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TÍTULO DO RESUMO 1 MALFORMAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL EMBRIOLOGIA https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home TÍTULO DO RESUMO 2 MALFORMAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL CONTEÚDO: TATIANNE ROSA DOS SANTOS CURADORIA: RODRIGO CHAVES https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home TÍTULO DO RESUMO 3 SUMÁRIO MALFORMAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL .......................... 5 DEFEITOS DE FECHAMENTO DO TUBO NEURAL - DFTN ..................... 5 Falhas nesses locais de fechamento levam aos defeitos do tubo neural ................................................................................ 6 Causas dos defeitos do tubo neural: ............................................................... 6 DEFEITOS CONGÊNITOS DA MEDULA ESPINHAL ................................. 6 O termo espinha bífida denota a não fusão das metades dos arcos neurais embrionários ................................................ 7 Subtipos de espinha bífida: ................................................................................ 7 Defeito de fechamento do tubo neural ........................................................... 7 Espinha bífida cística ............................................................................................ 8 Defeito do fechamento do tubo neural ........................................................... 8 Síndrome da medula ancorada ....................................................................... 10 DEFEITOS CONGÊNITOS DO ENCÉFALO ................................................ 10 Encefaloce ............................................................................................................. 10 Meroencefalia ....................................................................................................... 10 Microcefalia ............................................................................................................ 11 Agenesia do corpo caloso ................................................................................. 12 Hidrocefalia ............................................................................................................ 12 Hidrocefalia obstrutiva ou não comunicante: ............................................... 13 Hidrocefalia comunicante ou não obstrutiva: ............................................... 13 Holoprosencefalia - HPS ..................................................................................... 13 hipotelorismo ......................................................................................................... 13 https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home TÍTULO DO RESUMO 4 Hidranencefalia ..................................................................................................... 14 Malformação de Chiari - MFCh ......................................................................... 14 Classificação: ........................................................................................................ 14 Chiari ........................................................................................................................ 15 Deficiência mental ............................................................................................... 15 Doenças relacionadas ao metabolismo de proteínas, carboidratos ou de gorduras: ....................................................... 15 Malformações cerebelares ................................................................................ 15 Malformações congênitas do córtex cerebral .............................................. 16 Lisencefalia clássica: ........................................................................................... 16 Heterotopia em banda subcortical – HBS ..................................................... 