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Identificação Botânica: Estruturas e Termos

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INVENTARIAMENTO DE FLORA 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Dayane May 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Identificação botânica: reconhecimento e identificação da flora nativa e 
exótica 
A identificação científica requer conhecimentos de taxonomia e 
sistemática vegetal baseada na morfologia de estruturas vegetativas e 
reprodutivas das plantas. Os termos morfológicos são utilizados em chaves de 
identificação e auxiliam no reconhecimento de grupos e famílias. Algumas 
características morfológicas marcantes permite a identificação apenas pela 
observação a olho nu ou com auxílio de uma lupa. Para a busca de gêneros e 
espécie, é recomendado possuir um material botânico de boa qualidade, uma 
lupa e lâmina de barbear para análise de estruturas muito diminutas. 
Também é preciso considerar que ocorre variações morfológicas de 
acordo com o ambiente, época e condições nutricionais. Com isso, indivíduos da 
mesma espécie podem variar na consistência da folha, no tamanho e outras 
características. 
Nesta ETAPA, vamos ver as principais características para 
reconhecimento e identificação de algumas das famílias botânicas mais comuns 
e ocorrentes no Brasil em estado nativo e introduzido. Para tanto, é necessário 
relembrar aspectos da morfologia vegetal, com foco em folha e flor. Optou-se por 
deixar os principais termos de nomenclatura botânica em negrito, com o intuito 
de facilitar o entendimento e compreensão do conteúdo. 
Objetivos: 
• Conhecer os principais termos morfológicos relacionados à folha para a 
identificação de famílias das Angiospermas. 
• Conhecer os principais termos morfológicos relacionados à flor para a 
identificação de famílias das Angiospermas. 
• Descrever as principais características morfológicas de algumas famílias 
do grupo das Angiospermas Magnolídeas e Monocotiledôneas. 
• Descrever as principais características morfológicas de algumas famílias 
do grupo das Angiospermas Eudicotiledôneas Rosídeas. 
• Descrever as principais características morfológicas de algumas famílias 
do grupo das Angiospermas Eudicotiledôneas Asterídeas. 
 
 
3 
TEMA 1 – ESTRUTURAS MORFOLÓGICAS USADAS EM CHAVES DE 
IDENTIFICAÇÃO: FOLHA 
A folha tem sua origem a partir das gemas caulinares localizadas nos 
ápices ou nas laterais (terminal e axilares). Numa folha completa, ocorrem quatro 
partes: limbo ou lâmina foliar, pecíolo, bainha e estípula (Gonçalves; Lorenzi, 
2011), conforme apresenta a Figura 1. 
Figura 1 – Representação esquemática da estrutura da folha 
 
Crédito: Kicky_princess/Shutterstock. 
As folhas podem ser classificadas em simples, quando apresenta o limbo 
não dividido e composta, quando o limbo está subdividido em unidades, 
chamadas folíolos. As folhas compostas podem ser pinadas ou palmadas 
(digitadas). O reconhecimento da organização da folha é feito a partir do ponto 
onde se encontra a gema lateral (Pimentel et al., 2017). 
A inserção das folhas ao longo do caule é a filotaxia. Quando existe 
apenas uma folha por nó, a filotaxia é alterna (dística ou espiralada); duas folhas 
por nó, é filotaxia oposta (dísticas ou cruzadas). Por último, a filotaxia verticilada 
surgem três ou mais folhas por nó (Raven; Evert; Eichhorn et al., 2016), conforme 
mostra a Figura 2. 
 
