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Unidade II PSICOLOGIA JURÍDICA Profa. Rosana Garcia Adoção sempre foi vista como forma de manutenção da família ou para perpetuar o culto ancestral doméstico. No passado, a adoção tinha como objetivo suprir as necessidades de casais inférteis, que nem sempre buscavam o bem-estar da criança adotada. Adoção clássica: busca o melhor interesse do adotante. Adoção moderna: busca garantir o direito a toda criança de crescer e ser educada em uma família. Adoção biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar Brasil – abandono de crianças faz parte de sua história. Período colonial e imperial – crianças legítimas e ilegítimas, porém indesejadas – eram abandonadas em locais públicos. Estas crianças eram chamadas de “enjeitadas” ou “expostas” – Roda dos Expostos: abandono anônimo de bebês – existiram até a década de 1950. A antiga legislação brasileira (Código Civil de 1916 e Código de Menores de 1927) não facilitava os processos de adoção – eram excessivamente rígidos e burocráticos. Adoção biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar Com a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (Lei 8.069/90) – a adoção tornou-se um processo simples e irrevogável, e, ainda, será obrigatoriamente deferido quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundamentar-se em motivos legítimos. ECA (Brasil, 1990) – determina que o Poder Judiciário cuidará de todas as providências e procedimentos referentes à adoção e contará com uma equipe interprofissional para atuar nas diversas etapas do processo. Adoção biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar Todo pretendente à adoção participa de um processo avaliativo – este estudo tem uma proposta profilática – interrogando seu desejo e considerando as singularidades da intenção de adotar. O discurso do pretendente revela seu funcionamento psíquico – encenando o desejo manifesto e o desejo inconsciente na proposta de adotar. Quando os pretendentes observam-se sendo avaliados, podem sentir-se incomodados e obrigados a responder pautados nas convenções sociais – menos espontâneos. Adoção biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Máquina de escrever profilatico: preventivo biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar No decorrer da avaliação, esta postura pode se modificar – cede lugar a um contato mais franco e autêntico. É prudente que se realizem várias entrevistas com os pretendentes – individuais e em conjunto –, é preciso saber o que cada um pensa e o que o casal pensa. Casais com filhos – estes também precisam ser ouvidos em relação ao processo, assim como a família extensa. Quando se adota uma criança, é sempre uma família que a adota. Adoção biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar Estágio de convivência Importante etapa para se conhecer a adaptação da criança com os novos pais e vice-versa. Também é imprescindível saber de que forma os adotantes conseguem integrar aquela criança à condição de filho e agora membro integrante e permanente neste núcleo familiar. Uma vez que a adoção tem caráter irrevogável, não se pode correr o risco de a criança voltar a viver em vulnerabilidade ou viver em um ambiente permeado por violência. Adoção biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece as normas para adoção. Assinale a alternativa incorreta. a) A adoção deve ser o último recurso utilizado para garantir a uma criança ou adolescente o direito à convivência familiar. b) Diante da morte dos adotantes, os pais biológicos têm restabelecido seu poder familiar. c) A adoção só poderá ocorrer após a determinação judicial da perda do poder familiar ou mediante a autorização dos pais. d) Os filhos adotivos têm os mesmos direitos que os filhos biológicos. e) A manutenção ou reintegração da criança à sua família de origem tem preferência em relação a qualquer outra providência. Interatividade biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece as normas para adoção. Assinale a alternativa incorreta. a) A adoção deve ser o último recurso utilizado para garantir a uma criança ou adolescente o direito à convivência familiar. b) Diante da morte dos adotantes, os pais biológicos têm restabelecido seu poder familiar. c) A adoção só poderá ocorrer após a determinação judicial da perda do poder familiar ou mediante a autorização