16 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 18 https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home TÍTULO DO RESUMO 5 MALFORMAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL As malformações do sistema nervoso central (SNC) têm alta prevalência, atin- gindo de 5 a 10 para cada 1000 nascidos vivos. Aproximadamente 21% das malfor- mações congênitas envolvem o SNC, constituindo um dos defeitos congênitos mais comuns, podendo ocorrer isolada- mente ou em com- binação com outras malformações, desse ou de outro sis- tema. O encéfalo é o órgão afetado com maior frequência que os outros órgãos durante a vida intra-uterina devido à sua formação complexa e prolongada, tor- nando-se suscetível a anomalias de de- senvolvimento por um longo período, que vai da 3ª a 16ª semana. Além da inci- dêcia, as malformações do sistema ner- voso central têm um lugar importante no conjunto de todas as malformações do feto, destacando-se também pela pos- sibili- dade de diagnóstico pré-natal: atualmente, elas constituem as malfor- mações mais frequentemente diagnosti- cadas, juntamente com as anomalias do aparelho urinário. A ultrassonografia obstétrica possui boa sensibilidade no rastreio de malformações fetais do SNC, em especial com o aperfeiçoa- mento constante e domínio de métodos espe- cializados, como o Doppler e a ultrasso- nografia volumétrica (3D/4D), contribu- indo para firmar-se como modalidade de escolha nesta rotina. Comple- mentar ao método, a ressonância magnética pode vir a fornecer subsídios para uma assistência pe- rinatal ainda melhor. DEFEITOS DE FECHAMENTO DO TUBO NEURAL - DFTN • A neurulação (formação da placa neural e do tubo neural) começa durante a quarta semana de de- senvolvimento humano (22-23 dias), na região do quarto ao sexto pares de somitos • O tubo neural se diferencia no SNC. O lúmen do tubo neural se tornal o canal neural que se comunica livre- mente com a cavidade amniótica • O canal neural forma o sistema ven- tricular do encéfalo e o canal central da medula espinhal • Nesse estágio, os dois terços crani- ais da placa neural e do tubo neural até o quarto par de somitos repre- sentam o futuro encéfalo, e o terço caudal da placa e do tubo repre- senta a futura medula espinhal • A fusão das pregas neurais e a for- mação do tubo neural começam no quinto somito e pros- segue nas di- reções cranial e caudal até que so- mente pequenas áreas do tubo permaneçam abertas em ambas as extremidades: o Abertura cranial – chamada de neuroporo rostral. Ele se fecha aproximadamente no 25° dia de desenvolvimento o Abertura caudal –chamada de neuroporo caudal. Ele se fecha aproximadamente no 27° dia de desenvolvimento • A hipótese atual é que há múltiplos (possivelmente cinco) locais de fe- chamento envolvidos na formação https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home TÍTULO DO RESUMO 6 do tubo neural Falhas nesses locais de fechamento le- vam aos defeitos do tubo neural • Incidência dos DFTN: embora varie consideravelmente nas diversas re- giões geográficas, a incidência dos DFTN, de uma maneira geral, se si- tua em torno de 1 para cada 1.000nascimentos vivos. • O risco de recorrência em futuras gestações de um casal que teve um filho com DFTN é cerca de 25 a 50 vezes maior que o risco da popula- ção em geral, se situando entre 4 e 5% Causas dos defeitos do tubo neural: • Embora os DFTN apresentem etiolo- gia heterogênea e sejam descritos diversos mecanismos em sua gê- nese, a maioria dos casos é atribu- ída à interação entre vários genes e fatores ambientais, o que é deno- minado de herança multifatorial • O ácido fólico é o fator de risco para os DFTN mais importante identifi- cado até hoje. o O exato mecanismo como o ácido fólico está envolvido na embriogênese do tubo neural é ainda desconhecido. o Sabe-se que a suplementação periconcepcional e durante o pri- meiro trimestre de gravidez tem reduzido tanto o risco de ocorrên- cia como risco de recorrência para os DFTN em cerca de 50 a 70% • O Em 2015, o Centro para Controle e Prevenção do Doenças recomendou que todas as mulheres em idade fértil que podem se tornar gestantes de- vem ingerir 0,4 mg de ácido fólico por dia para auxiliar a redução dos riscos de defeitos do tubo neural • Outros