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Eleição e Provação na Fé


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PRESBÍTERO 
(TEÓLOGO APOLOGISTA) 
PROJETO SEMEADORES DA PALAVRA
Epístola de Paulo aos
Efésios
Efésios, capítulo um (1)
Como Deus não queria que o método de escolha de seus 
ministros fosse semelhante ao método pelo qual Saul quis 
confirmar o seu principado, mas semelhante ao método 
divino (pela imposição de mãos, segundo a indicação 
do Espírito Santo), Matias foi apenas indicado, mesmo 
depois da votação humana, e nada mais se soube dele. 
Pois ministro votado ocupa o espaço de outro chamado e 
ungido. Um ministro pode até ser votado para uma liderança 
ministerial local, estadual ou nacional ou para determinada 
administração, mas ele, como obreiro, como ministro, tem 
de ser apontado pelo Espírito Santo que está na Igrej a, e 
aprovado pela Igreja, a fim de que seja ungido para o santo 
oficio. Os métodos apostólicos estabelecidos antes de 
serem cheios do Espírito Santo são comuns ainda hoje. Se 
eles tivessem esperado pela promessa do Pai, no Cenáculo, 
comojesus lhes havia ordenado, não teriam se precipitado. 
Por isso, Paulo justifica o seu chamado dizendo que era 
apóstolo pela vontade de Deus
Efésios 1:1: Paulo, apóstolo de Jesus Cris­
to pela vontade de Deus, aos que estão em 
Éfeso, santos e fiéis em Jesus Cristo, aco i.-i,-
1 C o l:l;F p l:l;C ll:l,2
A saudação apostólica, da parte do Pai e 
do Filho, à igreja e, conseqüentemente, 
ao Espírito Santo que habita nela
Efésios 1:2: graça e paz a vós, da parte de 
Deus, nosso pai, e de nosso Senhor Jesus 
Cristo. iRm 1:7/
As regiões celestiais: o lugar do estabelecimento futuro da 
Novajerusalém, o campo de batalha entre a Igreja e Satanás: 
As regiões celestiais são os lugares onde as nossas bênçãos 
são depositadas, e, pelafé, é o campo de nossa colheita. É 
lá que conquistamos todas as nossas vitórias por meio da 
fé, da oração e da perseverança. É um lugar de constante 
batalha entre os anjos de Deus e os principados de Satanás 
(Dn 10:20). Dessa região, que temporariamente está 
dominada por principados e potestades, Satanás comanda 
os bloqueios que paralisam grandes obras na terra. Anj os 
de Deus estão dispostos a intervir contra as obras de 
Satanás, porém, muitas congregações dormem, não 
crendo nessa grande missão da Igreja de Cristo. As regiões 
celestes são tipificadas pela antiga Canaã, que deverão ser 
conquistadas. E esta é a Canaã da Igreja e as suas fortalezas 
precisam ser derrubadas. Assim como as bênçãos de 
Israel estavam em Canaã, e eles precisavam conquistá-la 
para tomá-las, também Deus, igualmente, depositou as 
nossas bênçãos nos territórios de nossa conquista eterna 
(Ap 21:9,10). Todas as sortes de bênçãos estão na “caixa 
postal" de cada membro do corpo de Cristo, mas nem 
todos vão reclamá-la pela escada, que é Cristo (Jo 1:51).
Efésios 1:3: Bendito seja Deus, o Pai 
de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos 
abençoou com toda sorte de bênçãos es­
pirituais nas regiões celestiais em Cristo;
12 Co 1:3; 1 Pe l:3;Ef2:ó;3:10; 6:12/
A eleição é algo muito sério. Devemos entendê-la desde 
o seu princípio, a começar pelos anjos, passando por 
Adão até chegarmos à Igreja (2 Pe 1:10). Não há eleição 
sem decisão. Deus não nos predestinaria para a salvação 
incondicionalmente, pois isto invalidaria o sacrifício 
de Cristo, que entregou a sua vida em favor de todos. 
Fazer firme nossa eleição é confirmar, a cada dia, a nossa 
fidelidade por meio de nossas obras, pensamentos e 
sonhos. Confirmar nossa eleição é manter nossa vida 
em santidade até a volta de nosso Senhor Jesus. Não 
tropeçaremos se, a cada dia, confirmarmos a nossa 
eleição com obediência e fidelidade. Quando Deus 
criou os anjos, eles não foram criados imortais e eleitos.
Os anjos foram criados imortais, mas não eleitos. 
Deveriam passar por uma prova pela qual decidiriam 
voluntariamente servir eternamente a seu Criador, 
quando seriam provados e, conseqüentemente, eleitos. 
Dependendo da maneira como eles reagissem àquela 
prova, Deus estabeleceria ou não a sua eleição. Isto 
quer dizer que eles foram criados para serem primeiros 
provados e depois eleitos. A eleição deles viria depois 
de sua provação. A terça parte dos anjos foi condenada, 
porque decidiu mal na provação, na ocasião da rebelião 
do Luzeiro. Da mesma forma, o homem foi criado mortal, 
não eleito. Ele deveria ser provado para ser eleito. No 
j ardim do Éden, temos a repetição da prova em relação 
ao homem, com o mesmo propósito estabelecido no 
advento da rebelião no meio dos anjos de Deus. Mas o 
homem não passou no teste e comeu da árvore proibida 
que pertencia a Deus e era o dízimo da criação; então 
não restou parte alguma do homem. Assim, o homem 
permaneceu mortal e não eleito, tal como a terça parte 
dos anjos tomou-se maligna e não eleita. Tudo isso prova 
que o homem e os anjos não confirmaram a sua eleição 
oportunamente. A salvação para uns requer uma ato 
de fé de confirmação. Para Raabe, foi um ato simples de 
receber e esconder os espias na sua casa e marcar a sua 
porta com um fitilho vermelho; para a Samaritana, bastou 
deixar o seu cântaro aos pés do Mestre; para Levi, bastou 
que seguisse o Senhor Jesus; para Zaqueu, bastou que 
ele abrisse a porta de sua casa e se dispusesse a devolver 
aquilo que porventura havia defraudado. A confirmação 
de nossa eleição é um ato que se escreve no livro da vida 
do Cordeiro (Ml 3:16). Quem criou o mal? Deus criou o 
mal. Satanás não é criador de nada. Satanás é o grande 
pirata. Mas, há um segredo: Deus não criou o mal como 
pessoa, mas como instrumento de justiça; criou o mal 
como um estado (condição em que encontra-se um
785
1:4 Efésios 1:6
sistema). Ele não criou o mal como um ser ativo, mas na 
condição estacionária, inativo. Mas, no momento em 
que os anjos pecaram, foram enviados imediatamente 
ao (1) estado do mal e tomaram-se (2) malignos. Assim, 
os anjos caldos tornaram-se pessoas do mal. Mas eles 
não poderiam estar em qualquer lugar depois de seu 
julgamento, eles deveriam serpresos no (3) “lugar 
do mal”, o Inferno. Mas, antes, deveriam aguardar no 
Hades (na parte chamada de Abismo), enquanto outros 
permaneceriam nas Regiões Celestes (Efó: 10). Os 
homens, antes da queda, foram criados mortais, e o 
instrumento de juízo, em caso desobediência, seria a 
morte. A morte foi criada da mesma forma que o mal. A 
morte deveria ser instrumento de juízo para os homens, 
como o mal veio a ser para os anjos que pecaram contra 
Deus. Assim como o mal, a morte foi criada em estado; 
quando os homens pecaram, assumiram aquele estado 
de morte e tomaram-se homens mortais e serão lançados 
no mesmo lugar do mal, o qual foi preparado para o 
diabo e seus anjos, o Lago de Fogo. Se o homem não 
tivesse comido do fruto da árvore do bem e do mal, seria 
eleito nas mesmas condições em que se encontra 
hoje, depois de aceitar o sacrifício de Cristo em seu 
lugar e de crer no Senhor Jesus Cristo; se comesse do 
fruto da árvore da vida, passaria a experimentar da 
natureza divina, conhecendo o amor de Deus para com 
os homens, através de Cristo. O homem comeria da 
árvore da vida e tornar-se-ia eterno e santo como os 
anjos eleitos. A confirmação da eleição: Somos salvos, 
mas o trabalho pastoral deve ser este: sempre pronto 
para fazer os seus discípulos lembrarem as coisas 
relacionadas à sua salvação e eleição, temendo que 
o diabo os tente (1 Ts 3:1 -5). Mesmo que tenhamos 
grande conhecimento da Bíblia, a doutrina deve ser 
lembrada. Esse é o grande milagre da sã doutrina: 
devemos lembrá-la à nossa igreja, aos nossos 
discípulos; e isto é agradável ao Senhor. Os cultos de 
exposição da Palavra à igreja produzem comunhão e 
temor a Deus; todas as congregações que não cultuam 
são fracas na hora da tribulação. A exposição da 
doutrina é para confirmação da eleição, é cálcio para 
os ossos espirituais. A confirmação na verdade é o 
mesmo que confirmação na sã doutrina, que é Cristo
Efésios 1:4: como também nos elegeu 
nele, de antemão, antes que omundo fosse 
fundado, para que sejamos santos e sem 
mancha diante dele em amor; npe i:2;a i:22;
Ef5:27; Ef4:2,15,1 ói 
E nos predestinou para sermos filhos de adoção. Moisés 
reivindicou isso de Deus, dizendo: “Acaso seremos 
eu e teu povo ligados a ti, separados de todas as demais 
nações!". Aqui estava a nossa sentença. Éramos a oliveira 
brava, os ramos não naturais, e agora passamos a participar 
da rica seiva da raiz da Oliveira Verdadeira. Estávamos 
longe, agora perto.Nodiaemque Lúcifer foi expulso, 
Deus pensou nalgreja, e deu-lhe uma missão, executar 
em Satanás a sua ira, fazendo-lhe o que quiséssemos 
(Ez 31:11). Somos ramos de adoção, filhos de adoção, 
escolhidos para tomar o lugar do condutor daglória, daluz
Efésios 1:5: e nos predestinou para ser­
mos filhos de adoção, por meio de Jesus 
Cristo, conforme o agradável propósito da 
sua vontade, ^Rmsao
Nossa missão fundamental, o louvor da glória de 
Cristo, porisso somos escolhidos para morar na Cidade 
Celestial. Assim, quando a cidade dejerusalém foi
dedicada, dez por cento dos filhos de Israel foram 
chamados para servir na cidade. Seu trabalho seria santo. 
A Igreja e os vinte e quatro anciãos fariam um grande 
trabalho de louvor para aglóriadeDeusnoseu trono
Efésios 1:6: para o louvor e glória da sua 
graça, pela qual ele nos elegeu, por meio 
de seu Amado.
A redenção do homem somente seria possível se um 
dos homens se dispusesse a pagar o preço que o inimigo 
exigia para libertá-lo: sangue de um homem inocente. 
