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Jurisdição e Competência

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JURISDIÇÃO
┗Função do Estado, pela qual ele, no intuito de solucionar os conflitos de interesse em caráter coativo, aplica a lei geral e 
abstrata aos casos concretos que lhe são submetidos.
┗Nos primórdios da evolução humana predominava a retribuição privada, onde as próprias partes buscavam as formas de resolver o
litigio, mas isso nem sempre era igual e paritário. Resolviam-se pela força e astúcia. Olho por olho, dente por dente
┗À medida que se fortaleceram, os Estados, em geral, assumiram para si o poder-dever de, em caráter exclusivo, solucionar os 
conflitos de interesses, aplicando as leis gerais e abstratas aos casos concretos levados à sua apreciação. Tudo tendo por escopo a 
pacificação da sociedade.
┗Características
┗Substitutividade
┗O estado substitui as partes na função de resolver os conflitos para corresponder a imparcialidade
┗Definitividade
┗Somente as decisões judiciais possuem caráter definitivo, perdurando enquanto durarem, não podendo mais serem 
modificadas e são indiscutíveis
┗Imperatividade
┗O Estado tem poder para exigir com o que foi decidido seja cumprido coativamente obrigando os litigantes
┗Inafastabilidade
┗O poder judiciário não pode se escusar de resolver os conflitos a eles apresentados
┗Indelegabilidade
┗Não é possível delegar a competência de julgamento a outro. Somente o judiciário pode exercer a função jurisdicional
┗Investidura
┗Só exerce a jurisdição juízes capazes e efetivados em seus cargos
┗Inércia
┗A jurisdição é inerte, ela depende do interessado provoca-la para poder agir
☠ OBS:
┗A jurisdição é Uma, mas pode ser distribuída entre os diversos órgãos do judiciário, exercendo a jurisdição em diferentes assuntos 
ou sobre determinados territórios
┗Jurisdição é a manifestação de poder de um país
┗Espécies de jurisdição
┗Jurisdição contenciosa
┗Busca a solução dos conflitos para as partes em litigio. Nesse tipo de jurisdição, uma das partes aciona o Poder Judiciário 
para que este decida sobre o conflito. A decisão do tribunal será obrigatória para ambas as partes envolvidas. 
Na contenciosa, a sentença sempre favorece uma das partes em detrimento da outra, já que ela decide um conflito entre 
ambas.
┗Jurisdição voluntária
┗Refere-se a situações em que não há uma disputa entre partes, mas sim uma necessidade de intervenção do Poder Judiciário 
para tomar uma decisão ou emitir uma autorização. Nesses casos, não há um conflito a ser resolvido, mas sim uma demanda 
por um ato jurídico específico. A intervenção do tribunal é necessária para proteger direitos, regulamentar determinadas 
situações ou emitir uma autorização.
┗A jurisdição voluntária não serve para que o juiz diga quem tem razão, mas para que tome determinadas providências 
que são necessárias para a proteção de um ou ambos os sujeitos da relação processual.
☠ A principal diferença entre a jurisdição contenciosa e a voluntária é que a primeira envolve disputas entre partes, 
enquanto a segunda envolve situações em que não há disputa, mas sim uma necessidade de intervenção judicial para um 
ato específico. Na jurisdição contenciosa, a decisão do tribunal é vinculante para as partes envolvidas no litígio, enquanto 
na jurisdição voluntária, a decisão do tribunal tem um caráter mais administrativo e não necessariamente envolve uma 
controvérsia entre as partes.
┗Classificação quanto ao órgão
┗Justiça comum - Estadual/Federal (Supletiva - Cuida de tudo o que não for da justiça especial)
┗Justiça especial (Trabalhista, militar e eleitoral)
┗A matéria discutida no processo vai determinar a competência
COMPETÊNCIA DA JURISDIÇÂO
┗A competência é, conforme definição clássica, a medida da jurisdição. Ela quantificará a parcela de exercício de jurisdição atribuída a 
determinado órgão, em relação às pessoas, à matéria ou ao território.
┗Jurisdição internacional
┗Cabe ao ordenamento jurídico estabelecer o que o país tem ou não competência para julgar
┗A jurisdição brasileira limita-se a soberania dos outros países, não pode o Brasil por meios de coerção impor as suas decisões fora 
de seu território nacional. A jurisdição limita-se ao território brasileiro e vice-versa.