 
 
4 
Figura 2 – Representação esquemática da filotaxia: alterna – uma folha por nó; 
oposta – duas folhas por nó; verticilada – três ou mais folhas por nó 
 
Crédito: Aldona Griskeviciene/Shutterstock. 
Ainda, o limbo pode ser classificado quanto à forma geral, o ápice, a base, 
a margem, sistema de nervação, consistência, coloração, pilosidade e duração. 
Quanto à forma, pode ser elíptica, lanceolada, ovada, obovada, oblonga e linear. 
O ápice e a base também podem ter variadas formas, entre as mais comuns 
para ápice: aguda, acuminada, obtusa ou arredondada; para base: aguda, 
cuneada, obtusa, arredondada ou cordada. Menos comuns, os ápices com forma 
emarginado, truncado e cuspidado; e base truncada e amplexicaule. 
Os tipos de margens mais comuns são: lisa ou inteira, serrada, denteada, 
lobada e crenada (projeções arredondadas) (Gonçalves; Lorenzi, 2011). O 
sistema de nervação (venação) é referente à distribuição das nervuras (em que 
estão os feixes vasculares) nas folhas. Atuam na distribuição de água e 
nutrientes. Nas angiospermas, as nervuras estão dispostas em um padrão 
ramificado (exceto monocotiledôneas), caracterizando a nervação reticulada. 
Os tipos de nervação são: peninérveas (uma nervura principal central e 
demais nervuras secundárias, semelhante a uma pena); palminérveas (duas ou 
mais nervuras se originam na base do limbo sem se encontrar no ápice; 
curvinérveas (nervuras principais têm origem em um ponto na base do limbo e 
se convergem no ápice); paralelinérvea (nervuras paralelas); e 
https://www.shutterstock.com/pt/g/Aldona+Griskeviciene
 
 
5 
peniparalelinérvea (uma nervura principal evidente e nervuras secundárias 
paralelas entre elas) (Souza; Flores; Lorenzi, 2013). 
A consistência foliar está relacionada ao ambiente ou condição ambiental 
que a espécie vegetal se encontra: membranácea (fina, resistente e flexível); 
cartácea (quando finas e rígidas e se forem quebradiças); coriácea (espessas, 
consistentes, rígidas, mas flexíveis, como couro); crassa ou suculenta 
(espessas, submoles, ricas em água ou sucos diversos); e papirácea (espessura 
mediana, são mais ou menos moles, como na maioria das folhas) (Gonçalves; 
Lorenzi, 2011). 
Quanto à coloração, as folhas podem ser: concolor (uma única cor); 
discolor (duas cores diferentes) e variegada (três ou mais cores). A pilosidade 
ou indumento é em função dos tricomas dispostos na superfície abaxial ou 
adaxial da lâmina foliar. Quando os pelos estão presentes, a folha é classificada 
como pilosa. Na ausência, a folha é glabra ou lisa (Souza; Flores; Lorenzi, 2013). 
Quanto à duração, as plantas podem ser caduca, no qual as folhas caem 
em algumas épocas do ano; e persistente, em que as folhas geralmente 
permanecem na planta o ano todo. 
As folhas podem ter estruturas especializadas e modificações com 
diferentes funções geradas por processos de adaptações evolutivas 
desenvolvidas como resposta a alguma pressão ambiental ou biológica. 
Ocorrem em alguns grupos ou isoladamente: 
• Brácteas: folhas coloridas modificadas para atrair polinizadores (três-
marias). 
• Catáfilos: protegem a gema nos bulbos tunicados (cebola e alho). 
• Escamas: protegem as gemas dos bulbos (lírio). 
• Espata: forma uma proteção para a inflorescência (copo-de-leite). 
• Espinhos: para a defesa e evitar a perda de água (cactos). 
• Gavinhas: para a sustentação (ervilha). 
TEMA 2 – ESTRUTURAS MORFOLÓGICAS USADAS EM CHAVES DE 
IDENTIFICAÇÃO: FLORA 
A flor é a principal característica que distingue as Angiospermas de outras 
plantas vasculares. São ramos modificados com apêndices estéreis, que formam 
verticilos protetores (sépalas e pétalas) e apêndices férteis que formam os 
verticilos reprodutores (estames e carpelos), com função reprodutiva. As sépalas 
 