Esse era o preço, o precioso sangue como qual seriamos 
resgatados das mãos de Satanás e de nossa vãmaneira 
de viver sobopoderdo pecado. Deus não tinha corpo 
humano, mas o homem havia sido feito conforme à 
imagem e semelhança de Deus. Logo, havia preparado 
umaimagem, um corpo, pelo qual baseou-se para a 
formação do homem (Hb 10:5; Gn 2:26). Tendo sido 
provada a parentela do homem com a sua imagem 
original, Deus teria que enviar a imagem original, à qual o 
homem assemelhava-se. Por isso Deus enviou o seu Filho 
em forma humana, em carne (Fp 2:5-8), esvaziando-o 
do uso de seus poderes divinos, em forma de servo. Um 
corpo lhe foi preparado (Hb 10:5). Sua alma o encarnou 
e ele veio habitar com os homens (Jo 1:14). Os homens 
estavam em delitos e pecados. Ele mesmo não poderia 
ser libertado dessa escravidão pelos seus próprios 
poderes. A preço de uma aquisição precipitada, pelo 
fato de ter tocado nas primi cias de Deus, o homem foi 
levado cativo e vendeu, ao mesmo tempo, a sua alma, o 
seu corpo e a sua morada, a terra. O preço de resgate foi 
estipulado no tribunal da eternidade: sangue humano 
inocente (1 Pe 1:18,19). O cordeiro foi imolado antes 
da fundação do mundo, indicando o trunfo misterioso 
que Deus proveria para essa hora. Mas Satanás, mesmo 
quando ainda era o Luzeiro, nunca soube que havia 
um trunfo no seio do Pai (Jo 1:18), e que ele se revelava 
como mistério escondido durante todo o tempo da 
sua existência. Nenhum dos principados e potestades 
sabia que Deus tinha este trunfo. Mas ele se revelou 
como capitão dos exércitos do Senhor, rocha, água e 
nuvem nos dias do Antigo Testamento. Satanás, porém, 
foi confundido, porque o Anjo do Senhor, no Antigo 
Testamento, não perdoava (Êx 23:21). Isso confundiu 
Satanás: “Ele não pode ser, ele não perdoa, e estamos 
falando de perdão e de graça, não pode ser e l e . . Ele, 
provalvemente, ia descartando todas as possibilidades. 
Mas o processo de Deus estava em andamento na vida 
dos profetas, por meio daqueles que Deus escolhia para 
viver a vida antecipada do Messias. O tempo iapassando, 
mas Deus estava trabalhando. “O Cordeiro morto antes 
dafundação do mundo” e o “Cordeiro morto desde a 
fundação do mundo” são frases muito significativas;
786
1:7 Efésios 1:10
são fatos distintos com o mesmo significado. Um era a 
oferta eterna do Pai e o outro, o cordeiro que ele imolou 
para vestir Adão e Eva (Gn 3). Satanás sabia que o sangue 
tinhao poder remidor junto ao homem, pois desde que 
Abel morreu, o clamor do sangue é poderoso. Durante 
a vida dos homens, Satanás vai descartando as possíveis 
investidas, como Abel, Sete, Enos, Enoque. Ataca os 
primogênitos, pois temia a promessa da “semente 
da mulher". Destruir a possibilidade de a semente da 
mulher chegar e apresentar o sangue inocente era o 
seu alvo. O sangue inocente pagaria o preço e Satanás 
perderia o seu poder. Enquanto isso, sangue de bodes, de 
ovelhas e de aves era derramado para suavizar a situação 
do homem nos templos da história bíblica. Mas Deus não 
se agradava mais daquilo, e chegou o momento em que 
ele não queria mais ver sacrifícios. Foi quando ele decidiu 
fazer um pacto: “Eu te serei por Pai e tu me serás por 
Filho”. O Verbo disse-lhe: “Eis aqui o Deus, para fazer a 
tua vontade, tira o primeiro para estabelecer o segundo ”.
Então, assim aconteceu. O anjo percebeu que a plenitude 
dos tempos era o momento e veio. Revelou aMaria tudo o 
que o Céu estava preparando. Ela também disse: “Eis-me 
aqui ’’. Deus precisa de servos prontos para dizer “eis-me 
aqui”. Elaestava disposta. O Espírito Santo concebeu no 
seu ventre aquele, que a partir daí, seria chamado Filho 
de Deus, como o anjo lhe disse: “Ele será chamado Filho 
do Altíssimo e Deus lhe dará o trono de Davi”. Como 
aconteceu com os outros anteriores a ele, os olhos da 
Sinagoga estavam postos nele. Os de Satanás também.
Ele teria que seguir o Mistério até à sua revelação. As 
coisas não iriam ser fáceis! O sangue foi depositado 
diante do Pai como ato de santificação em favor da Igreja 
e como penhor de nossa moradia na terra (Jo 17:15-20).
Redenção pelo sangue e perdão pela graça
Efésios 1:7: Em quem temos a redenção, 
por seu sangue, bem como a remissão dos 
pecados, segundo as riquezas da sua graça,
Hb Q:12; Cl 1:14
As riquezas da graça têm sido abundantes sobre a Igreja 
com sabedoria (sendo um mistério) e com cuidadosa 
prudência (para que não nos escandalizemos), para que 
não causem transtornos para a Igreja por meio do ciúme 
dos outros elementos do Reino
Efésios 1:8: que têm superabundado 
para conosco, com toda a sabedoria e pru­
dência,
O mistério era Cristo que estava escondido desde os 
tempos antigos no Seio do Pai (Jo 1:18). Dali, do Seio 
do Pai, ele foi prometido antes da Antiga Aliança, e 
tornou-se em tipos na Antiga Aliança pelas cerimônias 
dos templos e tabernáculos, por meio das pessoas e 
das circunstâncias, e foi revelado na Nova Aliança por 
intermédio da Igreja
Efésios 1:9: dando-nos a conhecer o mis­
tério da sua vontade, conforme aquilo que 
ele consentiu como rei, segundo aquilo 
que propôs em si mesmo, Rm 16:25
787
As três dispensações são, segundo a ordem: 1) A 
Dispensação do Mistério (Ef 3:9). 2) ADispensação da 
Graça (Ef 3:2). (Leia o comentário no próprio verso).
3) A Dispensação da Plenitude dos Tempos (Ef 1:10).
(Leia o comentário no próprio verso). Na terceira 
dispensação, da Plenitude dos tempos, (Ef 1:10), Paulo 
revela o que sucederia na ocasião da vinda de Cristo.
(a) O arrebatamento e ressurreição dos mortos, (b) A 
transformação dos vivos, (c) Israel (1 Ts 1:1,2) (d) Igreja 
(1 Ts 1:3). ADispensação da Plenitude dos tempos 
tomou-se problemaparaos principados epotestades, 
quando foi revelada à Igrej a. A parte do Reino de Deus 
que foi perdida, ao ser dada pelo homem a Satanás, será 
resgatada e entregue ao Filho, para que, nela, ele implante 
o governo de Deus por mil anos sabáticos. Depois que 
todas as coisas estiverem sujeitas ao Filho, o próprio Filho 
se sujeitará ao Pai, para que sejam tudo em todos, no único 
corpo do Filho (Cl 2:9). Todas as coisas convergirão em 
Cristo e por Cristo, tanto as que estão nos céus como as 
que estão na terra. Essa parte do Reino, que havia sido 
perdida, agorafoireconquistadanovamente. Essa parte 
do Reino, vendida apreço de desobediência a Satanás, 
foi resgatada pelo sangue de Jesus, mas falta aposse. A 
posse será litigiosa porque o posseiro não quer sair.Os 
selos de Apocalipse serão rasgados porque o rompimento 
dos selos, legalmente, quer dizer que o Vingador tem 
toda autoridade judicial para expulsar o posseiro da 
propriedade. O Pai é a primeira pessoa da divindade, e há 
uma pluralidade de pessoas. Evidências de sua divindade 
plural em pessoas, uma essência espiritual diversa em 
suas manifestações. Na criação do homem, eles falaram 
de uma imagem para os três (Gn 1:26). Quando Adão foi 
expulso do Éden, eles falaram: “O homem tomou-se como 
cada um denós" (Gn 3:22). Quando houve a confusão em 
Babel, Deus falou no plural: “Desçamos e confundamos 
ali a sua linguagem ’’. Sugestão de frases que indicam 
mais de uma pessoa, não mais de um Deus (Gn 2:24; Dt 
6:4). O rei Agur, por revelação, fala que ele tinha um filho 
com nome desconhecido (Pv30:4). As formas plurais 
usadas para referir-se a Deus (Is 54:5): O Criador, o Pai. 
O Senhor dos Exércitos, o Filho. O Santo de Israel, o 
Espírito Santo. A conversação divina usando a forma 
plural (Is 6:8:48:16-17; 63:9-16). A conversação entre 
eles no livro de Salmos, no plural (SI 2:1 -9; 45:6-8;
110:1 -5). No batismo dejesus Cristo, quando as três 
pessoas da divindade estavam presentes (Jo 14:16): 
o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Cristo, o batizando, a 
pomba, o Espírito Santo, e o Pai, que fala audivelmente 
na voz do Céu, dando testemunho do seu Filho. Os 
ensinamentos dejesus a respeito do Pai e do Espírito 
Santo (Jo 14:16), de forma clara. A ordem batismal 
(Mt 28:19-20). A bênção apostólica (2 Co 13:14). A 
visão do trono com as três pessoas definitivamente 
manifestas em posições totalmente diferentes (1 Co 
15:26-28; Ap 4; Ap 5; Dn 7:9,10,13)
Efésios 1:10: de convergir em Cristo, na 
Dispensação da Plenitude dos Tempos, en­
cabeçar todas as coisas, tanto as que estão 
nos céus como as que estão na terra. (G14.-4;
a 1:16.20
1:11 Efésios 1:14
Isto é, somos perpetuados no Reino. Somos 
herança do Reino de Deus. E herança trata-se como 
herança. Existem palavras preciosas que baseiam 
e fundamentam o termo predestinação. Antes da 
predestinação, há o (1) conhecimento, e depois da
(2) predestinação, há o (3) chamado, depois, há a 
(5) Justificação e, por fim, há a (5) glorificação. No 
conhecimento, as peças do propósito são apresentadas 
a Deus, de forma desorganizada, para que sej am 
inspecionadas e confirmadas, a fim de que sejam 
comparadas ao modelo do plano original dado por 
Deus. No primeiro ato, todas as peças não têm idéia 
de como serão posicionadas e de como funcionarão.
A seguir, vem a predestinação, que começa no nosso 
espírito e termina no nosso corpo. Nela, temos a 
indicação prévia do lugar que ocuparemos no propósito 
de Deus. Ele, depois que nos conhece, nos abençoa 
e nos predestina para o lugar que, segundo a nossa 
vocação, somos capacitados de acordo com os moldes 
de Deus, feitos pelo Espírito Santo. O conhecimento 
é do Espírito Santo e a predestinação é do Pai. A 
seguir, vem o chamado que começa no nosso corpo 
e termina no espírito. No chamado, somos ungidos e 
santificados para sermos usados no local previamente 
determinado. Sem essa unção, o nosso chamado não se 
estabelece. Com a unção, somos nomeados. As peças 
da apresentação, que estão desorganizadas, agora, têm 
nome próprio, por causa da unção derramada sobre 
elas. Em seguida, vem a justificação. Nela, os recursos 
de operação nos são dados. Na justificação, cada peça 
tem a sua matéria-prima, para que funcione. Com o 
funcionamento, as peças são justificadas para o seu 
trabalho predeterminado. Isto é, se somos um altar 
de holocausto, ofertas são oferecidas nele, se somos 
altar de incenso, perfume é oferecido nele; se somos 
arca, testemunho, maná e amêndoas são postos nela! 
