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Revista Palavra e Vida Epistolas-Para-O-Nosso-Tempo


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Revista de Jovens e 
 Adultos da Convenção 
 Batista Fluminense
Ano 17 - n° 70 - 4T2021
Ouça os lições de mais uma edição 
da revista Palavra & Vida em 
audiobook, e mais uma série de 
outros conteúdos em nosso 
podcast. 
Disponível em 
E)spotity DVouTube
111. 
CBF 
CAST 
Palavra 
&Vida 
,.,, 
https://open.spotify.com/show/2NUITJISzYYlzBtWajkruV?si=YDz-1MiyQX6zcDwAJN4IZQ&dl_branch=1
https://www.youtube.com/tvbatista
Sumário
Revista evangélica 
trimestral da Convenção 
Batista Fluminense.
O intuito desta revista 
é servir de material de 
educação religiosa acerca 
do que é ensinado na 
Palavra de Deus, pela 
leitura e interpretação dos 
escritores destas lições.
Esta revista não é um 
manual para a vida cristã, 
é apenas um material de 
auxílio educacional. Antes 
de tudo leia a Bíblia, que 
é a Palavra de Deus.
Publicada pela Convenção 
Batista Fluminense, sob 
cuidado do Departamento 
de Educação Religiosa 
e produção do DECOM 
(Departamento de 
Comunicação).
(21) 2620-1515 
contato@batistafluminense.org.br 
Rua Visconde de Morais, 231 
Ingá, Niterói/RJ - CEP 24210-145
Palavra Missionária3
Primeiras Palavras5
Palavra do Redator9
Apresentação – Quem Escreve11
Ficha Técnica76
18 Lição 2 A Unidade Cristã: 1 Coríntios
14 Lição 1 Vivendo pela Fé: Romanos
22 Lição 3 O Ministério da Reconciliação: 2 Coríntios
27 Lição 4 O Evangelho da Graça: Gálatas
31 Lição 5 Regenerados para Servir: Efésios
35 Lição 6 A Alegria para Servir: Filipenses
39 Lição 7 A Supremacia de Cristo: Colossenses
44 Lição 8 À Espera do Mestre: 1 Tessalonicenses
49 Lição 9 Não Tema o Fim: 2 Tessalonicenses
54 Lição 10 Vivendo Acima da Média: 1 Timóteo
60 Lição 11 Não Desanime!: 2 Timóteo
71 Lição 13 O Amigo Próximo: Filemom
66 Lição 12 Ponha em Ordem: Tito
Clique no item 
abaixo para ir 
até a página
EPÍSTOLAS PARA
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
3
Palavra Missionária
Este ano fomos desafiados pelo 
tema É TEMPO DE RECONSTRUIR 
a pensar na necessidade de como 
igreja investirmos na propaga-
ção da palavra de Deus para for-
talecer os relacionamentos com 
Deus, Igreja, Família, Sociedade/
amigos e com nossas próprias 
emoções. Realizamos uma cam-
panha de Missões Estaduais com 
a divisa em Neemias 2.18, levando 
as igrejas a responderem ao con-
vite de nossos missionários: “Sim, 
vamos começar a reconstrução”. 
 
A pandemia tornou o momento ain-
da mais desafiador, mas esta cam-
panha já está marcada pela che-
gada de novos mobilizadores nas 
cidades, interação maior de promo-
tores de missões e a participação 
crescente de igrejas que realizaram 
a campanha de missões estaduais 
pela primeira vez e com boa contri-
buição dos membros.
Muitas ações impactaram nos-
sas vidas e nos deixaram gratos a 
Deus diante da criatividade, envol-
vimento e engajamento dos irmãos 
que proporcionaram aos nossos 
missionários momentos inesquecí-
veis. Temos a certeza de que o Se-
nhor nos uniu em um projeto maior 
que é a expansão de seu Reino no 
estado. Isso ficou claro diante dos 
novos desafios missionários que 
surgiram, mas principalmente ao 
vermos o grande exército que se 
levantou para cumprir a missão. 
 
Nossa palavra é de GRATIDÃO. Aos 
pastores, promotores de missões 
e famílias das igrejas que com-
põem o campo fluminense. Os 
irmãos são o suporte que preci-
samos para fazer com que a obra 
se realize. Nossa equipe é grata 
pela contribuição de cada igreja 
e por nos permitir continuar rea-
lizando os projetos missionários. 
Muito obrigado!
No amor de Cristo, 
Equipe de Missões Estaduais da 
Convenção Batista Fluminense
Gratidão
EPÍSTOLAS PARA
Quero iniciar essa breve refle-
xão lembrando da importância de 
considerarmos primordialmente a 
essencialidade daquilo que Deus 
considera mais importante. Deus 
não se impressiona com suntuo-
sidade de templos, conquistas do 
mundo material objetivo ou com 
as coisas que brilham aos nossos 
olhos, como disse o poeta Antoine 
de Saint-Exupéry, “l'essentiel est 
invisible aux yeux” (o essencial é in-
visível aos olhos), em sua obra “Le 
petit Prince” (O pequeno Príncipe). 
Só Deus pode ver nossas atitudes 
e sentimentos mais interiores. Isso 
é importante!
O Deus que se revelou em Je-
sus Cristo sempre destacou que o 
Espiritual prevalece sobre o mate-
rial, o que se testifica pela palavra 
de Deus. Veja o que diz Paulo a Ti-
móteo: “O exercício corporal é bom, 
porém o exercício espiritual é muito 
mais importante, e é um revigoran-
te para tudo o que você faz. Por-
tanto, exercite-se espiritualmente 
e empenhe-se em ser um cristão 
cada vez melhor, porque isso o aju-
dará, não só agora, nesta vida, mas 
também na vida futura.” (1 Timóteo 
4:8)
As pessoas são mais importan-
tes do que as coisas. A intenção, 
que é invisível aos nossos olhos, 
Deus enxerga e valoriza mais do 
que a própria atitude, pois Deus não 
prioriza o exterior: “O Senhor, contu-
do, disse a Samuel: "Não considere 
sua aparência nem sua altura, pois 
Pr. Amilton Ribeiro Vargas
Diretor Executivo da CBF 
Membro da PIB Universitária do Brasil
Atitudes 
Espirituais 
Corretas Trazem 
Bênçãos
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
5
Primeiras Palavras
eu o rejeitei. O Senhor não vê como 
o homem: o homem vê a aparência, 
mas o Senhor vê o coração" (1 Sa-
muel 16:7).
Jesus Cristo, declara que Deus 
vê além das aparências: “Eu, po-
rém, vos digo, que qualquer que 
olhar para uma mulher com inten-
ção impura, em seu coração, já co-
meteu adultério com ela.” (Mateus 
5: 28). Nem sempre o que encanta 
nossos olhos é o que está chaman-
do a atenção dos olhos do Senhor. 
Nosso sucesso, vitórias, grandes 
empreendimentos e realizações 
extraordinárias não impressionam a 
Deus. O dinheiro e todos os maiores 
bens que possamos conseguir não 
têm nenhum significado para Deus, 
se não experimentarmos a presen-
ça do Senhor, se a “Shekinah” (pre-
sença do Senhor) não nos fizer cair 
de joelhos em sua presença, con-
forme na consagração do “Templo 
de Salomão”. 
Em recente diálogo com o Pr. 
Manoel Lincoln Menezes, ele lem-
brou: “Deus vê a essência”, e não a 
coisa objetiva que nos atrai. Deus 
não olhou para a suntuosidade do 
templo que estava sendo consa-
grado a Ele, mas recebeu a adora-
ção, manifestou a sua presença, e 
orientou: “E se o meu povo, que se 
chama pelo meu nome, se humi-
lhar, e orar, e buscar a minha face 
EPÍSTOLAS PARA
6
e se converter dos seus maus ca-
minhos, então eu ouvirei dos céus, 
e perdoarei os seus pecados, e sa-
rarei a sua terra.” (2 Crônicas 7:14)
De modo simples e com muita 
humildade, lembro que Deus não 
se impressionou com a maravilha 
arquitetônica da época, não man-
dou erigir grandiosos monumen-
tos, muito menos pediu coisas. Ele 
sugeriu atitudes de intimidade com 
ele, atitudes interiores que só Ele 
pode avaliar e legitimar como sin-
ceras. 
Ao povo condicionou atitudes 
que revelam espiritualidade acima 
da religiosidade, estabelecendo 
quatro atitudes que demonstram 
que temos comunhão com Ele e 
são condições para que as bênçãos 
aconteçam: “se humilhar, e orar, e 
buscar a minha face, e se converter 
dos seus maus caminhos.”
Depois de estabelecer condi-
ções, Ele promete as bênçãos de-
correntes: “então eu ouvirei dos 
céus, e perdoarei os seus peca-
dos, e sararei a sua terra.”
Precisamos sempre estar aten-
tos e, com humildade, seguir a 
orientação de Deus, pois assim se-
remos abençoados.
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
7
EPÍSTOLAS PARA
http://ebad.batistafluminense.org.br/
“E tende por salvação a longanimi-
dade de nosso Senhor; como também o 
nosso amado irmão Paulo vos escreveu, 
segundo a sabedoria que lhe foi dada; Fa-
lando disto, como em todas as suas epís-
tolas, entre as quais há pontos difíceis de 
entender, que os indoutos e inconstantes 
torcem, e igualmente as outras Escrituras, 
para sua própria perdição. Vós, portanto, 
amados, sabendo isto de antemão, guar-
dai-vos de que, pelo engano dos homens 
abomináveis, sejais juntamente arrebata-
dos, e descaiais da vossa firmeza; Antes 
crescei na graça e conhecimento de nossoSenhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja 
dada a glória, assim agora, como no dia 
da eternidade. Amém.” 2 Pedro 3:15-18
É com grande satisfação que, 
entregamos as lições do quarto tri-
mestre do corrente ano. Sem dúvi-
da alguma, esse tem sido um ano 
de enormes desafios. Todavia, se 
fizermos uma breve avaliação acer-
ca desse período em nossa história, 
veremos que a ‘boa mão do Senhor’ 
tem estado nos consolando, confor-
tando, encorajando e nos desafian-
do a avançar ainda mais. 
Nós temos sido instados a (re)co-
meçar e (re)construir via esperança 
renovada, assim como a observar 
e obedecer aos mandamentos do 
Senhor, para, então, servirmos com 
excelência e amor no exercício da 
mordomia cristã. Agora, nesse últi-
mo trimestre, estaremos estudando 
as Epístolas para o nosso tempo. 
Nesse viés, portanto, refletiremos 
no que tange às epístolas do Após-
tolo Paulo, fechando com ‘chave de 
ouro’ um ano de estudo sobre temas 
inspiradores.
Destarte, objetivando auxiliar 
você nessa tarefa, as lições foram 
escritas pelo experiente teólogo 
e acadêmico, Pr. Ronaldo Silveira 
Motta. Indubitavelmente, muito nos 
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
9
Pr. Alonso Colares
Pastor da Igreja Batista de Vera Cruz, 
Campos dos Goytacazes (RJ) e 
Diretor da FABERJ
Palavra do Redator
EPÍSTOLAS PARA
https://www.youtube.com/tvbatista
abençoará as suas reflexões e apli-
cações acerca desse infindável te-
souro de lições alicerçado nas epís-
tolas paulinas. 
Nesse prisma, então, expressa-
mos a nossa gratidão, especialmen-
te, a Deus pela instrumentalidade 
desse precioso obreiro do nosso 
campo fluminense, bem como à 
equipe de revisores da Faculdade 
Batista do Estado do Rio de Janei-
ro – FABERJ e, também, ao Depar-
tamento de Comunicação da nossa 
Convenção Batista Fluminense pelo 
empenho e dedicação na elabora-
ção desse belo layout da revista.