agentes teratogênicos pos- sivelmente envolvidos como fatores de risco para os DFTN são diabetes mellitus materno, uso de ácido val- próico para tratamento de epilep- sia durante a gestação, obesidade materna, deficiência de zinco e hi- pertermia • Os DFTN são determinantes impor- tantes de morbimortalidade perina- tal • Não fechamento do tubo neural: o Falha de fechamento no local 1: resulta na espinha bífida cística o Falha de fechamento do local 2: resulta em anencefalia (me- roencéfalo) o Falha de fechamento do local 3: a não fusão do local 3 são raras • Falha de fechamento dos locais 1, 2 e 4: resulta em craniorraquisquise • As malformações causadas por fa- lhas no fechamento do tubo neural são discutidas abaixo, de acordo com o órgão acometido DEFEITOS CONGÊNITOS DA ME- DULA ESPINHAL As malformaçõe s medulares podem ser classificadas em dois grupos principais: https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home TÍTULO DO RESUMO 7 1. Malformações em épocas precoces do desenvolvimento embrionário (in- compatíveis com a vida) - amielia e raquisquise posterior completa 2. Malformações em épocas mais tar- dias do desenvolvimento embrionário - afetando só a medula (diplomielia); lesando a medula e seus envoltórios (mie - locele, siringomielocele, menin- gomielocele); afetando apenas os en- voltórios (meningocele); defeito no fe- chamento dos arcos vertebrais (espi- nha bifida oculta), defeito no fecha- mento ectodérmico-epitelial (seios cutâneos) • A maior parta dos defeitos da medula espinhal são resultantes da falha de fusão de um ou mais arcos neurais das vértebras em desenvolvimento durante a quarta semana • Defeitos envolvendo os arcos neurais embrionários são referidos como espinha bífida • O termo espinha bífida denota a não fusão das metades dos arcos neurais embrionários • Defeitos do tubo neural afetam os tecidos adjacentes à medula es- pinhal: meninges, arcos neurais, músculos e pele • Subtipos desse defeito (espinha bífida) estão baseados no grau e no padrão de defeito de fecha- mento do tubo neural • A ultrassonografia pode revelar um defeito de fechamento do tubo neural que tenha resultado em espinha bífida cística • A coluna vertebral fetal pode ser detectada pelo ultrassom na 10ª à 12ª semana, e se houver um de- feito do arco vertebral, um cisto meningeal poderá ser detectado na área afetada • Há variações quanto à significân- cia clínica em espinha bífida: há defeitos clinicamente significati- vos a defeitos menores que não são funcionalmente significativos Subtipos de espinha bífida: • Espinha bífida oculta - abrange as malformações em que estão presentes defeitos de fusão da coluna vertebral, sem protrusão do conteúdo espinal para a su- perfície Defeito de fechamento do tubo neural o Base embriológica: resultante da falha da fusão das metades de um ou mais arcos neurais no plano mediano o Ocorre nas vértebras L5 ou S1 em aproximadamente 10% das pes- soas normais o Forma mais branda - apresenta como evidência da sua presença uma ondulação pequena com tufo de pelos na região o Pode ocorrer nessa região lipoma do seio dérmico ou outra marca de nasci- mento o Usualmente não produz sintomas – poucas crianças afetadas apre- sentam de- feitos funcionalmente significativos da medula espinhal e das raízes dorsais subjacentes o Em certos casos ocorrem https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home TÍTULO DO RESUMO 8 alterações músculo-esqueléticas (fraqueza muscular, deformidades da articulação coxofemoral) e, al- gumas vezes, ocorrem distúr- bios esfinctéricos e da potência sexual (retardo na aquisição ou regres- são de hábitos adquiridos no con- trole esfinctérico, incontinência urinária por pressão abdominal e relaxamento do esfincter anal) o Tecido adiposo e tecido conjun- tivo denso, córion e vasos sanguí- neos são frequentemente encon- trados nas anomalias dessas es- truturas companhando os defeitos ósseos – isso ocorre pelo fato do mesoderma ser o folheto embri- onário de origem comum o Tais anomalias, quando situadas dentro do canal raqueano, com- portam-se como tumores e daí, en- tão, a