Assim, trigo, azeite, incenso, água, oblações, libações, 
sangue e a palavra escrita de Deus são colocados sobre 
cada peça equivalente para que todas funcionem e 
justifiquem o seu chamado. Assim, somente resta agora 
a glorificação, a fase final de nossa eleição. É quando 
a glória de Deus autentica o nosso trabalho e coroa 
a nossa eleição, que é o brilho de Deus sobre nós, e 
quando ele aprova o nosso trabalho (Rm 8:29-30; Êx 
39:32-40:38). Assim, a predestinação não ocorre de 
forma isolada e incondicional. Pois, fomos conhecidos, 
antes dafundação do mundo, informes, inconscientes e 
predestinados em Cristo para recebermos a habitação 
do Espírito Santo que nos chamou, sendo também 
justificados pelafé para sermos ministros e, porisso, 
nos glorificarána sua vinda. Todas essas cinco atitudes 
da eleição de Deus foram feitas para louvor de sua 
glória. Somente há um conselho para a sua vontade. Isto 
quer dizer que sua vontade não age sem conselheiro
Efésios 1:11: Pois nele, em quem tam­
bém obtivemos herança, havendo sido 
predestinados conforme o propósito da­
quele que opera todas as coisas, conforme 
o conselho da sua própria vontade,. i Pe i:4;
Ef3:ll;Rm 9:1 l;Hb6:17j
Comofimdesermosparao louvor da sua glória, nós, os que 
antes havíamos esperado em Cristo; esperamos em Cristo 
desde o nosso conhecimento, ainda que não possamos 
entendê-lo perfeitamente. Essa esperança vem portodo 
o Antigo Testamento e está cheia de promessas, pois já se 
profetizava de uma graça quehavíamosde alcançar
Efésios 1:12: a fim de sermos feitos para 
louvor da sua glória, nós, os que primeiro 
confiamos em Cristo; e/i.-õ. 14
O batismo do Espírito Santo não é um selo. Esse selo 
tem sido confundido erroneamente com o batismo no 
Espírito Santo. Na ocasião de nossa fé nele, o Espírito 
Santo vem habitar em nosso espírito humano, tornando- 
se um com ele, selando nosso espírito, nossa alma e 
nosso corpo para a redenção mediante os documentos 
de adoção providenciados pelo Espírito Santo. Esse 
trâmite não é visto, mas é feito na hora da confissão 
de fé de uma pessoa que recebe a salvação, depois de 
ter ouvido o Evangelho. O selo é para o corpo aquilo 
que o batismo com o Espírito Santo é para a alma e o 
corpo, conjuntamente. O selo garante a ressurreição e o í 
batismo no Espírito Santo garante o testemunho
Efésios 1:13: em quem também vós, de­
pois que ouvistes a palavra da verdade, que 
é 0 Evangelho da vossa salvação, e, tendo ’ 
nele crido, fostes selados com 0 Espírito ; 
SantO da PrOmeSSa; E/4:30;2Co 1:22; Cl 1:15- ;
O selo do Espírito Santo assegura a nossa herança de 
vidaetema;oselodo Espírito Santo é uma prova de que 
Deus tem poder sobre o nosso corpo, como propriedade 
adquirida, na ocasião de nossa redenção final. Esse selo 
é requerido na hora dapassagem destavida humana 
para apossessão da vida eterna. O nosso corpo tem 
direito de gozar do selo do Espírito Santo, pois elevai 
necessitar desse selo na a ocasião da ressurreição e 
transformação dos mortos. O selo do Espírito Santo será 
o penhor, a garantia da ressurreição do corpo, antes de ;
nossa reunião com ele (2 Co 5:1 -5). Paulo rogava que não 
fosse despido desse corpo, mas também não reclamaria 
se isto acontecesse, pois tinha o penhor que garante a j
ressurreição do seu corpo. Todos os que recebem este i
penhor, recebem a Cristo em seu espírito; o selo é recebido ! 
na ocasião de seu novo nascimento. O selo do Espírito 
Santo é a garantia de que o nosso corpo vai ressuscitar, 
para que vivamos eternamente glorificando a Deus com 
o nosso corpo.O selo de garantia é a marca do Espírito 
Santo. Ele garante que da região da sombra e da morte os 
mortos salvos em Cristo sejam levados pelos anjos para a 
Novajerusalém. As portas do Hades não podem prender 
nenhuma pessoa que tenha o selo. Os efeitos dos remédios 
e o poder da morte sobre uma pessoa enferma que não tem 
o selo do Espírito Santo lutam entre si
Efésios l:14:o qual é o selo de garantia da j 
nossa herança, até a redenção da possessão ; 
de Deus, para louvor da sua glória. i2 Coi:22; I
A t20:32^
788
1:15 Efésios 1:20
O primeiro amor dos irmãos de Éfeso tornou-se notório 
em todo o mundo. O verdadeiro amor é avalizado pela 
fé.Se você ama alguém sem está conectado, pela fé, 
com Deus, o seu amor será desvanecido. Meu amor é 
verdadeiro e fortalecido e avalizado por Deus quando 
minha fé está nele. Um é vertical e outro horizontal. O 
primeiro amor de Éfeso dominou a igreja dos primeiros 
séculos; o primeiro amor de Éfeso inspirou aigreja de 
Corinto, porque todas as características do verdadeiro 
amor descritas por Paulo somente poderiam ser 
realidade pelo poder do primeiro amor
Efésios 1:15: Por esta causa, também eu, 
desde que ouvi a respeito da vossa fé que 
está posta no Senhor Jesus Cristo, e da de­
monstração do vosso amor para com todos 
OS santos, ■ClI:4;E/3:18i 
Paulo, em todas as suas epístolas, demonstrou uma 
preocupação com os seus filhos na fé. Essa preocupação 
era encomendada a Deus pela oração. A oração 
apostólica é uma oração intensa, comprometida e cheia 
de paixão. Era a oração de Jesus. Ele suou semelhante 
a gotas de sangue, o Céu abriu-se e ele andou sobre 
as águas após ter orado. Esta é a oração intensa, que 
produz resultados, que muda o nosso cativeiro pessoal.
Quando oramos pelos nossos amigos, o prêmio é a 
mudança de nosso cativeiro. Na verdade, não podemos 
cessar de orar pela pessoa que nós amamos, e esta 
pessoa, para Paulo, era a Igreja. A oração é o principal 
maquinário produtivo de um apóstolo; sem ele, não há 
produção nem resultados favoráveis. Um exemplo de 
oração apostólica por um povo está em Neemias 9
Efésios 1:16: não cesso de dar graças a 
Deus por vós, recordando-me de vós em 
minhas orações, f/ia-, ai.-3,o; i is 1-.2-.Rm i-.s.q:
Paulo vai preparando o caminho do nosso coração para 
compreendermos a revelação que ele trará, e antecipa 
que somente com Espírito de Sabedoria e de Revelação 
será possível compreendê-la
Efésios 1:17: a fim de que o Deus de nos­
so Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos 
conceda Espírito de Sabedoria e de Revela­
ção, no conhecimento dele, jo20:i7:a i:Q ■
Os olhos do entendimento não são abertos facilmente
(1) se não quisermos conhecer o que a nossa vocação 
nos reserva, (2) se não quisermos conhecer quais são 
as riquezas gloriosas da herança dos santos, (3) qual 
é a medida da grandeza dopoderde Deus reservada 
em nosso favor, (4) se não quisermos saber quais são 
as engrenagens da operação da fortaleza de seu poder 
(como por exemplo, a ressurreição de Cristo - (v. 19); se 
quisermos entender como isto aconteceu e como Cristo 
chegou até o trono, à direita do Pai, então precisamos 
ter os olhos do entendimento espiritual iluminados. Os 
olhos do coração são o discernimento de Espírito. Não 
confunda os olhos da alma com os olhos do coração. 
Esses são iluminados pelos conhecimento de Deus. Ele
não está dizendo: “qual sejaavocação”,mas sim: “qual 
seja a esperança da vocação”. Qual é aesperança da 
vossa vocação? É aquilo que Deus espera que façamos 
com o nosso potencial: o mesmo que o senhor da 
vinha esperava dos servos que receberam os talentos.
A esperança da vocação de cada um era aquilo que o 
Senhor deles presumia que produzissem de acordo 
com o esperado. Aquilo que Deus espera de nós no 
desenvolvimento de nossos talentos é a esperança de 
nossa vocação. Ele está dizendo que assim será possível 
saber quais são as riquezas da glória 
que hão de herdar os santos
Efésios 1:18: e para que os olhos do vosso 
entendimento sejam iluminados, e, assim, 
conheçais qual seja a esperança da vossa 
vocação, e quais são as riquezas da glória 
da sua herança nos santos; /At26:i8,-E/4Aj 
Efésios 1:19: e qual é a soberana grandeza 
de seu poder para conosco, os que cremos, 
segundo a operação da força de seu poder,
:Cll:29;Efó:10i
A fortaleza do poder que operou em Cristo, 
ressuscitando-o. Ela o levantou dentre os mortos e o 
assentou no trono da glória. E o mesmo poder que levou 
a arca até a casa de Dagon, que o venceu, que saiu do 
território dos filisteus sem ajudahumana
Efésios 1:20: que operou em Cristo, res­
suscitando-o dentre os mortos, fazendo-o 
assentar à sua direita nos Céus; [At2:24;m u j
O desejo do Luzeiro era chegar a esta posição, mas 
acabou caindo profundamente. Aposição em que 
Cristo está assentado: acima de todo (1) principado,
(2) toda autoridade, (3) todo poder, (4) todo domínio,
(5) todo nome que se autonomeia. Os principados 
são lideranças internacionais. Jesus está assentado 
acima deles. As potestades são lideranças nacionais. 
Dominam nações. Jesus está assentado acima deles. Não 
devemos confundir as potestades com os principados. 
Os principados atuam coletivamente nas instituições 
internacionais. As potestades atuam sobre as nações. 
Os dominadores dominam regiões. Atuam por meio dos 
príncipes da região, e também pelos líderes do povo. 
Forças espirituais da maldade atuam no comportamento, 
na arte, na música, etc. Dominam localidades ou têm 
influências regionais. Atuam em tempos e circunstâncias 
determinados por Deus. Jesus está assentado acima 
deles. São como ventos soprados inesperadamente; 
desequilibram a vida de uma cidade ou regiões inteiras. 
Jesus está assentado acima deles. Estas forças espirituais 
da maldade possuem as pessoas e até mesmo regiões 
inteiras. Convêm às três primeiras classes oprimir 
e manipular os líderes e as suas nações. Daniel, por 
exemplo, venceu principados pelo poder da oração sem 
ter visto nenhum daqueles poderes. Jesus está assentado 
acima deles; não somente ele, mas também fez-nos 
assentar juntamente com ele nas mesmas regiões
789
1:21 Efésios 2:7
Efésios 1:21: muito acima de todo o prin­
cipado, poder, potestade e domínio, e sobre 
todo nome que se nomeia, não só no pre­
sente século, mas também no que está por
V ir; (Fp2:9,I0l
O grande prêmio que Cristo recebeu foi o corpo, a 
Igreja, a esposa. Por intermédio do seu corpo, eie 
manifesta todo poder, toda autoridade e todo domínio 
territorial de. O seu corpo é o complemento dele, e 
esse corpo, abaixo dele, está acima de tudo. O Filho 
estará assentado à destra do Pai até que todas as coisas 
lhe estiverem sujeitas. Após o Reino, Deus cumprirá 
todas as coisas que foram adiadas com o pecado do 
homem (Jo 14:20)
Efésios 1:22: e submeteu todas as coisas 
debaixo de seus pés; e ainda o constituiu 
sobre todas as coisas, como Cabeça da 
Igreja, (Cll:18;M t28:18;Ef4:15;S:23■
Jesus quis revelar este mistério aos seus discípulos 
quando disse-lhes: “Naquele dia compreendereis que 
eu estou em meu Pai”. O Espírito Santo está em Cristo 
porque somos parte do Corpo de Cristo. Jesus assume 
o corpo (Cabeça da Igreja). O corpo é a Igreja, mas o 
Paihabitáno corpo do Filho porque, no fim de tudo, o 
Filho se sujeitará ao Pai, para que eles sejam tudo em 
todos (no seu corpo), e isto somente será possível em 
um só corpo. Jesus é o maior tabernáculo do Deus vivo. 
