Processo Civil I (Parte Geral) VI

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PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
┗São regras que devem ser obedecidas para que o processo exista e se desenvolva regularmente
┗CLASSIFICAÇÂO DOS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
┗PRESSUPOSTOS POSITIVOS (INTRINSÍCOS)
┗PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA (OBJETIVOS)
┗Demanda (Petição inicial)
┗Art. 2, CPC - O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial
┗Sendo a jurisdição inerte, é necessário que o Estado seja provocado por meio da ação. A ação é 
formalizada pela petição inicial. Essa formalização denomina-se demanda. Sem a demanda o processo 
sequer pode ser considerado juridicamente existente.
Jurisdição inerte > Ação > Petição inicial > Demanda = Sem demanda; sem processo
┗Jurisdição
┗O processo deve ser conduzido por um juiz investido no cargo e competente em sua função
┗Para que um processo exista juridicamente deverá ser desenvolvido por órgão investido previamente de 
jurisdição (Poder do Estado para solucionar conflitos de forma coativa)
┗A petição inicial deverá ser endereçada ao Poder Judiciário. É a um de seus órgãos que compete, pela 
tripartição dos poderes, a missão constitucional de resolver os conflitos de interesse que lhe são aportados.
┗Citação
┗Permite a formação da relação jurídica triangular do processo: Autor, Juiz e Réu
┗Art.238, CPC - Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar 
a relação processual
┗Art. 239, CPC - Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado [...]
☠Existe divergência doutrinária a respeito desse requisito
┗PRESSUPOSTOS DE VALIDADE (SUBJETIVOS)
┗Petição inicial apta
┗Não basta existir a petição (Demanda). É necessário que ela seja apta, ou seja, contenha os requisitos 
essenciais para o seu desenvolvimento
┗Art. 330, 1° §, CPC - Considera-se inepta a petição inicial quando:
Lhe faltar pedido ou causa de pedirI.
┗Sem pedido ou causa de pedir, será impossível ao órgão jurisdicional saber os limites da demanda e, 
por consequência, os limites da sua atuação.
┗O autor tem de apresentar a sua fundamentação ( causa de pedir + argumentação jurídica) de 
modo analítico, tal como ela é exigida para a decisão judicial (art. 489, § 1 º, CPC) 
┗A parte não pode expor as suas razões de modo genérico; 
┗Não pode valer-se de meras paráfrases da lei (art. 489, § 1 º, I, CPC); 
┗Não pode alegar a incidência de conceito jurídico indeterminado, sem demonstrar as razões de 
sua aplicação ao caso (art. 489, § 1 º, II, CPC) etc.
O pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido 
genérico
II.
┗Deve ser delimitado em relação à qualidade e à quantidade. Contrapõe-se ao pedido genérico
Da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusãoIII.
┗A petição tem de ser coerente. Se o pedido não resulta logicamente da causa de pedir, há contradição
Contiver pedidos incompatíveisIV.
┗Para que ocorra a cumulação de pedidos é necessário que entre eles haja compatibilidade
☠A petição inicial ainda poderá apresentar outras irregularidades como o não preenchimento dos 
requisitos dos arts. 319 e 320. Nesses casos o juiz determinará que o autor corrija o vício no prazo de 15 
dias, caso não corrija extinguirá o processo sem a resolução do mérito.
┗Competência do juízo e a imparcialidade do juiz
┗ É
Pressupostos processuais
quinta‐feira, 23 de novembro de 2023 12:16
 Página 1 de Processo Civil I (Parte Geral) 
┗Não basta que o juiz seja investido de jurisdição. É preciso que ele seja competente e imparcial
┗Competência
┗Distribuição aos órgãos do judiciário as suas funções
┗Competência absoluta é pressuposto de validade
┗Imparcialidade
┗É vício de capacidade subjetiva do próprio juiz
┗O processo deve ser conduzido por um juiz imparcial, desinteressado na causa e nas partes
┗Impedimento
┗O impedimento ocorre quando o juiz se encontra em uma situação específica que, por lei, o 
torna automaticamente impedido de atuar no processo. Por isso, verificadas as hipóteses, 
deve se afastar, transferindo de ofício a condução do processo a outro. Se não o fizer, as partes 
poderão requerer tal substituição. Se ninguém o fizer, e o processo prosseguir, sendo prolatada 
sentença, haverá nulidade absoluta, que ensejará a propositura de ação rescisória
Ter intervindo como mandatário da parte, oficiado como perito, funcionado como órgão 
do Ministério Público ou prestado depoimento como testemunha.
I.
Ter participado dele em outro grau de jurisdição, nele proferindo decisão.II.
No processo, funcionar, como defensor público, advogado ou membro do Ministério 
Público o seu cônjuge ou companheiro ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, 
em linha reta, ou na linha colateral até o terceiro grau, inclusive. 