Por fim, com votos de um Fe-
liz Natal e um Ano Novo repleto 
de realizações, nos despedimos 
de mais um ano de aprendizado e 
crescimento na Palavra do Senhor. 
Que o nosso Deus abençoe, po-
derosamente, as igrejas do nosso 
amado campo batista fluminense, e 
que nos use para a Sua Glória nes-
se novo ciclo, o qual se inicia. Feliz 
2022! Em nome de Jesus, amém!
Nossa oração é que, o SENHOR 
nos faça crescer por meio do estu-
do dessas lições e que, as mesmas 
sejam um marco em nossa vida para 
realizarmos o propósito do SENHOR: 
sermos ‘sal’ e ‘luz’ em um mundo 
caído.
Que o SENHOR nos abençoe e 
nos guarde!
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
11
Apresentação
Quem Escreve
Formou-se em Teologia pelo 
Seminário Teológico Batista Flu-
minense e em Direito. É mestre 
em Teologia. Casado com San-
tafé Nunes Campos Motta e pai 
de Rebeca e Débora. Atualmente 
coopera com a Igreja Batista Co-
paleme (RJ).
Pr. Ronaldo Silveira Motta
Hoje estudaremos a carta de Paulo 
aos Romanos. Essa carta é conside-
rada por muitos uma das mais impor-
tantes de Paulo. Além de ser a maior 
em volume é também muito influen-
te, base dos estudos doutrinários de 
grandes teólogos e pensadores cris-
tãos.
A mensagem central de Paulo nes-
sa carta é apresentar a sua visão do 
evangelho de Cristo, na qual a condi-
ção de condenação humana é apre-
sentada, mas a justificação pela graça 
é a alternativa mostrada, e a santida-
de é um chamamento a um novo es-
tilo de vida. Ela tem uma mensagem 
atual, pois todo ser humano precisa 
de uma mensagem de esperança 
em meio ao pecado. Não temos aqui 
como discorrer sobre todos os temas 
apresentados em seus 13 capítulos. 
Por isso, vamos nos deter apenas em 
alguns aspectos importantes para os 
dias de hoje e sua aplicação, de forma 
a trazer bênção e desafio para se viver 
uma vida relevante em nossa socie-
dade.
Vamos assim nos deter em apenas 
3 pontos: como se manifesta a ira de 
Deus contra o pecado humano; como 
o ser humano pode ser justificado; e 
a santidade de vida como correspon-
dente humano.
1. Pecado e ira de Deus 
(1.18-32)
Quando vemos nosso mundo em 
redor, não temos dúvida de que al-
guma coisa está errada com a hu-
manidade. Basta olhar para a história 
Texto base: Romanos 1:1-8
Vivendo pela Fé
A Carta aos Romanos
EPÍSTOLAS PARA
14
Data do estudo Lição 1
humana com todas as suas guerras, 
sofrimento e toda sorte de desordem, 
como também as notícias de muita 
tristeza que encontramos ao abrirmos 
os jornais a cada manhã. Bem perto 
de nós, em nossa família, no local de 
trabalho, quantos estão sofrendo e 
fazendo outros sofrerem? Assim era 
o sentimento de Paulo quando che-
gou a Roma, uma cidade cosmopo-
lita, capital do mundo de sua época, 
mas com tantas injustiças e atroci-
dades. Em 1:18-32 ele apresenta a Ira 
de Deus como o resultado diante de 
tanta pecaminosidade. Ali está um 
raio X da humanidade, mostrando a 
perdição que está destinada ao ser 
humano. Paulo expressa que a bon-
dade do Deus Criador pode ser per-
cebida em todo lugar (1:19-20). Deus 
já se manifestou pela criação e tem 
se revelado através de sua bondade, 
suprindo a vida humana com todas 
as bênçãos. A sua divindade pode 
ser entendida claramente com um 
espírito humilde e submisso, através 
das coisas que foram criadas. “Ines-
cusáveis” é o termo que significa que 
não há desculpas para o fato de não 
se crer em Deus. Verdade é que to-
dos podem conhecer a Deus em seu 
entendimento (1:21-22), pois todas as 
pessoas têm a imagem de Deus im-
pregnada em sua mente, mas não o 
fazem, e ainda querem se colocar no 
lugar de Deus, fazendo-se sábios aos 
seus próprios olhos, o que na verda-
de não passa de loucura, pois o ser 
humano é apenas pó da terra sem o 
fôlego divino. No entanto, pela ne-
cessidade inerente ao ser humano de 
prestar culto a divindade superior, ele 
passa a adorar a si próprio, os animais, 
ou qualquer outro objeto criado (1:23). 
Então, Deus permitiu ao homem se-
guir o seu caminho sozinho. Isso sig-
nifica que Deus:
a) Os entregou à concupiscên-
cia dos seus corações (1:24-25) e aos 
seus próprios desejos carnais para 
desonrarem seus próprios corpos. A 
mentira prevaleceu e levou o homem 
a servir a criatura ao invés do Criador, 
que é bendito eternamente. Amém! 
b) Os abandonou às paixões in-
fames (1:26-27) e a praticar atitudes 
piores do que fazem os animais irra-
cionais – que agem apenas por ins-
tinto. Homens e mulheres deixaram 
de lado a natureza, conforme foram 
criados por Deus, inflamaram-se na 
homossexualidade e se dedicam a 
todos os pecados relacionados à se-
xualidade, ultrajando o seu próprio 
corpo, que é templo do Espírito Santo.
c) Os entregou aos sentimentos 
perversos (1:28-32), porque não se 
importaram em conhecer o seu Cria-
dor. A delinquência se generalizou, e 
o homem faz coisas que não convêm, 
cheios de todo delito. Veja a lista dos 
pecados relacionados no texto: ini-
quidade, fornicação, malícia, avareza, 
maldade; cheios de inveja, homicídio, 
contenda, engano, malignidade; Sen-
do murmuradores, detratores, aborre-
cedores de Deus, injuriadores, sober-
bos, presunçosos, inventores de males, 
desobedientes aos pais e às mães;
Néscios, infiéis nos contratos, sem 
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
15
afeição natural, irreconciliáveis, sem 
misericórdia;
Tudo isso que acabamos de ver 
é fruto da incredulidade. Mas como 
deveria viver o homem? O homem é 
chamado para viver pela fé (1:17). Este 
é o ponto central da vida humana. É 
o ponto de convergência onde ele 
pode deixar aquela vida sub-humana 
e passar a viver a vida com Deus: Mas 
o justo viverá pela fé.
2. Justiça divina, 
justificação para 
o homem (Cap. 3)
O Deus criador é o justo juiz de toda 
a terra pecaminosa. Por que Deus 
precisa julgar? Porque ele é santo e 
porque não há nenhum ser humano 
que não seja responsável pelos seus 
feitos pecaminosos. Todos, sejam ju-
deus ou gentios, têm a mesma condi-
ção iníqua perante a santidade divina. 
Que Deus faça justiça é o anseio de 
todos que sofrem injustiça. Há uma 
promessa feita desde a separação do 
homem e seu criador, fruto do gran-
de amor de Deus. Naeternidade (Ap. 
13:8), Ele estabeleceu a forma pela 
qual homens pecadores poderiam se 
relacionar novamente com Ele. Essa 
promessa foi sendo anunciada na 
história através da Lei e dos profetas, 
que culminaria com a chegada de um 
Redentor, o Justo que morreu pelos 
pecadores. Esse novo estado de jus-
tiça é recebido unicamente pela fé 
na obra de Cristo (3:22-23) e é, tam-
bém, conferido gratuitamente, pois 
ninguém jamais merecerá, por isso 
que é um presente, é graça, advinda 
de um alto preço pago por Jesus na 
Cruz, com seu o sangue derramado 
(3:24-28). Outro aspecto dessa justiça 
divina é que ela é universal. Ela está 
disponível para todas as pessoas de 
todas raças, tribos, línguas e nações 
da Terra. Não está presa a uma nação 
ou credo religioso. Paulo usa termos 
como circuncisos e incircuncisos para 
mostrar essa realidade, ou seja, os 
judeus descendentes de Abraão e 
os gentios (3:29-31). Quantas pessoas 
ainda estão perdendo o privilégio da 
salvação!
3. Santidade de vida 
(Cap. 8)
Outro ponto da mensagem do 
evangelho que Paulo expõe na sua 
carta aos Romanos é a santidade (8:1-
2). A justiça de Deus em Cristo retira 
de nós toda a condenação e, a partir 
de então, não andamos segundo a 
carne, mas segundo o Espírito. Que 
é isso senão viver em santidade?! É 
assim que acontece com você? Deus 
nos chama para a santidade de vida, 
porque esse é o melhor estilo de vida, 
visto que é a vida de Deus, pois a lei do 
Espírito de vida, em Cristo Jesus, nos 
livra da lei do pecado e da morte. Há 
na natureza humana uma necessida-
de intrínseca de buscar o que é reto, 
o gosto pelo que é bom, atraído pela 
beleza e pela estética. Desde todos 
os tempos, o homem procurou seguir 
regras, normas para o seu bem-estar. 
São limites autoimpostos para sua 
EPÍSTOLAS PARA
16
DOM
SÁB
SEX
QUI
QUA
TER
SEG
Leitura Diária
Romanos 8:18-30
Romanos 8:1-17
Romanos 3:21-31
Romanos 3:1-20
Romanos 2:1-16
Romanos 1:18-32
Romanos 1:1-17
própria sobrevivência. A Lei foi dada 
por Deus para que o homem pudesse 
ver seus limites e imperfeições, pois 
jamais seria possível cumprir toda a 
Lei. Imaginemos Paulo, em seu de-
sejo de ser santo, cumprindo a Lei, 
mas nunca alcançando a perfeição! 
A única alternativa é a Lei do Espírito, 
que nos é dado quando recebemos o 
Filho de Deus pela fé. Uma vez ado-
tados por Deus, recebemos todas as 
bênçãos do Espírito Santo e temos a 
possibilidade de vitória sobre a carne. 
Estamos abertos para todas as bên-
çãos do Espírito Santo, sua direção, 
testemunho e a certeza da herança 
que nos está reservada. (8:14-17).
Conclusão
Estudamos que a realidade dura 
da humanidade está baseada numa 
vida de pecado, afastada de Deus e 
sujeita a Sua ira, não no sentido de um 
Deus caprichoso que está sentado no 
céu a atirar flechas de trovões e re-
lâmpagos a quem fizer coisa errada. 
Não. Deus simplesmente permite que 
o homem viva distante dele, fora dos 
limites e recebendo as consequên-
cias de seus feitos, que é a morte 
física e eterna. Mas Deus é tão justo 
e bom que trouxe salvação quando 
Cristo suportou a morte por nós cum-
prindo toda justiça. A redenção é um 
privilégio tão grande que requer de 
nós um estilo de vida do céu, uma 
vida santificada aqui na terra. E é o Es-
pírito Santo, que habita em nós, que 
vai promover a vitória sobre a carne.
Para pensar e agir
1. Quando olhamos a natureza, sua 
beleza e grandiosidade, vemos que 
toda a criação aponta para o Criador. 
Por que o ser humano precisa ado-
rar a criatura, aves, animais e objetos 
criados em lugar do Criador? Quando 
acontece assim, Deus permite o ho-
mem seguir o seu caminho, entre-
gando-o à própria sorte.
2. Pense e reflita sobre a situação 
de permissividade que aflora em 
nossa sociedade, como homosse-
xualidade, adultério, crimes etc. Pela 
palavra que estudamos tudo isso é 
consequência do afastamento de 
Deus. Mas Jesus é a justiça de Deus 
para todo aquele que busca socorro 
e salvação. E isso se alcança somente 
pela fé.