 
6 
surgem abaixo das pétalas, e os estames, abaixo dos carpelos. O conjunto de 
sépalas forma o cálice, e o conjunto de pétalas, a corola. O cálice e a corola 
juntos formam o perianto (Souza; Flores; Lorenzi, 2013). 
Os estames são constituídos pela antera (local de produção de grãos de 
pólen) e filete (eixo de sustentação). Os carpelos são formados pelo estigma 
(recebe o grão de pólen), estilete (por onde cresce o tubo polínico) e ovário com 
os óvulos, os quais se desenvolverão em sementes após a fecundação, 
enquanto a parede do ovário se desenvolverá no fruto. Coletivamente, o conjunto 
de estames é chamado de androceu, e o conjunto de carpelos é o gineceu 
(Raven; Evert; Eichhorn et al., 2016). 
As flores podem estar agrupadas formando as inflorescências. O eixo de 
sustentação da flor ou de peças da flor é denominado de pedúnculo. O 
receptáculo é aporção dilatada do extremo do pedúnculo, em que são inseridos 
os verticilos florais (Pimentel et al., 2017). A representação da estrutura 
morfológica de uma flor está apresentada na Figura 3. 
Figura 3 – Estrutura básica da flor 
 
Crédito: Valentina Moraru/Shutterstock. 
Existem muitas variações na estrutura floral. As que possuem os quatro 
verticilos florais (sépala, pétala, estame e carpelo) são chamadas de completas. 
Na ausência de qualquer um desses elementos, a flor é incompleta. Sendo 
assim, as flores podem apresentar cálice e corola juntos (diclamídias ou 
diperiantada); só cálice ou só corola (monoclamídea ou mono periantada); ou 
não ter elementos do perianto, sem cálice e sem corola (aclamídea ou 
aperiantada). 
 
 
7 
Em algumas flores, o perianto é semelhante entre si, com sépalas e 
pétalas iguais, caracterizando a presença de tépalas (homoclamídea). Quando 
o cálice e a corola são diferentes entre si, as flores são heteroclamídeas 
(Pimentel et al., 2017). 
A concrescência refere-se a união ou não de peças de um mesmo 
verticilo, como pétala com pétala, sépala com sépala, estame com estame e 
carpelo com carpelo. O prefixo diali usa-se para as peças livres entre si e gamo 
para peças unidas. Exemplos: dialissépalo e dialipétalo para estruturas livres; e 
gamossépala e gamopétala para estruturas unidas. Esses termos são utilizados 
para todos os verticilos (sépala, pétala, estame e carpelo) (Pimentel et al., 2017). 
Quanto à simetria, as flores podem ser simétricas ou assimétricas. Se 
tiverem simetria, esta pode ser bilateral ou zigomorfa, com apenas um plano de 
simetria possível. Se tiver dois ou mais planos de simetria, ou seja, mais de duas 
metades iguais, a flor será actinomorfa ou radial (Gonçalves; Lorenzi, 2011). 
As flores que contém androceu e gineceu são chamadas de monoclinas. 
Quando são unissexuadas, são denominadas de díclinas. Estas apresentam 
somente flores estaminadas (masculinas) ou pistiladas (femininas). Quando a 
planta apresenta flores díclinas e ambos os sexos estão presentes no mesmo 
indivíduo, a espécie é monoica. Entretanto, quando os indivíduos produzem 
apenas um ou outro tipo de flor, será considerada dioica (Souza; Flores; Lorenzi, 
2013). 
Outras características em relação às partes constituintes das flores: será 
pedunculada na presença do pedúnculo ou séssil, se na ausência deste. As 
brácteas são folhas modificadas, no entanto, poderão estar presentes próximas 
aos verticilos florais (Souza; Flores; Lorenzi, 2013). 
A disposição das peças florais será cíclica, quando o cálice ou corola 
estiverem dispostos em ciclos, ou acíclica ou espiralada, com a disposição em 
espiral. O número de peças florais é correspondente entre sépalas e pétalas. 
Existem flores dímeras, trímeras (mais comuns entre as monocotiledôneas), 
tetrâmeras e pentâmeras (Pimentel et al., 2017). 
O número de estames em relação ao número de pétalas pode variar: 
oligostêmone, quando o número de estames é menor do que o número de 
pétalas; isostêmone, quando o número de estames for igual ao número de 
pétalas; diplostêmone, quando o número de estames for duas vezes maior do 
 
