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Costa do Sauipe - Demonstrações Financeiras 2016

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11 
Relatório da Administração 
 
Mata de São João, 06 de março de 2017. 
 
Senhores Acionistas: De acordo com as determinações legais e estatutárias, 
apresentamos o Relatório da Administração e as demonstrações financeiras do exercício 
social encerrado em 31 de dezembro de 2016 da Sauipe S.A. (Companhia), 
acompanhado do relatório dos auditores independentes da Deloitte Touche Tohmatsu 
Auditores Independentes. 
 
Análise do setor 
O cenário político brasileiro em 2016 trouxe fortes reflexos à economia doméstica, 
principalmente no primeiro semestre do ano, impactando diretamente a demanda por 
viagens corporativas e praticamente congelando o segmento de eventos corporativos. 
Adicionalmente, o aumento do índice de desemprego gerou uma queda na confiança do 
consumidor brasileiro, que teve acesso a um crédito caro, com taxas na casa dos dois 
dígitos. Apesar de apresentar uma tendência de queda em 2016, o USD se manteve 
acima do patamar de R$ 3,00, mantendo o ritmo de viagens à lazer para destinos 
internacionais em patamares abaixo dos registrados até 2014. As passagens aéreas 
observaram também uma alta expressiva em 2016, principalmente nos períodos de alta 
sazonalidade, impactando diretamente o custo dos pacotes de viagens no Brasil. O 
cenário forçou as empresas do setor a otimizarem suas estruturas e suas despesas, 
mantendo os custos operacionais estáveis em 2016. 
O segmento MICE, ainda muito impactado negativamente pelo cenário econômico do 
país, repetiu a tendência de 2015 e interferiu negativamente nas taxas de ocupação do 
setor, que teve de ser mais agressivo em períodos de baixa sazonalidade para manter o 
indicador dentro das expectativas. 
Por um outro lado, o custo ainda alto dos pacotes internacionais e o menor acesso ao 
crédito, provocaram um aumento da demanda por resorts dentro do país, catalisado pela 
maior agressividade de preços no setor em 2016. 
A depreciação ainda alta do BRL frente ao USD, aliado a uma maior estabilidade no 
mercado argentino, contribuíram positivamente para o aumento da demanda por resorts 
brasileiros nos mercados argentino, chileno e uruguaio. 
 
Do ponto de vista tributário, o setor conviveu com o novo cenário de alíquota do Plano 
Brasil Maior, que desonera a folha de pagamentos (INSS sobre a folha) em troca de um % 
da receita do negócio. Dos 2% sobre o faturamento vigentes até Nov/15, passou-se a 
exigir um percentual de 4,5% da receita, onerando as operações e praticamente 
eliminando o benefício da medida, instituída em 2012 para o setor. 
 
Análise do Negócio 
As maiores conquistas da companhia em 2016 foram a consolidação das políticas de 
distribuição de seus produtos no mercado, informatização e integração dos processos de 
backoffice e o aumento do revenue share dos canais diretos (online e off-line). Tais 
conquistas proporcionaram à companhia obter taxas de ocupação com melhor 
rentabilidade e melhorar seu mix de canais. 
Em 2016, a empresa realizou também mudanças importantes em seus produtos. O 
regime de pensão do hotel Sauípe Premium foi alterado para all inclusive, o que 
proporcionou um aumento real em seus patamares de ocupação e tarifa em relação ao 
exercício anterior. Já o Sauípe Pousadas teve seu regime de pensão alterado para café 
Sauípe S.A. 
12 
da manhã, aumentando sua competitividade no segmento “econômico”. 
O projeto de rebranding da marca Costa do Sauipe foi concluído e teve sua 
implementação iniciada em 2016, fechando uma lacuna importante de posicionamento no 
mercado, consolidando-se como um dos principais destinos de férias para a família na 
América Latina. 
Do ponto de vista de Operações, o ano de 2016 foi marcado pela consolidação de 
projetos iniciados em 2015, como o projeto de gestão por unidades de negócio. Vários 
esforços visando aumento de produtividade e melhor uso dos recursos disponíveis 
também foram implementados, resultando em uma boa performance de custos e 
despesas. 
Sob a ótica financeira, a companhia precisou contar com aportes de recursos de seu 
acionista a partir do início do segundo semestre do ano, especialmente para cobrir suas 
necessidades de reinvestimentos de capital (visando a manutenção de sua 
competitividade no mercado e o atendimento às questões de compliance e segurança da 
operação), bem como para recompor seu caixa operacional, afetado por despesas alheias 
à operação regular do hotel ao longo dos últimos 3 anos. 
 
Desempenho Econômico Financeiro 
Em 2016 a receita líquida de R$ 199 milhões representou aumento de 4% comparado ao 
ano anterior, enquanto os custos e despesas combinados variaram 7% elevando a um 
prejuízo de R$ 29,2 milhões, contra R$ 23,2 milhões. Do montante total, 
aproximadamente R$ 11,6 milhões deve-se à depreciação dos ativos imobiliários 
capitalizados em outubro de 2013. 
 
O desempenho positivo do canal de vendas Lazer Internacional, consequência direta do 
efeito cambial de desvalorização do Real, aliado a forte melhoria dos canais diretos, fruto 
de investimento em pessoas e tecnologias especificas para este tipo de distribuição, 
contribuiu para amenizar o forte declínio dos canais corporativos, onde o fluxo de eventos 
corporativos, congressos e afins foi muito inferior a expectativa que a Companhia tinha 
seu orçamento para 2015. Mesmo assim, comparativamente a 2015, a taxa de ocupação 
de 2016 foi 1,5% superior e o RevPAR (receita média por apartamento disponível) 
apresentou crescimento de 17,5%, principalmente pelo crescimento verificado nos 
segmentos Lazer internacional e Canal Direto. 
 
O Costa do Sauipe Vacation Club, operação de tempo compartilhado iniciada em 
dezembro/2014, atingiu a marca de aproximadamente R$ 10 milhões de valor liquido de 
vendas de contratos em 2016, validando nossa decisão de investir neste segmento de 
negócio, que possui forte efeito de antecipação de caixa, gerando fundos próprios 
adicionais importantes para o financiamento de projetos de desenvolvimento, em linha 
com as grandes redes Brasileiras e Internacionais já atuantes neste segmento. 
 
Consultorias e Assessorias 
Em conformidade com as disposições da Instrução CVM no 480/09 a Diretoria declara 
que a Companhia possui a prática de contratação de serviços de assessoria e consultoria 
externa para as áreas jurídica, tributária e administrativa, porém, cabe ressaltar que a 
auditoria das demonstrações financeiras está exclusivamente sob responsabilidade da 
Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, que não presta serviços de 
consultoria e assessoria para qualquer outra área desta Companhia. 
 
Desenvolvimento Sustentável 
Sauípe S.A. 
13 
Desenvolvimento Sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da 
geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das gerações 
futuras. Essa é a definição mais aceita atualmente que surgiu na Comissão Mundial sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor 
meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação 
ambiental. Desta forma, Sauipe S.A. busca, através do Instituto Berimbau fomentar meios 
para a sustentabilidade das comunidades do entorno. Apoia projetos sociais de 
desenvolvimento da autonomia intelectual de crianças, com a Escolinha Meninos do 
Porto; promove economicamente cooperativas como a Verdecoop e a Coopart, que 
trabalham com a reciclagem de resíduos e artesanatos locais, respectivamente; incentiva 
a produção orgânica com técnicas da Permacultura através da Cooperativa de 
Agricultores Copevales e procura priorizar a contratação de mão de obra local 
capacitados pelo Projeto Qualifica desenvolvido pelo Instituto Imbassaí. 
 
Perspectivas 
Conforme Fato Relevante publicado em 27/11/16 e em linha com o plano estratégico 
aprovado pela Administração da Companhia, que visa a rentabilização em níveis ótimos 
de mercado do negócio, a Administração e seus Acionistas contrataram firma 
especializada em assessoria financeira com o objetivo de avaliar alternativas estratégicaspara seu principal ativo – complexo Turístico da Costa do Sauipe – o que reforça o total 
comprometimento da Diretoria e Conselho de Administração na execução das melhores 
estratégias possíveis em busca da rentabilização ótima deste ativo. 
 
Acreditamos que 2017 será um ano com boas notícias vindo da economia do país, com a 
estabilização do real, diminuição do desemprego, da inflação e dos juros e a consequente 
elevação do nível de confiança da população, traduzindo-se no aumento da propensão de 
gastos com viagens. 
A expectativa é que esse mesmo cenário se dê no segmento MICE(meeting, incentive, 
congress, events), com as empresas deixando de represar seus eventos, feiras, 
congressos e convenções, praticamente congelados desde o início da crise política no 
país. Isso trará um reflexo muito positivo para o segmento de resorts (em especial 
àquelas propriedades com vocação para eventos). 
De um outro lado, a citada estabilização da moeda brasileira frente ao dólar americano 
trará reflexos importantes para o mercado de lazer doméstico, com um possível aumento 
da demanda por viagens para destinos internacionais, em detrimento aos destinos 
nacionais. Ainda nesse sentido, mesmo que o fluxo de turistas estrangeiros 
(especialmente sul-americanos) mantenha-se em elevação, suportados por uma malha 
aérea mais perene ligando Salvador às principais capitais sul-americanas, o impacto do 
câmbio deve ser sentido. 
 