necessidade de exploração cuidadosa de todos os pacientes portadores de espinha bifida com sintomatologia neurológica Seio dérmico • Seio (canal) está associado à falhas no fechamento do tubo neural e a formação das meninges na região lombossacral da medula espinhal • O seio é coberto pela epiderme e anexos cutâneos, estendendo-se da pele às estruturas profundas, geral- mente à medula espinhal • Base embriológica: falha de separa- ção do ectoderma de superfície (que irá originar a pele) do neuroecto- derma (que dará origem ao tubo neural) e as meninges que a en- volve • As meninges são contínuas com um canal estreito que se estende às on- dulações da pele na região sacral da coluna • Significado da ondulação: indica a região de fechamento do neuroporo caudal ao final da quarta semana – o que significa o último local de sepa- ração entre o ectoderma de superfí- cie e o tubo neural • A ultrassonografia do canal espinhal do neonato tem sua importância como exame de rastreamento, po- rém, como tal, tem suas limitações. Na maioria das vezes, não identifica a comunicação entre o seio dérmico e o saco dural, importante para se des- cartar risco de infecção meníngea Espinha bífida cística • Incidência: ocorre em aproximada- mente 1 a cada 5000 nascimentos • Defeito do fechamento do tubo neural • São tipos graves de espinha bífida, os quais envolvem a protusão da medula espinhal e/ou meninges através dos defeito dos arcos ver- tebrais • Esses tipos são referidos coletiva- mente como espinha bífida cística devido a presença do cisto menin- geal (estrutura semelhante a um saco), que se encontra associado a esses defeitos https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home TÍTULO DO RESUMO 9 • Quando o cisto contém as meninges e o líquido cefaloraquidiano, o de- feito é chamado de espinha bífida com meningocele o Medula espinhal e as raízes estão na sua posição normal, porém pode haver defeitos da medula espinhal o Protusão das meninges e do lí- quido cefaloraquidiano da me- dula espinhal ocorre através de um defeito na coluna vertebral • Quando o cisto meningeal contém a medula espinhal ou as raízes nervo- sas, o defeito échamado de espi- nha bífida com meningomielocele: o Defeito mais comum da medula espinhal e mais grave que a es- pinha bifida com meningocele o Esse defeito de fechamento do tubo neural pode ocorrer em qualquer local ao longo da co- luna vertebral, sendo mais co- mum na região lombar e sacral o Mais de 90% dos casos estão associados a hidrocefalia de- vido à coexistência da malfor- mação de Arnold Chiari o Alguns casos de meningomielo- cele estão associados a cranio- lacunia (defeito de desenvovie- mento da calvária) o A maioria dos pacientes requer o desvio cirúrgico do líquido ce- faloraquidiano a fim de evitar complicações decorrentes da alta pressão intracranial o Cirurgia pós-natal: até pouco tempo atrás, o tratamento da doença só era possível após o nascimento, consistindo na cor- reção cirúrgica do defeito na coluna com sutura por planos o Ancoramento da medula ao sí- tio: a cirurgia pós-natal pode levar ao ancoramento da me- dula ao sítio cirúrgico, com o crescimento da criança, podem sur- gir alterações neurológicas associadas ao estiramento da medula e das raízes nervosas o O conjunto de sintomas clínicos associados ao ancoramento da medula é de- nominado sín- drome de medula presa e ocorre em 20 a 30% dos indiví- duos acometidos, podendo le- var a um retrocesso no desen- volvimento neuropsico-motor e sendo necessária, por vezes, uma nova abordagem cirúrgica para soltar a medula o Intervenção cirúrgica pré-natal: existem evidências sólidas de que a correção pré-natal da meningomielocele melhora o prognóstico neuropsicomotor após o nascimento, reduzindo a necessidade de derivação ven- trículo-peritoneal, bem como a gravidade e a incidência de herniação cerebelar, dobrando a chance de deambulação en- tre os fetos operados intraútero • A espinha bífida cística mostra vá- rios graus de déficits neurológicos, dependendo da posição e da ex- tensão da lesão https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home