 
8 
que o número de pétalas; e polistêmone, quando o número de estames for muito 
maior do que o número de pétalas (Gonçalves; Lorenzi, 2011). 
Os verticilos protetores (cálice e corola) são classificados quanto à sua 
presença e forma. A maioria das flores possuem os dois verticilos, sendo 
denominadas de diclamídeas. Quando possui apenas um verticilo será 
monoclamídea. Na ausência dos dois, será aclamídea. Ainda, se o cálice e a 
corola forem diferentes em sua forma, tamanho e cor, a flor será heteroclamídea. 
Se forem iguais, então será homoclamídea. O cálice geralmente tem 
coloração verde, mas, se for igual a cor da corola, usa-se o termo petaloide. O 
mesmo acontece ao contrário: a corola geralmente tem cor branca ou colorida. 
Se apresentar coloração verde, semelhante às sépalas, se denomina sepaloide 
(Pimentel et al., 2017). 
Os verticilos reprodutores (androceu e gineceu) também são classificados 
quanto às suas características de tamanho, concrescência e posição. Os 
estames podem se apresentar com tamanhos variados (heterodínamo), ou com 
quatro estames, sendo dois maiores e dois menores (didínamos), ou com seis 
estames, sendo quatro maiores e dois menores (tetradínamo). Também podem 
se mostrar separados (dialistêmone) ou unidos (gamostêmone). Em caso de 
união pelos filetes (eixo de sustentação do estame), apresentarão adelfia, com 
a formação de feixes (monoadelfo – 1 feixe, diadelfo - 2 feixes, triadelfo – 3 
feixes, poliadelfo – mais de três feixes). 
A sinanteria é a união dos estames pela antera. Quando estão aderidos 
às pétalas, são chamados de estames epipétalos. Em relação à união do filete 
com a antera, pode estar preso à base da antera (basifixa), ou no dorso 
(dorsifixa), ou no ápice (apicefixa). A deiscência (abertura) da antera pode ser 
longitudinal (abre-se longitudinalmente), valvar (abre-se por meio de valvas) ou 
poricida (por meio de poros apicais) (Gonçalves; Lorenzi, 2011). 
Os carpelos também podem se apresentar livres ou unidos (fusionados). 
Quando livres, utiliza-se o termo dialicarpelar ou apocárpico. Já quando unidos, 
usa-se o termo gamocarpelar ou sincárpico. Uma flor pode ter um 
(monocarpelar), dois (bicarpelar), três (tricarpelar) ou mais que três (policarpelar) 
carpelos. Ainda quanto ao carpelo, pode ter estigma de forma variável (globoso, 
ovóide, entre outros) e ser indiviso ou ramificado. A inserção do estilete no ovário 
pode ser terminal, ou seja, na porção apical do ovário; lateral, na porção mediana 
do ovário, ou ginobásico, a qual se refere próxima à base. 
 