Jurisdição e Competência
sexta‐feira, 9 de junho de 2023 15:58
 Página 1 de Processo Civil I (Parte Geral) 
┗Carta rogatória
┗È o pedido de cooperação entre órgão jurisdicional brasileiro e o órgão jurisdicional estrangeiro
┗É um instrumento jurídico internacional pelo qual um País requer o cumprimento de um ato judicial ao órgão jurisdicional de 
outro País, para que este coopere na prática de determinado ato processual.
┗Para que uma Carta Rogatória seja cumprida ela deverá atender às normas estabelecidas nas Convenções 
Internacionais e, em particular, nas regras definidas pela legislação nacional do país destinatário do cumprimento do ato 
requerido.
┗Decisão estrangeira
┗Decisões estrangeiras são, emanações do poder soberano externo, não podem surtir efeito sobre o Brasil graças ao princípio 
da soberania nacional.
┗Somente a justiça brasileira pode decidir quais sentenças podem ou não serem executadas no Brasil
┗Homologação de decisão estrangeira (Art. 960 a 965 do CPC)
┗É o mecanismo pelo qual a autoridade brasileira autoriza ou não a eficácia de decisão estrangeira
┗Compete ao STJ homologação de decisão estrangeira (Art. 105, I, i, da CF)
┗Requisitos da homologação (Art. 963 do CPC)
Decisão ser proferida por autoridade nacional competenteI.
As partes devem ter sido citadas, mesmo que se caracterize revelia (Deve-se ter respeitado o contraditório)II.
Decisão estrangeira deve ser eficaz no país em que foi proferida (a decisão proferida deve produzir efeitos)III.
Não pode ir contra coisa julgadaIV.
A decisão deve ter sido traduzida por tradutor oficialV.
A decisão não pode ofender a ordem públicaVI.
┗Procedimento
┗Apresentado o pedido, dirigido ao Presidente do Superior Tribunal de Justiça, este mandará citar os 
interessados, por carta de ordem, quando domiciliados no Brasil; carta rogatória, quando no exterior; ou por 
edital, quando em local ignorado ou inacessível. 
┗O pedido poderá ser contestado no prazo de quinze dias. É evidente que não se poderá rediscutir aquilo 
que já foi decidido com trânsito em julgado pela justiça estrangeira. Ou seja, não será possível que o 
interessado postule ao STJ que reforme ou modifique algo da decisão estrangeira, cabendo-lhe apenas 
impugnar a autenticidade do documento ou preenchimento dos requisitos para o acolhimento do pedido. Poderá 
também discutir a interpretação da decisão estrangeira.
┗O Ministério Público será ouvido no prazo de quinze dias. Se houver impugnação, o Presidente 
encaminhará o julgamento à Corte Especial, cabendo ao relator instruir o pedido como for necessário. Se não 
houver, o Presidente examinará o pedido, cabendo agravo regimental de sua decisão para a Corte Especial.
┗Após a homologação, a decisão estrangeira se tornará eficaz no Brasil, podendo ser executada e 
gerando os efeitos da litispendência e da coisa julgada. A decisão homologada é título executivo judicial (art. 
515, VIII, do CPC) e deverá ser executada não perante o Superior Tribunal de Justiça, mas perante o juízo 
federal competente.
┗Jurisdição que pertence a justiça brasileira
┗Os artigos 21 e 22 do Código de Processo Civil (CPC) listam as ações que podem ser julgadas pela justiça brasileira, 
mesmo que haja a possibilidade de também haver jurisdição de outro país. Essas são ações que, se forem iniciadas no 
Brasil, serão analisadas e decididas por aqui. No entanto, se houver uma decisão de um tribunal estrangeiro sobre o 
mesmo assunto, essa decisão pode ser reconhecida e ter validade no Brasil quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) 
homologar essa decisão estrangeira previamente proferida.
┗Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar ações em que (Art. 21 CPC):
O réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, enquanto tiver um domicilio no BrasilI.
No Brasil tiver de ser cumprida a obrigaçãoII.
O fundamento seja fato ocorrido ou ato praticadono BrasilIII.
┗Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar ações (Art. 22 CPC):
Ações de alimentos, quando o credor tiver domicílio ou residência no Brasil ou o réu mantiver vínculos no 
Brasil, tais como posse ou propriedade de bens
I.
Ações decorrentes de relação de consumo, quando o consumidor tiver domicilio ou residência no Brasil e 
em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem a jurisdição nacional.
II.
┗Compete exclusivamente a autoridade brasileira, julgar e processar (Art. 23 CPC):
┗São ações que versam sobre matéria que só pode ser julgada pela justiça brasileira, com exclusão de qualquer 
outra
Ações relativas a imóveis brasileirosI.
em matéria de sucessão hereditária, a confirmação de testamento particular e o inventário e partilha de 
bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha domicílio fora do território 
nacional.
