novo 
céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram e o mar já não 
existe” (Apocalipse 21.1). 
No início da seção que aponta para um futuro distante no Apocalipse 
(capítulos4 e 5), é feita uma profecia, comunicando que naquele dia os 
redimidos (salvos) de toda tribo, língua, povo e nação desfrutarão da presença 
eterna de Deus. (Ap.5.9-10). 
João vê a Nova Jerusalém – me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que 
descia do céu, da parte de Deus.” (Ap.21.9-10) – e passa a esperar, com grande 
expectativa, para estar nela. 
5.3 A recompensa final 
Na Nova Jerusalém, a face de Deus será contemplada: “Nela estará o 
trono de Deus e do Cordeiro” (Ap.22.1-5). Esse texto descreve a plenitude de 
vida, que será experimentada apenas por aqueles que se mantiveram fiéis a 
suas convicções e contarem com o favor de Deus para passarem por todos os 
desafios que a fé cristã exige. 
O apóstolo João faz ainda uso da expressão “Eu sou o Alfa e o Ômega, o 
primeiro e o último, o princípio e o fim” (Apocalipse 22.13). Esse texto remete ao 
início de tudo no Gênesis e também à aparição do Eu Sou a Moisés (Êxodo 
 
 
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3.14), indicando que é por meio da fé em Cristo que se recebe a oportunidade 
de conhecer a Nova Jerusalém, o Novo Céu e a Nova Terra. 
NA PRÁTICA 
Estudar e pensar sobre o Estado Eterno da humanidade é complexo. Há 
muitas opiniões, tanto entre cristãos como entre não cristãos. Os julgamentos 
abordados aqui servem para mostrar que, historicamente, e também em termos 
proféticos, há sempre dois grupos de pessoas. Um recebe recompensas, outro 
recebe punições, sendo a mais grave o lançamento dentro do lago de fogo 
A liberdade para crer ou não é dada a todos. A função da Teologia é 
estudar, comunicar e apresentar convicções coerentes com os ensinamentos 
bíblicos sobre a literatura apocalíptica. 
Lembramos que o livro de Apocalipse é a culminação de profecias sobre 
o fim dos tempos, começando com o Antigo Testamento. Fora do Apocalipse, 
exemplos da literatura apocalíptica na Bíblia são Daniel capítulos 7-12, Isaías 
capítulos 24-27, Ezequiel capítulos 37-41 e Zacarias capítulos 9-12. 
FINALIZANDO 
Estudamos algumas variantes do destino do ser humano após a morte e 
os julgamentos dos que creem e dos que não creem na Bíblia. Basicamente, o 
tema principal é pensar sobre a imortalidade da alma. Se ela é aniquilada ou 
destruída, se ela irá para o inferno e se lá sofrerá eternamente, ou, se ela irá 
para o céu; por fim, se estará no Novo Céu e na Nova Terra. Lembramos que 
todos os textos bíblicos precisam ser analisados dentro de seus contextos, sendo 
necessário seguir regras e princípios de interpretação. 
O Apocalipse é um livro, e a Escatologia uma ciência. Estudá-los é um 
desafio, mas também um privilégio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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