Guilherme Sidnei Martini 
Diretor Presidente 
 
Mauro Sérgio de Almeida França 
Diretor Administrativo-Financeiro 
 
 
Sauípe S.A. 
14 
 
SAUÍPE S.A.
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em milhares de reais - R$)
Nota Nota
ATIVOS explicativa 2016 2015 PASSIVOS E PATRIMÔNIO LÍQUIDO explicativa 2016 2015
CIRCULANTES CIRCULANTES
Caixa e equivalentes de caixa 3 5.709 4.499 Fornecedores 14.820 12.914 
Contas a receber de clientes 4 24.179 21.211 Empréstimos e financiamentos 10 3.648 2.381 
Estoques 5 4.261 3.998 Obrigações sociais e trabalhistas 7.390 7.153 
Tributos a recuperar 2.508 1.588 Obrigações fiscais 4.264 3.144 
Despesas antecipadas 960 1.949 Adiantamentos de clientes 9 18.971 24.039 
Outras contas a receber 2.150 369 Outras obrigações - 1.517 
Total dos ativos circulantes 39.767 33.614 Total dos passivos circulantes 49.093 51.148 
NÃO CIRCULANTES NÃO CIRCULANTES
Depósitos judiciais 7 10.067 8.058 Empréstimos e financiamentos (LP) 10 7.761 9.367 
Imobilizado 6 315.871 315.937 Obrigações sociais e trabalhistas (LP) 192 241 
Total dos ativos não circulantes 325.938 323.995 Adiantamentos de clientes LP 9 5.551 1.990 
Provisão para riscos fiscais, cíveis e trabalhistas 7 14.193 9.476 
Total dos passivos não circulantes 27.697 21.074 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 11
Capital social 476.481 443.681 
Prejuízos acumulados (187.566) (158.294) 
Total do patrimônio líquido 288.915 285.387 
 
TOTAL DOS ATIVOS 365.705 357.609 TOTAL DOS PASSIVOS E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 365.705 357.609 
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
 
Sauípe S.A. 
15 
SAUÍPE S.A.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em milhares de reais - R$)
Nota
explicativa 2016 2015
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 15 198.920 191.879 
CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS 16 (199.864) (188.490) 
 
LUCRO (PREJUÍZO) BRUTO (944) 3.389 
DESPESAS OPERACIONAIS 16
Gerais e administrativas (20.194) (17.982) 
Honorários dos administradores (2.225) (1.933) 
Depreciação e amortização (311) (335) 
Outras despesas operacionais, líquidas (2.877) (4.109) 
Total (25.607) (24.359) 
PREJUÍZO OPERACIONAL ANTES 
 DO RESULTADO FINANCEIRO (26.551) (20.970) 
RESULTADO FINANCEIRO 17
Receitas financeiras 1.456 724 
Despesas financeiras (4.177) (3.019) 
Total (2.721) (2.295) 
 
PREJUÍZO DO EXERCÍCIO (29.272) (23.265) 
Prejuízo básico por ação (expressos em reais - R$):
Ordinárias 12 (0,80528) (0,66202)
Preferenciais 12 (0,88581) (0,72822)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 
Sauípe S.A. 
16 
SAUÍPE S.A.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE 
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em milhares de reais - R$)
2016 2015
PREJUÍZO DO EXERCÍCIO (29.272) (23.265) 
Outros resultados abrangentes - - 
 
RESULTADO ABRANGENTE TOTAL DO EXERCÍCIO (29.272) (23.265) 
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sauípe S.A. 
17 
SAUÍPE S.A.
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em milhares de reais - R$)
Nota Capital Prejuízos
explicativa social acumulados Total
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 438.780 (135.029) 303.751 
Aumento de capital 11 4.901 - 4.901 
Prejuízo do exercício - (23.265) (23.265) 
 
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 443.681 (158.294) 285.387 
Aumento de capital 11 32.800 - 32.800 
Prejuízo do exercício - (29.272) (29.272) 
 
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 476.481 (187.566) 288.915 
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sauípe S.A. 
18 
SAUÍPE S.A.
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em milhares de reais - R$)
Nota
explicativa 2016 2015
 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 
Prejuízo do exercício (29.272) (23.265) 
 Ajustes para reconciliar o prejuízo do exercício com 
o caixa gerado pelas (aplicado nas) atividades operacionais: 
Variações monetárias, cambiais e juros, líquidos (710) 237 
Depreciação e amortização 6 e 16 11.629 13.626 
Perda na venda de ativo fixo 160 265 
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 4 (382) 528 
Baixas incobráveis 402 - 
Constituição de provisão para riscos fiscais, cíveis e trabalhistas 7 6.154 3.894 
Encargos financeiros de empréstimos e financiamentos, líquidos 10 2.049 1.655 
Amortização do custo de captação sobre empréstimos e financiamentos 10 216 127 
(Aumento) redução nos ativos operacionais:
Contas a receber de clientes (2.906) 1.464 
Estoques (264) (212) 
Impostos a recuperar (2.285) (1.368) 
Despesas antecipadas e outras contas a receber (792) (382) 
Depósitos judiciais (2.011) (2.973) 
 Aumento (redução) nos passivos operacionais: 
Fornecedores 1.886 (911) 
Obrigações sociais e trabalhistas 138 2.319 
Obrigações fiscais 3.214 1.938 
Adiantamentos de clientes (1.506) 10.287 
Outros passivos (1.517) (78) 
Pagamento de contingências 7 (739) (1.301) 
Pagamento de imposto de renda e contribuição social (719) (90) 
Pagamentos de juros sobre empréstimos e financiamentos 10 (2.049) (1.655) 
 Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades operacionais (19.304) 4.105 
 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO 
Aquisição de imobilizado 6 (11.746) (4.779) 
Venda de ativo fixo 23 139 
 Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (11.723) (4.640)FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Captação de empréstimos e financiamentos 10 2.034 4.500 
Amortização de empréstimos e financiamentos 10 (2.597) (1.852) 
Custos de captação de empréstimos 10 - (542) 
Aumento de capital 11 32.800 - 
 Caixa líquido gerado pelas atividades de financiamento 32.237 2.106 
AUMENTO NO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 1.210 1.571 
 Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 3 4.499 2.928 
 Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 3 5.709 4.499 
AUMENTO NO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 1.210 1.571 
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 
Sauípe S.A. 
19 
SAUÍPE S.A.
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em milhares de reais - R$ )
Nota
explicativa 2016 2015
RECEITAS
Vendas de mercadorias, produtos e serviços 15 219.900 207.730 
Outras receitas 1.441 367 
4 20 (528) 
4 221.361 207.569 
Insumos adquiridos de terceiros:
Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos (46.337) (43.952) 
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (51.658) (47.198) 
Outras (15.656) (13.042) 
(113.651) (104.192) 
VALOR ADICIONADO BRUTO 107.710 103.377 
Depreciação e amortização 6 (11.629) (13.626) 
 
VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA COMPANHIA 96.081 89.751 
VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
Receitas financeiras 17 1.456 724 
VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 97.537 90.475 
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 97.537 90.475 
Pessoal:
Remuneração direta 67.962 63.623 
Benefícios 23.177 21.762 
FGTS 3.504 3.163 
Impostos, taxas e contribuições:
Federais 21.788 16.589 
Estaduais 152 165 
Municipais 6.049 5.419 
Remuneração de capitais de terceiros:
Juros 17 4.177 3.019 
Remuneração de capitais próprios:
Prejuízo do exercício (29.272) (23.265) 
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 97.537 90.475 
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Reversão (constituição) de provisão para crédito de liquidação duvidosa
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sauípe S.A. 
20 
SAUÍPE S.A. 
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 
(Valores expressos em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 
1. CONTEXTO OPERACIONAL 
a) Atividade operacional da Companhia 
A Sauípe S.A. (“Companhia”), é uma sociedade anônima de capital aberto, controlada 
integralmente pela PREVI – Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil 
(“PREVI”), com sede no município de Mata de São João, no Estado da Bahia, e tem por 
objetivo a implantação, o gerenciamento e a exploração comercial de ativos 
imobiliários, próprios ou de terceiros, inclusive sob a forma de “timeshare”, e a 
implantação e administração de complexos turísticos, hotéis e pousadas, incluindo 
“resorts”, no Brasil ou no exterior, abrangendo todas as atividades complementares 
relacionadas direta ou indiretamente a essa atividade, tais como operação de 
lavanderia, serviços de limpeza e higiene, gerenciamento de suprimentos e de 
transportes, comercialização de produtos, de alimentos e bebidas, prestação de 
serviços e promoção de eventos, a exemplo de feiras, congressos, eventos musicais e 
promoção de atividades esportivas, e a prestação de serviços de consultoria hoteleira e 
turística em geral. 
A Companhia é dona do Complexo Turístico Costa do Sauípe (“Costa do Sauípe”), 
localizado no município de Mata de São João, no litoral norte da Bahia, em uma região 
denominada Costa dos Coqueiros, que conta com 5 hotéis, com 1.417 quartos, e 5 
pousadas, com 147 quartos. 
Sazonalidade 
O Costa do Sauípe é localizado na Região Nordeste do Brasil, e os picos de ocupação 
de empreendimentos dessa natureza nessa região do País ocorrem durante o Verão e a 
Primavera (primeiro e quarto trimestres), gerando picos de faturamento e lucratividade 
nesses trimestres. Dadas essas condições, essa sazonalidade tende a causar variações 
nos resultados operacionais da Companhia entre os trimestres de cada exercício social. 
b) Plano de reestruturação administrativa e financeira 
Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia apresentava capital circulante líquido 
negativo de R$9.326 (R$17.534 em 31 de dezembro de 2015), prejuízo do exercício de 
R$ 29,272 e prejuízos acumulados de R$187.566 (R$158.294 em 31 de dezembro de 
2015). 
A Administração da Companhia vem implementando ações alinhadas com o seu 
planejamento estratégico, cujos principais focos se concentram em: 
• Consolidação do posicionamento no segmento corporativo com a Arena Sauípe. 
• Consolidação dos padrões de qualidade da bandeira “Sauípe”. 
• Adoção de processos que permitam melhoria contínua e consequente percepção de 
qualidade por parte dos clientes. 
• Continuidade no processo de aprimoramento dos níveis de governança corporativa. 
Sauípe S.A. 
21 
• Foco em treinamento e certificação de mão de obra. 
• Redução de custos. 
• Ajustes no posicionamento visando permitir melhoras de receitas unitárias. 
Em 20 de dezembro de 2014, visando melhorar o resultado de suas operações, a 
Companhia iniciou as atividades de “Cessão do Direito de Uso de Imóvel em Sistema 
de Tempo Compartilhado” (“timeshare”) de suas unidades habitacionais que fazem 
parte do Costa do Sauípe. 
Para viabilizar a realização das atividades de “timeshare”, a Companhia criou o 
Programa “Sauípe Vacation Club” ou “SVC”. Nesse programa o cliente adquire pontos 
para utilizá-los em forma de hospedagens futuras no Costa do Sauípe por prazos de 
até 15 anos, conforme modalidade de cada contrato. 
Os primeiros contratos desse Programa foram assinados em 2015, e as primeiras 
hospedagens decorrentes desse Programa geraram receitas no montante de R$1.572 
do exercício findo em 31 de dezembro de 2016 (R$259 em 31 de dezembro de 2015). 
2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCIPAIS PRÁTICAS 
CONTÁBEIS 
2.1. Declaração de conformidade 
As demonstrações financeiras da Companhia foram elaboradas e estão sendo 
apresentadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro 
(“International Financial Reporting Standards - IFRS”), emitidas pelo “International 
Accounting Standards Board – IASB”, e pelas práticas contábeis adotadas no Brasil, 
emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e ratificadas pela 
Comissão de Valores Mobiliários - CVM. 
2.2. Autorização da conclusão das demonstrações financeiras 
A Diretoria da Companhia autorizou a conclusão destas demonstrações financeiras 
em 6 de março de 2017, as quais consideram os eventos subsequentes ocorridos até 
essa data que pudessem ter efeito sobre as demonstrações financeiras, quando 
requeridos. 
2.3. Base de elaboração 
As demonstrações financeiras foram elaboradas com base no custo histórico. O custo 
histórico geralmente é baseado no valor justo das contraprestações pagas em troca 
de ativos. 
Administração afirma que todas as informações relevantes próprias das 
Demonstrações Financeiras estão divulgadas e correspondem ao que é utilizado na 
gestão da Companhia 
2.4. Conversão de moeda estrangeira, moeda funcional e moeda de apresentação 
Estas demonstrações financeiras estão apresentadas em reais (R$), que é a moeda 
funcional da Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas estão em 
milhares de reais (R$), exceto quando indicado de outra forma. 
As operações emmoedas estrangeiras são convertidas para a moeda funcional 
utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação, na 
qual os itens são mensurados. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da 
liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio no fim do 
Sauípe S.A. 
22 
exercício, referentes a ativos e passivos monetários denominados em moeda 
estrangeira, são reconhecidos na demonstração do resultado. 
Os ganhos e as perdas cambiais relacionados a ativos e passivos são apresentados 
na demonstração do resultado como resultado financeiro. 
2.5. Uso de estimativas e julgamentos 
A Administração avalia como políticas contábeis críticas aquelas que são importantes 
para demonstrar a condição financeira e os resultados e que, também, requerem os 
julgamentos mais difíceis, subjetivos ou complexos por parte da Administração, 
frequentemente como resultado da necessidade de fazer estimativas que têm 
impacto sobre questões que são inerentemente incertas. Esses julgamentos tornam- 
-se mais subjetivos e complexos à medida que aumenta o número de variáveis e 
premissas que afetam a possível solução futura dessas incertezas. Na preparação 
das demonstrações financeiras individuais, a Companhia adotou variáveis e 
premissas derivadas de experiência histórica e vários outros fatores que entende 
como razoáveis e relevantes. Ainda que essas estimativas e premissas sejam 
revistas pela Companhia no curso normal da operação, a demonstração de sua 
condição financeira e dos resultados das operações frequentemente requer o uso de 
julgamento quanto aos efeitos de questões inerentemente incertas sobre o valor 
contábil de seus ativos e passivos. Os resultados reais podem ser distintos dos 
estimados sob variáveis, premissas ou condições diferentes. 
Além do atendimento às normas e regras contábeis vigentes, a Administração 
entende que a adoção das políticas contábeis críticas e que envolvem estimativas é 
essencial para a produção da melhor informação possível sobre os resultados e 
condição patrimonial no encerramento de cada exercício, ainda que sobre estas, 
temporariamente, não se possa ter precisão, dado o caráter de subjetividade e 
complexidade envolvidos. 
As principais operações e avaliações significativamente impactadas por estimativas 
são: 
2.5.1. Provisão para riscos fiscais, cíveis e trabalhistas – nota explicativa nº 7 
Baseia-se nas informações de seus consultores jurídicos para constituição de 
provisão em montante considerado suficiente para cobrir as perdas esperadas com 
as ações em curso, atualizadas até a data do balanço. No entanto, em decorrência 
do trâmite dos processos, a classificação da probabilidade de perda pode não ser 
definitiva até a conclusão dos processos. 
2.5.2. Provisão para perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa – nota 
explicativa nº 4 
Com base nos níveis históricos de inadimplência, consideramos a provisão para 
perdas em crédito como uma estimativa contábil crítica, que requer julgamento na 
constituição da provisão. 
2.5.3. Determinação da vida útil do ativo imobilizado - nota explicativa nº 6 
A vida útil do ativo imobilizado é revisada anualmente, com base em avaliações 
técnicas de engenheiros especialistas da área. Dessa forma, a Companhia entende 
que essa política contábil é uma estimativa crítica que requer julgamento. 
2.5.4. Avaliação de “impairment” de ativo imobilizado - nota explicativa nº 6 
Para determinação do valor recuperável, a Companhia realizou cálculos baseados no 
método involutivo, o qual calcula o valor recuperável do ativo por meio da 
Sauípe S.A. 
23 
identificação do valor de mercado do bem, com base em estudo de viabilidade 
econômica, mediante hipotético empreendimento compatível com as características 
do ativo testado e com as condições de mercado com o qual está inserido, 
considerando cenários para a execução e comercialização do ativo na data de 
realização da análise. 
Com base nessas incertezas, consideramos a avaliação de “impairment” de ativo 
imobilizado uma estimativa contábil crítica que requer julgamento. 
2.6. Apuração do resultado 
O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de 
competência do exercício. 
2.6.1. Reconhecimento da receita 
A receita é mensurada pelo valor justo da contrapartida recebida ou a receber, 
deduzida de quaisquer estimativas de devoluções, descontos comerciais e outras 
deduções similares. 
A receita de prestação de serviços hoteleiros somente é reconhecida quando for 
provável que os benefícios econômicos associados à transação fluirão para a 
Companhia, podendo ser confiavelmente estimado quando todas as seguintes 
condições forem satisfeitas: 
(a) A quantia da receita possa ser confiavelmente mensurada. 
(b) For provável que os benefícios econômicos associados à transação fluirão para a 
Companhia. 
(c) A proporção dos serviços executados até a data do balanço possa ser 
confiavelmente mensurada. 
(d) As despesas incorridas com a transação, assim como os custos para concluí-la, 
possam ser confiavelmente mensuradas. 
As principais fontes de receitas da Companhia estão descritas a seguir: 
• Receita de hospedagem - é reconhecida pelo período em que a hospedagem é 
contratada, ou seja, diariamente, à medida da utilização dos quartos, de acordo 
com a tarifa preestabelecida em cada hospedagem. 
• Receita de venda de alimentos e bebidas – é reconhecida de acordo com o 
consumo efetivo dos hóspedes/clientes. 
• Receita de aluguel - as receitas de aluguéis resultantes de locações de lojas são 
reconhecidas de forma linear ao longo do prazo dos compromissos com os 
locatários. 
• “Timeshare” – a Companhia reconhece a receita obtida na venda de contratos de 
“timeshare” consoante a transmissão de riscos e benefícios associados a cada 
contrato. Por regra, o contrato de venda de “timeshare” confere ao comprador o 
direito de utilização de quartos localizados nos hotéis e nas pousadas da 
Companhia sem ter de definir no momento da compra qual unidade hoteleira 
especifica pretende utilizar, sendo esse direito representado por pontos, que 
podem ser utilizados por prazos de até 15 anos, conforme modalidade de cada 
contrato. 
A receita de “timeshare” é reconhecida pela Companhia mediante a utilização dos 
pontos pelos clientes levando em consideração os prazos de validade descritos em 
Sauípe S.A. 
24 
cada contrato. Juros (receita financeira) - a receita de juros é reconhecida pelo 
método linear com base no tempo e na taxa de juros efetiva sobre o montante do 
principal em aberto, sendo a taxa de juros efetiva aquela que desconta 
exatamente os recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida estimada 
do ativo financeiro em relação ao valor contábil líquido inicial desse ativo. 
• Serviços e outras receitas - os demais resultados da operação, bem como as 
despesas (receitas) operacionais, são registrados em conformidade com o regime 
contábil de competência de exercícios. 
2.6.1.1. Tributos sobre o faturamento 
As receitas de vendas e de serviços estão sujeitas a impostos e contribuições 
conforme previsto nas legislações federais, estaduais e municipais. Esses encargos 
são apresentados como deduções de vendas na demonstração do resultado. Os 
créditos de impostos e contribuições são apresentados de forma dedutível do custo 
dos produtos vendidos e serviços prestados na demonstração do resultado. 
2.7. Instrumentos financeiros 
Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos quando a Companhia for parte das 
disposições contratuais dos instrumentos financeiros. 
Os ativos e passivos financeiros são inicialmente mensurados pelo valor justo. Os 
custos de transação diretamente atribuíveis à aquisição ou emissão de ativos e 
passivos financeiros (exceto por ativos e passivos financeiros reconhecidos ao valor 
justo no resultado) são acrescidos ou deduzidos do valor justo dos ativos ou 
passivos financeiros, se aplicável, após o reconhecimento inicial. 
2.7.1.Ativos financeiros 
Os ativos financeiros estão classificados nas seguintes categorias específicas: 
(a) ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado; (b) investimentos 
mantidos até o vencimento; (c) ativos financeiros disponíveis para venda; e 
(d) empréstimos e recebíveis. 
A classificação depende da natureza e finalidade dos ativos financeiros e é 
determinada na data do reconhecimento inicial. Todas as aquisições ou alienações 
normais de ativos financeiros são reconhecidas ou baixadas com base na data de 
negociação. As aquisições ou alienações normais correspondem a aquisições ou 
alienações de ativos financeiros que requerem a entrega de ativos dentro do prazo 
estabelecido por meio de norma ou prática de mercado. 
A Companhia não possui instrumentos financeiros para as categorias classificadas 
nos itens (a), (b) e (c) mencionados anteriormente. 
2.7.1.1. Método de taxa de juros efetivos 
O método da taxa de juros efetivos é utilizado para calcular o custo amortizado de 
um instrumento de dívida e alocar sua receita de juros ao longo do período 
correspondente. A taxa de juros efetiva é a taxa que desconta exatamente os 
recebimentos de caixa futuros estimados (incluindo todos os honorários e pontos 
pagos ou recebidos que sejam parte integrante da taxa de juros efetiva, os custos 
da transação e outros prêmios ou deduções) durante a vida estimada do instrumento 
de dívida ou, quando apropriado, durante um período menor, para o valor contábil 
líquido na data do reconhecimento inicial. 
A receita é reconhecida com base nos juros efetivos para os instrumentos de dívida 
não caracterizados como ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado. 
Sauípe S.A. 
25 
2.7.1.2. Empréstimos e recebíveis 
Os instrumentos financeiros classificados como empréstimos e recebíveis 
correspondem a ativos financeiros não derivativos, com recebimentos fixos ou 
determináveis que não são cotados em um mercado ativo. Os empréstimos e 
recebíveis são mensurados pelo valor do custo amortizado utilizando-se o método da 
taxa de juros efetivos, deduzidos de qualquer perda por redução do valor 
recuperável. 
A receita de juros é reconhecida por meio da aplicação da taxa de juros efetiva, 
exceto para créditos de curto prazo, quando o reconhecimento de juros seria 
imaterial. No caso da Companhia, refere-se substancialmente a caixa e equivalentes 
de caixa e contas a receber de clientes. 
2.7.1.3. Desreconhecimento (baixa) 
Um ativo financeiro (ou, quando for o caso, uma parte de um ativo financeiro ou 
parte de um grupo de ativos financeiros semelhantes) é baixado quando: 
• Os direitos de receber fluxos de caixa do ativo expirarem. 
• A Companhia transferir os seus direitos de receber fluxos de caixa do ativo ou 
assumir uma obrigação de pagar integralmente os fluxos de caixa recebidos, sem 
demora significativa, a um terceiro por força de acordo de “repasse”; e (a) a 
Companhia transferir substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo; ou 
(b) a Companhia não transferir nem reter substancialmente todos os riscos e 
benefícios relativos ao ativo, mas transferir o controle sobre o ativo. 
Quando a Companhia tiver transferido seus direitos de receber fluxos de caixa de 
um ativo ou tiver executado um acordo de repasse, e não tiver transferido ou 
retido substancialmente todos os riscos e benefícios relativos ao ativo, um ativo é 
reconhecido na extensão do envolvimento contínuo da Companhia com o ativo. 
Nesse caso, a Companhia também reconhece um passivo associado. O ativo 
transferido e o passivo associado são mensurados com base nos direitos e nas 
obrigações que a Companhia manteve. 
O envolvimento contínuo na forma de uma garantia sobre o ativo transferido é 
mensurado pelo valor contábil original do ativo ou pela máxima contraprestação 
que puder ser exigida da Companhia, dos dois o menor. 
2.7.1.4. Redução ao valor recuperável de ativos financeiros 
Ativos financeiros são avaliados a cada data de balanço para identificação de 
eventual deterioração de ativos (“impairment”). São considerados deteriorados 
quando existem evidências de que um ou mais eventos tenham ocorrido após o 
reconhecimento inicial do ativo financeiro e que tenham impactado o fluxo estimado 
de caixa futuro do ativo. 
2.7.2. Passivos financeiros 
Os passivos financeiros mantidos pela Companhia, quando aplicável, são 
classificados sob as seguintes categorias: (a) passivos financeiros ao valor justo por 
meio do resultado; e (b) outros passivos financeiros. 
Os passivos financeiros mantidos pela Companhia são classificados como outros 
passivos financeiros e são substancialmente representados por fornecedores, 
empréstimos e financiamentos, partes relacionadas e adiantamentos de clientes. 
Estão demonstrados pelos valores de contratação, acrescidos dos encargos 
pactuados, que incluem juros e atualização monetária. São mensurados pelo valor 
Sauípe S.A. 
26 
de custo amortizado utilizando o método da taxa de juros efetivos. 
Quando aplicável, são demonstrados pelo valor justo, líquido dos custos de 
transação incorridos, e são subsequentemente mensurados ao custo amortizado 
usando o método da taxa de juros efetiva. 
A Companhia não possui passivos financeiros classificados como passivos financeiros 
ao valor justo por meio de resultado. 
O método da taxa de juros efetivos é utilizado para calcular o custo amortizado de 
um passivo financeiro e alocar sua despesa de juros pelo respectivo período. 
2.7.2.1. Desreconhecimento (baixa) 
Um passivo financeiro é baixado quando a obrigação for revogada, cancelada ou 
expirar. 
Quando um passivo financeiro existente for substituído por outro do mesmo 
mutuante com termos substancialmente diferentes, ou os termos de um passivo 
existente forem significativamente alterados, essa substituição ou alteração é 
tratada como baixa do passivo original e reconhecimento de um novo passivo, sendo 
a diferença nos correspondentes valores contábeis reconhecida na demonstração do 
resultado. 
2.7.3. Compensação de instrumentos financeiros 
Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é reportado no 
balanço patrimonial quando há um direito legalmente aplicável de compensar os 
valores reconhecidos e há uma intenção de liquidá-los em uma base líquida, ou 
realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. 
A Companhia não opera com instrumentos financeiros derivativos. 
2.8. Caixa e equivalentes de caixa 
São representados por fundo fixo de caixa, recursos em contas bancárias de livre 
movimentação e por aplicações financeiras cujos saldos não diferem 
significativamente dos valores de mercado, com vencimento em até 90 dias da data 
da aplicação ou considerados de liquidez imediata ou conversíveis em um montante 
conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de 
valor, os quais são registrados pelos valores de custo acrescidos dos rendimentos 
auferidos até a data do balanço, que não excedem o seu valor de mercado ou de 
realização. 
2.9. Contas a receber de clientes 
São demonstradas ao valor de realização, incluindo, quando aplicável, os 
rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidos até a data do balanço, 
ajustados por provisão para créditos de liquidação duvidosa, se necessária. 
A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante 
considerado suficiente para cobrir possíveis perdas com as contas a receber, com 
base em avaliação efetuada pela Administração que leva em consideração perdas 
passadas e a análise de saldos de improvável realização. 
Os montantes a receber são registrados com base nos valores nominais e não são 
ajustados a valor presente por apresentarem vencimento de curto prazo e por não 
apresentarem um efeito relevante nas demonstrações financeiras. 
Sauípe S.A. 
27 
2.10. Estoques 
Estão avaliados ao custo médio de aquisição, que não excede o seu valor de 
mercado. São apropriados ao resultado do exercício como custo dos serviçosprestados por ocasião do consumo ou obsolescência. 
Quando necessário, os estoques são deduzidos de provisão para perdas com 
estoques, constituída em casos de desvalorização de estoques e obsolescência de 
produtos. 
2.11. Imobilizado 
Registrado ao custo de aquisição ou construção, deduzido da depreciação, que é 
calculada pelo método linear, às taxas anuais mencionadas na nota explicativa nº 6, 
e leva em consideração o tempo de vida útil estimado dos bens. 
Quaisquer ganhos e perdas na alienação de um item do imobilizado são 
reconhecidos no resultado. 
2.12. Provisão para recuperação ao valor recuperável de ativos não financeiros 
O ativo imobilizado e outros ativos não circulantes são avaliados anualmente para 
identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou, ainda, sempre que eventos ou 
alterações significativas nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não 
ser recuperável. 
Quando aplicável, ocorrendo perda decorrente das situações em que o valor contábil 
do ativo ultrapasse seu valor recuperável, definido pelo maior valor entre o valor em 
uso do ativo e o valor líquido de venda do ativo, esta é reconhecida no resultado do 
exercício. 
2.13. Empréstimos e financiamentos 
Após reconhecimento inicial, empréstimos e financiamentos sujeitos a juros são 
mensurados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa 
de juros efetivos. Ganhos e perdas são reconhecidos na demonstração do resultado 
no momento da baixa dos passivos, bem como durante o processo de amortização 
pelo método da taxa de juros efetivos. 
2.14. Demais ativos e passivos 
Demonstrados pelos valores nominais conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando 
aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias e/ou cambiais 
incorridos até a data do balanço. 
Os ativos e passivos são classificados como circulantes quando sua realização ou 
liquidação seja provável que ocorra nos próximos 12 meses; caso contrário, são 
demonstrados como não circulantes. 
2.15. Provisão para riscos fiscais, cíveis e trabalhistas 
Provisões são constituídas para todas as contingências referentes a processos 
judiciais para os quais é provável que uma saída de recursos seja feita para liquidar 
a contingência/obrigação e uma estimativa razoável pode ser feita. A avaliação da 
probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das 
leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua 
relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação da Administração e dos 
advogados externos (vide nota explicativa nº 7). 
Sauípe S.A. 
28 
 