Poristo, ele é maior do que o templo (Ap 2:9). Ageu 
profetizou que a glória da última casa, o último Adão, 
seria maior do que a primeira. Todotemplotinhaa 
presença minúscula de Deus, somente em parte. Mas 
foi do agrado do Pai que nele habitasse toda a plenitude 
da divindade em seu corpo imortal. Ele mesmo é 
maior do que todos os templos, porque em si mesmo 
estará toda a glória da presença de Deus. Ele é maior 
do que o Céu ou qualquer outro lugar que possa conter 
a plenitude da Divindade. Veremos o fim de todas as 
coisas quando todas as coisas estiverem sujeitas ao 
Filho; veremos diante de nossos olhos o Pai habitando 
no corpo do Filho (1 Co 15:26-28) e o mistério estará 
plenamente revelado
Efésios 1:23: a qual é o seu corpo, a pleni­
tude daquele que cumpre todas as coisas, 
para que Deus seja tudo em todos. / co 12.-6;
Rm 12:5; Cl2:17l
Efésios, capítulo dois (2)
A condição dos gentios: (1) mortos em transgressões
Efésios 2:1: Também ele vos deu vida, a
vós que estáveis mortos em transgressões
e pecados, (Cl2:13;E/2:5;Jo5:24l 
A condição dos gentios: (2) andavam conforme o curso 
deste mundo, (3) segundo a vontade de Satanás (ele
atuando deslealmente no ar e o homemna terra), (4) 
sob o poder dos espíritos que atuavam neles
Efésios 2:2: no qual andastes, outrora, 
conforme o curso deste mundo, e segundo 
a vontade do príncipe das potestades do ar, 
deste espírito que, agora, opera nos filhos 
da desobediência; Eft:i2:5:6
A condição dos gentios: (5) viviam no estilo carnal sob o 
poder da paixões da carne, dos instintos e da mente, (6) 
por natureza eram filhos da ira
Efésios 2:3: entre os quais, anteriormen­
te , todos nós em um tempo vivíamos neste 
estilo de vida, em nossas paixões carnais, 
cumprindo a vontade da carne e dos pen­
samentos maliciosos da nossa mente; e éra­
mos, por natureza, filhos da ira, igualmente 
como OS demais. Tt3:3;Gl5:16.17:Rm2:14;5:10l 
As novas condições apresentadas por Deus:
(1) riqueza de misericórdia, (2) grande amor,
(3) amor já atuante da parte de Deus (Jo 3:16)
Efésios 2:4: Mas Deus, que é muito rico 
em misericórdia, por seu grande amor, com 
0 qual nos amou, ■Jo3:ló:Rm 10:12.
A salvação é uma ressurreição. Essa morte e 
ressurreição revivem no batismo nas águas, 
pois este é um símbolo da nossa morte e 
ressurreição com Cristo (Rm 6:1-4)
Efésios 2:5: q uando ainda estávam os 
m ortos em nossas transgressões, nos deu 
vida jun tam ente com Cristo - pela graça 
SOiS SalVOS. 'Ef2:l,8,
Nossa posição, depois da ressurreição, não é viver no 
mundo, mas tomarmos a nossa posição com Cristo, 
nas regiões celestiais. Em Cristo, estamos 
representados no trono do Pai e nas regiões celestes
Efésios 2:6: E com ele nos ressuscitou, e 
nos fez assentar juntamente com ele nos 
lugares celestiais em Cristo Jesus; iEfiaoi
Nossa posição em Cristo mostra ao mundo a grandeza de 
sua graça para conosco por meio do seu amor. O Salmo 
8 cumpriu-se literalmente, pois Cristo, depois de sua 
encarnação, seu ministério e sua obra expiatória, elevou 
a humanidade em si mesmo, onde sempre deveria estar, 
para mostrar aos mundos o poder da graça de Deus
Efésios 2:7: para manifestar nos séculos 
vindouros a suprema grandeza da riqueza 
de sua graça e a sua bondade para conosco 
por meio dejesus Cristo. ;Tt3:4-
Diante de todos os benefícios visto no contexto deste
790
2:8 Efésios 2:11
capítulo, chegamos à seguinte conclusão: a nossa 
posição como salvos não é uma obra realizada por nos 
mesmos, mas uma obra exclusiva de Cristo, a fim de 
que o mundo veja em nós como a misericórdia de Deus 
é grande, e também a sua obra redentora. Em outras 
palavras, somos o produto da prateleira, o exemplo para 
os demais. Em Levítico 25, temos três meios de resgate 
para um apropriedadevendidaaum estranho: (1) o 
parente remidor, (2) o próprio esforço econômico para 
readquiri-la e (3) o ano do jubileu (Lv 25:23-31). Mas se 
o herdeiro que vendeu a sua propriedade não tivesse 
como pagar o resgate pedido pelo posseiro de sua 
herança, teria que sair em busca de um parente remidor 
que tivesse condições de pagar o preço pedido e isso 
exigia humildade do herdeiro, pois, com isso, declarava 
a sua inteira dependência dele. Ele teria que abdicar 
de muitos direitos pessoais e humilhar-se. Assim, o 
homem que busca ajuda em Cristo, o nosso parente 
remidor, que tem disposição para pagar o preço pedido 
por Satanás, espera que nos humilhemos diante dele, 
dizendo que não temos condições próprias de bancar 
o preço do resgate de nossa alma (Mt 8:37). “Não vem 
de vós”, quer dizer, não é um preço que o homem é 
capaz de pagar por si mesmo. Judas se arrependeu do 
que fez, chorou, mas não se converteu; ele enforcou-se 
porque creu que o seu sacrifício próprio demonstraria 
o quanto estava triste pelo que fez, mas ele não 
precisava morrer, pois Cristo havia feito isso por ele. 
Ele teria que crer no sacrifício de Cristo, mas isto era 
demasiadamente intangível para ele, pois recusou-se a 
crer no dom de Deus
Efésios 2:8: Porque pela graça sois salvos, 
por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom 
de Deus; :G/2.-/ó,-e/2.^
O homem não tinha condições alguma para pagar o 
resgate de sua alma (Mc 8:37). Nossas obras, antes de 
crermos em Cristo, são abomináveis; não servem como 
moeda de negociação para a aquisição da salvação, 
pois elas são instrumentos de glorificação própria.
A salvação produz glória para Deus e alegria para o 
homem; tudo aquilo que produz glória para o homem 
produz desprezo para Deus
Efésios 2:9: não vem pelas obras, para que 
ninguém se glorie. Tt3:5:Rm3:20,28;2 Tm 1:9■
Anova natureza criada em Cristo, da qual somos partícipes, 
produz louvor a Deus, misericórdia para com nossos irmãos 
e beneficência para os pobres e necessitados, redundando 
em glórias para Deus (2 Co 8:12-14)
Efésios 2:10: Porque somos feitura sua, 
criados em Cristo Jesus para as boas obras, 
as quais Deus preparou de antemão para 
que andássemos nelas. m-.u
E estávamos em uma das duas fases de Abraão, antes de 
sermos justificado pela fé. Abraão viveu duas fases: o 
tempo da incircuncisão e o tempo da incircuncisão. Mas 
quando ele foi justificado? No tempo da circuncisão ou 
no tempo da incircuncisão? No tempo da incircuncisão,
pela fé, e não pela obra da circuncisão. Abraão viveu 
o tempo da graça e da misericórdia, e depois viveu 
o tempo da lei. Ele foi justificado mediante a fé no 
tempo da misericórdia. Os gentios estão incluídos 
nesta mesma condição, no tempo da incircuncisão, 
experimentam a circuncisão do coração, que é o sinal 
do pacto no Novo Testamento
Efésios 2:11: Portanto, lembrai-vos que, 
anteriormente, éreis gentios na carne, 
chamados incircuncisos por aqueles que, 
na carne, se chamam circuncisão, que é 
obra das mãos dos homens. iRm2:28; ci2:iij
Como estávamos? (1) Sem Cristo, (2) sem comunhão 
com Israel, (3) sem concerto ou promessa, (4) sem 
esperança, (5) sem Deus no mundo. Porque Deus, 
o Pai, sem Cristo, era inalcançável (porque, sem 
Cristo, Deus não era alcançável pelo homem, Lc 19:3), 
inalterável (porque, sem Cristo, Deus não podia mudar 
seus planos, pois ele era imutável quanto ao destino 
do homem, Gn 6:3), inapelável (porque, sem Cristo, 
Deus não aceitava nenhum advogado ou intercessor, 
Rm 8:26), inapreciável (porque, sem Cristo, Deus 
não podia ser avaliado nem apreciado, pois não podia 
ser visto, Êx 32:18), inascível (porque, sem Cristo, 
Deus não podia vir ao mundo em forma de bebê e 
conhecer as agruras do homem, Is 9:6), intangível 
(porque, sem Cristo, Deus não podia ser tocado, pois 
não tinha corpo humano, Jo 1:14), inaudível (porque, 
sem Cristo, Deus não podia ser ouvido, pois os sons 
que emitia eram sons da natureza e o homem tinha 
medo de sua voz, Êx 19:19; ele precisava de um 
intermediário que o compreendesse e transmitisse 
a sua Palavra), inconciliável (porque, sem Cristo, 
Deus não tinha acordo com o homem e seu juízo era 
imediatamente executado, G n3:3), incompreensível 
(porque, sem Cristo, Deus era extremamente difícil de 
se compreender, Ml 3:7,8), incomunicável (porque, 
sem Cristo, Deus não podia ter comunicação direta 
com o homem por causa da sua santidade, Êx 3:5), 
inconcebível (porque, sem Cristo, Deus não podia 
conceber, pois necessitava de Cristo para encamar- 
se e demonstrar ao homem o seu amor, Jo 3:16), 
inconsultável (porque, sem Cristo, Deus não podia 
ser consultado, a não ser por intermediários, os quais 
também corriam o risco de morrer, Êx 16:11 -14), 
incontrolável (porque, sem Cristo, Deus jamais se 
submeteria a qualquer forma de governo sem destrui- 
lo e somente por Cristo aceitou as ofensas dos criados 
do templo, Mt 27:30), incorrespondido (porque, sem 
Cristo, Deus não era retribuído pelo amor do homem, 
Ml 1:6), indefinível (porque, sem Cristo, Deus era 
inexplicável porcausadasua grandeza ilimitada, SI 
29), indelineável (porque, sem Cristo, Deus não tinha 
forma humana, Hb 1:3), indescritível (porque, sem 
Cristo, Deus era indescritível, pois ninguém jamais 
o viu, Jo 1:18), indistinguível (porque, sem Cristo, 
Deus não podia ser reconhecido como Pai ou como 
Filho, Êx 24:16-18), inescrutável (impossívelde ser 
compreendido), inexorável (porque, sem Cristo, Deus 
não se abala diante de rogos, Êx 23:21), inflexível 
(porque, sem Cristo, Deus não podia jamais voltar
791
2:12 Efésios 2:18
atrás depois de ter tomado uma decisão, Êx 33:17), 
ingerminável (porque, sem Cristo, Deus não tinha como 
dar continuidade à sua natureza divina, tendo novos 
filhos,Jo 20:17), inidentificável (porque, sem Cristo, 
Deus não podia ser identificado como Verbo, Criador, 
Consolador), inimaginável (porque, sem Cristo, Deus, 
não podia revelar o seu ser, que ultrapassava o poder 
da imaginação humana), inimitável (porque, sem 
Cristo, Deus não podia ser imitado), inquebrantável 
(porque,sem Cristo,Deus jamais choraria,Jo 11:35), 
insituável (porque, sem Cristo, Deus jamais poderia 
ser identificado em nenhum lugar, Jo 1:36), insondável 
(porque, sem Cristo, Deus jamais seriaperscrutado, 
porque, por meio de Cristo e do seu Espírito, 
penetramos nas profundezas de Deus, 1 Co 2:9-16), 
intocável (porque, sem Cristo, Deus não podia ser 
tocado, Mc 5:27), intransponível (que não pode 
transpor-se sem Cristo Mt 14:28), invisível (porque, 
sem Cristo, Deus não tinha corpo para revelar 
consistente e concentradamente a sua pessoa, pois a 
luz não se contém e resplandece a sua glória, Ap 4:3, 
assim, necessitava de um corpo para contê-la, 1 Co 
15:26-28). Assim, Paulo coloca a nossa condição sem 
Cristo e sem Deus. Ora, se Deus, sem Cristo, é tudo 
o que acabemos de ler, imaginemos um homem sem 
Cristo e sem Deus!