3. Ser santo no mundo e agir como 
tal é resultado da ação do Espírito 
Santo na nossa vida. Precisamos pre-
gar a mensagem redentora e orar em 
favor daqueles que estão vivendo 
ainda no pecado.
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
17
A igreja de Cristo é formada por 
seres humanos que ao se converte-
rem trazem consigo toda a história 
de vida, seu passado e presente, com 
suas tradições e costumes. Na igreja 
de Corinto isso se acentuava de tal 
maneira que havia muita dificuldade 
na mente dos crentes em praticar o 
novo padrão bíblico. Paulo recebeu 
uma carta que relatava questões re-
lacionadas ao casamento e celibato, 
oferendas aos ídolos, o culto público 
e dons espirituais, além de desvios 
na conduta de vários crentes, o que 
tornava a ruptura com o paganismo 
muito indefinida. 
Apesar de tantos erros cometidos 
dentro da igreja, pesava ainda sobre 
eles o fato de muitos serem soberbos 
por causa do conhecimento que jul-
gavam ter, mas eram na verdade ig-
norantes e não sabiam nem o básico 
sobre a vida cristã. Foi preciso Paulo 
usar a expressão “não sabeis” várias 
vezes para convencê-los do erro, es-
pecialmente aos que achavam que 
sabiam tudo. Provavelmente Paulo 
escreveu essa primeira carta da cida-
de de Éfeso, onde ficou por mais de 
dois anos, por volta do ano 55 d.C. 
Vejamos os problemas da igreja 
em Corinto e se há alguma relação 
com a igreja atual.
1. A divisão dentro da 
igreja (3:1-23)
No v. 4 do capítulo 3, está escrito: 
"Quando, pois, alguém diz: Eu sou de 
Paulo, e outro: eu, de Apolo, não é evi-
dente que andais segundo os homens? 
Texto base: 1 Coríntios 1:10
A Unidade Cristã
A Primeira Carta aos 
Coríntios
EPÍSTOLAS PARA
18
Data do estudo Lição 2
Quem é Apolo? E quem é Paulo?" A di-
visão, portanto, dento da igreja está 
clara. Mas precisamos perguntar 
quais as principais causas de divisões 
na igreja de Corinto.
 Fica claro no início desse capítulo 
que Paulo não podia falar a pessoas 
amadurecidas espiritualmente e ele 
usa o termo “carnais” para expressar 
que eram crianças espirituais. A falta 
de discernimento leva à convivên-
cia natural com o mundanismo, que 
preza a sabedoria humana. Eles não 
cresciam porque alimentavam seus 
apetites carnais. Assim, a carnalidade 
cria divisões, pois o ciúme e as con-
tendas são atitudes carnais mais infe-
riores do ser humano, os seus desejos 
egoístas. 
Precisamos sempre olhar para Je-
sus, corrigir o sentimento de orgulho 
e egoísmo e entender que todos são 
iguais na igreja onde Jesus é o Senhor.
2. Questões de 
indisciplina (5:1-13)
 Outro problema que Paulo vai 
tratar é sobre como aplicar a discipli-
na na igreja. Ele tomou conhecimento 
de imoralidades cometidas dentro da 
igreja e orienta o que se deve fazer. 
Ele inicia o capítulo cinco dizendo que 
“geralmente se ouve que há entre vós 
imoralidade e imoralidade tal, como 
nem mesmo entre os gentios, isto é, al-
guém que se atreva a possuir a mulher 
do seu próprio pai” (5:1). O que temos 
aqui é no original grego porneia, que 
significa prostituição ou fornicação. 
Porém, a igreja ficou inerte, não to-
mou nenhuma providência. Todos 
falavam sobre o assunto (cochichos) 
mas tudo continuava normal. Não 
se lamentaram nem disciplinaram o 
transgressor. Pense em como Paulo 
foi duro ao dizer nem entre os gentios 
se praticava isso. Ele então propõe 
uma reunião para que na autoridade 
do Senhor se aplicasse a disciplina. 
Ser entregue a Satanás para a des-
truição da carne significa a excomu-
nhão ou exclusão da comunhão com 
a igreja, e o imoral estaria totalmente 
exposto as ações do inimigo para so-
frer as consequências do pecado em 
seu corpo físico. Quando Paulo escre-
ve “a fim de que o espírito seja salvo no 
dia do Senhor Jesus” (5:5), indica que 
a disciplina precisa ser com amor e 
com o único propósito de corrigir o 
rebelde. A exclusão nunca deve ser 
um fim, mas um meio para restaura-
ção do pecador com arrependimento.
3. Dificuldades na 
comunhão (11:17-34)
Um ponto significativo,se não 
bastasse todos os problemas de dis-
senção e a consequência disso, era 
quando se reuniam para a celebração 
da Ceia do Senhor. Paulo inicia o tema 
afirmando que não os elogiava (11:17), 
porque quando estavam reunidos 
para o que deveria ser um culto de 
confraternização, a festa ágape, es-
tavam piorando ainda mais o caráter 
espiritual. Vejam a seriedade do pro-
blema, pois não estavam melhorando 
em nada participar da Ceia do Senhor. 
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
19
Faltava comunhão e sobrava egoís-
mo. Talvez em alguns casos hoje, não 
seja o pão físico ou vinho que falta, 
mas ainda faltam compaixão e amor, 
sobrando soberba e orgulho.
Paulo passa a orientar sobre a Ceia 
do Senhor a partir do que “recebeu do 
Senhor” (11:23), ou seja, sua revelação 
direta do Senhor. Há uma citação de 
um momento histórico, quando diz 
que a ceia tem o referencial daquilo 
que aconteceu “na noite em que foi 
traído”. A morte de Cristo é o elemen-
to primordial e deve conduzir todo o 
culto. Há, portanto, uma relação dire-
ta entre pregar o evangelho e a cele-
bração da Ceia. A participação dessa 
ordenança e memorial dever ser de 
maneira digna, pois aquele que parti-
cipa de outra forma é também culpa-
do da morte de Cristo. Para que não 
se torne “réu”, é necessário que cada 
um “examine-se a si mesmo” (11:28) e 
assim participe da ceia, reconhecen-
do a presença do Senhor ressurreto 
reunido ali. Assim, é imprescindível 
esperar pelos outros, e estar não ape-
nas juntos, mas unidos em um propó-
sito.
4. Desvios doutrinários 
(15:1-58)
Havia, entre os coríntios, pessoas 
pregando “que não há ressurreição 
dos mortos” (15:12). Paulo responde 
com esse que é o maior capítulo da 
carta, iniciando com o testemunho 
vivo e eficaz das Escrituras (o Antigo 
Testamento) e também das testemu-
nhas oculares, aqueles que viram o 
Senhor ressuscitado. Ele apresenta a 
seguir uma série de consequências 
que ocorre por se negar a ressurrei-
ção de Jesus. Se Cristo não ressus-
citou e os mortos não ressuscitam, 
Cristo continua morto. E se Cristo 
não ressuscitou, todo o esforço de 
evangelização é vão e é vã a fé cris-
tã, pois esta se baseia na ressurreição 
de Cristo. Portanto, de que aprovei-
taria tanto esforço (15:29) da parte 
dos apóstolos e de todos os crentes, 
a pregação do evangelho e serviço 
cristão? Tudo isso seria em vão e sem 
sentido se não houvesse ressurreição 
dos mortos. 
Finalmente, ele apresenta o triunfo 
sobre a morte, mostrando a destrui-
ção definitiva da morte e do pecado, 
quando chegar a ressurreição (15:54-
57). É preciso estar firme diante de 
tantas tentações e sofrimentos dessa 
vida, mas a certeza da esperança da 
ressurreição deve trazer encoraja-
mento e firmeza para permanecer 
na fé e como incentivo para trabalhar 
cada vez mais, “sempre abundantes 
da obra do Senhor” (15:58).
5. O dom supremo (13)
Deixei esse capítulo por último 
porque ele se aplica a todos os as-
suntos da carta. Embora saibamos 
que ele está mais relacionado com os 
dons espirituais, que também eram 
motivo de divisão na igreja, o amor 
é dom supremo que suplanta todas 
as dificuldades de relacionamento. 
Na perspectiva de Paulo o problema 
EPÍSTOLAS PARA
20
DOM
SÁB
SEX
QUI
QUA
TER
SEG
Leitura Diária
1 Coríntios 13:1-13
1 Coríntios 15:29-58
1 Coríntios 15:1-28
1 Coríntios 11:17-33
1 Coríntios 5:1-13
1 Coríntios 4:1-21
1 Coríntios 1:1-23
principal da igreja de Corinto era a 
falta de amor. Assim, perguntamos: 
como está esse quesito em nossas 
igrejas? Paulo, neste capítulo, quer 
ressaltar a supremacia do amor e 
usa comparações e hipérboles para 
mostrar (13:1-3) que todos os dons e 
ações eclesiásticas são inúteis, se são 
realizados sem amor. Ele mostra atra-
vés das palavras “paciente, benigno, 
espera, suporta” (13:4-7), que são atitu-
des de mansidão, porém, não reduz o 
amor a um sentimento banal ou me-
cânico. Pelo contrário, é preciso mui-
to autocontrole para exercitar o amor 
em meio a indiferença. O amor não 
se ressente do mal, tudo ou sempre 
suporta, e jamais acaba. Ele expressa 
“quando, porém, vier o que é perfeito” 
(13:10), referindo-se à segunda vinda 
de Cristo como o último aconteci-
mento no plano redentor de Deus. 
Conclusão
Vimos neste estudo que, embora 
não seja perfeita neste mundo, a igre-
ja precisa caminhar nesse sentido, 
pois perfeita será nos céus. Qualquer 
rebeldia, presunção, divisões e falta 
de amor precisam ser combatidos 
dentro da igreja. Outros temas tam-
bém não foram tratados aqui nesta 
lição como, por exemplo: casamento 
e divórcio, alimentos oferecidos a ído-
los, dons espirituais e coletas de ofer-
tas. Mas o importante é aprender que 
problemas existem quando estamos 
juntos, seja em família ou na igreja, 
e é crucial saber resolvê-los, para o 
bem de todos e glorificação do nome 
do Senhor. 
Para pensar e agir
1. Avalie em seu coração se há al-
gum conflito que traz divisão à sua 
igreja. Como você tem lidado como 
esse mal? Se há alguém que comete 
deslizes imorais e precisa ser corrigi-
do, siga as orientações de Jesus em 
Mateus 18:15-17.
2. A soberba precede a destrui-
ção, diz Prov. 16:18. Mesmo sabendo 
disso, muitos cristãos ainda sofrem 
deste mal. Como é possível superar 
esse mal e viver dentro da vontade de 
Deus, abençoando a igreja? 
3. A ressurreição de Cristo é o pon-
to fundante da fé cristã. Pare e pense 
nas consequências negativas relata-
das por Paulo e veja se há, porventu-
ra, dúvida sobre ela. Vivamos sempre 
expressando o amor de Deus reve-
lado por Cristo em sua morte. Esse 
amor deve balizar todas as nossas 
ações, seja fora ou dentro da igreja.
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
21
É natural que qualquer pessoa 
se sinta triste quando é criticado 
ou a ela se faz oposição, ainda mais 
quando se faz o que é certo e de 
acordo com a vontade de Deus. O 
apóstolo Paulo expressa os seus 
sentimentos nessa segunda car-
ta aos Coríntios, provavelmente 
por ter sofrido oposição de um ou 
alguns crentes que o ofenderam 
muito. Não sabemos os detalhes do 
que tenha ocorrido na viagem que 
fez após ter fundado a igreja em 
Corinto, em 51-52 d.C., mas nessa 
carta ele vai defender o seu minis-
tério e motivar cada cristão a exer-
citar o ministério da reconciliação.