dos pais. d) Os filhos adotivos têm os mesmos direitos que os filhos biológicos. e) A manutenção ou reintegração da criança à sua família de origem tem preferência em relação a qualquer outra providência. Resposta Adolescente que comete um delito – adolescente “infrator” e seu delito será considerado como um “ato infracional”. Todo adolescente que comete um ato infracional deverá, segundo determinação judicial, cumprir uma “medida socioeducativa”. ECA – Art. 112 – sete medidas ao todo que podem ser cumpridas em meio aberto ou fechado e para efeitos desta lei – adolescente é aquele que tem idade compreendida entre 12 anos completos e 18 anos incompletos. Adolescentes em conflito com a lei biihg Destacar biihg Destacar biihg Máquina de escrever ou "adolescente em conflito com a lei" biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Máquina de escrever criança em conflito com a lei: recebe medida protetiva Medidas socioeducativas em meio aberto – cumprem-na com responsabilidade sem perder o direito de ir e vir – Liberdade Assistida (LA) e Prestação de Serviço a Comunidade (PSC). A aplicação de “medida socioeducativa” e não pena criminal tem por finalidade o caráter pedagógico da própria medida. Para obter resultados, as medidas devem ser disponibilizadas em programas capazes de fazer com que o adolescente reflita sobre seu ato e supere esta vulnerabilidade de forma adequada. Adolescentes em conflito com a lei biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar Psicólogo no cumprimento da medida – acompanhar o adolescente durante seu trabalho com o objetivo de fazer com que ele elabore todas as questões emocionais envolvidas –no ato infracional, seu contexto e finalização do processo. Medidas socioeducativas 1. Advertência: repreensão verbal feita pelo juiz. 2. Obrigação de reparar o dano: quando houver danos ao patrimônio, o juiz pode determinar que o adolescente repare o dano, devolva a coisa ou indenize quem foi lesado pelo ato. Adolescentes em conflito com a lei biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar 3. Prestação de Serviço a comunidade: realização de tarefas gratuitas em instituições assistenciais ou programas comunitários ou governamentais. As tarefas devem ser atribuídas de acordo com as aptidões do adolescente e não pode atrapalhar seus estudos. 4. Liberdade Assistida: durante o cumprimento da medida, o adolescente fica sob a supervisão de um orientador e este é uma pessoa capacitada que tem condições de acompanhar e orientar o adolescente no que for necessário. Adolescentes em conflito com a lei biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Máquina de escrever nao podem ultrapassar 6 a 8 horas semanais biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar 5. Semiliberdade: possibilita ao adolescente a realização de atividades externas, independente da autorizaçãojudicial. É aplicada como transição do meio aberto, uma forma de progressão de regime que beneficia aqueles que já se encontram privados de liberdade e que ganham direito a uma medida mais favorável e à profissionalização. 6. Internação: medida privativa de liberdade, e deve ser cumprida em entidade exclusiva para adolescentes. Em nenhuma hipótese o prazo máximo para internação excederá 03 anos, após este período poderá ser determinado a conversão para outra medida. Adolescentes em conflito com a lei biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar O adolescente em conflito com a lei – muitas vezes – vem de um ambiente familiar comprometido e disfuncional. Todo trabalho que envolver o adolescente em conflito com a Lei deve respeitar sua condição de sujeito em desenvolvimento, mas igualmente deve incorporar a família no processo – do contrário, o trabalho não será eficaz e existirá uma grande chance de o adolescente recair e regredir em seus desenvolvimento e ganhos. Adolescentes em conflito com a lei biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar Considerando um adolescente cometendo ato infracional de destruição de propriedade, o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente determina: a) privação da liberdade sem que haja obrigatoriedade de frequência à instituição escolar. b) o acolhimento em presídio comum, ressalvando o prazo máximo de 120 dias determinado em sentença judicial. c) acolhimento institucional ainda que não haja flagrante. d) a