Efésios 2:12: Naquele tempo, vós está­
veis sem Cristo, excluídos da cidadania de 
Israel e estrangeiros, em relação aos pactos 
da promessa, sem esperança e sem Deus no
mundo, 11 Ts 4:5;G14:S i 
Assim como o corpo de Cristo, manifestado na sua 
encarnação, nos revelou o Pai, o sangue de Cristo nos 
aproximou de Cristo e da promessa testamentária 
do Pai, e nos incluiu na herança dos filhos de Deus. 
Por meio da adoção pelo sangue original de Cristo, 
passamos a desfrutar de todos os privilégios cabíveis 
aos filhos de Deus
Efésios 2:13: Mas, agora, por meio do 
sangue dejesus Cristo, vós, que anterior­
m ente estáveis longe, fostes incluídos.
Naigreja, ele uniu os gentios e os judeus, edificando um 
povo que não era seu povo, mas foi criado por Deus para 
ser instrumento de união de ambos os povos; agora, 
aqueles que estavam separados encontraram, na Igreja 
edificada por Cristo, um ponto de encontro e de paz, 
sem obstáculo e sem separação
Efésios 2:14: Porque ele é a nossa paz, 
o qual de ambos os povos fez um, tendo 
destruído a parede de separação do meio,
IC13:15; 1 Co 12:13/
Toda a separação que havia entre os dois povos 
foi destruídana sua carne, na cruz, fazendo de 
ambos os povos um só povo, a Igreja
Efésios 2:15: e, em sua carne, aboliu as 
inimizades, isto é, a lei dos mandamentos
expressos em ordenanças, para criar de 
ambos, em si mesmo, um novo homem, 
fazendo a paz. c: 1:21.22: c : r.-is
Na cruz, ele chamou a ambos os povos para a 
reconciliação. A cruz é o centro de reconciliação dos povos
Efésios 2 :16 : e. pela cruz, reconciliar os 
dois em um corpo, m atando com ela as 
inimizades, c 1:20.22
Efésios 2:17: E, vindo ele dentre os mor­
tos, evangelizou paz a vós que estáveis longe 
e aos que estavam perto; k s j - . io - .s iu B - .i t
O objetivo do Senhor Deus em escolher Israel como 
nação não foi fazer dele uma elite divina e de sua principal 
cidade uma cidade santa e um povo exclusivo separado 
do mundo. Israel foi escolhido para abençoar as outras 
nações. Mas Israel escolheu a soberba entre as nações, 
enfermando-se dos mesmos pecados cometidos pelos 
gentios. Esqueceu-se de sua incumbência e apegou-se 
aos seus privilégios. Justamente como aconteceu com 
Israel, acontece com as denominações de hoje, pois se 
afastam das intenções divinas e desprezam o objetivo 
principal de sua missão. Deus escolheu Israel para 
cumprir uma grande missão, e ele acabou adormecendo 
na sua inatividade espiritual iludida pelos privilégios da 
posição de povo eleito, esquecendo-se do seu serviço 
descrito no manual de sua missão. A intenção da escolha 
de Israel não era conceder-lhe o poder político ou um 
•síatointemacional ouserum poder econômico; não era 
destruir e suplantar cidades da terra que estavam fora da 
Promessa. Aintenção de Deus em escolher Israel como 
povo eleito não era que as grandes incumbências fossem 
suplantadas pelo apego aos privilégios que lhe foram 
concedidos. Então, qual foi aintenção de escolher Israel? 
Era transformá-la numa nação sacerdotal (Êx 19:5,6). 
Era mostrar a glória de Deus, através dela, para as outras 
nações. Era mostrar a sua glória entre os homens. Mas, 
agora, não importa como Israel falhou, porque Deus 
salvou o seu plano pela semente desta nação: Cristo. 
A semente desta mulher não falou (Ap 12:3; Gn 3:15). 
Sua semente foi Cristo, o homem eleito, que substituiu 
a nação eleita, isto quer dizer que a intenção de Deus 
não deixou de ser feita por um judeu obediente e 
humilde (Jo 5:19). Este judeu humilde não se iludiu 
por causa dos privilégios de sua eleição, mas pagou o 
preço como o crucificado, entregando toda a sua vida 
em favor de seu povo e de todos os homens que nele 
crêem. Ele, o homem eleito, edificou o seu sacerdócio, 
segundo a ordem de Melquisedeque, para levantar um 
reino sacerdotal que cumprisse o propósito universal 
dos planos de Deus, por isso que a Igreja, tirada do 
meio dos gentios e dos judeus, como ramo enxertado, 
alcançou a graça de Deus para estar entre os que têm a 
promessa do Pai
Efésios 2:18: porque, por meio dele, ambos, 
temos livre acesso ao Pai por um mesmo Espí­
rito. Jo 14:C:Ef3:12:1 Co 12:13: Cl 1:12
792
2:19 Efésios 3:2
Paulo nos faz lembrar das condições de Abraão: antes de 
ser chamado peregrino, foi chamado estrangeiro. O estágio 
“peregrino” é uma graduação sobre o estado “estrangeiro”! 
Estrangeiros, peregrinos. Depois, concidadãos com os 
santos e membros da família de Deus. Assim foram os 
estágios que a Igreja foi vivendo: era estrangeira (gentia), 
depois peregrina nas profecias e hoje, por Cristo, concidadã 
da família de Deus, que inclui Israel, as nações e a Igreja. De 
estrangeiros afamiliares de Deus
Efésios 2:19: Assim que já não sois estran­
geiros nem peregrinos, mas concidadãos 
dos santos e membros da família de Deus;
/Fp3:20; Gl6:10 
Os ministérios do fundamento, apóstolos e profetas, 
carregam em seus ombros a autoridade. Esses 
ministérios trazem consigo a habilidade de governar e 
administrar aobradeDeus. Também trazem a unção 
para promover a transformação dos tempos. Deus 
sempre começa com um ponto de origem singular e 
termina com pluralidade. Começou com um sacerdote 
e agora tem um reino de sacerdotes. Tinha um Cordeiro, 
agora nos envia como cordeiros para triunfar sobre os 
lobos. Tinha um Adão que produziu umaraça caída, 
mas, com a obra do segundo Adão, tem muitos filhos 
santos. Compare Lucas 11:47-52 comMateus23:31-34, 
onde Jesus promete enviar profetas e apóstolos. Eles 
têm uma missão profética (Ml 4:6): restaurar a ordem 
divina e a autoridade espiritual. A Igreja é edificada sobre 
fundamentos dos apóstolos que têm a mensagem original 
de Cristo sem os modismos hodiemos, que estão sendo 
fiscalizados pela Pedra angular da esquina (o esquadro de 
Deus), a fim de serem aprovados (ico 3 :1 0 ).0 s apóstolo 
Paulo lançou o fundamento para os gentios, e todos os 
demais ministérios não têm autoridade para estabelecer 
outro fundamento ou outro Evangelho, a não ser aquele 
que já foi pregado. O ministério profético não pode 
anunciar outro vaticínio senão aquele que corresponde à 
obra salvadora e redentora de Cristo, exclusivamente
Efésios 2:20: edificados sobre o funda­
mento dos apóstolos e dos profetas, sendo 
Jesus Cristo a pedra angular ( “da e sq u i­
n a ”) ; lM tló:18;A p21:14 
Igreja, primeiro, é um edifício edificado por Cristo 
(Mt 16:17,18). O edifício deve ser bem ajustado para 
se tornar templo santo de Deus,e deve crescer para se 
tomar morada de Deus em Espírito. Um edifício não pode 
proclamar-se morada de Deus; um templo pode anunciar- 
se como morada de Deus. O edifício tem de ser templo, e 
o templo tem de se tomar morada de Deus.
A Igreja é a morada de Deus
Efésios 2:21: e, por meio dela, todo o edi­
fício, bem ajustado, cresce para ser um tem­
plo santo no Senhor; 2co 6.-w.- 1 co3.-i6.i7
As fases são: edifício, templo e morada. De edifício a uma 
morada, há três estágios. Um edifício (uma construção, 
somente os funcionários trabalham), um templo (um
lugar visitado), uma morada (um lugar onde Deus 
habita). O edifício precisa ser bem ajustado, somente 
assim crescerá e deixará de ser um edifício e tomar-se-á 
num templo. O templo experimentará a santidade e 
transformar-se-á, pela edificação, em morada de Deus. 
Não basta ser edifício. Tem que ser templo. Não basta ser 
templo. Tem que ser morada de Deus.
Efésios 2:22: no qual vós também sois 
edificados para morada de Deus no Espírito.
ilPe 2:5/
Efésios, capítulo três (3)
Aqui, vemos Cristo assentado à destra do Pai, para 
que possamos viver no mundo (Jo 17:15-20). Paulo, 
por sua vez, estava preso, para que a Igreja estivesse 
livre e atuante na obra do evangelismo e missões no 
mundo. Ele aproveitava cada dia de sua prisão para 
escrever, dar mandamentos e estabelecer a ordem 
que seria necessária. Ele soube aproveitar cada 
situação adversa para o bem da igreja gentia. Agora, 
Paulo vai falar de duas grandes dispensações: (1) a 
Dispensação da Graça e a Dispensação do Mistério. 