2.16. Imposto de renda e contribuição social 
As despesas de Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ e Contribuição Social sobre 
o Lucro Líquido - CSLL são calculadas e registradas conforme legislação vigente. As 
alíquotas aplicáveis são de 15%, acrescida do adicional de 10% sobre o lucro 
tributável anual excedente a R$240 para IRPJ, e de 9% sobre o lucro tributável para 
CSLL e consideram a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de 
contribuição social, limitada a 30% do lucro tributável. 
O tributo diferido é reconhecido com relação a prejuízos fiscais não utilizados e às 
diferenças temporárias entre os valores contábeis de ativos e passivos para fins 
contábeis e os correspondentes valores usados para fins de tributação. O 
reconhecimento dos saldos ativos ocorre na extensão em que seja provável que o 
lucro tributável dos próximos anos esteja disponível para ser usado na compensação 
do ativo fiscal diferido, com base em projeções de resultados elaboradas e 
fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos futuros que 
possibilitem a sua utilização. 
2.16.1 Incentivo de Imposto Sobre Serviços - ISS 
A Prefeitura Municipal de Mata de São João, no uso de suas atribuições, sancionou a 
Lei nº 119, de 21 de agosto de 2000, concedendo à Companhia, referente à 
operação da 1ª Fase da 1ª Etapa do Costa do Sauípe, a isenção total do ISS, no 
período de 8 de setembro de 2000 a 8 de setembro de 2010, e redução da alíquota 
do imposto para 1% pelo prazo dez anos partir de 9 de setembro de 2010. Em 29 de 
dezembro de 2016, foi sancionado a Lei Complementar Nº 157 cuja alíquota mínima 
do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza será de 2%. A Companhia está 
avaliando dos impactos para 2017. 
2.17. Demonstração dos fluxos de caixa 
A demonstração dos fluxos de caixa foi preparada e está apresentada de acordo com 
a Deliberação CVM nº 718/13, que aprovou o documento de revisão do 
pronunciamento técnico CPC 03 (R2) - Demonstração dos Fluxos de Caixa (IAS 7). 
2.18. Demonstração do valor adicionado 
A Companhia elaborou a demonstração do valor adicionado nos termos do 
pronunciamento técnico CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado, a qual é 
apresentada como parte integrante das demonstrações financeiras conforme esse 
CPC aplicável às companhias abertas, enquanto para IFRS representa informação 
financeira adicional. 
2.19. Prejuízo por ação 
O prejuízo por ação é calculado com base no pronunciamento técnico CPC 41 - 
Resultado por Ação (IAS 33). O cálculo do prejuízo básico por ação é efetuado por 
meio da divisão do prejuízo do exercício atribuído aos detentores de ações ordinárias 
e preferenciais da Companhia pela quantidade média ponderada de ações ordinárias 
e preferenciais em circulação durante o mesmo exercício. 
O prejuízo diluído por ação é calculado por meio da diluição do prejuízo, se houver, 
atribuído aos detentores de ações ordinárias e preferenciais da Companhia pela 
quantidade média ponderada de ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, 
que seriam emitidas na conversão de todas as ações ordinárias e preferenciais 
potenciais dilutivas em suas respectivas ações. 
Sauípe S.A. 
29 
Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, não há diferença 
entre o cálculo do prejuízo por ação básico e diluído. 
2.20. Informações por segmentos 
Segmentos operacionais são definidos como componentes de um empreendimento 
para os quais informações financeiras separadas estão disponíveis e são avaliadas de 
forma regular pelo tomador de decisões operacionais na decisão de alocar recursos 
para um segmento individual e na avaliação de desempenho do segmento. Tendo 
em vista que todas as decisões são tomadas com base em relatórios consolidados e 
que todas as decisões relativas a planejamento estratégico, financeiro, de compras, 
de investimento e de aplicação de recursos são efetuadas em bases consolidadas, 
conclui-se que a Companhia opera em um único segmento operacional de gestão de 
atividade hoteleira. 
2.21. Adoção dos pronunciamentos emitidos pelo CPC e IFRS 
As seguintes normas, emendas às normas e interpretações às IFRS emitidas pelo 
IASB ainda não entraram em vigor em 31 de dezembro de 2016: 
Vigente 
em 
• Instrumentos Financeiros – IFRS 9: introduz novas exigências para a 
classificação, mensuração e baixa de ativos e passivos financeiros, nova 
metodologia de “impairment” para os instrumentos financeiros e nova 
orientação para contabilidade de “hedge”. 
2018 
 