TÍTULO DO RESUMO 10 • Pode ocorrer a perda da sensibili- dade em dermátodos, juntamente com a paralisia parcial ou total dos músculos esqueléticos • O nível de lesão determina a área de anestesia (área da pele sem sensação) e os músculos afetados • Paralisia dos esfíncteres (esfíncte- res vesical ou anal) é comum com a meningomielocele lombossacral • Espinha bífida com mielosquise: é o tipo mais grave de espinha bífida o Nesse defeito, a medula espi- nhal na área afetada está aberta porque há falhas na fu- são das pregas neurais o Como consequência a medula espinhal é representada por uma massa achatada de te- cido nervoso o Mielosquise geralmente resulta na paralisia permanente ou fraqueza dos membros inferio- res Síndrome da medula ancorada • Conceitua-se medula ancorada como sendo a presença do cone medular em situação anormal- mente baixa (nas regiões lombar ou sacral) ou, mais especificamente, em situação caudal ao disco inter- vertebral L1-L2, associado a um fi- lum terminale espessado, com um diâmetro maior que 2 mm, conse- quentmente com tração sobre o cone medular • Associada a esta característica anatômica, observa-se a presença de disfunções neurológicas, orto- pédicas, urológicas progressivas, como também a presença de quei- xas álgicas e anomalias anorretais • Como parte da Síndrome, estão presentes: elementos espinhais dis- ráficos, estigmas cutâneos, anoma- lias vertebrais DEFEITOS CONGÊNITOS DO ENCÉFALO Encefaloce • Consiste de uma herniação do conteúdo intracranial resultante de um defeito do crânio • Mais comum na região do occipital • Ocorre em aproximadamente 1 em cada 2000 nascimentos • A herniação pode conter meninges, no qual denominamos de meningo- cele • Quando a herniação contém me- ninges e parte do encéfalo deno- minamos de meningoencefalocele o Já quando a herniação contém meninges, parte do encéfalo e do sistema ventricular denomi- namos de meningohidroencefa- locele Meroencefalia • Defeito letal comum, que ocorre em pelo menos 1 a cada 1000 nasci- mentos • Defeito mais comum em meninas do que meninos (de duas a quatro vezes), sempre associado à acrania https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home TÍTULO DO RESUMO 11 – ausência parcial ou total do neu- rocrânio • Em fetos natimortos é o defeito sé- rio mais comum, neonatos com esse defeito grave do tubo neural podem sobreviver brevemente • Trata-se de um defeito grave da calvária e do encéfalo Base embriológica: resultante de uma falha do fechamento do neuroporo ros- tral du- rante a quarta semana de de- senvolvimento • Como consequência: o prosencé- falo, o mesencéfalo e a maior parte do rombencéfalo e a calvá- ria estão ausentes • Exencefalia: a maior parte do en- céfalo do embrião está exposta ou lançada para fora do crânio o Devido à estrutura e vasculari- zação anormal do encéfalo exencéfalo embrionário, o te- cido nervoso passa por dege- neração o Restante do encéfalo possui um aspecto de uma massa espon- josa e vascular, que é constitu- ída em sua maior parte por es- truturas derivadas do romben- céfalo o Pode estar associada à raquis- quise (falha da fusão dos arcos neurais) quando o fechamento do tubo neural é extenso • Diagnóstico: facilmente diagnosti- cada por ultrassonografia, fetoscopia por ressonância magné- tica e a radiografia, pois partes ex- tensas do encéfalo e da cálvaria es- tão ausentes • Meroencefalia geralmente apre- senta um modo de herança multifa- torial • Presença de polidrâmnio - o ex- cesso de líquido amniótico está fre- quentemente asso- ciado à mero- encefalia, possivelmente porque o feto não tem o controle neural para engolir o líquido amniótico – assim, o líquido não passa pelos intestinos para absorção e a subsequente transferência para a placenta para a eliminação Microcefalia • É um distúrbio do neurodesenvolvi- mento – resultado de uma redução no crescimento do encéfalo • A calvária e o encéfalo são peque- nos, mas a face apresenta o tama- nho normal • Neonatos com microcefalia apre- sentam uma deficiência mental ampla porque o encéfalo é subde- senvolvido • A pressão inadequada