Paulo escreve essa carta da Ma-
cedônia, provavelmente no ano 57 
d.C., aproximadamente um ano de-
pois da primeira. Tudo indica que 
ele escreveu outra carta, conforme 
sugerem 2 Co 2:3 e 7:8, o que causou 
muita tristeza na Igreja. Parece que 
a situação entre Paulo e os mem-
bros daquela igreja piorou depois 
que eles leram as cartas. A Igreja 
tinha uma série de erros graves, os 
quais Paulo procurou corrigir, mas 
alguns membros diziam que Pau-
lo não tinha autoridade apostólica 
para resolver problemas da igreja. A 
segunda carta aos Coríntios busca 
sanar essa questão e, por isso, tem 
o objetivo pastoral de trazer conso-
lo em meio ao sofrimento. Vejamos 
então, alguns aspectos da carta 
que são importantes para nós hoje.
Texto base: 2 Coríntios 1:12-14
O Ministério da 
Reconciliação
A Segunda Carta aos 
Coríntios
EPÍSTOLAS PARA
22
Data do estudo Lição 3
1. Ajuda no sofrimento 
(1:3-11)
Após a sua apresentação e sau-
dação, Paulo agradece a Deus pela 
consolação dispensada em meio a 
tantas angústias e tribulações pelas 
quais passou. Ele afirma que Deus é 
o único que pode de fato consolar, 
por isso ele bendiz ao Senhor. Sim, 
Deus é o Pai das misericórdias e o 
Deus de toda a consolação. Mas a 
visão dele vai além e enxerga um 
propósito até para o sofrimento 
com o consolo divino, pois apren-
demos como consolar os outros 
com o conforto que recebemos 
de Deus. Ele expressa que somos 
capacitados a “consolar os que es-
tiverem em qualquer angústia” (1:4), 
ou seja, todo crente torna-se um 
consolador neste mundo de de-
sesperança. Paulo relembra (1:8) as 
ameaças e perseguições que so-
freu na Ásia e foram de tal intensi-
dade que ele sentiu ser acima das 
forças humanas. Ele se desesperou 
da própria vida. Parece quePaulo 
compartilhou sua experiência na 
certeza de que mesmo com a sen-
tença de morte não confiava em si 
mesmo, mas em Deus, que ressus-
cita os mortos. Mas também enten-
deu que as orações da Igreja a seu 
favor o ajudaram, pois foi livramento 
da parte do Senhor como resposta 
a essas orações. Paulo sempre re-
fletia o melhor acerca daqueles 
irmãos e parece que ele faz essas 
colocações para chegar ao destino 
que pretendia – avaliar o sofrimento 
causado por alguns irmãos na pró-
pria Igreja.
2. O ministério da 
restauração (2:5-17)
Nesse capítulo, Paulo vai direto 
ao ponto que causou o problema 
na Igreja. Perceba que ele não cita 
o nome nem o problema em si, mas 
simplesmente diz: “se alguém cau-
sou tristeza” (2:5). Ele não quer criar 
mais polêmica e, sim, solucionar o 
conflito. É sempre bom nos repor-
tarmos à Primeira carta, na qual 
muitos pecados são denunciados, 
mas com objetivo de trazer cura 
para a comunidade. Aqui no texto, 
percebemos o apóstolo mostran-
do maneiras para restaurar aqueles 
que caem. O mal cometido não foi 
apenas uma ofensa ao apóstolo, 
mas a toda a Igreja (2:5). Provavel-
mente a Igreja (a maioria dos cren-
tes) já havia aplicado a disciplina ao 
ofensor (2:6), o que já era bastante. 
Portanto, a disciplina não devia con-
tinuar, qualquer que fosse o peca-
do, se houve arrependimento. Se o 
irmão já tinha se arrependido, não 
havia mais por que se prolongar a 
questão. Quantas vezes perde-se 
tanto tempo e a comunhão porque 
alguns irmãos se prolongam num 
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
23
assunto que Deus já perdoou, e os 
ofensores já se arrependeram! Que 
bom seria se esses quesitos fossem 
seguidos sempre que houvesse 
tristeza pelo pecado cometido. 
Mas Paulo continua em sua 
orientação, insistindo no perdão. 
A atitude da igreja em perdoar e 
confortar (2:7) é para impedir que 
pessoas sejam consumidas pela 
tristeza excessiva, o que leva ao 
desânimo. Só havendo verdadeiro 
amor é que se perdoa! (2:8, 9). As-
sim, a recomendação é que a igreja 
confirme o amor para com o irmão. 
É um sinal de obediência agir assim, 
e foi por isso que Paulo escreveu 
estas orientações. A expectativa do 
apóstolo era de que se a Igreja per-
doasse, ele também perdoaria, por-
que confiava no julgamento da con-
gregação, uma vez que tudo devia 
ser feito na presença de Cristo, que 
é o Senhor da Igreja (2:10). Um alerta 
é dado agora (2:11): é um risco para 
a igreja não aplicar uma disciplina 
que é necessária, mas também é 
um perigo não perdoar quando há 
verdadeiro arrependimento, pois 
Satanás pode obter vitória contra 
a igreja. Como ele faz isso? Apa-
gando o testemunho da igreja que 
admite o pecado, mas também não 
perdoando, aniquila-se o irmão ar-
rependido. 
3. Vasos frágeis, mas 
fortalecidos (4:7-18)
Paulo continua tratando aqui so-
bre o ministério cristão que, apesar 
de todo sofrimento e perseguição, 
traz em si mesmo um grande te-
souro, que é a boa nova do evan-
gelho. Ele vai agora falar sobre essa 
instrumentalidade humana, que é 
usada por Deus para levar a mensa-
gem de paz, o tesouro em vasos de 
barros. Vejam o senso de humilda-
de e confiança do apóstolo em ob-
servar sua condição humana, mas 
que experimenta uma glória de ser 
portador da nova aliança de Deus 
com o homem. Somos fracos e frá-
geis em nosso corpo físico, como 
um vaso que pode se quebrar a 
qualquer momento, mas que trans-
porta a excelência do poder de 
Deus (4:7). O poder está, portanto, 
sempre nas mãos de Deus e nunca 
nas mãos humanas, até mesmo de 
um líder na igreja. Esta é sempre a 
maneira de Deus agir, de modo que 
tudo que é de fato útil e aproveitá-
vel eternamente é realizado por Ele 
por intermédio dos que são fracos 
e humanos.
Paulo vai mais uma vez falar da 
condição de sofrimento humano, 
nossa verdadeira realidade. Apesar 
de aparentemente nos sentirmos 
fortes e cheios de vitalidade, so-
mos vasos extremamente fracos e 
EPÍSTOLAS PARA
24
inúteis se não formos sustentados 
por Deus mesmo. Somos todos, e 
Paulo se inclui em primeiro lugar, 
“atribulados, mas não angustiados; 
perplexos, mas não desanimados; 
perseguidos, mas não desampara-
dos; abatidos, mas não destruídos” 
(4:8-9). Ele havia passado por tudo 
isso em seu ministério – pressão fí-
sica, emocional e espiritual, como 
se estivesse levando em seu corpo 
o morrer de Jesus, para que a vida 
de Jesus pudesse se manifestar no 
corpo (4:10-11). Cristo sempre este-
ve ao seu lado, por isso mesmo não 
se sentiu angustiado, desanimado, 
desamparado nem destruído.
Qual seria a razão para não de-
sanimar desse árduo ministério de 
levar o tesouro a todas as pessoas? 
Ele responde dizendo que é pelo 
“espírito da fé, conforme está escrito: 
Eu cri; por isso é que falei” (4:13), re-
ferindo-se ao Salmo 116:10 (na ver-
são Septuaginta). Esse é o alimento 
diário de cada crente, que com uma 
fé genuína tem condições de falar 
da graça de Deus e superar todas 
as tribulações. Essa fé age na vida 
do crente de forma presente, mas 
também o leva para o futuro, na 
certeza da ressurreição: “aquele que 
ressuscitou o Senhor Jesus, também 
nos ressuscitará com Jesus e nos 
apresentará convosco” (4:14). Por-
tanto, o grande propósito do nosso 
ministério (4:15) é a glória de Deus 
e esta razão, para o apóstolo Paulo, 
tornava firme e inabalável a sua es-
perança a ponto de suportar todos 
os infortúnios, para que Deus fosse 
honrado em todos os lugares. Mas 
a graça de Deus é tão abundante 
que, apesar de ser a sua glória o ob-
jetivo final, durante a caminhada o 
amor entre os irmãos cresce, e ou-
tros também são beneficiados pelo 
mesmo amor de Deus. Quando a 
graça é multiplicada, mais pessoas 
são salvas e abençoadas, e mais e 
mais Deus é honrado. A razão pela 
qual Paulo não desanimava era por-
que a glória de Deus se manifestava 
através do desempenho do minis-
tério a ele confiado e se reanimava 
dizendo: “embora o homem exterior 
(o corpo físico) se corrompa, contudo 
o nosso homem interior se renova de 
dia em dia” (4:16). É assim também 
com você?
Paulo finaliza esse capítulo in-
centivando os crentes de Corinto 
a continuar a jornada cristã, com-
parando o que é momentâneo e o 
que é eterno. Embora as tribulações 
tenham sido severas, para ele foi 
como se fossem leves e breves se 
comparadas com “o eterno peso de 
glória” (4:17). A fé nos convoca a nos 
identificarmos com Cristo em seus 
sofrimentos, para que também 
possamos desfrutar de sua glória. 
Sim, somente pela fé podemos ver 
o mundo invisível, pois as coisas 
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
25
DOM
SÁB
SEX
QUI
QUA
TER
SEG
Leitura Diária
2 Coríntios 4:16-18
2 Coríntios 4:1-15
2 Coríntios 3:1-18
2 Coríntios 2:14-17
2 Coríntios 2:1-13
2 Coríntios 1:15-24
2 Coríntios 1:1-14
visíveis fisicamente são temporais, 
mas as que não se veem são eter-
nas (v.18).
Conclusão
A segunda epístola aos Corín-
tios é uma carta muito pessoal, 
que demonstra toda a emoção do 
apóstolo Paulo. Assim como ele, 
todos nós somos surpreendidos 
diariamente por problemas e tribu-
lações, mais ainda quando se tra-
ta do ministério cristão, passamos 
por perseguições e críticas de todo 
jeito, até mesmo internamente na 
igreja. Aprendemos que o consolo e 
o encorajamento divino estão pre-
sentes em meio ao sofrimento e às 
dificuldades, e que somos fortale-
cidos para que sejamos portadores 
do ministério da consolação. Mas 
também aprendemos que o poder 
de Deus é manifestado por meio da 
fraqueza e, embora sejamos vasos 
de barros, levamos um tesouro co-
nosco. Quando nos identificamos 
com Cristo em seu sofrimento e 
morte, podemos ter esperança e 
aguardar a ressurreição, para assim 
experimentar a sua glória.
Para pensar e agir
1. Muitas vezes a igreja sofre por 
problemas causados por algum ir-
mão. Não podemos ser omissos e 
deixar as coisas erradas acontece-
rem nem podemos deixar de aco-
lher aquele que se arrepende.
2. Quando foi a última vez que 
você se sentiu perseguido por fa-
lar e viver o evangelho? Nesses 
momentos, o próprioEspírito San-
to está sofrendo conosco. Jesus 
está ao nosso lado para consolar e 
confortar, mas também encorajar a 
continuar. Somos fortalecidos em 
nosso caráter para que também se-
jamos portadores do ministério da 
consolação.