Essas duas dispensações são complemento da (3) 
Dispensação da Plenitude dos Tempos, registrada 
no primeiro capítulo. As três, em ordem, são: (1) 
Dispensação do Mistério, (2) Dispensação da Graça e 
(3) Dispensação da Plenitude dos Tempos. Por meio 
do conhecimento dessas três dispensações bíblicas, 
temos o conhecimento completo do propósito de Deus 
para com o homem. Todos os assuntos da Bíblia estão 
posicionados nessas três dispensações
Efésios 3:1: Por esta causa eu, Paulo, sou
o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os
gentios, /Fm 9;At23:18;Ef4:li
A eternidade tem três dimensões, de acordo com o 
nome do Senhor Jeová: era é e será. A Dispensação do 
Mistério trata dos tempos do “era”. A Dispensação da 
Graça trata do “é”, isto é, do trabalho atual de Deus 
no “cronos” (tempo) do homem. Esse tempo em que 
vivemos terminará com os adventos da Dispensação da 
Plenitude dos tempos. Paulo trata agora da Dispensação 
atual da Graça de Deus. A Dispensação do Mistério 
terminou com a encarnação de Cristo, dando início à 
Dispensação da Graça de Deus
Efésios 3:2: se é que tendes ouvido acerca 
da Dispensação da Graça de Deus, que para 
convosco me foi dada; /ci i.-25,-1 Fm i.-4j
A revelação que Paulo teve (2 Co 12:1-3), na presença 
de Cristo, no Céu, foi resumida por ele como um plano 
escatológico recebido diretamente de Deus em três 
dispensações distintas, que tratam de acontecimentos 
anteriores ao texto de Gênesis 1 (Jo 1), que vão até 
o nascimento de Cristo; e, dali, até o início da última 
semana de Daniel, quando terá início a Dispensação da 
Plenitude dos Tempos. Paulo recebeu essarevelação 
diretamente de Cristo. Desde os tempos ocultos até o
793
3*3 Efésios 3:7
nascimento de Cristo, a Dispensação da Plenitude dos
Tempos envolve acontecimentos maravilhosos
Efésios 3:3: como, por revelação, foi-me 
dado a conhecer o mistério, como, acima, 
resumidamente vos escrevi, Ai22:i7-. ci u i2;
Rm 16:25]
Esse mistério escondido foi revelado e assumiu 
um corpo. Mas coisas vão mudar, pois o Pai estará 
no seio do Filho, no fim de tudo (1 Co 15:26-28). A 
Palavra de Deus fala da Dispensação do Mistério. Essa 
dispensação abrange desde os tempos da eternidade 
passada e vai até a revelação de Cristo encarnado no 
ventre de Maria. Essa dispensação tem duas fases. A 
fase A: desde os tempos antes da criação dos anjos até 
o início de Gênesis 1:1. A fase B: desde a criação dos 
céus e da terra (Gn 1:1) até a concepção de Jesus em 
Maria. A Palavra de Deus fala dos tempos da unidade 
absoluta, antes da morte do Cordeiro, que foi imolado 
antes da fundação do mundo. A essência era espiritual, 
de natureza espiritual. Não existia outro nome para 
o Filho, senão o Verbo, nem outro nome para o Pai, 
senão Ancião de Dias. Eram um só Senhor, um só 
Deus, na unidade do Espirito, assim como o homem 
é uma pessoa, mesmo sendo espírito, alma e corpo, 
sem interferência e contradição. O que aconteceu 
na Dispensação do Mistério? A criação dos anjos; a 
cidade arquitetada, a rebelião de Lúcifer; o Cordeiro 
imolado antes da fundação do mundo; a rebelião de 
Lúcifer; a criação do mundo; Adão; a coexistência da 
imagem (Gn 1:26). A imagem é o corpo do Filho que foi 
preparada antes da fundação do mundo, e foi criada. 
Por isso, Paulo diz que ele, na imagem, no seu corpo 
(somente), é o primogênito da criação. A imagem de seu 
corpo foi o princípio da criação, a primeira coisa a ser 
criada. O corpo de Adão não foi criado, mas formado, 
pois a imagem de seu corpo já havia sido criada. O 
corpo de Adão foi formado a partir da imagem que já 
existia. E, por fim, a manifestação do Anjo de Jeová. A 
criação e a inauguração do Hades. Oual foi a função da 
Dispensação do Mistério? Guardar o mistério em Deus. 
O conhecimento de Paulo, em todas as suas escrituras, 
revela o conhecimento desse ministério e das três 
dispensações. Sem esse conhecimento, não podemos 
entender o que o apóstolo escreve, pois essa é a base 
em que se estabelece os seus ensinamentos, e somente 
assim o compreendemos
Efésios 3:4: para que, quando lerdes, pos- 
sais compreender o meu conhecimento a 
respeito do mistério de Cristo, / co4.-i
Esse mistério não foi revelado a ninguém antes. Os 
apóstolos e os profetas tiveram o privilégio de receber 
o conhecimento deste mistério. O Filho se revelou 
na Dispensação do Mistério como Anj o do Senhor, 
como o Anjo que luta com Jacó, como o Anjo do Senhor 
que falou com Agar, como o Anjo do Senhor que falou 
com Moisés, como o Anjo que em Araúna falou com 
Davi. Ainda se revelou como rocha, pela qual Deus 
revelou sua bondade a Moisés; como a rocha que 
verteu água e foi ferida três vezes: uma na primeira
vez, e duas na segunda vez. A rocha era Cristo. Ele 
se revelou como nuvem, como fogo, como luz, como 
juízo. Mas, depois da sua encarnação, se revela por 
meio do seu próprio corpo. E esse mistério escondido 
no seio do Pai era Cristo (Jo 1:18). Esse mistério 
deu-se a conhecer pela Igreja (Ef 1,2 e 3). Nem os 
principados e potestades o conheciam, e ele foi um 
mistério bem guardado. Paulo teve uma compreensão 
profunda desse mistério. Esse mistério foi revelado 
de duas maneiras: 1) Pelas escrituras proféticas 
(Rm 16:26). 2) E pela Igreja (Ef 3:10). A revelação 
desse mistério tem dois destinatários: 1) As nações, 
os gentios, para obediência e fé (Rm 16:26). 2) Os 
principados e potestades (Ef 3:10). As potestades e 
os principados deveriam conhecer esse mistério. A 
função da Dispensação do Mistério foi revelar o mistério 
oculto em Deus: o Verbo, que não era uma obra criada, 
separada de Deus. Esperou em silêncio (Rm 16:25,26). 
Foi revelado pelas Escrituras. A doutrina desse mistério 
foi revelada por Paulo por meio da Igreja. O Salmo 24 
traz a revelação do Capitão dos Exércitos do Senhor e o 
reconhecimento angelical (1 Tm 3:16). Os destinatários 
da revelação do mistério: (a) as nações gentias (Rm 
16:25-26), pois o mistério os envolve plenamente e (b) 
os principados e as potestades (Ef 3:10), pois eles não 
tinham a revelação de Cristo
Efésios 3:5: que não foi dado a conhecer 
aos filhos dos homens, em outras gerações, 
como agora foi revelado aos seus santos 
apóstolos e profetas pelo Espírito; Rm ió,2 ój
A Dispensação do Mistério reservou umagloriosa 
manifestação da misericórdia de Deus, pois nela o Pai 
planejou a inclusão das nações gentias no seu grande 
propósito, por intermédio daadoção, da imputação, 
da justificação pela fé. Por isso Paulo trata do enxerto 
dos galhos da videira brava na videira verdadeira com 
muita naturalidade. Por Cristo, o homem eleito, que 
substituiu a nação eleita, os gentios (como Igreja) 
foram enxertados na videira verdadeira, por meio do 
Evangelho. Como co-herdeiros, recebemos herança. 
Como consangüíneos no mesmo corpo, temos a mesma 
vida. Como co-participantes da promessa,temos o 
mesmo destino por meio da promessa
Efésios 3:6: a saber, que os gentios são 
co-herdeiros, e, no mesmo corpo, co-parti­
cipantes da sua promessa em Cristo Jesus, 
por meio do Evangelho; E/2:i5.i6: gi3:2Q■
O ministro do Evangelho, Paulo, chegou a ser ministro 
deste propósito. Como filho da casa de Benjamim, com 
o mesmo nome de Saul (Saulo), Deus o levantou como 
um substituto da tribo mais atribulada de Israel. Paulo, 
transformado e batizado, foi chamado para o apostolado, 
sendo abortivo, pois a sua preparação foi muito rápida 
(At 9) e causou um grande impacto na fé dos primeiros 
discípulos; isto somente foi possível pela graça e pelo 
grande poder de Deus. Paulo assumiu, de forma integral, 
o seu chamado, defendendo-o arduamente
Efésios 3:7: do qual fui feito ministro,
794
3:8 Efésios 3:11
segundo o dom da graça de Deus que me 
foi concedido pela operação do seu poder.
:Rm 15 :15 ,16 /
Sabendo das grandes dificuldades que tinha no corpo 
apostólico, pois muitos nem o consideravam crente, ele 
se posicionava como o menor deles, demonstrando, 
assim, uma grande e estratégica humildade. Ele, baseado 
nos ensinamentos de Cristo, sabia que aquele que 
quisesse ser o maior entre todos, servo de todos seria. 
Jesus também disse que era comum que os gentios 
procurassem ser senhores dos homens. Mas disse 
também que entre os seus discípulos não seria assim. 
Pois quem quer que fosse senhor deles aqui, seria o 
menor no Reino dos Céus. E por isso Jesus manifestou-se 
como servo aqui, para garantir o seu senhorio no Reino. 
Paulo sabia disso e colocava-se como o menor de todos. 
Sabia que a graça de Deus concedeu o privilégio de ser 
pregador no meio dos gentios para falar das inescrutáveis 
riquezas dos mistérios de Cristo
Efésios 3:8: A mim, que sou o menor de 
todos os santos, foi-me concedida esta gra­
ça de pregar no meio dos gentios as ines­
crutáveis riquezas de Cristo,, / co is.-q,- giu ió-,
Cl 1:27/
As trêsdispensações são, segundo a ordem: (1) A 
Dispensação do Mistério (Ef 3:9). (2) ADispensação da 
Graça (Ef 3:2). (3) A Dispensação da Plenitude dos Tempos 
(Ef 1:10). Na primeira dispensação, Paulo inclui o mistério 
do Filho de Deus conhecido hoje como Filho. No seio do 
Pai (Jo 1:8). Revelado entre os homens (atuanaocasião 
da eleição dos anjos) por ocasião da rebelião do Luzeiro.
