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Analfabetismo no Brasil


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Ao observarmos o processo pelo qual a sociedade brasileira foi constituída podemos chegar a conclusão que eventos ocorridos desde da época da colonização influenciam até o momento presente o processo educacional.  O analfabetismo no Brasil possui uma trajetória histórica que se arrasta por décadas. A triste estatística aponta que há 11 milhões de brasileiros analfabetos que são silenciados e sentenciados, brasileiros que encontra dificuldade nas simples tarefas diárias, como a de embarcar no transporte público, de ir a um determinado endereço, de ver preços nos mercados e lojas, brasileiros que lapidam a mente para que ela possa gravar placas, cores, desenhos, logotipos para que possam ler o mundo em sua volta.
É observável que nos últimos anos houve também uma grande elevação na taxa de analfabetos funcionais no Brasil, pessoas que sabem ler e escrever, que chegam nos bancos das universidades, mas não conseguem compreender e interpretar o que está sendo lido e nem realizar operações simples matemáticas. Estudos apontam que 29% da população brasileira é de analfabetos funcionais. A alfabetização não é uma tarefa fácil e alfabetizar jovens e adultos se torna ainda mais complexo, mas é preciso ser feito, os educadores precisam de uma formação adequada  que os qualifiquem a enxergar as especificidades desse público, as práxis de aula precisam fazer sentido a realidade vivida, precisa fazer parte do cotidiano do educando, para que possam ser envolvidos no processo de aprendizagem e possam prosseguir e não desistir antes mesmo de conseguir ler a primeira palavra.
O IBGE aponta que o analfabetismo está ligado a desigualdades e vulnerabilidades sociais, econômicas, políticas e culturais e na própria fragilidade envolvendo as políticas pedagógicas, políticas essas que são excludentes. De tempo em tempos são lançados pelo governo planos, programas para que possa erradicar o analfabetismo, criam-se subterfúgios, mas para reverter esse quadro é necessário que sejam apontadas e discutidas as principais causas, é necessário  ir na raiz do problema para que de fato possa haver um progresso.  É preciso criar propostas que comecem na fundação, ou seja, desde a educação infantil, para que haja um sólido alicerce que surtirá no crescimento e desenvolvimento de toda vida estudantil do educando, sempre colocando em pauta a questão social, não adianta abrir bibliotecas, criar diversos projetos de leituras, projetos de alfabetização e letramento se o cenário de exclusão e desigualdade social permanecerem altos. A reconfiguração nas partes envolvidas no processo educacional é de suma importância para que haja de fato uma perspectiva de alfabetização.
Referências:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-07/taxa-cai-levemente-mas-brasil-ainda-tem-11-milhoes-de-analfabetos . Acessado em: 17/08/2022
https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/especial-publicitario/prefeitura-municipal-de-jaragua-do-sul/viver-jaragua/noticia/2021/11/12/analfabetismo-funcional-atinge-29percent-da-populacao-brasileira.ghtml Acesso em: 17/08/2022
PEREIRA, Marina Lúcia de Carvalho. A construção do Letramento na educação de Jovens e Adultos. Belo Horizonte: Autentica/FCH-FUMEC, 2013, p. 157 a 161. Disponível na Biblioteca Virtual.
WEISZ,TT.https://www.fe.unicamp.br/alle/textos-eventos/TW-Didatica_da_leitura_e_da_escrita.pdf . Acesso em 15/08/2022
FREIRE, P. A. importância do ato de ler. https://educacaointegral.org.br/wp-content/uploads/2014/10/importancia_ato_ler.pdf . Acesso em: 16/08/2022

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