do cresci- mento do encéfalo leva ao tamanho reduzido do neurocrânio (ossos do crânio) • A cabeça pequena pode resultar de sinostose prematura (união óssea) de todas as suturas cranianas; en- tretanto o neurocrânio é delgado com marcações convulacionais exageradas • Alguns casos parecem ter origem genética - na microcefalia primária https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home TÍTULO DO RESUMO 12 autossômica recessiva, o cresci- mento do encéfalo é reduzido sem afetar a sua estrutura • Fatores teratógenos que contri- buem para a microcefalia durante o período fetal - exposição à grandes quantidades de radiação ionizante, agentes infecciosos (como por exemplo: citomegalovírus, vírus da rubéola, vírus da Zika, Toxoplasma gondii) e certas drogas (por exem- plo o uso abusivo do álcool) • Diagnóstico: a microcefalia pode ser detectada in utero por ultrasso- nografia realizada ao longo do pe- ríodo gestacional Agenesia do corpo caloso • Caracterizada pela ausência total ou parcial do corpo caloso, principal comissura neo- cortical dos hemis- férios cerebrais • Condição pode ser assintomática, porém são comuns convulsões e de- ficiência mental o Agenesia do corpo caloso está associada a mais de cinquenta síndromes congênitas humanas Hidrocefalia • O alargamento da cabeça carac- terístico da hidrocefalia resulta deum desequilíbrio entre a produção e a absorção do líquido cefaloraqui- diano (LCE) no sistem ventricular do encéfalo • Frequentemente produz adelgaça- mento dos ossos da calvária, proe- minência da testa, atrofia do córtex cerebral e substância branca e compressão dos núcleos da base do diencéfalo • Base embriológica: a hidrocefalia re- sulta da circulação e absorção pre- judicada do LCE • Em casos raros, há a produção au- mentada de LCE devido à um ade- noma do plexo coróideo (tumor be- nigno) • A hidrocefalia pode se desenvolver por hemorragia intraventricular: o neonato prematuro pode desenvol- ver hemorragia intraventricular pro- vocando hidrocefalia pela obstru- ção da abertura lateral, chamada de forame de Luschka, e a abertura mediana, chamada de forame de Magendie • A circulação prejudicada do LCE, ra- ramente resulta da estenose aque- dutal congênita; o aqueduto cerebral é estreito e consistem em vários canais mi- núsculos • Poucos casos de estenose resultam da transmissão de um traço reces- sivo ligado ao cromossomo X, a maioria dos casos parece resultar de uma infecção viral fetal por cito- megalovírus - por exemplo, ou To- xoplasma gondii • A obliteração das cisternas ou das vilosidades aracnóides pode ser causada por sangue no espaço su- baracnoide o Dilatação dos ventrículos: o blo- queio da circulação do LCE re- sulta na dilatação dos ventrícu- los proximais à obstrução, o acú- mulo de LCE interno e a pressão nos hemisférios cerebrais – como https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home TÍTULO DO RESUMO 13 consequência há a compressão do encéfalo entre o líquido ven- tricular e o neurocrânio • Devido à pressão interna há uma taxa acelerada de expansão do en- céfalo e do neuro- crânio porque a maioria das suturas fibrosas não está fundida Hidrocefalia obstrutiva ou não comuni- cante: • Todo o sistema ventricular, ou parte dele, está aumentado • Todos os ventrículos estão aumen- tados se as aberturas do quarto ventrículo ou dos espaços suba- racnoides estiverem bloqueados • Terceiro e ventrículo e os ventrícu- los laterais estão dilatados so- mente quando o aqueduto cere- bral está obstruído • A obstrução de um forame inter- ventricular pode produzir a dilata- ção de um ventrículo Hidrocefalia comunicante ou não obs- trutiva: • Resultante da obliteração das cis- ternas subaracnoides ou de defeitos das vilosidades aracnoides • Embora a a hidrocefalia possa estar associada a espinha bífida cística, o alargamento da cabeça pode não ser tão óbvio ao nascimento Holoprosencefalia - HPS • Defeito relativamente comum e grave o 1 em cada 250 fetos e; o 1 em cada 15000 neonatos • Diagnosticada nos exames pré-na- tais através da ultrassonografia in- trauterina • Base embriológica: resulta