Revelado entre os homens (atua na redenção deles), 
quando introduziu a Dispensação da Graça. O Verbo de 
Deus era Cristo, estava noseiodoPai,éa palavra que 
procede da boca de Deus. Esse mistério nasceu nos dias da 
festa dos tabemáculos. Residiu entre nós (Jo 1:14). Quando 
Deus criou o homem, o criou em espírito, alma e corpo. Isto 
incomodou Satanás, pois o homem passou a ter algo a mais 
que nem mesmo os anjos tinham: um corpo físico para atuar 
no mundo dos homens. O homem tinha algo amais, o corpo 
que Deus mesmo não tinha. Deus era: Dicótomo (duas 
partes). As partes imateriais (espirituais) têm capacidade 
de compartilhar do mesmo espaço ao mesmo tempo, 
sem perdera suaidentidade. É por isso que os demônios, 
geralmente, tomam possessão de uma só alma. Qual era o 
objetivo da Dispensação do Mistério? Eu creio, sem dúvida, 
que o Mistério esteve oculto em Deus, sem deixar de ser 
Deus, por isso era Deus. O Verbo não é obra de Deus nem 
estava ao alcance das suas mãos para um fim proveitoso, 
era Deus e convivia com ele deliberadamente, mas não era 
uma obra criada por ele. O Verbo era Deus. Nem os anjos 
conheciam este mistério. Ele estava oculto em silêncio 
desde os tempos antigos (Rm 16:25)
Efésios 3:9: e trazer ao conhecimento 
de todos os homens, qual seja a Dispen­
sação do Mistério que, desde antes dos
séculos esteve escondido em Deus, que 
criou todas as coisas, por meio de Jesus 
Cristo; /Cl 1:26,27:
A Dispensação do Mistério serviria para revelar o como 
e o porquê o Mistério esteve oculto em Deus. O Mistério 
esteve oculto em Deus, sem deixar de ser Deus, por 
isso era Deus. O Verbo não é obra de Deus e nem estava 
ao alcance das suas mãos para um fim proveitoso, era 
Deus e convivia com ele deliberadamente, mas não 
era uma obra criada por ele. O Verbo era Deus. Nem os 
anjos conheciam esse mistério. Ele estava oculto em 
silêncio desde os tempos antigos (Rm 16:25). Assim, 
os principados e as potestades que atuam nas regiões 
celestes passariam a conhecer a diversa sabedoria 
de Deus por meio da pregação do Evangelho, através 
da Igreja. Hoje, isto somente é possível porque o 
Espírito Santo, que está na Igreja, revela o mistério 
pelo ensino e pela pregação da Palavra de Deus. Por 
isso, na pregação, devemos ter os cinco ingredientes 
especiais: ciência, profecia, línguas, revelação do 
mistério e doutrina (1 Co 14:6)
Efésios 3:10: para que, agora, os princi­
pados e as potestades, nas regiões celestes, 
através da Igreja, conheçam a multiforme 
sabedoria de Deus, n Pe i: i2; 1 co2:7;e/i.-h
O propósito foi o cumprimento da revelação do mistério 
pela encarnação de Cristo, que estava oculto no seio do 
Pai (Jo 1:16-18). A revelação do homem eleito, em lugar 
da nação eleita abriu o caminho da graça para que todos 
os homens conhecessem o dom de Deus promovido 
pela obra redentora de Cristo. Pela Dispensação da 
Graça de Deus, os gentios tiveram acesso à salvação. Este 
propósito prova que Deus está no controle de todas as 
coisas, e que jamais perderá o controle de seus planos. 
Por Cristo, o centro de sua revelação e realização, ele 
cumprirá todas as coisas. A prova disso pode ser vista na 
formação do homem, quando disse: “Façamos o homem 
conforme à nossa imagem ” (Gn 1:26). Isto quer dizer 
que a imagem previamente estabelecida era o protótipo 
para a formação do homem. Quer dizer também que 
Deus já tinha em mente a encarnação do Verbo, antes 
da fundação do mundo, pois o seu propósito já estava 
estabelecido desde a eternidade
Efésios 3:11: de acordo com o propósito 
preestabelecido desde a eternidade e reali­
zado em Cristo Jesus, nosso Senhor;
Cristo é, portanto, o caminho, o meio, a revelação, o 
exemplo, o cumprimento, o complemento, a graça, o 
transporte, o acesso, a porta, a vida, a santificação, o 
irmão mais velho que nos garante o acesso com ousadia 
a Deus, pois a base é a sua obra expiatória por meio de 
seu sangue, pelo caminho vivo que foi rasgado como um 
véu para nos garantir essa entrada (Hb 10:19,20). O véu 
do templo foi rasgado de alto a baixo para mostrar que 
o nosso acesso foi obra de Deus. O choro de Davi nos 
Salmos 42 e 43 foi consolado. Podemos entrar diante dele 
para tocar as nossas harpas penduradas no salgueiro.
O sumo sacerdote Cristo, da tribo de Judá, segundo o
795
3:12 Efésios 3:18
sacerdócio superior de Melquisedeque, abriu o caminho. 
A peça fundamental do tabemáculo celestial foi revelada 
entre os gentios: a Arca, Jesus Cristo. Portanto, somos 
salvos na cruz do altar de holocausto, somos batizados 
na bacia de bronze e entramos no santo lugar, que agora 
é um com o lugar santíssimo. E, ali, temos acesso ao 
Espírito Santo no candeeiro, temos comunhão na mesa 
do Senhor, nam esadospãesda apresentação. Temos 
acesso ao louvor no altar de incenso e, agora, podemos 
ter acesso à Arca, Jesus Cristo
Efésios 3:12: em quem temos ousadia e 
acesso com confiança, pela nossa fé nele.
(Hb4:16;Ef2:18)
As tribulações do ministro são provas da cobertura que 
ele opera sobre a sua congregação. Antes de Satanás 
alcançar um membro do corpo de Cristo, procura 
atacar a sua cobertura. Por isso, é importante está sob a 
cobertura de Cristo e dos ministériosque nos preparam 
na obra de Deus. Nossas lideranças sofrem muito por 
nossa causa, e não devemos murmurar por isso, mas, 
sim, agradecer a Deus pela nossa cobertura espiritual e 
ministerial. Como o tabemáculo de Moisés estava sob 
várias coberturas, afim de proteger as peças e utensílios 
do templo, assim também os membros e os ministros 
de Cristo devem estar sob cobertura espiritual e 
ministerial (Êx 26:36)
Efésios 3:13: Portanto, eu vos rogo que 
não desfaleçais nas m inhas tribulações, 
que são por vossa causa, o que para vós 
deve ser motivo de glória. i2Co4.-ií
Efésios 3:14-18. A oração apostólica. (1) A causa da 
oração apostólica: para que a Igrej a não desfaleça nas 
tribulações de Paulo. (2) Como e diante de quem ora?
“ Eu dobro os meus joelhos diante doPaidenosso 
Senhor Jesus Cristo”
Efésios 3:14: Por esta causa, eu dobro os 
m eus joelhos diante do Pai de nosso Senhor 
JeSUS CriStO, (Fp2:10j
Aoração apostólica (continuação). (3) Diante de quem ora 
e humilha-se? Diante de quem toda a família de Deus toma 
o nome e paternidade. “Diante de quem toma o nome e 
a paternidade toda família nos Céus ena terra”. Esse é o 
grande mistério, pois Deus num só nome nos uniu, tanto a 
judeu como a gregos: na família de seu Reino
Efésios 3:15: de quem tom a o nom e e 
a paternidade toda família nos Céus e na 
terra,
Aoração apostólica. (4) Os objetivos da oração: “Para 
que vos conceda, de acordo com as riquezas da sua 
glória, (a) que sejais fortalecidos com poder, mediante o 
seu Espírito no homem interior”, que é o vosso espírito 
humano. Abaixo nos falará da raiz e do fundamento. 
Agora, fala da fortaleza no poder do Espírito Santo. Ele 
é quem nos fortalece. Onde nos fortalece? No nosso 
espírito humano, pois o Espírito Santo habita nele. O 
lugar onde comprovamos o nosso novo nascimento é no
espírito humano, pois é nele que o Espírito Santo habita, 
desde quando nascemos de novo
E fésios 3 :1 6 : para que vos conceda, de 
acordo com as riquezas da sua glória, o 
fortalecimento com poder, mediante o seu 
Espírito, no hom em interior; e/ l -i s ,- c i /.•//,•
Rm7:22-
Os objetivos da oração de Paulo (continuação): (b) “Que 
Cristo, pela fé, habite em vosso coração. “O coração é 
o centro emocional que une a alma ao espírito humano 
(Hb 4:12), e nele Cristo habita, pela fé. Esse é o novo 
nascimento, a habitação de Cristo em nosso coração, (c) 
“ A fim de que sejais arraigados e fundados em amor ”. A 
prova dessa habitação é a raiz e o fundamento do amor.
Se demonstramos firmeza e fruto, temos Cristo no 
nossos corações, e a manifestação pública é a grandeza 
dessa raiz e a fortaleza desse fundamento
Efésios 3:17: e, assim, Cristo, pela fé, habite 
em vosso coração, a fim de que sejais arraiga­
dos e fundados em amor, .io M-.23; a u23i
Os objetivos da oração de Paulo (continuação): (d) 
“Para que possais entender, junto com todos os santos, 
qual é a altura, a profundidade, o comprimento e a 
largura”. A altura que rasga o véu de alto a baixo; a 
altura da qual se humilha e se faz carne; a altura que 
nos eleva estando ainda em nossos pecados; a altura 
que leva cativo o cativeiro e, de lá, ainda dá dons aos 
homens; de cuj a altura nos socorre e nos levanta ao 
trono de Deus. A profundidade que alcança a ovelha 
perdida no despenhadeiro, a profundidade que desce 
ao mais baixo covil para nos redimir; a profundidade 
que desce até o Hades para elevar os justos, que desce 
até a sepultura para revelar o poder de sua ressurreição.
Aprofundidade que se encarna, sendo Deus, como 
homem. O comprimento que alcança o Filho pródigo, 
que atrai o desviado aos caminhos do Senhor, que 
chama homens à pescaria de homens, revelando o 
poder do alcance desse grande amor de Deus! Da 
largura, pois há lugar para todos: coxos, aleijados, 
doentes, sãos, tristes, magoados! Que grande amor de 
Deus que, com os seus braços, revela a largura de seu 
amor como a Caverna de Adulão, como o tanque de 
Betesda, como o Cenáculo, como o deserto onde Jesus 
estava, como a Galiléia dos gentios
E fésios 3 :1 8 : para que possais entender 
perfeitam ente, junto com todos os santos, 
qual é a altura, a profundidade, o com pri­
m ento e a largura, .<e/ i .-i s .-jó i i.s, 9-
Os objetivos da oração de Paulo (continuação): “E, 
ainda, (e) com preender qual é a grandeza do amor de 
Cristo, que excede todo conhecimento”. A grandeza 
do amor de Deus excede aquilo que a mente pode 
limitar: pelo poder do perdão (com Manasses), pelo 
poder da misericórdia (com o cego dejericó), pelo 
poder da justificação pela fé (com Abraão, antes da 
lei), pelo poder da restauração (com Lázaro), pelo
796
3:19 Efésios 4:2
poder da adoção (com os gentios). Essas são virtudes 
que manifestam a grandeza do amor divino, (f) “Para 
que sejais cheios de toda a plenitude de Deus”. A 
plenitude de Deus é a unidade do Pai, do Filho e do 
Espírito Santo! Isto é, para que possamos ser templos 
de Deus (Cl 2:9)
Efésios 3:19: e, ainda, compreender qual 
é a grandeza do amor de Cristo, que excede 
todo conhecimento, para que sejais cheios 
de toda a plenitude de Deus. ici2:io:Efi:23i
O maravilhoso término de sua oração. Finaliza 
exaltando a Cristo: (1) Habilitado para exceder o que 
pedimos ou pensamos, por causa de seu poder que Já 
opera em nós. Esse poder não está na glória, mas em nós
Efésios 3:20: Ora, aquele que está habili­
tado para exceder infinitamente mais da­
quilo que pedimos ou pensamos, de acordo 
com o seu eterno poder que opera em nós,
iRm 16:25j
Mais uma vez, ele exalta o Pai, mas deixa claro que o 
Espírito Santo, que está na Igreja, opera a glória e o 
louvor. E como esta glória chega ao Pai? Mediante o 
Filho. Essa glória excede e inclui todas as gerações, 
idades e mundos (patriarcal, antediluviano, pós- 
patriarcal, legal, eclesiológico, messiânico), para 
sempre. Paulo sempre mostra, em quase todas as suas 
epístolas, como em 1 Timóteo, Romanos e aqui, que 
nem sempre quando colocava um “amém”, significava 
o término de sua escritura. Deus sempre tinha algo 
a mais para dizer. Assim é a nossa vida, quando 
aparentemente encontramos um “amém” inesperado, 
antes do verdadeiro encerramento que desejamos. 