• Reconhecimento de Receita – IFRS 15: estabelece os princípios da 
natureza, quantidade, tempestividade e incerteza sobre a receita e o 
fluxo de caixa decorrente de um contrato com um cliente. 
2018 
 
• Arrendamento Mercantil – IFRS 16: requer que os arrendatários 
contabilizem nas demonstrações financeiras um passivo refletindo futuros 
pagamentos de um arrendamento e um direito de uso de um ativo para 
os contratos de arrendamento, com exceção de certos arrendamentos de 
curto prazo e contratos de ativos de valor baixo. Os critérios de 
reconhecimento e mensuração dos arrendamentos nas demonstrações 
financeiras dos arrendadores ficam substancialmente mantidos. 
2019 
 
O CPC ainda não emitiu pronunciamentos equivalentes a essas IFRS, mas existe 
expectativa de que o faça antes da data requerida de sua entrada em vigor. A 
adoçãodos pronunciamentos das IFRS está condicionada à aprovação prévia em ato 
normativo da CVM. A Companhia está avaliando os potenciais efeitos desses 
pronunciamentos. 
3. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 
 
31/12/2016 31/12/2015 
 
 
Caixa 46 26 
Depósitos bancários à vista 671 2.312 
Aplicações financeiras 4.992 2.161 
Total 5.709 4.499 
 
As aplicações financeiras são de liquidez imediata e conversíveis em um montante 
conhecido de caixa, estando sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Essas 
aplicações referem-se a Certificados de Depósito Bancário - CDBs, remuneradas a taxas 
que variam de 89,75% a 99% do Certificado de Depósito Interbancário - CDI. 
Sauípe S.A. 
30 
4. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES 
 
31/12/2016 31/12/2015 
 
 Hóspedes, operadoras e agências 15.522 17.530 
Cartões de crédito 11.154 6.198 
Total de contas a receber 26.676 23.728 
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (2.497) (2.517) 
Total 24.179 21.211 
 
A composição das contas a receber por idade de vencimento em 31 de dezembro de 2016 
é demonstrada a seguir: 
Hóspedes, 
operadoras e 
agências 
Cartões de 
crédito Total 
 
A vencer 12.686 11.154 23.840 
Vencidas: 
Até 30 dias 274 - 274 
De 31 a 60 dias 28 - 28 
De 61 a 90 dias 19 - 19 
De 91 a 120 dias 19 - 19 
Acima de 120 dias 2.496 - 2.496 
Subtotal 15.522 11.154 26.676 
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (2.497) - (2.497) 
Total 13.025 11.154 24.179 
 
A seguir, a movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa: 
Saldo em 31 de dezembro de 2014 (2.213) 
Constituição de provisão (1.004) 
Valores baixados por perda 224 
Reversão de valores recuperados no exercício 476 
Saldo em 31 de dezembro de 2015 (2.517) 
Constituição de provisão (620) 
Valores baixados por perda 402 
Reversão de valores recuperados no exercício 238 
Saldo em 31 de dezembro de 2016 (2.497) 
 
5. ESTOQUES 
 
31/12/2016 31/12/2015 
 
 Alimentos e bebidas 2.746 2.855 
Material de expediente e limpeza 248 313 
Artigos para hóspedes 507 216 
Material para manutenção 504 408 
Outros 256 206 
Total 4.261 3.998 
 
Sauípe S.A. 
31 
 
6. IMOBILIZADO 
Taxas médias 
ponderadas de 31/12/2016 31/12/2015 
depreciação 
(a.a.) Custo 
Depreciação 
acumulada 
Valor 
líquido 
Valor 
líquido 
 
Terrenos - 74.855 - 74.855 74.855 
Edificações 3,53% 234.642 (26.891) 207.751 215.939 
Instalações 10% 24.177 (6.616) 17.561 15.952 
Máquinas e equipamentos 16,88% 7.554 (3.221) 4.333 3.986 
Computadores e periféricos 20,83% 709 (326) 383 230 
Móveis e utensílios 27,92% 8.704 (5.771) 2.933 2.695 
Outros 21,84% 8.376 (321) 8.055 2.280 
Total 
359.017 (43.146) 315.871 315.937 
 
6.1. Teste de redução ao valor recuperável do ativo imobilizado 
Em 2016, a Companhia realizou o teste de redução ao valor recuperável e 
constatou que nenhum de seus ativos ou grupos de ativos ou unidade geradora de 
caixa (“UGC”) tem valor recuperável menor que o já reconhecido. 
O valor recuperável das UGCs foi determinado por meio de cálculo com base no 
método involutivo, que calcula o valor recuperável do ativo por meio da 
identificação do valor de mercado do bem, com base em estudo de viabilidade 
econômica, mediante hipotético empreendimento compatível com as características 
do ativo testado e com as condições de mercado com o qual está inserido, 
considerando cenários para a execução e comercialização do ativo. 
 
Sauípe S.A. 
32 
A seguir, a movimentação do imobilizado: 
 Terrenos Edificações Instalações 
Máquinas e 
equipamentos 
Computadores e 
periféricos 
Móveis e 
utensílios Outros Total 
 
Custo 
 Saldos em 31 de dezembro de 2014 74.855 234.298 20.066 5.438 357 7.484 743 343.241 
Adições - 244 271 1.277 118 490 2.379 4.779 
Transferências - 272 194 - - - (466) - 
Baixas - (246) (14) (53) (1) (1) (202) (517) 
Saldos em 31 de dezembro de 2015 74.855 234.568 20.517 6.662 474 7.973 2.454 347.503 
Adições - 87 334 966 235 787 9.337 11.746 
Baixas - (87) (15) (74) - (56) - (232) 
Transferências - 74 3.341 - - - (3.415) - 
Saldos em 31 de dezembro de 2016 74.855 234.642 24.177 7.554 709 8.704 8.376 359.017 
 
 Depreciação 
 
Saldos em 31 de dezembro de 2014 - (10.344) (2.551) (1.690) (181) (3.167) (120) (18.053) 
Adições - (8.300) (2.015) (1.017) (63) (2.111) (120) (13.626) 
Baixas - 15 1 31 - - 66 113 
Saldos em 31 de dezembro de 2015 - (18.629) (4.565) (2.676) (244) (5.278) (174) (31.566) 
Adições - (8.270) (2.056) (569) (82) (505) (147) (11.629) 
Baixas - 8 5 24 - 12 - 49 
Saldos em 31 de dezembro de 2016 - (26.891) (6.616) (3.221) (326) (5.771) (321) (43.146) 
 