da sepa- ração incompleta dos hemisférios cerebrais • Maioria das vezes associada à anor- malidades faciais o Redução da proeminência fron- tonasal: defeitos do desenvolvi- mento do prosencéfalo causam anomalias faciais resultantes de uma redução da saliência fron- tonasal - SFN (A parte frontal da SFN forma a testa; a parte nasal da SFN forma o limite rostral do estomodeu, da boca primitiva e do nariz) o A HPS é geralmente indicada quando os olhos estão anormal- mente juntos hipotelorismo • Fatores genéticos e ambientais têm sido implicados nesse defeito con- gênito o Fatores genéticos: estudos mo- leculares identificaram genes relacionados à HPS como o SHH o Fatores ambientais: diabetes materna e teratógenos - como o álcool, podem destruir as cé- lulas embrionárias no plano me- diano do disco embrionário du- rante a terceira semana, produ- zindo uma ampla variedade de defeitos congênitos resultante da formação defeituosa do prosencéfalo o A holoprosencefalia é 200 vezes mais frequente em crianças de https://www.jaleko.com.br/home 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mesencéfalo, ponte e bulbo – se encontra relativa- mente intacto • Neonatos hidranencefálicos pare- cem normais ao nascimento, porém a cabeça cresce excessivamente após o nascimento devido ao acú- mulo do LCE o Desvio ventriculoperitoneal: ge- ralmente é realizado um desvio ventriculoperitoneal como prevenção ao alargamento pos- terior do neurocrânio • Ocorre falha no desenvolvimento mental, e há pouco ou nenhum de- senvolvimento cognitivo • Base embriológica não evidenciada, mas desconfia-se que essa anomalia pode resultar de uma obstrução pre- coce do fluxo sanguíneo para as áreas supridas pelas artérias caróti- das internas Malformação de Chiari - MFCh • Defeito estrutural do cerebelo • É caracterizada por uma projeção semelhante a língua do bulbo e des- locamento inferior da tonsila cere- bral através do forame magno no canal vertebral o A fossa craniana posterior geral- mente é pequena, causando pressão no cerebelo e tronco ce- rebral • A condição pode levar a um tipo de hidrocefalia não comunicante que obstrui a absorção e o fluxo de de LCE, assim todo o sistema ventricular é distendido Classificação: Tipo I – as tonsilas cerebelares esten- dem-se até o canal cervical, não sendo acompanhadas pelo tronco cerebral (forma mais comum, usualmente assinto- mática e detectada na adolescência) https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home TÍTULO DO RESUMO 15 Tipo II – há deslocamento caudal da por- ção inferior do verme cerebelar, IV ven- trículo e bulbo, frequentemente acom- panhado por encefalocele occipital e mielomengocele lombar (também co- nhecida como malformação de Arnold Chiari Tipo III – porções do cerebelo e tronco estão deslocadas caudalmente e os ori- fícios do IV ventrículo abrem-se na re- gião cervical (hidroencefalocele cervical) – forma mais grave, há consequências neurológicas sérias Tipo IV – hipoplasia do cerebelo, não ha- vendo deslocamento caudal do tronco encefálico ou cerebelo está ausente – estes neonaos não sobrevivem Do ponto de vista clínico, dois tipos prin- cipais representam a maioria das apre- sentações: a MFCh do tipo I e a do tipo II, os dois tipos possuem caracterísiticas clí- nicas e anatomopatológicas distintas Diagnóstico: A ressonância magnética (RM) revolucionou de tal modo a identifi- cação desta malformação que a sua descrição é dividida nas eras pré e pós- ressonância magnética Deficiência mental • Pode resultar de várias condições determinadas geneticamente: o Síndrome de Down – trissomia do cromossomo 21 o Síndrome da trissomia do 18 o Pode resultar da ação de um gene mutante ou uma anomalia cromossômica – como por exem- plo: cromossomos 13 e 17 extras • Uso abusivo materno de álcool: causa identificável comum de defici-ência mental • Altas doses de radiação: da 8ª à 16ª semanas do desenvolvimento é um período de maior sensibilidade para o dano encefálico fetal • Observação: ao final da 16ª de de- senvolvimento, a maior parte da proliferação neuronal e da migra- ção celular para o córtex