destituição do poder familiar como forma preventiva. e) obrigação de reparar o dano ou conforme determinação do juiz, compensar o prejuízo da vítima. Interatividade biihg Destacar Considerando um adolescente cometendo ato infracional de destruição de propriedade, o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente determina: a) privação da liberdade sem que haja obrigatoriedade de frequência à instituição escolar. b) o acolhimento em presídio comum, ressalvando o prazo máximo de 120 dias determinado em sentença judicial. c) acolhimento institucional ainda que não haja flagrante. d) a destituição do poder familiar como forma preventiva. e) obrigação de reparar o dano ou conforme determinação do juiz, compensar o prejuízo da vítima. Resposta A inserção do psicólogo neste sistema deu-se de forma lenta e gradual – além de experimental, por contar com pouco material teórico discutindo e fundamentando esta atuação. No sistema penitenciário, observa-se a presença de sujeitos que não internalizaram regras de convivência mínima na sociedade, nem mesmo “autorregras” que determinam o que é certo ou errado. O comportamento criminoso está em ascensão em nossa sociedade e os criminosos estão cada vez mais audaciosos e utilizando-se de requintes de crueldade mais assustadores. Atuação dos psicólogos no sistema penal biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar Isto desperta, nos estudiosos e também na sociedade em geral, a curiosidade e a necessidade de conhecer mais sobre o comportamento antissocial. Atualmente, considera-se a criminalização como algo não natural, nem mesmo regido por causas biológicas e/ou individuais, mas como um processo social e histórico, delimitado por uma definição de crime como determinado socialmente e de acordo com determinado momento histórico. Atuação dos psicólogos no sistema penal biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar Infelizmente, vários estudos têm demonstrado que as prisões, como são hoje, não produzem uma “reforma interna” nos apenados e sim os criminalizam mais, portanto não são eficazes em sua proposta inicial. Muitos se questionam qual seria o modelo ideal de internação e consequente cumprimento da pena ao criminoso imposta, mas nota-se que esta é uma condição utópica se a própria sociedade não mudar sua história e forma de funcionamento. Atuação dos psicólogos no sistema penal biihg Destacar biihg Destacar A partir deste panorama surge o trabalho do psicólogo no sistema prisional que pode ter várias vertentes – ajudar o apenado em relação ao sofrimento produzido pelo cárcere (distância da família, ambiente insalubre e a privação da própria liberdade), assim como a possibilidade de ressocialização, buscando melhores estratégias de enfrentamento para um possível retorno à comunidade. Atuação dos psicólogos no sistema penal biihg Destacar biihg Destacar Em 1984, foi publicada a Lei 7.210/84 – Lei de Execução Penal – e estabeleceu em seu artigo 1o o objetivo de “efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado” (Brasil, 1984). Aqui o psicólogo fazia parte de uma equipe (Comissão Técnica de Classificação) que avaliava o apenado, podendo ou não lhe dar a oportunidade da progressão da pena, por meio da previsibilidade de sua presumida adaptabilidade social. Atuação dos psicólogos no sistema penal biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar As CTCs tinham a incumbência de classificar os apenados e isto determinaria sua história na execução da pena. O psicólogo passou a ter um lugar de perito para subsidiar o juiz nas suas decisões de concessão ou não da progressão de regime. Em 2003, a Lei de Execução Penal foi alterada e retirada à importância da CTC e sua responsabilidade da execução penal e a exigência do exame criminológico – tirando do psicólogo a sua função de perito, atuando agora na atenção à saúde do detento. Atuação dos psicólogos no sistema penal biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar A atuação dos psicólogos nas prisões resumia-se basicamente na tarefa de realizar avaliações técnicas. Qual dentre as alternativas abaixo não reúne um fator considerado nestes procedimentos? a) Análise dos efeitos deletérios da prisão sobre o preso. b) Exame das razões externas ao preso que podem determinar sua reincidência. c) Exame dos fatores sócio-históricos que interferem na percepção do