Deus sempre poderá continuar, se quisermos que ele 
continue. O novo “amém ” está no último verso
Efésios 3:21: a ele seja a glória, na Igreja 
e por meio de Cristo Jesus, em todas as 
gerações, idades, mundos e por toda a eter­
nidade. Amém! IRm 11:36;
Efésios, capítulo quatro (4)
O fato de Paulo estar preso não era ocasião para que 
os obreiros permitissem a libertinagem no seio da 
Igrej a, a ponto de os santos abandonarem a esperança 
de sua vocação e a meta do seu chamado. Avocação 
e o chamado requerem cuidados contínuos. A marca 
do sangue tirado com hissopo da bacia que continha o 
sangue do cordeiro nos dias anteriores à saída do povo 
de Israel do Egito, já estava nos umbrais da porta de 
cada casa, mas Deus fez uma advertência a cada família: 
não saiam da casa (Êx 12:22). Devemos permanecer 
no corpo. A segurança do povo estava na permanência, 
na perseverança. Andar segundo a vocação pela qual 
Deus chamou requer que se obedeça às regras do 
contrato de nossa fé. Paulo estava preso para que eles 
estivessem livres. Quem sabe, por quantas vezes ele
não influenciou leis que tramitavam em Roma em favor 
da Igreja de Deus? Isto saberemos na eternidade
Efésios 4:1: Eu, pois, prisioneiro do Se­
nhor, exorto-vos que andeis conforme a 
vocação pela qual fostes chamados, (i ts
2:12;Ef3:l; Cl 1:10)
Três provas do caráter do amor. Ele não se manifesta com 
a roupagem de direito, nem mostra o que tem, nem o que 
sabe, nem o que pode, isto é humildade. Mansidão é a 
capacidade de expressar o seu propósito em meio a uma 
grande contrariedade sem se alterar; e longanimidade 
é a capacidade de frear a ira, de dominá-la por muito 
tempo. Com essas três armas, poderemos nos suportar. 
O amor que suporta é o amor que se veste de humildade, 
que abre caminho com a mansidãoe triunfa contra os 
oponentes com a armadura da longanimidade
Efésios 4:2: com toda a humildade e man­
sidão, com longanimidade, suportando- 
vos uns aos outros em amor, tci3:i2, i3;Efi:4)
O Espírito é dos três, pois é o vínculo da unidade. 
Segundo Efésios 4:4, há um só Espírito. Não há o 
Espírito do Pai, o Espírito do Filho e o Espírito do 
Espírito Santo. O Espírito é de Cristo, é do Pai e é do 
Espírito Santo. Todos têm o mesmo Espírito, porque há 
somente um Espírito. O espírito que estava em Cristo 
no seu ministério é o Espírito do Pai que também é 
o Espírito de Cristo. Jesus nasceu depois de gerado 
pelo Espírito Santo. O mesmo fez o papel do espírito 
humano de Cristo, e como Cristo já era uma alma antes 
de se encarnar, temos diante de nós duas partes que já 
existiam antes da encarnação: espírito e alma. Isto não 
sucede com o homem natural. Na ocasião da geração 
do homem natural, o espírito vem de Deus e não do 
Espírito de Deus, ainda que seja da mesma natureza. 
Isto permite que o homem continue humano. Mas, na 
encarnação de Cristo, o Espírito é o Espírito de Deus, 
em pessoa, o que confirma mais e mais a divindade de 
Cristo. Como somente na unidade do espírito humano 
com o pó (o sêmen e o óvulo), o espírito humano é 
concedido (Gn 2:7) ao homem ainda embrião, Jesus, 
para nascer com um espírito humano, deveria ser 
resultado da união de Maria e José. Mas ele veio da 
semente da mulher, por obra e graça do Espírito 
Santo, pois foi gerado pela semente de Deus. Logo, ele 
necessitava de um espírito, e, por isso, o Espírito de 
Deus assumiu nele esta lacuna. O Cristo encarnado na 
natureza humana recebeu o próprio Espírito divino, 
enquanto que o homem, quando gerado, recebe um 
espírito humano (hálito devida). Assim, quando Jesus 
nasceu, não necessitava nascer de novo, porque o novo 
nascimento é o ato de receber o Espírito Santo em nosso 
espírito humano. Assim, Jesus, na geração, recebeu 
o próprio Espírito Santo no lugar do espírito humano. 
Assim podemos compreender o que aconteceu na 
ocasião da sua morte, quando ficou só, literalmente, 
no momento em que entrega o seu Espírito ao Pai; o 
vínculo da unidade entre os dois foi retirado. Em certo 
sentido, quando o homem peca, sua alma morre para 
Deus, mas o seu espírito e o seu corpo continuam vivos.
797
Efésios Efésios Efésios Efésios Efésios Efésios Efésios
Efésios 4:6
O sentido da morte para aalm anãoém esm oparao 
corpo, mas significa separação. O homem natural é uma 
alma separada de Deus e tem um espírito separado do 
Espírito Santo. No caso da morte de Cristo, o fato foi 
real. Ele morreu porque seu Espírito foi entregue ao 
Pai. Nisto consiste o poder da sua paixão. Seu corpo 
continuaria morto e sua alma separada deDeusseo 
Espírito Santo, que era dele, não regressasse. Se ele não 
viesse, estaria realmente morto e ainda na sepultura. 
Mas, por causa do selo do pai nele (Jo 6:27), ele tinha a 
garantia de sua ressurreição
Efésios 4:3: sendo diligentes em conser­
var a unidade do Espírito, que é o vínculo 
da paz; /ci3.-i4i
Por causa do vínculo entre o Pai e o Filho, não há três 
deuses, mas três pessoas unidas com um vínculo 
inseparável para não haver individualidade. Se não 
houvesse o vínculo, teríamos três deuses, pois são três 
pessoas. E porque há um só corpo a manifestação da 
unidade é possível. E porque há um só nome, Jeová, a 
família divina é uma só. Há um só corpo e as almas da 
divindade compartilham amesmaessência espiritual, 
assim como, no homem, em espírito humano e alma, 
compartilham o mesmo corpo. A divindade é composta 
de três pessoas, por isso são três almas: a alma do Pai, a 
alma do Filho e aalma do Espírito Santo. São três almas 
(pessoas interdependentes), um só Espírito (natureza), 
em um só corpo (templo), que é o corpo glorificado que o 
Filho recebeu. O corpo da encarnação e da ressurreição: 
o Filho, dos três, detém o corpo; o Espírito, a essência dos 
três, é uma alma individual como os demais, assim como, 
no homem, a mente é instrumento da alma e do espírito, 
sua essência serve a ambos, interdependentemente. 
Textos que falam de Deus como alma: (a) Hebreus 10:38.
(b)Mateus 12:18. (c)Amós 6:8. (d) Salmo 11:5. Textos que 
falam de Deus como Espírito: (a) João 4:24. (b) 2 Coríntios 
3:17. (c) Atos 17:29. A encarnação de Cristo é um grande 
mistério, pois, por meio dela, muitas coisas se resolveram 
(C12:8,9). O problema fundamental da unidade era a 
falta do corpo. Agora, o problema não existe, porque 
há somente um corpo, que é a manifestação de toda a 
semelhança divina. É possível a unidade da divindade, 
porque há um só corpo e nenhum deles se revela 
individualmente, pois, se assim fosse, seriam três deuses. 
Por causa do seu poderoso vínculo de unidade, nunca se 
manifestam ou se revelam independentes um do outro, 
mas sempre unidos, porque o Espírito Santo é o vínculo. 
Para onde um vai, o outro também vai. Ninguém vai ao 
Pai, senão pelo Filho. Assim, eles se revelam, por causa 
da unidade do Espirito, que não permite, por natureza, a 
revelação individual de cada um, mas todos se revelam 
somente por meio de Cristo (Jo 1:18). Na cruz, se o Espírito 
Santo não fosse entregue ao Pai, o Filho não morreria e não 
haveria separação entre eles. Quando Jesus entregou o seu 
Espírito, o Espírito de Cristo, o homemjesus morreu
Efésios 4:4: por que há um só Corpo e um 
só Espírito, do mesmo modo que há uma só 
Esperança da vossa vocação, pela qual fostes
chamados; {Rm 12:5; 1 Co 12:11,12;E/2:ló; 1:18.
A divindade tem três almas. A alma é a pessoa; e elas 
fazem parte da mesma família, a família Jeová. O nome 
de cada uma dessas almas é Jeová. Essas três almas 
comungam a mesma. Essa unidade é proporcionada 
pelo Espírito da Unidade. São uma pluralidade de 
pessoas (Ef 4:4-6). Assim é o seu nome, um nome para 
três pessoas. E este nome é o Senhor (Jeová). Eles 
comungam um só nome próprio. E, por esse nome, 
têm um só senhorio. Eles comungam uma só fé, isto 
é, uma só doutrina de fé. Assim como o corpo do Filho 
do homem formou-se um corpo para as três pessoas, 
após sua encarnação e ressurreição (Cl 2:2), o Espírito 
Santo ofertou a essência em que se move as três pessoas 
(Ef 4:3-6); as três pessoas: (1) Senhor (Jeová), Ancião 
de Dias e Pai dos espíritos; (2) Jeová, o Verbo; (3) o 
Espírito Santo, a Unidade de todos. Em Zacarias 14:9, 
há uma profecia que diz: “Um só será o seu nome: 
Jeová”, fato que se cumprirá quando o Filho se sujeitar 
ao Pai (1 Co 15:26-28). Um só batismo. Embora sejam 
diferentes batizadores, o Espírito batiza os vasos no 
corpo de Cristo e Cristo batiza os vasos no Espírito (atos 
inversos). O próprio Filho batiza o mesmo vaso no Pai, 
com fogo (espiritual). O vaso é o mesmo, o crente. Há 
diferentes batismos, mas, em suma, há um só vaso, pois 
somos batizados na pessoa do Pai, na pessoa do Filho 
e na pessoa do Espírito Santo, e como são um, Paulo 
conclui que há, na verdade, um só batismo. O Espírito 
Santo nos batiza no Filho (1 Co 12:14). O Filho nos 
batiza no Espírito Santo (Mt 3:11). O Filho nos batiza 
no Pai com fogo (Mt 3:11). Isto quer dizer que somos 
batizados no mesmo Deus. Logo, há um só batismo
Efésios 4:5: há um só Senhor, uma só Fé, 
e um só Batismo;
Cristo orou para que haja em nós, os seus filhos, a 
mesma unidade que há na divindade. Um glorifica o 
outro, os três têm tudo em comum, um é o instrumento 
de unidade, outro é instrumento de revelação e outro é 
instrumento de criação; um dá testemunho do outro, e 
nenhum deles deixa de respaldar o outro em momentos 
de crise. Este é o modelo que ele pediu que houvesse 
entre nós (Jo 17:21,22). Porque somente uma pessoa 
da divindade tem o corpo, há uma única revelação física 
de Deus. Este é o grande segredo teológico. Entre os 
três, um foi escolhido para revelar, por seu corpo, toda a 
plenitude da divindade. Isto quer dizer que foi do agrado 
de Deus que, em Cristo, habitasse toda a plenitude, isto 
é, o Pai, o Espírito Santo