 
Saldos líquidos em 31 de dezembro de 2016 74.855 207.751 17.561 4.333 383 2.933 8.055 315.871 
 
Saldos líquidos em 31 de dezembro de 2015 74.855 215.939 15.952 3.986 230 2.695 2.280 315.937 
 
 
Sauípe S.A. 
33 
7. PROVISÃO PARA RISCOS FISCAIS, CÍVEIS E TRABALHISTAS E 
DEPÓSITOS JUDICIAIS 
Em 31 de dezembro de 2016, as informações relacionadas aos depósitos e processos 
judiciais não sofreram alterações relevantes em relação ao divulgado nas demonstrações 
financeiras da Companhia de 31 de dezembro de 2015. O detalhamento dos valores 
provisionados e respectivos depósitos judiciais relacionados a essas ações são 
apresentados a seguir: 
31/12/2016 31/12/2015 
Depósitos 
judiciais 
Provisão 
para riscos 
Depósitos 
judiciais 
Provisão 
para riscos 
 
Trabalhistas 8.164 13.193 5.547 8.044 
Cíveis 51 745 40 1.192 
Fiscais 1.852 255 968 240 
Taxa de Turismo Sustentável - TTS - - 1.503 - 
Total 10.067 14.193 8.058 9.476 
 
A movimentação da provisão para riscos fiscais, cíveis e trabalhistas no exercício findo em 
31 de dezembro de 2016 pode ser assim demonstrada: 
Movimentação da provisão 
Trabalhistas Cíveis Fiscais Total 
 
Saldos em 31 de dezembro de 2014 6.505 692 683 7.880 
Adições líquidas 3.577 754 (437) 3.894 
Baixa por reversão - - - - 
Baixa por quitação (1.041) (254) (6) (1.301) 
Compensação de depósito judicial (997) - - (997) 
Saldos em 31 de dezembro de 2015 8.044 1.192 240 9.476 
Adições líquidas 7.800 332 15 8.147 
Baixa por reversão (1.255) (738) - (1.993) 
Baixa por quitação (698) (41) - (739) 
Compensação de depósito judicial (698) - - (698) 
Saldos em 31 de dezembro de 2016 13.193 745 255 14.193 
 
Processos cíveis e trabalhistas 
O total de processos trabalhistas, cíveis e fiscais, cujas expectativas de perda foram 
consideradas como prováveis pelos consultores jurídicos da Companhia em 31 de 
dezembro de 2016, é de R$13.193, R$745 e R$255, respectivamente (R$8.044, R$1.192 
e R$240 em 31 de dezembro de 2015), em virtude de novos processos trabalhistas e, 
também, decorrente da mudança de expectativa de perda dos processos. As principais 
ações trabalhistas decorrem de reclamações movidas por ex-empregados cujos pedidos se 
constituem em pagamento de verbas rescisórias, adicionais salariais, horas extras, 
diferenças de férias e adicional de periculosidade e existem também processos que 
atribuem responsabilidade solidária à Companhia. 
A Administração da Companhia, consubstanciada na opinião de seus consultores jurídicos 
quanto à possibilidade de êxito nas diversas demandas judiciais, entende que a provisão 
constituída registrada no balanço é suficiente para cobrir prováveis perdas com tais 
causas. 
Sauípe S.A. 
34 
A Companhia possui processos de natureza trabalhista e cível nos quais é ré, classificados 
pela Administração, consubstanciada na opinião dos seus consultores jurídicos, como de 
perda possível, nos montantes de R$7.955 (R$6.177 em 31 de dezembro de 2015) e 
R$892 (R$1.966 em 31 de dezembro de 2015), respectivamente, para os quais a 
Administração entende não ser necessária a constituição de provisão. 
Taxa de Turismo Sustentável - TTS 
A Companhia é parte em ação judicial, promovida pelo Sindicato dos Hotéis e Pousadas de 
Mata de São João – SINDIHMAT, para ver afastada a cobrança da Taxa de Turismo 
Sustentável– TTS, instituída pela Lei nº 397/09 do Município de Mata de São João. A TTS 
é destinada à manutenção das condições ambientais e ecológicas do município, incidindo 
sobre a permanência de pessoas na área sob jurisdição municipal. 
Por meio do Mandado de Segurança impetrado foi deferida liminar suspendendo os efeitos 
da TTS. Assim, o procedimento adotado pela Companhia até novembro de 2011 foi 
informar aos hóspedes acerca da TTS e questionar-lhes sobre o pagamento ou não do 
tributo. Nos casos em que os hóspedes concordaram com o pagamento da exação, os 
valores arrecadados foram depositados judicialmente nos autos do Mandado de 
Segurança. Nos demais casos, não houve cobrança por parte da Companhia. 
O Mandado de Segurança foi, inicialmente, julgado improcedente por meio de Sentença 
proferida pelo Juízo de Mata de São João, sendo esta, posteriormente, sido reformada, em 
sede de Apelação, a qual declarou a inconstitucionalidade da cobrança da TTS, bem como 
determinou a devolução dos valores depositados em juízo por parte do Município. Em 12 
de fevereiro de 2016, foi certificado o trânsito em julgado, tendo os autos sido remetidos 
para o Juízo de origem. 
Em 2 de maio de 2016, o Sindicato apresentou petição pleiteando que fosse expedido 
ofício ao Banco do Brasil, para que: (a) em relação aos depósitos realizados depois do 
levantamento indevido pelo Município, este informasse os saldos das contas vinculadas ao 
presente Mandado de Segurança, com a indicação do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica 
- CNPJ dos depositantes, e, em seguida, expedisse os respectivos alvarás de 
levantamento; e (b) com relação aos valores reconhecidos como indevidamente 
levantados pelo Município, este informasse os valores levantados indevidamente, com a 
indicação do CNPJ dos depositantes dos valores levantados e, em seguida, determinasse a 
devolução pelo Município, como já decidido pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. 
Atualmente, o processo encontra-se pendente de análise e julgamento do requerimento 
do Sindicato. 
8. PARTES RELACIONADAS 
Saldos Transações 
 
31/12/2016 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2015 
 
PREVI - - - 108 
 
Sauípe S.A. 
35 
 
Valores referentes ao contrato de arrendamento do imóvel e benfeitorias que compõem o 
Costa do Sauípe, vigente até a incorporação dos referidos bens aos ativos da Companhia. 
A Companhia, antes da capitalização dos ativos, tinha por obrigação pagar à PREVI o valor 
correspondente a um percentual do resultado líquido apurado, observando o regime de 
competência com base em apurações mensais, atualizado pelo Índice Geral de Preços de 
Mercado - IGP-M e acrescido de multa e juros para os valores em atraso, calculados com 
base em 2% e 1% ao mês, respectivamente. 
Conforme descrito na nota explicativa nº 11, em 28 de janeiro de 2015, a PREVI efetuou 
aumento de capital por meio da transferência do saldo anteriormente apresentado em 
partes relacionadas. 
Acrescentamos texto na nota explicativa. 
Remuneração aos administradores 
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, os quatro administradores da 
Companhia receberam remuneração, a título de honorários, no montante de R$2.225 
(R$1.883 em 31 de dezembro de 2015), sendo contabilizada como honorários dos 
administradores. O montante da remuneração aprovado na Assembleia Geral de 
29/04/2016 foi de R$ 3.839 mil. 
9. ADIANTAMENTOS DE CLIENTES 
 
31/12/2016 31/12/2015 
 
 Serviços de hotelaria (a) 18.381 23.827 
“Timeshare” (b) 6.141 2.202 
Total 24.522 26.029 
 
Circulante 18.971 24.039 
Não circulante 5.551 1.990 
Total 24.522 26.029 
 
(a) Serviços de hotelaria 
Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia possui saldo de adiantamentos de clientes 
no montante de R$18.381 (R$23.827 em 31 de dezembro de 2015) referente à venda 
de serviços de hotelaria ainda não prestados. 
(b) “Timeshare” 
Refere-se à venda do Programa “Sauípe Vacation Club” ou “SVC”, cuja receita é 
reconhecida mediante a sua utilização pelos clientes e pelo seu prazo de validade. O 
cliente adquire o direito de utilizar alojamento sem ter de definir nesse momento qual 
será o quarto localizado nos hotéis e nas pousadas da Companhia, direito esse que é 
representado em pontos. O saldo de pontos vendidos a utilizar em 31 de dezembro de 
2016 é de 117.831 mil pontos. 
 
 
 
 
Sauípe S.A. 
36 
10. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 
Taxa 
Composição da dívida Vencimento efetiva 31/12/2016 31/12/2015 
 
Banco do Brasil (a) 27/08/2019 CDI + 3,8% a.a. 5.926 8.143 
Banco do Brasil (b) 18/08/2020 CDI + 5,85% a.a. 4.125 4.505 
Companhia de Energia 
Elétrica da Bahia - 
Coelba (c) 31/12/2020 IGP-M 2.042 - 
(-) Custos de transação (684) (900) 
Total 11.409 11.748 
 
Circulante 3.648 2.381 
Não circulante 7.761 9.367 
Total 11.409 11.748 
 
(i) Em 26 de setembro de 2014 a Companhia assinou contrato de empréstimo de capital 
de giro com o Banco do Brasil no montante de R$10.000, com juros pactuados de 
3,8% ao ano, acrescidos da variação do CDI, com pagamento em 54 parcelas 
mensais, tendo a primeira vencimento em 27 de março de 2015. Os recursos 
provenientes desse empréstimo foram recebidos pela Companhia em 22 de outubro 
de 2014. 
(ii) Em 28 de setembro de 2015 a Companhia assinou novo contrato de empréstimo para 
captação de capital de giro com o Banco do Brasil no montante de R$4.500, com 
juros pactuados correspondentes à taxa média do CDI, acrescidos de 5,85% ao ano e 
pagamento em 48 parcelas mensais, com 12 meses de carência, tendo a primeira 
vencimento em 18 de setembro de 2016 e a última em 18 de agosto de 2020. Os 
recursos provenientes desse empréstimo foram recebidos pela Companhia em 14 de 
outubro de 2015. 
(iii) Em 21 de dezembro de 2015 a Companhia assinou contrato com a Companhia de 
Energia Elétrica da Bahia - Coelba no montante de até R$3.000 para financiar o 
projeto de Eficiência Energética do Complexo. O valor financiado deverá ser 
ressarcido à Coelba em até 48 parcelas mensais e consecutivas, tendo a primeira 
vencimento em janeiro de 2017, limitadas ao prazo máximo da vigência do contrato. 
O valor que será ressarcido deverá ser atualizado pelo IGP-M, com reajustes mensais. 
A movimentação dos empréstimos e financiamentos está assim demonstrada: 
2016 2015 
 