3. Você vive consciente do valor 
precioso do tesouro que leva consi-
go? E da fragilidade do seu corpo? 
Pense sempre em ser completa-
mente dependente do poder de 
Deus para viver a vida abundante 
que Ele prometeu, não andando por 
vista, mas pela fé que leva a espe-
rança na eternidade.
EPÍSTOLAS PARA
26
Esta epístola foi escrita, provavel-
mente, entre os anos 49 e 55 d.C. às 
igrejas da região da Galácia. Talvez 
seja a mais antiga escrita por Paulo. 
Era uma província romana da Ásia 
Menor, a qual foi evangelizada por 
Paulo em suas viagens missionárias 
e, ali, se estabeleceram várias igre-
jas nessa região. Portanto, a carta é 
endereçada não a uma igreja, mas a 
igrejas.
1. Motivo da carta
Um dos erros frequentes daqueles 
dias e, também, de hoje, é o que Pau-
lo chamou de ‘fermento do legalis-
mo’, então, conhecido como ‘galacia-
nismo’. O estudo da carta aos Gálatas 
é fundamental para se corrigir os er-
ros doutrinários da fé cristã. É comum 
a confusão entre a lei e a graça, onde 
se prega o cumprimento da lei como 
algo exigível para justificação diante 
de Deus. 
Paulo se apresenta (1:1,2) aos lei-
tores como “apóstolo, não da parte 
de homem, nem por intermédio de 
homem algum, mas por Jesus Cris-
to e por Deus Pai, que o ressuscitou 
dentre os mortos”. Ele não foi comis-
sionado nem representava alguma 
instituição humana, mas unicamen-
te Cristo. Vale dizer que, nos v.10-24, 
Paulo se apresenta como alguém 
credenciado pelo Senhor a pregar 
o evangelho e, por isso, não o fazia 
para agradar aos homens, mas ao 
Senhor. Ele faz um relato de sua vida, 
conversão, chamada e capacitação 
para o ministério. O que ele passaria 
a tratar era tão relevante, que preci-
Texto base: Gálatas 1:6-10
O Evangelho 
da Graça
A Carta aos Gálatas
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
27
Data do estudo Lição 4
sava reivindicar a autoridade divina 
para usar suas palavras com sabe-
doria contra toda estrutura religiosa, 
especialmente nesse caso, a judaica.
Nos v.6-9, Paulo expõe a insegu-
rança que pairava naquelas Igrejas. 
Depois de enaltecer o evangelho da 
graça (1:4,5), ele passa a condenar o 
evangelho das obras. Ele se sente 
(1:6,7) espantado pela rapidez com 
que aqueles crentes retornaram às 
doutrinas judaizantes. Para ele, esse 
é outro evangelho que, no final das 
contas, não é o evangelho da graça. 
Para ele (1:8,9) não era, simplesmen-
te, fazer opção entre essa ou aquela 
doutrina, mas trocar a verdade pela 
mentira. É bom lembrar que, não se 
trata apenas de trocar o rótulo de um 
produto, mas sim o conteúdo todo. 
Destarte, era o que acontecia e, as-
sim, o apóstolo era tão duro ao dizer 
que deviam ser mesmo considera-
dos anátemas: amaldiçoados.
No cap.2:1-21, ele faz uma defesa 
contra os inimigos, os quais queriam 
desacreditá-lo. Ele mostra que agia 
conforme todos os demais apóstolos 
de Cristo. Foi, então, que a Igreja de 
Antioquia, bem como, a de Jerusa-
lém não tiveram dificuldades de en-
viá-lo ao ministério entre os gentios. 
No cumprimento da missão, depois 
de quatorze anos, encontrou-se com 
Pedro e Tiago, e leva provas da efi-
cácia, quando apresenta Barnabé e 
Tito. Relembra um episódio da dis-
cordância e inconsistência de Pedro, 
o qual foi por ele repreendido quanto 
à essa conduta (2:11-21).
2. O erro que fascina 
(Cap. 3)
Paulo vai mostrar como o erro fas-
cina o ser humano e, como, até os 
crentes são enganados. Ele vai reafir-
mar que, somente a justificação pela 
fé deve ser ensinada. Na visão pauli-
na, a promessa é superior à Lei. Nes-
se prisma, então, ele usa o exemplo 
de Abraão, considerado o Pai da fé, 
e salvo porque creu e, depois, agiu. A 
Lei teve o propósito básico (3:19) de 
mostrar ao homem sua imperfeição 
e incapacidade e, assim, sentir a ne-
cessidade de um salvador. 
Portanto, uma vez que Cristo che-
gou, nós estamos submissos a Ele 
e, não mais, debaixo do jugo da Lei. 
É lindo saber que, em Cristo, todos 
somos iguais. Não há mais distinção 
entre judeu e grego; escravo ou livre; 
homem ou mulher (3:28). As dife-
renças naturais não importam mais, 
pois a relação com Deus depende 
unicamente da fé em Cristo Jesus e 
da submissão ao seu senhorio. Não 
há mais que pensar se somos filhos 
da escrava (Hagar) ou da livre (Sara) 
(4:21-31), uma vez que, pela fé, somos 
filhos de Deus (3:1-31), gerados para 
sermos semelhantes a Cristo. (4:1-31).
3. A liberdade cristã 
(5:1-15)
Qual o conceito que temos de li-
berdade cristã? Será livre, alguém 
que simplesmente pode ‘ir’ e ‘vir’, fi-
sicamente falando? Paulo vai tratar 
dessa liberdade espiritual, bem como 
EPÍSTOLAS PARA
28
das emoções. Como vimos, a falta 
de liberdade torna o homem cativo. 
Uma das coisas mais lindas que traz 
a justificação pela fé é a vida prática; 
é o fato de sermos livres em nosso in-
terior. Podemos até ser presos como 
Paulo, muitas vezes, e, mesmo assim, 
podermos cantar louvores ao nosso 
libertador. Somente a Deus, havemos 
de prestar contas e o obedecermos 
por amor e não por obrigação, pois 
sabemos que Seu caminho é perfeito 
e leva à vida. Nesse viés, então, estu-
daremos.
Neste cap.5, a ameaça que ron-
dava as igrejas da Galácia é de se 
voltar à escravidão da Lei, despre-
zando dessa forma a liberdade que 
Cristo alcançou – liberdade do poder 
do pecado e da lei mosaica, que é o 
caso no presente estudo. Em 5:1-4, 
somos exortados ao fato de que de-
vemos permanecer nessa liberdade, 
porque do contrário a obra de Cristo 
torna-se em vão (v.2). Será que Cristo 
morreu em vão? 
Todavia, é isso o que acontece, 
quando pensamos que podemos 
fazer alguma coisa ou obedecer a 
alguma lei para sermos salvos. É 
como se substituíssemos o Salvador 
por nós mesmos, ou seja, por nossas 
obras. A obrigação de guardar a Lei 
(v.3) é imperiosa. E quem é capaz de 
realizar esse feito? Os falsos mestres, 
que andavam entre as igrejas, en-
sinavam dessa forma, o que para o 
apóstolo era um impedimento para 
continuarem bem a caminhada cris-
tã (5:7). Paulo terá de advertir que, a 
liberdade não pode dar lugar à licen-
ciosidade, pois, uma vez que fomos 
chamados à liberdade, não se pode 
dar lugar à carne, que leva à anarquia 
(5:13). Notem que é o outro extremo, a 
licenciosidade para pecar.
Em 5:16-21, Paulo chega a um pon-
to crucial: Quem está no comando da 
nossa vida: a carne ou o Espírito? A 
quem estamos obedecendo? Quem 
está nos guiando? Importa lembrar 
que, nós temos uma natureza car-
nal a qual, no entanto, não pode nos 
dominar. Somos muito mais do que 
simples animais do campo; somos a 
imagem e semelhança de Deus. Se, 
em nós, existem essas duas forças 
que se opõem para que não façamos 
o que queremos, cabe a cada um de 
nós escolher quem vai nos conduzir 
– ou o Espírito ou a carne. Contudo, 
é preciso andar pelo espírito (5:16), 
para não cumprir a concupiscência 
da carne, a saber: os desejos maus, 
impulsos e apetites carnais, que dão 
prazer momentâneo, mas que es-
craviza, e, logo adiante, leva à morte. 
Como tem sido a sua conduta, boa ou 
má? A expressão ‘milita’ (5:17,18) de-
monstra que, a nossa mente se torna 
o campo de batalha entre o Espírito e 
a carne. Aquele a quem nos subme-
temos e passamos mais tempo, será 
o vencedor. Teremos alegria e paz, ou 
desilusão e dor.
Paulo tem o cuidado de relacionar 
algumas obras da carne, as quais po-
dem ser assim divididas: na área do 
sexo: prostituição, impureza, lascívia. 
Na área da religião: idolatria e feitiça-
ria. Na área social: inimizades, porfias, 
ciúmes, iras, discórdias, dissenções, 
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
29
DOM
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Leitura Diária
Gálatas 5:16-26
Gálatas 5:1-15
Gálatas 4:1-31
Gálatas 3:1-29
Gálatas 2:1-21
Gálatas 1:11-24
Gálatas 1:1-10
facções e invejas. Na área da alimen-
tação: bebedices e glutonaria.Será 
que ainda há alguém, entre nós, es-
cravo de algum desses pecados? 
No entanto, a marca do verdadei-
ro cristão está em produzir o fruto do 
espírito (5:22-26). Mas o fruto do espíri-
to é: amor, alegria, paz, que são frutos 
produzidos no relacionamento com 
Deus. Longanimidade, benignidade, 
bondade, que são frutos produzidos 
em nosso relacionamento com os 
outros. Os demais frutos são produ-
zidos em nosso relacionamento co-
nosco: fidelidade, mansidão e domínio 
próprio. Entretanto, a conquista sobre 
a carne só ocorre (5:24-26), quando a 
carne, com suas obras más, é crucifi-
cada, e passamos a andar no espírito. 
Se, de fato, temos uma nova vida em 
Cristo, por obra do Espírito Santo, de-
vemos crucificar a carne e andar no 
Espírito.
Conclusão
Muitas vezes, precisamos ser 
enérgicos na defesa da nossa fé. 
Paulo não se intimidou diante dos 
inimigos que perturbavam as Igrejas 
da Galácia, porém, com autoridade, 
chamou a todos à responsabilidade 
diante de Deus. 
Como é fácil voltar ao erro do lega-
lismo e decair da graça. Infelizmen-
te, muitos irmãos estão iludidos por 
meio desse tipo de religiosidade, que 
dá uma aparência de espiritualidade. 
Porém, para a liberdade, Cristo nos li-
bertou. É preciso crucificar a carne e 
suas obras malignas, bem como, não 
devemos abrir mão do privilégio de 
viver pelo Espírito e produzir o fruto 
do Espírito. 
Para pensar e agir
01. O legalismo é, ainda hoje, um 
erro comum. Pense em como corre-
mos o risco de decair da graça. Que 
tipo de obras e atitudes legalistas 
são requeridas, para se ter uma apa-
rência de superioridade espiritual ou 
ajudar na salvação?
02. A licenciosidade é o outro 
extremo. Para muitas pessoas, a li-
berdade é opção para praticar a 
carnalidade. As obras da carne são 
manifestas e a lei é dada, justamen-
te, para impedi-las. Como é possível 
conciliar a liberdade sem ferir o direi-
to do próximo?
03. O fruto do Espírito se manifesta 
por meio do amor em suas diversas 
facetas. Pense naqueles que, estão 
escravizados pelo legalismo ou mer-
gulhados no mundanismo e, sobretu-
do, como você pode atingi-los com o 
amor de Deus.