II.
ações de divórcio, separação judicial ou de dissolução de união estável, quando se proceder à partilha de 
bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do 
território nacional
III.
COMPETÊNCIA INTERNA
┗Observações iniciais
 Página 2 de Processo Civil I (Parte Geral) 
┗É a Constituição Federal que indica, portanto, quais são os órgãos judiciários, definindo a competência.
┗Cabe ao poder judiciário o exercício da função jurisdicional; seus integrantes formam a magistratura nacional, e seus orgãos são os 
juízos e tribunais
┗A CF estabelece a distinção entre a justiça comum e as especiais
┗Justiça especial (Trabalhista - Art. 111 CF, Militar - Art. 118 CF e Eleitoral - Art. 122 CF)
┗A matéria discutida no processo vai determinar a competência
┗Justiça comum (Supletiva - Cuida de tudo o que não for da justiça especial)
┗ Esfera federal - (Art. 109 CF) - Sua competência é dada pela ratione personae, basta sua participação no processo como 
parte ou interveniente, das pessoas jurídicas de direito público federal e empresas públicas federais
┗Esfera estadual - Supletiva, tudo que não for competência federal ou especial é de competência estadual
┗Foro e Juízo
┗Foro (Comarca)
┗O foro indica a base territorial sobre a qual determinado órgão judiciário exerce a sua competência.
┗STF, STJ, TSE, TST e STM, tem foro sobre todo o território nacional
┗Os TRFs tem foro sobre todo as regiões que lhe pertencem
┗OS TJs tem foro sobre os estados em que estão instalados
┗Juízos (Varas)
┗Os juízos, unidades judiciárias, integradas pelo juiz e seus auxiliares.
┗Competência Absoluta ou relativa
┗ Características:
Absoluta (Norma congente) Relativa (Norma dispositiva)
Modificação Não pode ser modificadas Podem ser modificadas pelas partes
Oficio Podem ser reconhecidas de oficio pelo juiz Não podem ser reconhecidas de oficio
Matéria Matéria de ordem publica Interesse das partes
Prazo Alegada em qualquer tempo Alegada em preliminar de contestação
sob pena de preclusão
Nulidade Gera nulidade absoluta Gera nulidade relativa
┗Critérios para fixação da competência
┗Critério objetivo
┗Competência em razão da matéria (Competência absoluta)
Esse critério baseia-se na natureza do conflito discutido no processo. Existem diferentes órgãos jurisdicionais 
especializados para lidar com determinadas áreas do direito. (Juizado esp. civil, Vara de família, Vara civil)
┗Competência em razão do valor da causa (Competência relativa)
A competência é estabelecida com base no valor econômico atribuído à causa. O CPC estabelece limites de valores 
para cada órgão jurisdicional.
┗Competência em razão da pessoa ( Competência absoluta)
┗A fixação dessa competência leva em conta as partes envolvidas (rationae personae).
┗Critério Funcional (Competência absoluta)
┗A competência funcional está relacionada com a função exercida pelos órgãos judiciais e é determinada com base nas 
atribuições específicas de cada órgão. Ela define qual tribunal ou juízo é competente para julgar determinadas matérias ou 
tipos de processos.
┗Critério Territorial (Competência Relativa)
┗Os órgãos jurisdicionais exercem jurisdição nos limites das suas circunscrições territoriais. A competência territorial é a 
regra que determina em que território a causa deve ser processada. É o critério que distribui a competência em razão do 
 Página 3 de Processo Civil I (Parte Geral) 
lugar.
☠ OBERVAÇÂO
Quando a competência do juízo é determinada com base no critério de matéria ou pessoa, como criar varas especializadas para 
julgar casos específicos, como acidentes de trabalho ou registros públicos, ou varas especializadas para processos envolvendo
determinadas pessoas, como as varas de Fazenda Pública, é considerada competência absoluta.
┗Regras para apurar a competência
Verificar se é de competência estrangeira ou brasileira (Art. 21 a 23 CF)I.
Verificar se é de competência derivada ou originária (Art. 102, I, e 105, I CF)II.
Verificar se é de competência comum ou especial (Art. 114, 121 e 124 CF)III.
Verificar se é de competência estadual ou federal (Fed. se Art. 109 CF)IV.
Verificar o foro competenteV.
Verificar o juízo competenteVI.
┗Competência originária
┗Compete ao Supremo Tribunal Federal (STF) julgar originariamente - Art. 102 CF:
Habeas corpus em matéria criminal quando o coator for tribunal superior, juiz federal ou órgão com jurisdição nacional I.