III.
Figurar como parte no processo o próprio juiz, seu cônjuge ou companheiro, parente, 
consanguíneo ou afim, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau, inclusive.
IV.
Figurar o juiz como sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica 
parte no processo.
V.
Ser herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes.VI.
Figurar como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou 
decorrente de contrato de prestação de serviço.
VII.
Figurar como parte cliente do escritório de advogado de seu cônjuge, companheiro ou 
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até terceiro grau, inclusive, 
mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório.
VIII.
Promover ação contra a parte ou seu advogado.IX.
┗Suspeição do juiz (Art. 145 CPC)
┗A suspeição do juiz ocorre quando existem circunstâncias que podem gerar dúvidas razoáveis 
sobre a imparcialidade do magistrado no caso em questão.
┗A suspeição põe em risco a imparcialidade do juiz, mas com menos gravidade do que o 
impedimento. Por isso, se o processo for conduzido por um juiz suspeito, sem que ele o 
reconheça nem as partes reclamem, não haverá vício ou nulidade.
o juiz for amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou seus advogados;I.
alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou companheiro 
ou de parentes destes, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive;
II.
receber presentes de pessoas com interesse na causa antes ou depois de iniciado o 
processo, aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou subministrar 
meios para atender às despesas do litígio;
III.
ele for interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes;IV.
por razões de foro íntimo.V.
┗Citação válida
┗Permite a formação da relação jurídica triangular do processo: Autor, Juiz e Réu
┗Art.238, CPC - Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar 
a relação processual
┗Art. 239, CPC - Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado [...]
┗Art. 239, § 1°, CPC - O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a 
nulidade da citação [...]
┗Capacidade postulatória
┗Art. 70, CPP - Os atos processuais devem ser praticados somente por quem possa estar em juízo
┗Permite a parte entrar no processo
┗Essa capacidade por si só é insuficiente para atividade jurídica
┗A capacidade para postular em juízo é exclusiva aos advogados. Consiste na autorização legal para 
atuação profissional em juízo do advogado
┗Legitimação para o processo (Legitimidade ad processum)
┗Capacidade de pessoa física
┗Capacidade de ser parte
┗Consiste na capacidade de ter direitos e obrigações na órbita civil
┗Art. 1, CC - Toda pessoa é capaz de direitos e deveres
┗Aplicável as pessoas naturais, físicas e as jurídicas de direito público ou privado e alguns entes 
despersonalizados: espólio, condomínio, massa falida, associações irregulares, nascituro.
┗Agentes públicos: Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas
┗Art. 3, CC - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente atos da vida civil os menores 
de 16 anos
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☠Pessoas em situações comcapacidade reduzida devem ser assistidas ou representadas. Se 
isso não for atendido constituirá nulidade absoluta
┗Capacidade de estar em juízo
┗Consiste na efetiva possibilidade do exercício dos direitos da qual se diz titular
┗Consiste na possibilidade de estar no processo sem auxílio externo de outrem
┗PRESSUPOSTOS NEGATIVOS (EXTRINSICOS)
┗Os pressupostos processuais negativos são aqueles que, como o próprio nome identifica, não podem existir no processo, 
ao contrário dos positivos, cuja presença se faz obrigatória. Dessa forma, são situações que não podem ocorrer sob pena de 
ser cominado com as consequências impostas pela lei.
┗Perempção
┗Ocorre quando o autor deixa o processo se extinguir por 3 vezes sem resolução de mérito, por abandono da 
causa. Conduto, a despeito de gerar a impossibilidade de nova propositura, a alegação de perempção poderá ser 
utilizada como matéria de defesa mesmo após ter atingido as 3 extinções do feito
┗Essa ação não pode existir por força do art. 485, V, CPP - Extinção sem resolução de mérito
┗Litispendência
┗Ocorre quando há uma ação idêntica (Mesmas partes, pedido e causa de pedir) em curso.
┗Assim, existem simultaneamente 2 ações iguais em juízos diferentes
┗A segunda ação proposta não pode existir demandando a resolução do processo sem análise do mérito
┗Essa ação não pode existir por força do art. 485, V, CPP - Extinção sem resolução de mérito
┗Coisa julgada
┗Ocorre quando se distribui uma ação em que outra já teve decretado decisão definitiva
┗A segunda ação proposta possui as mesmas partes, causas de pedir e pedido já julgados anteriormente
┗Essa ação não pode existir por força do art. 485, V, CPP - Extinção sem resolução de mérito
┗Convenção de arbitragem
┗Se firmado compromisso entre as partes, estabelece-se que determinado litígio não ocorra pelo poder judiciário, 
mas sim pela arbitragem
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