EPÍSTOLAS PARA
30
Paulo destina essa carta à igreja, 
na antiga cidade de Éfeso, situada 
na atual Turquia hoje. Era uma colô-
nia grega, a qual se tornou província 
romana, cuja característica e grande 
atração da cidade era o culto à deu-
sa Diana. (At 19:28).
Paulo escreve essa carta não por-
que havia alguma disputa ou proble-
ma interno, como no caso de outras 
de suas cartas, mas para apresentar 
as doutrinas fundamentais, como 
um resumo da fé cristã, fortalecen-
do assim a fé daqueles irmãos. Ela 
foi escrita, objetivando mostrar que 
a unidade da igreja é algo real e pos-
sível de ser vivida no dia a dia e que, 
por isso, ela expressa seu louvor e 
apela para que vivamos em santi-
dade e unidade (4:13; 5,8). A igreja é, 
na visão apresentada pelo apóstolo, 
uma nova sociedade de Deus viven-
do nesse tempo. Não será possível 
ver todo o conteúdo desta carta, 
numa só lição, mas poderemos ex-
trair significativa aplicação para nos-
sa vida.
1. Uma nova vida em 
Cristo (Ef 1:3; 2:10)
A lógica do ensino paulino é que 
se deve apresentar a doutrina, ou 
o alicerce da nossa fé, para a partir 
daí buscar a prática do dever cristão. 
Nessa doutrina, está incluído o fato 
de sermos escolhidos pelo Pai e, as-
sim, nos tornamos um povo seu. Há 
muitas bênçãos envolvidas (1:3), as 
quais ultrapassam esta vida presen-
te, pois são bênçãos celestiais (1:20; 
2:6). Toda essa sorte de bênçãos está 
Texto base: Efésios 1:2-14
Regenerados 
para Servir
A Carta aos Efésios
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
31
Data do estudo Lição 5
destinada aquele que crê. O fato de 
sermos eleitos para sermos confor-
me Cristo, é um estímulo à santidade 
e nunca desculpa para pecar.
 Paulo para de escrever sua carta, 
com o intuito de fazer uma oração 
de gratidão (1:15,16), pois havia fé em 
Jesus e amor aos irmãos naquela 
igreja. Sua gratidão e alegria eram 
tanto que ele diz: “Não cesso de dar 
graças a Deus por vós, lembrando-
-me de vós nas minhas orações”. De 
quem você tem se lembrado, dessa 
forma, e orado por? Mas também, 
Paulo ora pedindo (1:17-23) que, o 
conhecimento deles seja cheio do 
espírito de sabedoria e de revelação. 
Quão importante é agirmos com a 
sabedoria divina! Quantos erros e 
sofrimentos desnecessários! 
Contudo, o seu pedido a Deus vai 
além: “tendo iluminados os olhos do 
vosso entendimento, para que sai-
bais qual seja a esperança da sua 
vocação, e quais as riquezas da gló-
ria da sua herança nos santos. E qual 
a sobre-excelente grandeza do seu 
poder sobre nós, os que cremos...” 
É maravilhoso saber que, toda essa 
glória que nos está reservada, ad-
vém da mesma operação da força 
do poder de Deus que se manifes-
tou em Cristo, ressuscitando-o den-
tre os mortos; elevando-o aos céus, 
onde está à direita do Pai, acima de 
toda e qualquer outra autoridade.
Nessa ótica, então, precisamos 
compreender qual é a nossa atual 
condição humana.
2. Nossa condição natural 
(2:1-3)
É impactante saber que apesar 
de respirando, andando e fazendo 
todas as coisas fisicamente, mes-
mo assim, estávamos mortos. Pau-
lo apresenta os dois motivos pelos 
quais todos estão mortos: 01. Deli-
tos; 02. Pecados. A pessoa que, ain-
da, não nasceu de novo, está morta, 
ou seja, fora da vida de Deus e se-
parada dEle por causa dos pecados. 
Nessa vertente, é possível nos lem-
brarmos do profeta Isaías (Is 59:2s), 
denunciando que as vossas iniqui-
dades fazem separação entre vós 
e vosso Deus; e os vossos pecados 
encobrem o seu rosto de vós, para 
que não vos ouça. Que estado triste 
e miserável do homem sem Deus! 
É como a distinção entre um corpo 
cadáver e o outro, são. Logo, essa é 
a condição espiritual de todos. 
Outro aspecto, é que éramos 
escravos. Um escravo não tem op-
ção e, assim, é aquele que segue o 
‘príncipe da potestade do ar’ (2:2); é 
um ‘espírito que atua nos filhos da 
desobediência’. Melhor dizendo, o 
homem sem Deus é direcionado por 
Satanás e faz o lhe agrada, deso-
bedecendo a Deus. Isso seria como 
uma estrada que se caminha, ou 
um sistema que é proposto, o qual 
é chamado por ele no curso deste 
mundo. 
Assim como o rio segue o curso 
d’água, assim também o homem 
sem Deus segue o mal, sem saber 
qual será o seu fim, tendo um abis-
EPÍSTOLAS PARA
32
mo diante de si. Vemos claramente 
que, nesse caso (2:3), os desejos da 
carne pendem para o pecado; as 
paixões são tão fortes que dominam 
a vida, pois não há alguma força es-
piritual. 
Não podia ser outra a consequên-
cia, senão a condenação, mediante 
ao fato de serem considerados: ‘fi-
lhos da ira’.
3. Deus muda a história? 
(Ef 2:4-7)
Sim, Deus muda a história de 
cada um de nós. Paulo alterna a sua 
visão de escravidão, condenação e 
morte, para a misericórdia de Deus, 
usando a expressão: Mas Deus... De 
fato, só mesmo Deus, para nos dar 
vida juntamente com Cristo (2:5); 
para nos fazer ressuscitar com Cristo 
(2:6), bem como, nos fazer assentar 
nos lugares celestiais em Cristo (2:6). 
Você crê nisso? 
Assim como Cristo na sepultura 
recebeu vida, ressuscitou e assen-
tou-se à destra do Pai, assim tam-
bém, será conosco. Todavia, preci-
samos perguntar: Por que Deus agiu 
assim para com homens pecadores 
como nós? Paulo responde, gracio-
samente, que Ele agiu assim, porque 
é rico em misericórdia e nos amou 
com grande amor (2:4). A sua graça 
é riquíssima (2:7) e nos leva a experi-
mentar a sua bondade para conosco 
em Cristo (2:7). A salvação, portanto, 
é fruto da riqueza da graça de Deus 
e não das obras ou feitos humanos 
(2:8,9). 
Não há algo que possamos fazer 
para alcançar a salvação, pois um 
morto não pode fazer nada por si 
mesmo, não tem nem o fôlego de 
vida. Esse tema é encerrado, mos-
trando que fomos salvos para as 
boas obras. Não salvos por elas, mas 
para executá-las. Somos coopera-
dores de Deus na construção des-
se mundo e, quando somos salvos, 
temos vida para fazera vontade de 
Deus prevalecer sobre o mal (2:10).
4. Salvos para abençoar 
(2:11-22)
Uma vez salvos pela graça, so-
mos convocados para realizar a 
vontade de Deus. E a sua vontade é 
manifesta por meio de maturidade 
e unidade da igreja saudável, a qual 
conduz ao serviço e crescimento. 
Destarte, Paulo apela para a prática 
da doutrina que acabou de expor. 
E ele começa, realmente, rogando 
(4:1), ou seja, apelando, pedindo que 
andemos de “um modo digno”, isto 
é, de acordo com o chamado. Pau-
lo vai usar os termos lembrai-vos e 
naquele tempo, para mostrar que 
no passado, sem Cristo, estávamos 
longe da comunidade da graça, vi-
vendo sob o regime religioso feito 
por mãos de homens. Que triste sa-
ber que, sem Cristo, éramos estra-
nhos às alianças da promessa e sem 
qualquer esperança, e sem Deus no 
mundo! 
O apóstolo continua seu argu-
mento dizendo: Mas agora em Cristo 
Jesus vós, que estáveis longe, já pelo 
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
33
DOM
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Leitura Diária
Romanos 10:9-15
João 14:1-7
Efésios 2:11-22
Efésios 2:1-10
Isaías 59:1-8
Efésios 1:15-23
Efésios 1:1-14
sangue de Cristo chegastes perto. 
Assim sendo, uma vez que Cristo é 
a nossa paz, já não existem barreiras 
de separação entre quaisquer pes-
soas. A parede de separação já foi 
derrubada e a inimizade desfeita. O 
objetivo do Senhor é sempre esta-
belecer a paz. Pela cruz, seja judeu 
ou gentio, ambos são reconciliados 
e superadas as inimizades. Se Je-
sus veio para evangelizar a paz aos 
que estavam longe, como nós, e aos 
que estavam perto, os judeus, nós, 
como corpo de Cristo, temos que 
fazer o mesmo. Somos a família de 
Deus e edificados sobre o mesmo 
fundamento dos apóstolos e profe-
tas, mas Cristo é a principal pedra 
da esquina. Se somos parte desse 
edifício, a casa de Deus, precisamos 
estar bem ajustados, para fomentar 
o crescimento do grande templo 
santo para o Senhor.
Conclusão
Nessa lição, aprendemos parte 
do que Paulo ensinou aos Efésios. 
Se somos novas criaturas em Cristo, 
precisamos conhecer nossa doutri-
na. Fomos alcançados pela graça, 
pois Deus nos elegeu para sermos 
conforme a imagem de Cristo. Po-
rém, nossa condição era de total de-
sespero, pois estávamos mortos em 
nossos delitos e pecados. 
O ser humano, sem a graça de 
Deus, está morto espiritualmente. 
Que será da eternidade? Deus muda 
essa realidade com o mesmo poder, 
o qual ressuscitou Jesus dentre os 
mortos. Assim como ele está assen-
tado à destra do Pai no céu, somos 
nessa condição, também, chama-
dos a evangelizar a paz e edificar o 
templo santo para o Senhor
Para pensar e agir
01. Deus nos escolheu para ser-
mos conforme a imagem de Cristo. É 
um privilégio inaudito e nos desafia 
a sermos santos como ele é santo, e 
nunca deve ser uma desculpa para 
pecar. 
02. Todos os seres humanos es-
tão destinados à perdição eterna, 
pois já estão mortos em seus delitos 
e pecados. Como você tem aprovei-
tado as oportunidades, para mostrar 
essa nova realidade a àqueles que 
ainda vivem na ilusão?
03. A Igreja do Senhor está sendo 
construída, a partir do momento que 
Jesus evangelizou a paz e quebrou 
todos os muros de separação entre 
as pessoas. Pense na Igreja como 
o templo santo do Senhor e como 
você está contribuindo para o seu 
crescimento.
EPÍSTOLAS PARA
34
Esta é uma das cartas mais revigo-
rantes em meio às crises, pois expres-
sa a alegria cristã. Paulo estava preso 
em Roma e acorrentado quando a 
escreveu. Como pode alguém, nessa 
condição, pensar em alegria?
Todavia, o Apóstolo expressa um 
profundo sentimento de satisfação 
por saber que, o evangelho estava 
sendo pregado em todos os lugares, 
mas também, sentia alegria, pois lem-
brava-se da comunhão que lá havia. 
Esse sempre é um grande desa-
fio para nós, permanecer alegres em 
meio às circunstâncias adversas. “Ale-
grai-vos sempre no Senhor.” (4:4) é o 
apelo para nós, também.