Mandado de segurança contra ato de autoridade federal II.
Habeas data contra ato de autoridade federal III.
Reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões IV.
Ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) e ações declaratórias de constitucionalidade (ADC)V.
Ações penais originárias contra autoridades com foro privilegiado, como Presidente da República, membros do 
Congresso Nacional e Ministros de Estado
VI.
┗Compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgar originariamente - Art. 105 CF:
Habeas corpus quando o coator for tribunal regional federal, tribunal superior, juiz federal ou autoridade militar I.
Mandado de segurança e habeas data contra ato de autoridade federal, exceto os casos de competência do STFII.
Ações rescisórias de seus próprios julgadosIII.
Conflitos de competência entre tribunais.IV.
Ações penais originárias contra governadores de estado e desembargadores de tribunal de justiçaVI.
┗Compete a justiça Federal julgar e processar:
┗Em primeira instância:
Causas em que a União, autarquias, fundações e empresas públicas federais forem partes: A Justiça Federal é 
competente para julgar processos em que a União, suas autarquias, fundações e empresas públicas federais sejam partes, 
tanto na condição de autoras quanto de rés.
i.
Crimes políticos e eleitorais: A Justiça Federal julga os crimes políticos e eleitorais, como corrupção eleitoral, compra de 
votos, propaganda eleitoral irregular, entre outros delitos dessa natureza.
ii.
Crimes contra a ordem econômica e financeira: A Justiça Federal é competente para julgar os crimes contra a ordem 
econômica e financeira, como lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, evasão de divisas, crimes contra o sistema 
financeiro nacional, entre outros.
iii.
Crimes contra a administração pública federal: A Justiça Federal tem competência para julgar os crimes contra a 
administração pública federal, como corrupção passiva e ativa, concussão, peculato, entre outros delitos dessa natureza.
iv.
Crimes cometidos a bordo de aeronaves ou embarcações, ressalvada a competência da Justiça Militar: A Justiça Federal 
julga os crimes cometidos a bordo de aeronaves ou embarcações, exceto aqueles que sejam de competência da Justiça 
Militar.
v.
Crimes cometidos em terras indígenas: A Justiça Federal é competente para julgar os crimes cometidos em terras 
indígenas, quando se tratar de interesse da União ou de questões relacionadas aos direitos indígenas.
vi.
Crimes relativos à organização do trabalho: A Justiça Federal julga os crimes relacionados à organização do trabalho, 
como o trabalho escravo, tráfico de pessoas parafins de exploração laboral, trabalho infantil em atividades ilícitas, entre 
outros.
vii.
Conflitos de competência entre juízes federais vinculados a diferentes seções judiciárias: A Justiça Federal é competente 
para resolver conflitos de competência entre juízes federais que estejam vinculados a diferentes seções judiciárias do país.
viii.
Ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de atos praticados por agentes públicos federais: A 
Justiça Federal julga as ações de indenização por danos morais e patrimoniais causados por atos praticados por agentes 
públicos federais no exercício de suas funções.
ix.
Crimes praticados contra direitos humanos: A Justiça Federal é competente para julgar crimes praticados contra os direitos 
humanos, como tortura, desaparecimento forçado, genocídio, tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, entre 
outros.
x.
Conflitos entre Estados estrangeiros e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território: A Justiça Federal tem 
competência para julgar os conflitos entre Estados estrangeiros e a União, os Estados, o Distrito Federal ou os Territórios 
brasileiros.
xi.
┗Em segunda instância:
ações rescisórias de seus próprios julgados ou dos juízes federais da região;1)
mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio tribunal ou do juiz federal;2)
os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal;3)
os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao tribunal4)
┗Competência do foro comum (Competência territorial) - (Art. 46 CPC)
┗A ação fundada em direito pessoal ou real sobre bens móveis será proposto
┗Em regra no domicílio do réu
┗Se o réu tiver mais de um domicílio, o autor poderá escolher entre qualquer um deles
┗Incerto ou desconhecido o domicilio do réu, poderá ser proposto no foro onde for encontrado ou no foro de domicilio 
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do autor
┗Se o réu tiver domiciliado no exterior, a ação será proposta no foro de domicilio do autor
┗Se o autor domiciliar no exterior, a ação poderá ser proposta em qualquer lugar
┗Se houver dois ou mais réus com domicílios diferentes, poderá ser proposto em qualquer deles, a escolha do autor
┗Competências especiais
┗Ação de direito real quando o bem for imóvel (Competência absoluta)
┗Foro de situação da coisa
┗Ações de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável
┗Foro do domicílio do guardião do filho incapaz (Se houver filhos)
┗Foro do último domicílio do casal (Se não houver filhos)
┗Foro de domicílio da vítima (Em caso de violência familiar)
┗Ações de alimentos e do idoso
┗Foro de domicílio ou residência do alimentado
┗Foro de domicílio do idoso
┗Ações de reparação de dano em geral
┗Foro do lugar do ato ou fato
┗Ações em que a União é parte
┗Foro de domicílio do réu (Se União for autora)
┗Foro de domicílio do autor, Foro onde ocorreu o fato/ato, Foro de domicílio da coisa, DF (Se União for ré)
┗Ações propostas no Juizado Especial Cível
┗Foro de domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou econômicas, ou 
mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório
┗Foro do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita
┗Foro de domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza.
MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA
┗SOMENTE AS REGRAS DE COMPETÊNCIAS RELATIVAS PODEM SER MODIFICADAS
┗SOMENTE PODERÀ HAVER MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA DE FORO NOS CASOS EM QUE FOR RELATIVA, NUNCA DE 
JUÌZO, POIS É SEMPRE ABSOLUTA
┗Prorrogação da competência
┗Consequência da não arguição da competência relativa
┗Essa competência não pode ser reconhecida de ofício pelo juiz, cabe a parte alega-la em preliminar de contestação, sob pena de 
preclusão. Se não manifestar, o foro que antes era incompetente se tornará competente.
┗Derrogação
┗Ocorre quando há eleição de foro, quando por força de acordo de vontade (Contrato), as partes escolhem qual será o foro 
competente para processar e julgar as futuras demandas, relativas ao acordo.
┗Eleição de foro não prevalece sobre as regras de conexão
┗Conexão
┗É um mecanismo processual que permite a reunião de duas ou mais ações em andamento, para que tenham um julgamento 
conjunto. É uma regra que diz que quando existem processos relacionados, eles podem ser reunidos e julgados juntos para evitar 
decisões diferentes sobre o mesmo assunto.
┗A conexão ocorre quando há uma relação de afinidade ou semelhança entre dois ou mais processos judiciais, geralmente porque 
eles tratam de fatos semelhantes ou possuem partes em comum. Nesses casos, os processos podem ser reunidos e julgados em 
conjunto, a fim de evitar decisões conflitantes ou divergentes sobre a mesma questão. A conexão busca uma análise global e 
consistente dos fatos e das responsabilidades.
┗São conexas as causas quando lhes forem comuns os pedidos ou as causas de pedir
┗Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou 
contraditórias, caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles
┗A conexão não determina a reunião de processos, se um deles já foi julgado
┗A forma mais simples de se identificar a existência da conexão é verificar se, continuando a correr em separado os 
processos perante juízos diferentes, existe o risco de julgamentos conflitantes.
┗Continência
┗È uma relação entre duas ou mais ações quando houver identidade de partes e de causa de pedir, sendo que o objeto de uma, por
ser mais amplo, abrange o das outras.
┗A continência ocorre quando há uma relação hierárquica entre dois processos, ou seja, um deles abrange ou inclui o outro. Um 
processo é considerado continente quando já existe um processo em andamento que trata de um assunto mais amplo e que 
inclui o objeto de outro processo. Nesse caso, o processo continente prevalece e o processo contido é suspenso ou extinto.
┗Prevenção
┗Um juiz prevento é aquele que possui competência prévia para atuar em um determinado processo judicial
┗Quando um juiz é prevento em um processo, significa que ele será responsável por conduzir todas as etapas desse processo, 
desde o seu início até o final, inclusive julgar os recursos interpostos.
┗Ocorre quando há mais de um juízo competente para o julgamento da causa
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┗Conflito de competência (Prevenção)
┗É um incidente processual que se instaura quando dois ou mais juízos ou tribunais se dão por competentes para a mesma 
causa, caso em que haverá conflito positivo, ou por incompetentes, com o que haverá conflito negativo; ou ainda quando entre 
dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos
┗Poderá ser suscitado pelas partes, MP ou pelo juiz
┗Conflito de competência entre:
┗Entre Juízes estaduais - Competência do TJ
┗Entre Juízes federais - Competência do TRF
┗Entre Juízes federais, estaduais, do trabalho e juízes de diferentes estados - Competência do STJ
┗Entre os tribunais superiores - STF
┗Só caberá quando não houver transito em julgado
 Página 6 de Processo Civil I (Parte Geral)

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