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Aula 5 - Ciclo Celular - Mitose e Meiose

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Instituto de Ciências da Saúde 
Biologia, Histologia e Embriologia 
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Ciclo Celular e Gametogênese 
O Ciclo Celular 
Células: capazes de crescer e se reproduzir. 
Eucariontes: aumento quantitativo e coordenado dos 
milhares de tipos de moléculas e seu material 
genético. 
Partição do núcleo e citoplasma em duas células-
filhas. 
Processo denominado ciclo de divisão celular ou ciclo 
celular. 
Embriologia: zigoto inicia duplicações celulares 
sucessivas ao longo do desenvolvimento. 
Células somáticas: responsáveis pela formação de 
tecidos e órgãos em organismos multicelulares. 
Engloba todas as células diploides (2n) do organismo. 
Replicam-se apenas por um processo denominado de 
mitose e que, portanto, não estão envolvidas 
diretamente na reprodução. 
Corpo humano: cerca de cem trilhões de células. 
Processo de crescimento de um tecido, órgão ou o 
organismo como um todo se dá pela multiplicação do 
número de células, não pelo crescimento destas. 
 
 
Uma das principais propriedades celulares é manter o 
volume constante. 
Divisões celulares continuam frequentemente por 
toda a vida. 
Processo responsável pela reposição de células 
mortas e regeneração. 
Apoptose: processo fisiológico normal de morte 
celular programada. 
Desenvolvimento e a manutenção de tecidos e órgãos 
dependem de um balanço constante entre 
proliferação e morte celular. 
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Formação de novas células nem sempre ocorre por 
meio do ciclo celular. 
Células germinativas: processo de divisão de células 
somáticas específicas (presentes nas gônadas 
masculinas e femininas) que dão origem à gametas. 
Gametas carregam somente a metade do número de 
cromossomos (haploides – n) presentes nas células 
somáticas. 
Processo reducional de divisão celular denominado 
meiose. 
 
Meiose: 
Processo pelo qual um célula pré-existente dá origem 
a células diferentes dela própria e diferentes entre 
si. 
Meiose gera uma fase haploide da vida dos 
organismos. 
Fecundação: reestabelece a fase diploide com a 
fusão de dois gametas haploides (fertilização). 
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Mitose – Etapas do Ciclo Celular 
Ciclo Celular: compreende os processos que ocorrem 
desde a formação de uma célula até sus própria 
divisão em duas células-filhas, todas iguais entre si. 
Dividido em duas grandes etapas: 
- 1º etapa: período entre duas divisões sucessivas, 
crescimento celular e preparação para nova divisão – 
intérfase. 
- 2º etapa: divisão propriamente dita, originam duas 
células-filhas. 
divisão do núcleo (cariocinese) ou mitose seguida pela 
divisão do citoplasma (citocinese). 
 
 
 
 
 
 
 
Crescimento e divisão celular são coordenados e 
regulados para que ocorra em equilíbrio. 
Tamanho celular das células filhas deve ser 
compensado durante o crescimento celular. 
Duração do ciclo deve se ajustar perfeitamente ao 
tempo que a célula necessita para dobrar de 
tamanho. 
Eucariontes: controle realizado através de fatores 
genéticos, nutrientes e fatores de crescimento. 
Intérfase 
Fase que ocorre a duplicação dos componentes da 
célula-mãe, inclusive a duplicação do DNA (pré-
requisito para que a divisão ocorra). 
A duplicação do DNA está situada em um período 
intermediário da intérfase. 
Intérfase é dividida em quatro fases: G1, S, G2 e M. 
 