1. Início da igreja em Filipos 
Em At 16:6-40, podemos ver o rela-
to de Paulo, planejando voltar de sua 
viagem missionária para fortalecer a 
fé dos irmãos das igrejas que já esta-
vam estabelecidas. Entretanto, à noi-
te, ele teve uma visão de um homem 
que pedia: “Passa a Macedônia e 
ajuda-nos” (At 16:9). Paulo obedeceu 
ao chamado, crendo que era a von-
tade do Senhor e, ali, foi usado pelo 
Espírito Santo para a conversão de 
três pessoas importantes: Lídia, uma 
senhora religiosa e com muitas pos-
ses; uma jovem possessa; e um servi-
dor público, o carcereiro. (At 16:11-15; 
16:18; 19:34).
Paulo inicia sua carta se apresen-
tando e fazendo uma oração (1:3-11), 
agradecendo a Deus a constância e 
alegria daqueles irmãos, porque ape-
sar da perseguição, a Igreja crescia. 
Ele continuava pedindo para que o 
amor daqueles crentes transbordas-
Texto base: Filipenses 1:3
A Alegria 
para Servir
A Carta aos Filipenses
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
35
Data do estudo Lição 6
se, fossem cheios de ciência e conhe-
cimento do Senhor e Sua graça, pois 
sem conhecer, como se pode amar? 
Sendo assim, eles poderiam pro-
var as coisas excelentes da vida cristã 
até a volta de Cristo.
2. Apesar das 
circunstâncias, alegria 
(1:12-26)
É sempre bom lembrar que, o iní-
cio do ministério de Paulo, em Filipos, 
teve um episódio de muita alegria, 
apesar do perigo que correra. Ele e 
Silas estavam presos e acorrentados, 
cantando louvores e, então, houve 
um terremoto e o Senhor os libertou. 
Paulo pôde testemunhar ao carcerei-
ro, o qual estava totalmente sem es-
perança, querendo tirar a própria vida. 
Talvez, Paulo, ao escrever essa 
carta, se lembrasse desse ocorrido. 
Entretanto, se vê na mesma condição 
em Roma, pois no v.18 diz: “Com isto 
me regozijo, sim, sempre me regozija-
rei”. Assim, vemos um servo de Deus, 
louvando, em uma situação difícil. E 
nós? Como é nossa disposição, quan-
do tudo está aparentemente ruim? 
Cantamos ao Senhor? 
Paulo continua e expõe o seu so-
frimento: 1:12-18; foi injustiçado nas 
cadeias (13); e, também, enfrentou in-
veja de colegas (15-18). Esse episódio 
aconteceu, quando Paulo não estava 
presente na Igreja e alguns intrusos 
buscavam a preeminência, aprovei-
tando-se desse fato. 
Um arsenal de pastores e líderes, 
muitas vezes, sofre com a disputa de 
cargos entre irmãos, trazendo sofri-
mento, como disse Paulo: julgando 
suscitar tribulação as minhas cadeias 
(17). Contudo, o apóstolo afirma que 
apesar de tudo, experimentou muitas 
bênçãos, seja na guarda pretoriana, 
na igreja e na sua própria vida, a pon-
to de chegar a pensar numa difícil es-
colha: morrer ou viver? E ele confessa 
que se fosse possível, desejava partir 
e estar com Cristo, o que é incompara-
velmente melhor (23).
3. Motivação para viver e 
alegrar-se (1:27; 2:30)
O relacionamento humano era 
algo que preocupava o apóstolo, sen-
do um desafio para nós, também. A 
alegria, com certeza, depende dos 
relacionamentos com as pessoas que 
conhecemos. Um dos grandes pro-
blemas nas famílias e, especialmen-
te, nas igrejas é a desavença entre 
irmãos. 
Por isso, para que haja verdadeira 
unidade no Espírito, é fundamental 
que “nada façais por partidarismo ou 
vanglória” (2:3), mas sim, “fazei tudo 
sem murmurações nem contendas” 
(2:14). 
Em Filipenses 1:27-30, Paulo vai 
observar que, deveras, aparece opo-
sição dos adversários, assim como, 
há o pecado de dentro, o qual Paulo 
chama de partidarismo ou vanglórias. 
Essa situação-problema não é 
uma exclusividade desta igreja, mas 
de muitas outras, como era o caso da 
Igreja de Corinto, onde havia conten-
das e ciúmes. O que, então, motiva 
a busca pela harmonia? (2:1) Alguma 
EPÍSTOLAS PARA
36
exortação em Cristo. Tudo deve ser em 
Cristo, pois assim a comunhão de fato 
prevalece. Alguma consolação em 
amor. Se o amor de Deus está em nós 
como nos demais, isso nos faz unidos 
uns aos outros e queremos o bem co-
mum. Alguma comunhão do Espírito. 
Assim como existe um só Espírito, ele 
não pode ser dividido. Qual é o resul-
tado de estar desse modo em Deus? 
É que se háde pensar de igual forma, 
igualmente; ter o mesmo amor; ficar 
unidos de alma e ter o mesmo senti-
mento – aquele que houve em Cristo 
Jesus.
Esse é o exemplo para viver uma 
vida feliz. Paulo vai relatar o feito de 
Jesus por nós, contando esse feito a 
partir da cruz. Quem era aquele que 
estava pregado àquela cruz? Muitas 
pessoas, também, morreram cruci-
ficadas, todavia, Cristo é o único que 
deixou a sua glória e se encarnou, 
habitando entre nós. Quanta humilda-
de! Abriu mão dos seus direitos, pois, 
sendo Deus, assumiu a forma de ser-
vo, se esvaziando, sendo obediente 
até à morte. O próprio Senhor decidiu 
se humilhar assim. Vamos relacionar, 
então, como foi a humilhação do Se-
nhor Jesus (2:6-8): “ele se esvaziou; 
assumiu a forma de servo; tornou-se 
semelhante a homens; se humilhou; 
foi obediente até à morte; morte de 
cruz”. Sendo assim, Deus o exaltou 
soberanamente; e lhe deu o nome 
que está acima de todo nome. É o 
nome do servo sofredor, o qual vem 
e absorve toda dor humana; vence na 
morte, e está agora no trono da Glória 
eterna. Por isso, todo joelho haverá de 
dobrar, e toda a língua confessará que 
Jesus Cristo é Senhor.
4. Razão para alegrar-se 
(3:1-21)
Podemos nos perguntar: Qual era 
o fundamento da alegria de Paulo e 
daquela Igreja? A linha de pensamen-
to discorrida por ele é que, alegria é 
no Senhor. Eis aqui um desafio apre-
sentado: de não olhar para as condi-
ções pessoais para se alcançar a feli-
cidade. Paulo faz uma relação de sua 
vida pregressa e descarta tudo isso. 
Ele diz que foi religioso desde criança: 
circuncidado ao oitavo dia, da linha-
gem de Israel, da tribo de Benjamim, 
hebreu de hebreus, quanto à lei, foi 
fariseu. (3:2-7). Ele vivia de acordo com 
todos os detalhes da lei e era honra-
do pela sua posição social e religiosa. 
Pode-se dizer que, era irrepreensível 
e pensava que tudo isso era muito lu-
cro. No entanto, quando se encontrou 
com Cristo, tudo passou a ser perda, 
pois o que realmente valia a pena era 
conhecer a Cristo (3:8-11). 
O grande objetivo de Paulo foi 
demonstrado na figura de um atle-
ta (3:12-16), para mostrar o perigo de 
achar-se satisfeito com a vida presen-
te, ao passo que precisamos melho-
rar sempre, conhecer mais de Cristo, 
tendo comunhão com Ele e demons-
trando o nosso amor através do ser-
viço cristão. Numa olimpíada, o atleta 
é motivado a sempre prosseguir para 
o alvo. Nada deve desconcentrá-lo 
na hora da prova. Assim somos nós 
em nossa carreira cristã: precisamos 
deixar as coisas que para trás ficam 
e avançar para as que estão adiante. 
Nosso lema deve ser: Prossigo para o 
alvo, pelo prêmio da soberana voca-
ção de Deus em Cristo Jesus (3:14). 
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
37
DOM
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QUA
TER
SEG
Leitura Diária
Filipenses 4:2-23
Filipenses 3:12-41
Filipenses 3:1-11
Filipenses 2:19-30
Filipenses 2:1-18
Filipenses 1:13-30
Filipenses 1:1-12
O que você precisa abandonar? O 
que atrapalha você de correr a car-
reira cristã e de almejar o prêmio que 
Deus tem a seu favor? Há algumas 
estratégias que Paulo compartilhou: 
01. Imitar o exemplo dele (3:17). Eis aí 
um bom exemplo a seguir, e se pen-
sarmos que seja impossível viver a 
vida cristã com determinação, o seu 
exemplo nos desafia a viver no limite 
da vida cristã; 02. Evitar maus exem-
plos (3:18). Há muitos inimigos da cruz 
de Cristo a nos rodear, mas nunca 
devemos permitir que tais pessoas 
sejam exemplos para nós; 03. Olhar 
firmemente para a pátria celestial 
(3:20,21).
 Nesse viés, então, precisamos 
nos lembrar sempre que a nossa pá-
tria não é aqui, por mais distraídos 
que fiquemos com as coisas desse 
mundo. Logo, devemos olhar para o 
alto, porque nossa pátria está no céu. 
Quando aquele dia chegar, uma das 
glórias que havemos de desfrutar 
será a transformação do nosso corpo 
carnal. Todas as dores, enfermidades, 
imperfeições, males dessa vida e a 
aparente finitude, tudo será vencido. 
Seremos à semelhança de Cristo, 
transformados e glorificados! (1Jo 3:2; 
Rm 6:5). 
Conclusão
Muitas vezes, nos sentimos injus-
tiçados pela vida, murmurando e re-
clamando, porque acontece isso ou 
aquilo. Nesse estudo, somos desa-
fiados a encarar a realidade. É mister 
dizer que, até mesmo, em circunstân-
cias desfavoráveis, Deus está no con-
trole de tudo. 
Jesus é nosso exemplo maior, o 
qual deixou a sua glória e passou 
pelas mesmas provações se com-
paradas às nossas e, ainda, foi morto 
na cruz, sem ter cometido pecado al-
gum. Paulo, também, é exemplo para 
nós, pois, mesmo na prisão, sentia-se 
alegre com a vida e olhava para fren-
te, na verdade para o alto, para o prê-
mio que lhe estava proposto no céu. 
Sigamos esses exemplos e sejamos 
alegres em Cristo Jesus.
Para pensar e agir
01. Se porventura você fosse con-
denado injustamente, como você se 
comportaria? Talvez, para muitas pes-
soas, o mundo acabasse, a vida não 
teria mais valor. Coloque-se no lugar 
de Jesus e Paulo, refletindo que Deus 
está no controle, mesmo que a injus-
tiça prevaleça.
02. A alegria passa por relaciona-
mentos com o próximo. Você se sente 
alegre com sua família e irmãos da 
Igreja? Será que, na sua Igreja, você 
sente verdadeira unidade do Espírito? 
EPÍSTOLAS PARA
38
A cidade de Colossos ficava no 
vale do Rio Lico, na parte sul da an-
tiga Frígia, que se localiza no oes-
te da Turquia atual. Ficava situada 
numa das principais estradas co-
merciais para Éfeso e próximo de 
Hierápolis e Laodiceia (4:13). Quan-
do Paulo escreveu a carta, a cidade 
estava em decadência e continuou 
assim até que um terremoto provo-
cou a sua destruição. Paulo escre-
ve quando Epafras o procurou em 
Roma, na prisão, relatando que a 
igreja crescia, mas também sofria 
ameaças contra as doutrinas da 
fé, como o gnosticismo, da cultura 
grega, e a influência do pensamen-
to judaizante, o que ele procurou 
combater com veemência. O obje-
tivo principal, então, era dar ênfase 
à doutrina de Cristo e afirmar a sua 
supremacia em oposição a todos os 
outros poderes ou tentativas de se 
obter a salvação. Iniciaremos nosso 
estudo vendo a suficiência da obra 
realizada para nossa salvação.