Saldo inicial 11.748 9.515 
Captação de empréstimo 2.034 4.500 
Atualização monetária 8 - 
Juros e variação monetária 2.049 1.655 
Juros pagos (2.049) (1.655) 
Custos de captação - (542) 
Pagamento de principal (2.597) (1.852) 
(-) Amortização dos custos de captação 216 127 
Saldo final 11.409 11.748 
 
Os montantes classificados no passivo não circulante têm a seguinte composição, por ano 
de vencimento: 
 
Sauípe S.A. 
37 
Ano Total 
 
2018 3.629 
2019 2.769 
2020 em diante 1.363 
Total 7.761 
 
Custos de transação 
Os custos de transação incorridos na captação de recursos financeiros foram deduzidos do 
valor do instrumento financeiro contratado e são apropriados ao resultado de acordo com 
a taxa efetiva, conforme a seguir: 
Taxa efetiva 
do custo de 
transação 
(a.a.) 
Saldo em 
31/12/2015 
Custos 
incorridos Amortizações 
Saldo em 
31/12/2016 
 
Banco do Brasil 1,07% 380 - (100) 280 
Banco do Brasil 2,68% 520 - (116) 404 
Total 900 - (216) 684 
 
 
Taxa efetiva 
do custo de 
transação 
(a.a.) 
Saldo em 
31/12/2014 
Custos 
incorridos Amortizações 
Saldo em 
31/12/2015 
 
Banco do Brasil 1,07% 485 - (105) 380 
Banco do Brasil 2,68% - 542 (22) 520 
Total 485 542 (127) 900 
 
Os montantes a apropriar ao resultado nos próximos exercícios têm a seguinte 
composição: 
2017 2018 2019 2020 Total 
 
Banco do Brasil 135 105 40 - 280 
Banco do Brasil 156 121 121 6 404 
Total 291 226 161 6 684 
 
Garantias 
A Companhia possui terrenos e edificações dados em garantia para a captação do 
empréstimo no montante de R$17.780, além de recebíveis decorrentes de sua operação 
normal, no valor mínimo de R$1.175, referentes aos créditos que a Companhiatenha a 
receber, decorrentes de vendas ou serviços realizados, vencíveis até o prazo de 180 dias. 
Contratuais restritivas – “covenants” 
A Companhia possui contratos que determinam o cumprimento de certas obrigações não 
financeiras (“covenants”), as quais, se não cumpridas, sujeitam a Companhia ao 
pagamento imediato e antecipado das parcelas. 
Em relação às obrigações especiais, a Companhia manteve uma carteira de contas a 
receber mínima já faturada aos clientes, decorrentes de vendas ou serviços realizados, 
vencíveis até o prazo de 180 dias no valor mínimo de R$800, para o CCB nº 342.901.866, 
e de R$375, para o CCC nº 342.902.080. 
Em 31 de dezembro de 2016, todas as cláusulas restritivas foram atendidas. 
Sauípe S.A. 
38 
11. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
a) Capital social 
A PREVI detém 100% das ações da Companhia. Em 31 de dezembro de 2016 e de 
2015, o capital autorizado da Companhia é de 50.000.010 ações, sendo 16.666.670 
ações ordinárias e 33.333.340 preferenciais. O capital social subscrito e integralizado 
da Companhia no montante de R$476.481 está representado por 36.975.116 ações, 
sendo 12.325.042 ações ordinárias e 24.650.074 ações preferenciais, sem valor 
nominal, e está distribuído da seguinte forma: 
31/12/2016 31/12/2015 
Ações Quantidade Valor Quantidade Valor 
 
Ordinárias 12.325.042 158.838 10.995.474 147.905 
Preferenciais 24.650.074 317.643 21.990.939 295.776 
Total 36.975.116 476.481 32.986.413 443.681 
 
Em 28 de janeiro de 2015, a PREVI efetuou aumento de capital, no montante de 
R$4.901, por meio da subscrição de 523.760 ações, sendo 174.587 ações ordinárias e 
349.173 ações preferenciais, totalmente subscritas e integralizadas, com a 
capitalização do saldo de partes relacionadas, com base no valor de emissão de 
R$9,356842, o qual corresponde ao valor patrimonial da ação em 31 de dezembro de 
2014. 
Resolveram, ainda, o acionista, por unanimidade e sem reservas, nos termos do artigo 
12 da Lei nº 6.404/76, aprovar o grupamento da totalidade das ações de emissão da 
Companhia, na proporção de 100 (cem) ações para 1 (uma) ação da mesma espécie. 
Dessa forma, o capital social da Companhia passou a ser distribuído em um total de 
32.986.413 ações, sendo 10.995.474 ações ordinárias e 21.990.939 ações 
preferenciais. 
Em 5 de julho de 2016, a PREVI efetuou aumento de capital, no montante de 
R$11.500, por meio da subscrição de 1.361.916 ações, sendo 453.972 ações 
ordinárias e 907.944 ações preferenciais, totalmente subscritas e integralizadas, no 
valor de emissão de R$8,443986. 
Em 5 de outubro de 2016, a PREVI efetuou aumento de capital, no montante de 
R$9.500, por meio da subscrição de 1.171.572 ações, sendo 390.524 ações ordinárias 
e 781.048 ações preferenciais, totalmente subscritas e integralizadas, no valor de 
emissão de R$8,108763. 
Sauípe S.A. 
39 
 
Em 24 de novembro de 2016, a PREVI efetuou aumento de capital, no montante de 
R$11.800, por meio da subscrição de 1.455.215 ações, sendo 485.072 ações 
ordinárias e 970.143 ações preferenciais, totalmente subscritas e integralizadas, no 
valor de emissão de R$8,108763. 
b) Direitos das ações 
Cada ação ordinária tem direito a um voto nas deliberações da Assembleia Geral. 
As ações preferenciais não têm direito a voto, porém, têm prioridade no reembolso do 
capital em caso de liquidação da Companhia e direito a um dividendo de pelo menos 
10% maior do que o atribuído a cada ação ordinária. 
As ações participarão dos dividendos do exercício em que forem emitidas da seguinte 
forma: (i) as ações subscritas até 30 de junho de cada exercício farão jus aos 
dividendos integrais do referido exercício social; e (ii) as ações subscritas a partir de 
1º de julho de cada exercício farão jus à metade dos dividendos distribuídos no 
referido exercício social. 
12. PREJUÍZO POR AÇÃO 
Básico 
O prejuízo básico por ação é calculado mediante a divisão do prejuízo atribuível a 
acionistada Companhia, pela quantidade média ponderada de ações emitidas durante o 
exercício. 
 31/12/2016 31/12/2015 
 
Prejuízo atribuível aos acionistas da Companhia (29.272) (23.265) 
Quantidade média ponderada de ações emitidas: 
Ordinárias 11.359.365 10.982.081 
Preferenciais 22.718.722 21.964.153 
 
Prejuízo básico por ação – R$ 
Ordinárias (0,80528) (0,66202) 
Preferenciais (0,88581) (0,72822) 
 
Sauípe S.A. 
40 
 
13. INSTRUMENTOS FINANCEIROS 
13.1. Categorias de instrumentos financeiros 
Os principais instrumentos financeiros e seus valores registrados nas demonstrações 
financeiras por categorias são os seguintes: 
31/12/2016 31/12/2015 
 
Ativos financeiros 
Empréstimos e recebíveis (incluindo caixa) 
Caixa e equivalentes de caixa 5.709 4.499 
Contas a receber de clientes 24.179 21.211 
Depósitos judiciais 10.067 8.058 
Subtotal 39.955 33.768 
 
Passivos financeiros 
Outros passivos financeiros 
Fornecedores (14.820) (12.914) 
Empréstimos e financiamentos (11.409) (11.748) 
Adiantamentos de clientes (24.522) (26.029) 
Subtotal (50.751) (50.691) 
 
Exposição líquida (10.796) (16.923) 
 