cerebral está completa • Doenças relacionadas ao metabo- lismo de proteínas, carboidratos ou de gorduras: • também podem causar deficiência mental • Infecções maternas e fetais – por exemplo, sífilis, vírus da rubéola, to- xoplasmose, citomegalovírus – hi- potireoidismo congênito: estão co- mumente associadas à defi- ciên- cia mental. Malformações cerebelares • Ocorrência de uma variedade de malformações durante o desenvolvi- mento do cere- belo humano, como: o Hipoplasia – hipodesenvolvi- mento o Displasias – desenvolvimento anormal do tecido o Heteropatias – células posicio- nadas de forma incorreta • Defeitos do desenvolvimento mais sutis podem ser causas de outras de- sordens: https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home TÍTULO DO RESUMO 16 Esquizofrenia – pode estar relacionada a defeitos precoces na migração neu- ro- nal, na expressão de receptores de neu- rotransmissores ou no processo de mieli- nização, não apenas do prosencéfalo como também do córtex cerebelar Ataxias – distúrbios de coordenação – as ataxias cerebelares podem ser cau- sadas por toxinas ambientais - por exemplo, o mercúrio - ou anomalias ge- néticas Malformações congênitas do córtex ce- rebral O cérebro humano está sujeito a uma variedade de desordens do desenvolvi- mento que resultam de anormalidades na migração, diferenciação, sobrevivên- cia ou proliferação. As malformações mais graves estão evi- dentes no desenvolvimento inicial, mas algumas não se manifestam até mais tarde na vida. Diagnóstico: pode ser realizado a partir de amostras brutas ou por ressonância magnética, tomografia computadori- zada ou ultrassonografia. Lisencefalia clássica: • Incidência: 1 a cada 100.000 nasci- dos vivos • Base embriológica: condição que re- sulta de uma migração neuronal incompleta para o córtex cerebral durante o 3º e 4º meses de gestação • Pacientes apresentam o cérebro com superfície lisa devido a uma combinação de paquigiria (giros lar- gos e espessos), agiria (ausência de giros) e heterotopia neuronal gene- ralizada (células em posições aber- rantes quando comparadas com as do cérebro normal) • Aumento dos ventrículos e malfor- mações do corpo caloso são comuns • Enquanto recém-nascidos parecem normais (alguns têm apneia, dificul- dade de se alimentar ou tônus mus- cular anormal), mais tarde os pacien- tes podem desenvolver convulsão, retardo mental acentuado e quadri- plegia espástica grave Heterotopia em banda subcortical – HBS Parece também estar relacionada à mi- gração aberrante de células neuroepite- liais em diferenciação Síndrome do córtex duplo – estes paci- entes têm bandas bilaterais simétricas e em circunferência de substância cin- zenta localizadas imediatamente abaixo do córtex e separadas dele por uma fina banda de substância branca – o que re- cebe o nome de Síndrome do córtex du- plo Sintomas: convulsões, retardo mental leve e algumas anormalidades compor- tamentais são frequentes na infância – contudo, a inteligência pode ser nor- mal https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home TÍTULO DO RESUMO 17 e as convulsões podem começar mais tardiamente na vida. Estudos recentes identificaram dois ge- nes ligados à lisencefalia e ao HBS: LIS1 (no cromossomo 17p13) e duplacortina (no cromossomo X). Ambos codificam proteí- nas que interferem na dinâmica dos mi- crotúbulos, sugerindo que estas malfor- mações congênitas são ocasionadas por erros de migração celular por meio de in- terações com o citoesqueleto. https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home https://www.jaleko.com.br/home TÍTULO DO RESUMO 18 REFERÊNCIAS AGUIAR, Marcos J. B. et al. Defeitos de fechamento do tubo neural e fa- tores associados em recém-nascidos vivos e natimortos. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre, v. 79, n. 2, p. 129-134, Apr. 2003. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art- text&pid=S002175 572003000200007&lng=en&nrm=iso> . Acesso em 11 de novembro de 2020. https://doi.org/10.1590/S0021-75572003000200007. BARROS, Marcela Leonardo et al. 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