1. Uma obra 
sobre-excelente (1:13-20)
Uma das formas do apóstolo 
Paulo apresentar a preeminência 
de Cristo aos colossenses foi mos-
trando a obra que Jesus realizou, 
colocando-nos, assim, participan-
tes da herança dos santos na luz, 
argumento apresentado por ele 
(1:12). Que obra foi essa? No v. 13 ele 
usa a palavra libertou, que significa 
resgatou. Jesus, portanto, supor-
Texto base: Colossenses 2:9
A Supremacia 
de Cristo
A Carta aos Colossenses
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
39
Data do estudo Lição 7
tou o desprezo e a morte para nos 
libertar da morte e da perdição 
eterna. Mas também, diz-nos o tex-
to, que ele nos transportou. Imagi-
ne alguém sendo libertado de um 
campo de concentração e trans-
portado para um abrigo em um 
local de liberdade. Assim também, 
nós fomos libertos do controle das 
trevas, mas não simplesmente dei-
xados em qualquer lugar. Não! Nós 
fomos transportados para um lugar 
excelente, o reino da luz, o reino do 
Filho do seu amor, onde a lei que im-
pera é o amor, o amor de Deus para 
conosco em nos dar abundância 
de vida e amor de cada crente em 
fazer espontaneamente a vontade 
do Pai. Paulo ainda sustenta que 
nós “temos a redenção” (1:14), pois a 
salvação se compara à condição do 
escravo que está sob o domínio de 
uma tirania cruel, Satanás, e nada 
pode fazer para conquistar sua li-
berdade. Mas Cristo nos redime e 
nos torna livres. O preço que ele pa-
gou foi o seu próprio sangue, e toda 
a nossa dívida pecaminosa foi parar 
lá na cruz do Calvário.
Mas por que Jesus pode realizar 
tão eficiente obra? Porque é o Filho 
de Deus! Ao fixar o olhar Nele, po-
demos perceber que o “Deus invi-
sível” se torna visível (1:15). Deus se 
revelou a Si mesmo em Cristo, uma 
vez que toda a plenitude de Deus 
habita Nele (1:19; 2:9), corporalmen-
te. Jesus é a “imagem do Deus invi-
sível”. E em relação ao universo,Ele 
é Senhor. Quando Paulo afirma que 
Ele é o “primogênito de toda a cria-
ção”, significa não que ele fora cria-
do primeiro, pois já tinha mostrado 
que ele é o Criador (v. 16), mas, sim, 
que Ele é o herdeiro a quem per-
tence toda autoridade. Jesus é o 
Senhor do universo, como está es-
crito: “Nele foram criadas todas as 
coisas; tudo foi criado por meio dele 
e para Ele; Ele é antes de todas as 
coisas; nele tudo subsiste” (1:16-17). 
Não há exceção: tudo, “nos céus, so-
bre a terra e debaixo da terra, visíveis 
e invisíveis”. Portanto, Cristo tem a 
prerrogativa de ser o Salvador. Por 
isso, “Ele é o cabeça do corpo, da 
igreja” (1:18), aquele que governa, 
uma vez que é o soberano. A razão 
dessa autoridade é que Ele é o prin-
cípio e o primogênito dos mortos. A 
nova criação tem origem Nele, pois 
ele é o primogênito dentre os mor-
tos, pois foi o primeiro a ressuscitar 
e assim mostrou seu poder sobre a 
morte. 
2. Falsas doutrinas que 
roubam a liberdade 
(2:16-23)
Havia entre os colossenses um 
anseio por crescimento espiritual, 
e muitos estavam enveredando 
por caminhos das falsas doutrinas, 
sendo iludidos por elas. Ainda hoje, 
o que para muitos é indício de no-
EPÍSTOLAS PARA
40
vidade espiritual e religiosidade 
não passa de um retorno a práti-
cas antigas do ser humano em criar 
sua própria salvação. Paulo resume 
bem esse problema, dizendo: “As 
quais têm, na verdade, alguma apa-
rência de sabedoria, em devoção 
voluntária, humildade, e em discipli-
na do corpo, mas não são de valor 
algum senão para a satisfação da 
carne” (2:23). 
Da mesma forma que Paulo ob-
servou muitos irmãos de Colossos 
enfraquecendo na fé e buscando 
doutrinas esquisitas, assim é ainda 
hoje. Vejamos quais foram as ad-
vertências:
a) Legalismo - A primeira ad-
vertência foi quanto ao perigo do 
legalismo que está presente desde 
sempre do cotidiano humano, pois 
é a religião das realizações próprias. 
Vejam que Paulo diz: “Portanto, nin-
guém vos julgue pelo comer, ou pelo 
beber, ou por causa dos dias de fes-
ta, ou da lua nova” (2:16). O cristão 
não deve preocupar-se por ser jul-
gado pelos outros. Pela lei judaica 
“comida e bebida” relaciona-se com 
o Antigo Testamento sobre animais 
impuros, para que o povo de Israel 
não se contaminasse com as outras 
nações ao redor. Mas, agora, isso 
já tinha sido superado e a igreja de 
Colossos estava sob a Nova Alian-
ça em Cristo, e não mais à antiga. 
É bom lembrar que tudo o que faz 
mal ao nosso corpo deve ser repeli-
do, pois o corpo é o templo do Espí-
rito Santo. Além disso, ensina Paulo 
que qualquer coisa que escandali-
zar o meu irmão deve também ser 
reavaliado (1 Cor 8:13). Para Paulo 
todas essas obrigações do Antigo 
Testamento eram “sombra das coi-
sas que haviam de vir” (2:17). 
b) Misticismo - A segunda ad-
vertência de Paulo é que “não dei-
xem que ninguém se faça de árbitro 
para desqualificar vocês, com pre-
texto de humildade e culto de anjos, 
baseando-se em visões, estando 
cheio de orgulho, sem motivo algum, 
na sua mente carnal” (2:18). Algumas 
pessoas só se preocupavam com 
experiência emocional e sensitiva 
particular. Para os falsos mestres 
de Colossos, essas “experiências 
espirituais” eram muito importantes. 
Ainda hoje precisa-se tomar cuida-
do com certas influências que sub-
vertem o fato de que a razão e a fé 
precisam caminhar juntas. Os falsos 
mestres, com pretexto de humilda-
de, estavam ensinando o culto aos 
anjos baseado em visões. O que é 
isso, senão o misticismo? Diziam 
eles que para se aproximar de Deus 
era preciso intermediários, “anjos”, 
mas nós sabemos que há só um 
mediador (1 Tm 2:5).
c) Ascetismo – Na terceira ad-
vertência Paulo explicita alguns 
costumes que estavam surgindo na 
EPÍSTOLAS PARAO NOSSO TEMPO
41
igreja, como “não manuseies, não 
proves, não toques” (2:21). Para ele 
isso era apenas “preceitos e doutri-
nas de homens” (2:22). Esses precei-
tos eram comuns entre os adeptos 
da filosofia helenista que praticavam 
o ascetismo, onde o corpo humano 
e tudo que é material era despreza-
do, e as sensações deviam suplan-
tar o material, indicando que o es-
pírito estava se fortalecendo. Para 
Paulo, isso não passava de “rudi-
mentos do mundo”, mas as pessoas 
que se submetiam se sujeitavam ao 
cumprimento dessas regras. Eram 
algumas abstinências que com 
aparência de espiritualidade enre-
davam os simples. Essas disciplinas 
religiosas eram definidas por Paulo 
da seguinte forma: “têm aparência 
de sabedoria” (2:23), mas de sabe-
doria mesmo não tinham nada. Era 
um rigor ascético, por meio do qual 
se pensava que todo o rigor apli-
cado ao corpo levaria a um estado 
maior de graça ou santidade, mas, 
na verdade, tudo isso “não tem va-
lor algum contra a sensualidade”. O 
ser humano precisa ser melhorado 
de dentro para fora, e só o Espírito 
Santo pode operar transformação 
no coração, através da fé em Jesus, 
que nos leva a um novo estilo de 
vida. É o que veremos a seguir.
3. Uma nova vida (3:1-4)
Paulo vai afirmar agora neste 
texto que tudo aquilo que se busca 
através do legalismo, misticismo ou 
ascetismo, ou qualquer outra forma 
de religião por obra humana, já foi 
alcançado para o ser humano pela 
graça de Deus. A conclusão é que 
“já fostes ressuscitados juntamente 
com Cristo” (3:1). Pela fé em Cristo, 
já passamos pela experiência es-
piritual da sua morte (2:20) e res-
surreição. É extraordinário o que é 
dito aqui! Mas isso precisa ser uma 
experiência de fé de cada indivíduo. 
Portanto, se isso já aconteceu, so-
mos chamados a ser participantes 
de uma nova vida, pois somos ci-
dadãos dos céus e devemos buscar 
as coisas lá do céu. Nossa vontade 
e pensamento devem agora acom-
panhar o Senhor: “Buscai as coisas 
lá do alto onde Cristo vive, assenta-
do à direita de Deus” (3:1). Nossos 
interesses devem voltar-se para as 
coisas lá do alto, em contraste com 
as coisas terrenas. Além de bus-
car, é preciso “pensar nas coisas lá 
do alto”. Os nossos pensamentos 
comandam todas as nossas ações 
e decisões e, portanto, o que deve 
ocupar nossa mente são os valores 
eternos e sublimes lá do alto, onde 
Deus habita. Quanto sofrimento, dor 
e decepção só porque não pensa-
mos aquilo que edifica a nossa vida 
espiritual. É só uma questão de 
tempo e todos nós “que morremos e 
a vossa vida está oculta juntamente 
com Cristo, em Deus” (3:3), experi-
EPÍSTOLAS PARA
42
DOM
SÁB
SEX
QUI
QUA
TER
SEG
Leitura Diária
Colossenses 4:2-18
Colossenses 3:18-4:1
Colossenses 3:1-17
Colossenses 2:16-23
Colossenses 2:1-15
Colossenses 1:13-29
Colossenses 1:1-12
mentaremos essa futura realidade, 
pois está escrito: “Quando Cristo que 
é a nossa vida se manifestar, então 
vós também sereis manifestados 
com ele em glória” (3:4). Mas o que 
te impede de viver já, apesar das 
circunstâncias, esse estilo de vida 
dos céus? Que responsabilidade a 
nossa e que privilégio poder des-
frutar da nova vida aqui e agora! 
Paulo pergunta: “Se é que...” Você já 
aceitou esse desafio?
Conclusão
Essa é uma carta escrita a uma 
igreja em perigo. Não perigo físico 
de perseguição e morte, mas um 
perigo de subversão dos valores 
mais profundos da doutrina cristã. 
Como aprendemos, Cristo sempre 
terá a preeminência, pois Ele é o 
Senhor por meio de quem tudo foi 
criado. Ele é aquele que realizou 
uma obra excepcional de salvação. 
Isso estava em jogo em Colossos. 
A fé estava sendo golpeada atra-
vés do legalismo, do misticismo e 
através de pensamentos filosóficos, 
os “rudimentos do mundo”. Quantas 
igrejas sofrendo ainda hoje com 
esses mesmos ataques! Mas você, 
que já ressuscitou com Cristo pela 
fé, pode viver a nova vida celestial 
aqui, já neste tempo.
Para pensar e agir
1. Aprendemos que Cristo tem 
a preeminência sobre o universo 
e sobre a igreja. A sua obra foi so-
bre-excelente, pois nos libertou da 
escravidão e nos transportou do 
império das trevas para o reino do 
Filho do seu amor. Já agradeceu a 
Deus por tamanha bênção hoje?
2. Falsas doutrinas como lega-
lismo,

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