Os valores justos dos instrumentos financeiros descritos na tabela anterior 
aproximam-se do valor contábil com base nas condições de pagamento/recebimento 
existentes em 31 de dezembro de 2016 e de 2015. 
13.2. Considerações sobre os fatores de risco que podem afetar o negócio da Companhia 
A Companhia apresenta exposição a risco advindo de instrumentos financeiros não 
derivativos. De acordo com as práticas contábeis adotadas, apresenta exposição aos 
seguintes riscos advindos dos ativos e passivos financeiros: risco de crédito, risco de 
liquidez e risco de mercado. 
Gestão do capital social – o capital social é dividido em ações ordinárias e 
preferenciais pertencentes a um acionista, representado por pessoa jurídica. O 
objetivo principal da administração de capital da Companhia é assegurar que este 
mantenha uma classificação de crédito forte e livre de problemas a fim de apoiar os 
negócios e maximizar o valor do acionista. 
A estrutura de capital da Companhia é formada pelo endividamento líquido (dívida 
detalhada na nota explicativa nº 10, deduzida pelo caixa e equivalentes de caixa e 
detalhada na nota explicativa nº 3) e pelo seu patrimônio líquido (que inclui capital 
emitido e prejuízos acumulados, conforme apresentado na nota explicativa nº 11). 
A Companhia controla sua estrutura de capital fazendo ajustes e adequando-se às 
condições econômicas atuais. Para manter ajustada essa estrutura, a Companhia 
pode efetuar, se possível, pagamento de dividendos, juros sobre o capital próprio e 
captação de novos empréstimos, entre outros. 
Sauípe S.A. 
41 
A Administração revisa periodicamente a estrutura de capital da Companhia. Como 
parte dessa revisão, a Administração considera o custo de capital, a liquidez dos 
ativos, os riscos associados a cada classe de capital e o grau de endividamento. 
Estrutura de gerenciamento de risco – a Administração tem responsabilidade pelo 
estabelecimento e pela supervisão da estrutura de gerenciamento de riscos. As 
operações da Companhia estão sujeitas aos fatores de risco a seguir: 
Risco de crédito 
Decorre da possibilidade de a Companhia sofrer perdas decorrentes de inadimplência 
de seus clientes ou de instituições financeiras depositárias dos recursos ou de 
investimentos financeiros. Para mitigar esse risco, a Companhia adota como prática 
a análise das situações financeira e patrimonial de suas contrapartes e o 
acompanhamento das posições em aberto. 
A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída com base no histórico 
de perdas, em montante considerado suficiente pela Administração para os créditos 
cuja recuperação é considerada duvidosa. No que tange às instituições financeiras, a 
Companhia somente realiza operações com instituições financeiras de baixo risco. 
Risco de liquidez 
Decorre de eventual dificuldade de a Companhia cumprir as obrigações associadas 
com seus passivos financeiros que são liquidados com pagamentoà vista ou com 
outro ativo financeiro. A abordagem da Companhia na administração da liquidez é 
garantir, o máximo possível, que sempre tenha liquidez suficiente para cumprir suas 
obrigações que vencerem sob condições normais e de estresse, sem causar perdas 
inaceitáveis ou com risco de afetar a reputação da Companhia. A previsão de fluxo 
de caixa é preparada e são monitoradas as previsões de contínuas exigências de 
liquidez. Essa previsão leva em consideração os planos de financiamento da dívida e 
de geração de caixa da Companhia, o que garante que esta possui caixa à vista 
suficiente para cumprir com despesas operacionais esperadas para um período 
mínimo de 60 dias, incluindo o cumprimento de obrigações financeiras; isto exclui o 
impacto potencial de circunstâncias externas que não podem ser razoavelmente 
previstas, como desastres naturais. 
A tabela a seguir analisa os ativos e passivos financeiros não derivativos da 
Companhia, por faixas de vencimento, correspondentes ao período remanescente no 
balanço patrimonial até a data contratual do vencimento. 
Passivos financeiros Total 
Menos de 
1 ano 
Entre 1 
e 3 anos 
Entre 3 
e 5 
anos 
Mais 
de 5 
anos 
 
Fornecedores 14.820 14.820 - - - 
Adiantamentos de clientes 24.522 18.971 2.707 1.431 1.413 
Empréstimos e financiamentos 11.409 3.648 6.878 883 - 
Total 50.751 37.439 9.585 2.314 1.413 
 
Sauípe S.A. 
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Risco de mercado 
Decorre de alterações nos preços de mercado, referente a taxas de juros, que têm 
nos ganhos da Companhia ou no valor de suas participações em instrumentos 
financeiros. 
O objetivo do gerenciamento de risco de mercado é monitorar e controlar as 
exposições a esse tipo de risco, dentro de parâmetros aceitáveis e, ao mesmo 
tempo, otimizar o retorno. 
Taxa de juros – decorre da possibilidade de perdas por conta de flutuações oriundo 
das flutuações nas taxas de juros ou indexadores que diminuem a receita financeira 
relativa às aplicações financeiras da Companhia e aumentam a despesa financeira 
relativa ao contrato de empréstimo. Visando mitigar esse tipo de risco, a Companhia 
vem centralizando seus investimentos em operações com taxa de rentabilidade que 
acompanham a variação próxima do CDI e fundos de renda fixa. 
Instrumentos financeiros derivativos 
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, a Companhia, por política, 
não utilizou instrumentos financeiros derivativos; dessa forma, não identificou 
nenhum risco decorrente de uma eventual exposição associada a esses 
instrumentos. 
Análise de sensibilidade de variação nas taxas de juros 
Em 31 de dezembro de 2016, conforme requerido pela Instrução Normativa CVM 
nº 475/08, a Companhia efetuou testes de sensibilidade para cenários adversos e 
favoráveis dos juros (CDI em 25% ou 50% superiores e inferiores ao cenário 
provável), considerando as seguintes premissas: cenário esperado para taxa de 
juros do CDI de 13,37% ao ano. 
Essas estimativas tomam por base expectativas de mercado para a média na taxa 
básica de juros em 2016. Na projeção do cenário II (possível), essa média foi 
aumentada em 25%, e para o cenário III (remoto), aumentada em 50%. 
Cenário Impacto resultado financeiro 
Provável Possível Remoto Saldo em Provável Possível Remoto 
Modalidade Risco I II III 31/12/2016 I II III 
 25% 50% 25% 50% 
Passivo - 
empréstimos e 
financiamentos 
Banco do Brasil Aumento do CDI 13,37% 16,71% 20,06% (9.367) (1.252) (1.565) (1.879) 
Coelba Aumento do IGP-M 6% 7,5% 9% (2.042) (123) (153) (184) 
Total (11.409) (1.375) (1.718) (2.063) 
 
Ativo - aplicações 
financeiras 
Banco do Brasil Redução do CDI 13,37% 10,03% 6,69% 4.879 652 489 326 
Banco do Nordeste Redução do CDI 13,37% 10,03% 6,69% 113 15 11 8 
Total 4.992 667 500 334 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sauípe S.A. 
43 
14. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO 
A Companhia adota o regime de lucro real para apuração do IRPJ e da CSLL. A conciliação 
da despesa de IRPJ e CSLL, calculados pela aplicação das alíquotas vigentes, e os valores 
refletidos nos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 está 
demonstrada a seguir: 
Imposto de renda e 
contribuição social 
31/12/2016 31/12/2015 
 
Prejuízo antes do imposto de renda e da contribuição 
social (29.272) (23.265) 
Alíquota combinada do imposto de renda e da 
contribuição social 34% 34% 
Imposto de renda e contribuição social às alíquotas 
da legislação 9.952 7.910 
 
Exclusões (adições) permanentes: 
Despesas não dedutíveis (669) (447) 
 
Efeito dos impostos diferidos não reconhecidos sobre: 
Provisões temporárias (1.374) (1.882) 
Prejuízo fiscal e base negativa (7.909) (5.581) 
 
IRPJ e CSLL registrados no resultado - - 
 
Prejuízos fiscais a compensar 
Em 31 de dezembro de 2016 a Companhia possuía prejuízos fiscais e bases negativas de 
contribuição social, os quais são disponíveis para futuras compensações, no montante de 
R$152.531 (R$129.267 em 31 de dezembro de 2015), cujo imposto de renda e 
contribuição social diferidos no montante de R$38.133 (R$32.317 em 31 de dezembro de 
2015) e R$13.728 (R$11.634 em 31 de dezembro de 2015), respectivamente, não foram 
registrados em decorrência da inexistência de expectativa de geração de lucros tributários 
nos exercícios subsequentes. 
15. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 
 
31/12/2016 31/12/2015 
Receita de hospedagem 202.360 188.097 
Outras receitas 18.434 19.633 
 220.794 207.730 
Deduções da receita operacional bruta: 
 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - 
COFINS (7.279) (7.073) 
Programa de Integração Social - PIS (1.578) (1.533) 
ISS (2.113) (2.014) 
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS (9.858) (4.702) 
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS (152) (166) 
Cancelamentos/Devoluções (894) (363) 
 (21.874) (15.851) 
 
Receita operacional líquida 198.920 191.879 
Sauípe S.A. 
44 
16. CUSTOS E DESPESAS POR NATUREZA 
31/12/2016 31/12/2015 
 
Gastos com pessoal (95.763) (87.576) 
Alimentos e bebidas (35.440) (34.403) 
Remuneração aos administradores (2.225) (1.933) 
Depreciação (11.629) (13.626) 
Energia, água, telefone e gás (15.548) (14.108) 
Serviços de terceiros (15.571) (13.757) 
Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU (3.689) (3.175) 
Comissões de vendas (6.921) (6.401) 
Conservação e manutenção (8.617) (7.367) 
Marketing e propaganda (4.711) (5.131) 
Aluguéis (2.769) (2.653) 
Material de limpeza, exploração e expediente (4.467) (4.005) 
Reversões (provisões) para créditos de liquidação duvidosa 20 (303) 
Provisão para riscos fiscais, cíveis e trabalhistas (6.154) (3.894) 
Transporte, brindes e hospedagem (3.111) (2.861) 
Material de cama, mesa e banho (1.946) (1.604) 
Outros (6.930) (10.052) 
Total (225.471) (212.849) 
 
Classificados como: 
Custo dos serviços prestados (199.864) (188.490) 
Despesas gerais e administrativas (20.194) (17.982) 
Honorários dos administradores (2.225) (1.933) 
Depreciação (311) (335) 
Outras despesas operacionais, líquidas (2.877) (4.109) 
Total (225.471) (212.849) 
 
17. RESULTADO FINANCEIRO 
31/12/2016 31/12/2015 
 
Receitas financeiras: 
 Descontos obtidos 52 60 
Rendimento de aplicações financeiras 537 385 
Juros 783 132 
Variação cambial 84 147 
Total de receitas financeiras 1.456 724 
 
Despesas financeiras: 
Juros sobre empréstimos e financiamentos (2.049) (1.655) 
Custos de captação com empréstimos e financiamentos (216) (127) 
Juros e multas (954) (390) 
Despesas bancárias (697) (467) 
Variação cambial (55) (110) 
Variação monetária passiva (11) (7) 
Outras despesas financeiras (195) (263) 
Total de despesas financeiras (4.177) (3.019) 
 
Sauípe S.A. 
45 
 
18. SEGUROS 
A Companhia mantém cobertura de seguros para eventuais perdas decorrentes de 
sinistros, considerando a natureza de suas atividades, os riscos envolvidos nas suas 
operações e a orientação de seus consultores de seguros. Os ativos cobertos pelas 
apólices englobam todos os estabelecimentos

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