Fase S: duplicação ou síntese do DNA. 
Fases G1 e G2: gap (intervalo). 
G1: intervalo de tempo que transcorre entre o fim da 
mitose (M) até o início da síntese de DNA (S). 
Período pós-mitótico ou pré-sintético. 
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G2: intervalo entre o término da síntese de DNA e a 
próxima mitose. Período pós-sintético ou pré-
mitótico. 
Cerca de 95% do ciclo celular se passa na intérfase, 
mas o tempo total dessa fase varia conforme o tipo 
celular, condições fisiológicas (idade, disponibilidade 
de hormônios e fatores de crescimento, 
temperatura, pressão osmótica, hidrostática, 
oxigênio e ciclo circadiano. 
Mitose: subdividida em quatro etapas: prófase, 
metáfase, anáfase e telófase. 
 
 
Prófase (pro = primeira): caracteriza-se pela 
condensação gradual das fibras de cromatina. 
Cromatina: complexo de DNA, RNA, e proteínas que 
se encontra dentro do núcleo celular nas células 
eucarióticas. 
Alcançam um nível de condensação de até 1.000 
vezes superior ao estado original. 
Torna os cromossomos visivelmente individualizados 
ao final da fase. 
 
Metáfase (meta = metade): cromossomos atingem um 
grau avançado de condensação. 
Cromátides se tornam totalmente visíveis ao 
microscópio óptico. 
Alinhamento dos cromossomos na região equatorial 
da célula. 
Formação do fuso mitótico: fibras (microtúbulos) 
originadas a partir dos centríolos que ligam 
diretamente aos cromossomos. 
 
 
 
Anáfase (ana = movimento): início dos eventos finais 
da mitose. 
Separação e migração das cromátides-irmãs 
(cromossomos-filhos). 
Encurtamento dos microtúbulos aproximam os 
cromossomos-filhos dos polos celulares. 
Ao final dessa fase se inicia o reestabelecimento do 
envoltório nuclear, agora um em cada extremidade da 
célula, envolvendo os cromossomos. 
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Telófase (telos = fim): tem início quando os 
cromossomos atingem os polos e ocorre o 
desaparecimento dos microtúbulos. 
Reconstituição total dos núcleos e a divisão 
citoplasmática (citocinese). 
Descondensação da cromatina e reconstituição da 
membrana plasmática dando origem a duas células-
filhas. 
 
Meiose – Fundamental para a reprodução sexuada 
Mitose: ciclo de divisão celular de células somáticas. 
Resulta na produção de duas células-filhas com 
mesmo número de cromossomos (células diploides – 
2n). 
Meiose: células germinativas que dão origem à 
gametas/esporos (gametogênese). 
Divisão celular de uma célula germinativa diploide 
(2n) em duas células haploides (n). 
Processo resulta em quatro células geneticamente 
diferentes entre si e da célula-mãe. 
 
 
Meiose: (meion = redução) redução do número de 
cromossomos encontrados nas células somáticas das 
espécies. 
Ocorrem duas divisões celulares sucessivas: meiose I 
e meiose II. 
Uma única duplicação de DNA que ocorre durante o 
período S da intérfase anterior à primeira divisão 
celular. 
 
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Ovogênese: sexo feminino. 
Espermatogênese: sexo masculino. 
Ovogênese. 
Meiose se inicia nas células da linhagem germinativa 
(ovogônias) dentro do folículo primário dos ovários 
ainda no período embrionário. 
5º mês intrauterino: todos os ovócitos que serão 
formados pela mulher (aprox. 1 milhão) já se 
encontram na fase de Prófase I da meiose 
(diplóteno) por vários anos até a fase de maturidade 
sexual (puberdade). 
Puberdade: por volta dos 12 aos 45-50 anos de idade. 
A cada mês 20-30 células imediatamente antes da 
ovulação completam a meiose I e chegam até a 
metade da segunda divisão meiótica (Metáfase II) – 
ovócitos II. 
Caso a célula for fecundada por um espermatozoide a 
meiose é completada, senão degenera e é eliminada 
através da menstruação. 
Meiose I: dá origem a duas células: ovócito II e 
primeiro corpúsculo polar (tamanhos diferentes). 
Corpúsculo polar: células que se formam durante a 
fase maturação da ovogênese nos mamíferos, a fim 
de permitir a redução cromossómica característica 
da meiose. 
Ao final da meiose II é formado o segundo 
corpúsculo polar que também degenera. 
 