comportamento criminoso. d) Estudo do passado do condenado. e) Estudo dos processos de criminalização e a seletividade das leis. Interatividade biihg Destacar A atuação dos psicólogos nas prisões resumia-se basicamente na tarefa de realizar avaliações técnicas. Qual dentre as alternativas abaixo não reúne um fator considerado nestes procedimentos? a) Análise dos efeitos deletérios da prisão sobre o preso. b) Exame das razões externas ao preso que podem determinar sua reincidência. c) Exame dos fatores sócio-históricos que interferem na percepção do comportamento criminoso. d) Estudo do passado do condenado. e) Estudo dos processos de criminalização e a seletividade das leis. Resposta biihg Máquina de escrever nocivos Quando as pessoas não se comunicam de forma adequada, surgem os conflitos e as pessoas participantes desta situação sentem-se ameaçadas e temerosas em relação ao futuro. O conflito é o conjunto de propósitos, métodos ou condutas divergentes, oposto de congruência. É algo inerente à vida e por meio dele a evolução se processa. A comunicação pode colocar algumas armadilhas e, para evitá-las, é preciso que se criem condições para o diálogo. Mediação e conciliação biihg Destacar biihg Destacar É comum que os litigantes precisem de um interlocutor para que a conversa flua de forma natural e eficaz – e, para isso, podem lançar mão de um mediador, conciliador ou negociador. Esses facilitadores da comunicação passam a fazer parte do problema a ser discutido, do diálogo e da solução. Mediação e conciliação biihg Destacar biihg Destacar biihg Máquina de escrever • mediador:para conflitos entre pessoas que mantém vínculos de convivência. . Facilita o diálogo entre as partes. • conciliador/negociador: para conflitos entre pessoas sem vínculos de convivência. biihg Destacar biihg Máquina de escrever fazer parte não significa que irá resolver o problema. A solução será das partes biihg Máquina de escrever o conciliador atua preferencialmente nas ações, nas quais não houver vínculo entre as partes, e pode sugerir soluções Conciliação Este é um método cooperativo e seu objetivo é colocar fim ao conflito e não há interesse em buscar ou identificar razões ocultas que levaram ao conflito e outras questões pessoais dos envolvidos. Mediação e conciliação biihg Destacar biihg Destacar Mediação O mediador atua para promover a solução do conflito por meio do diálogo e do reajustamento das opiniões das partes envolvidas. O mediador ajuda as pessoas a aceitarem o diferente e observarem o outro de igual para igual. A mediação busca o resgate da comunicação e a solução do conflito vem naturalmente em consequência do próprio diálogo. Mediação e conciliação biihg Máquina de escrever aqui pode surgir questões emocionais envolvidas biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Máquina de escrever Na mediação, o mediador interfere menos nas soluções e age mais na aproximação das partes. A mediação busca cooperação e colaboração entre os litigantes, sem privilegiar o lado adversarial da disputa. A técnica da mediação caracteriza-se por fortalecer a capacidade do diálogo, visando a uma solução negociada dos conflitos e reconhece que as emoções são parte tanto do problema quanto da solução e, por isso, devem ser clareadas e resolvidas, facilitando a negociação das opções mais adequadas. Mediação e conciliação biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar biihg Destacar Estas práticas alternativas de resolução de conflitos estão sendo cada vez mais utilizadas pelo judiciário na intenção de “desafogar” o próprio sistema e sempre de uma forma mais célere e apropriada. Mediação e conciliação biihg Destacar biihg Destacar Um meio de resolução de conflitos, no qual não ocorre a intervenção de um terceiro – independente e imparcial, este serve exclusivamente para facilitação do diálogo entre as partes e a possível conclusão de um acordo, é: a) mediação. b) arbitragem. c) conciliação. d) audiência. e) avaliação. Interatividade biihg Destacar biihg Destacar Um meio de resolução de conflitos, no qual não ocorre a intervenção de um terceiro – independente e imparcial, este serve exclusivamente para facilitação do diálogo entre as partes e a possível conclusão de um acordo, é: a) mediação. b) arbitragem. c) conciliação. d) audiência. e) avaliação. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!