Espermatogênese 
A produção de espermatozoides é chamada 
espermatogênese, um processo que inclui divisão 
celular por mitose e meiose e é seguida pela 
diferenciação final das células em espermatozoides, 
chamada espermiogênese. 
Processo começa nas espermatogônias, ativadas na 
puberdade através de um processo contínuo de 
divisões mitóticas, produzindo diversas gerações de 
células. 
Células-filhas: podem continuar se dividindo se 
mantendo como células-tronco(espermatogônias tipo 
A) ou diferenciar-se em espermatogônias tipo B. 
Espermatogônias tipo B: passam por alguns ciclos 
mitóticos e ao final de alguns ciclos originam 
espermatócitos I (ou primários). 
Espermatócito I: duplicam seu DNA (46 
cromossomos) e resultam em uma divisão em duas 
células menores com 23 cromossomos (espermatócito 
II – meiose I). 
Espermatócito II: entram em segunda divisão 
meiótica originando duas células – espermátides. 
Espermiogênese: fase final do processo de produção 
de espermatozoides. 
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As espermátides se transformam em 
espermatozoides. 
Nenhuma divisão celular ocorre nesse processo. 
Formação de um acrossomo (complexo de Golgi). 
Condensação e alongamento do núcleo. 
Desenvolvimento do flagelo (centríolo). 
Perda da maior parte do citoplasma. 
Espermatozoide maduro é eliminado no lúmen do 
túbulo seminífero. 
Controle Hormonal da Espermatogênese 
Controle das etapas da espermatogênese através de 
dois hormônios: hormônio folículo estimulante (FSH - 
hipófise) e testosterona. 
Testosterona é responsável por estimular a 
espermatogênese. 
Ovulação 
Consiste na ruptura de parte da parede do folículo 
maduro e consequentemente a liberação do ovócito. 
Ovócito é capturado pela extremidade dilatada da 
tuba uterina. 
Ocorre próximo a metade do ciclo menstrual (14º dia 
– ciclo de 28 dias). 
Geralmente só um ovócito é liberado, porém 
ocasionalmente dois ou mais podem ser liberados ou 
até nenhum (ciclo anovulatório). 
Ciclo Menstrual 
Estrógenos e progesterona controlam grande parte 
da estrutura e funções dos órgãos do sistema 
reprodutor feminino. 
Após a puberdade, os hormônios ovarianos fazem 
com que o endométrio passe por modificações 
estruturais cíclicas durante cada ciclo menstrual 
(aprox. 28 dias). 
Ciclos menstruais: iniciam por volta de 12-15 anos e 
terminam por volta dos 45-50 anos. 
A mulher só é fértil durante o período desses ciclos. 
Início do ciclo: primeiro dia do sangramento 
menstrual. 
Fragmentos do endométrio misturados com sangue 
de vasos rompidos durante o processo. 
- Fase menstrual: em torno de 3-4 dias. 
- Fase proliferativa: intervalo até a ovulação. 
- Fase secretória ou luteal: inicia após a ovulação e 
dura em torno de 14 dias. 
Fase menstrual: caso não ocorra fecundação do 
ovócito e a implantação do embrião, o corpo lúteo 
deixa de ser funcional em até 10-12 dias após a 
ovulação. 
Níveis de estrógenos e progesterona diminuem no 
sangue. 
Ocorrência de vários ciclos de contração do 
endométrio bloqueando fluxo sanguíneo e causando 
isquemia no tecido da parede do endométrio, 
causando necrose celular. 
Artérias se rompem e sangramento menstrual se 
inicia. 
 
 
 
 
 
 
 
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