 
9 
A posição do gineceu pode se apresentar hipógina, com ovário súpero, 
não aderente ou livre; perígina, com ovário semi-ínfero ou semi-aderente e 
epígina, com ovário ínfero ou aderente. Em algumas flores, o receptáculo 
assume o formato de taça e, neste caso, é denominado de hipanto. Quando as 
paredes do hipanto se encontram unidas ao ovário, este é chamado de ovário 
ínfero e se a flor não possuir hipanto, o ovário será súpero (Gonçalves; Lorenzi, 
2011). 
A cavidade interna do ovário, onde contém os óvulos, é chamada de 
lóculo. Geralmente, tem correspondência entre o número de carpelos e número 
de lóculos, podendo ser uni, bi, tri ou plurilocular. A disposição dos óvulos no 
ovário é a placentação. A mais comum é a placentação axial, na qual os óvulos 
estão presos ao eixo central, em ovários biloculares e pluriloculares. Outros tipos 
de placentação: central livre, presos na coluna central, em ovários uniloculares; 
marginal, presos na margem de ovários uniloculares; parietal, presos na parede 
de ovários uniloculares; basal, presos na base de ovários uniloculares; e apical, 
presos no ápice de ovários uniloculares (Gonçalves; Lorenzi, 2011). 
TEMA 3 – ANGIOSPERMAS MAGNOLIÍDEAS E MONOCOTILEDÔNEAS 
3.1 Magnoliídeas 
São cerca de 8 mil espécies, caracterizam-se por apresentar as mais 
primitivas características, em geral, flores grandes, tépalas evidentes, com 
numerosos órgãos dispobstos em espiral sobre o receptáculo alongado. Os 
estames se prendem em cordões vasculares distintos originado abaixo das 
tépalas (Souza; Lorenzi, 2019). Podem ser lenhosas ou herbáceas. São as 
magnólias, fruta-do-conde, araticum, os louros e canelas e as plantas de 
pimenta-preta. 
Principais famílias de Magnoliídeas: 
• Magnoliaceae: flores grandes, tépalas evidentes, com numerosos órgãos 
dispostos em espiral sobre o receptáculo alongado. Os estames se 
prendem em cordões vasculares distintos originado abaixo das tépalas. 
As sementes podem ter coloração para atração de potenciais dispersores. 
Ex.: gêneros Magnolia sp. e Liriodendron sp. 
 
 
10 
• Annonaceae: folhas aromáticas, sem estípulas; cantarofilia altamente 
especializada; carpelos com superfície estigmática dura;estames com 
conectivo alargado. Ex.: fruta-do-conde, graviola, araticum. 
• Lauraceae: folhas simples; filotaxia alterna; margem inteira; sem 
estípulas, casca e folhas com odor característico; geralmente árvores de 
grande dossel; flores trímeras representam uma das famílias de maior 
destaque na composição florística com espécies consideradas como 
produtoras de madeira de lei, incluindo imbuia (Ocotea porosa) e 
sassafrás (Ocotea odorifera) e as canelas ou louros (Souza; Lorenzi, 
2019). Ex.: canelas, abacateiro. 
• Piperaceae: inflorescência tipo espiga terminal, com nó geniculado. 
Podem ser ervas, arbustos, epífitas ou lianas. Comum na Floresta 
Ombrófila Densa e Mista. Ex.: pimenteira, pimenta-do-reino. 
Alguns exemplos de Magnoliídeas estão apresentados na Figura 4. 
Figura 4 – Magnoliaceae (Magnolia grandiflora), Annonaceae (Annona 
squamosa), Lauraceae (Ocotea odorifera) e Piperaceae (Piper nigrum) 
 
Crédito: 
Khudoliy/Shutterstock
. 
Crédito: Marco 
Tulio/Shutterstock. 
Crédito: Dayane May. Crédito: 
Doikanoy/Shutterstock 
3.2 Monocotiledôneas 
Com cerca de 70 mil espécies, são um grupo monofilético com 
características bem próprias, como só um cotilédone na semente, raiz 
fasciculada, folhas paralelinérveas, estruturas florais trímeras ou pentâmeras, 
xilema e floema espalhados em feixes. Não formam madeira, exceto a família 
Arecaceae, representado pelas palmeiras. Outros representantes são as 
gramíneas, as orquídeas, bromélias, antúrios, lírios. Com importância 
econômica, algumas cultivadas, como milho, trigo, arroz e banana (Souza; 
Lorenzi, 2019). 
Principais famílias de monocotiledôneas: 
 
 
11 
• Araceae: inflorescência tipo espádice, acompanhada por espata; em 
algumas espécies, as flores femininas estão dispostas na espádice na 
parte inferior, enquanto que as flores masculinas estão dispostas na parte 
superior. Carpelos atingem a maturação antes dos estames para evitar a 
autopolinização. Possui ráfides e drusas de oxalato de cálcio. Família da 
maior inflorescência do mundo. Ex.: copo-de-leite, antúrio, costela-de-
adão, comigo-ninguém-pode. 
• Liliaceae: herbáceas com bulbos; folhas paralelinérveas; flores trímeras 
isoladas; homoclamídeas e actinomorfas; com 6 anteras. Ex.: tulipa, lírio. 
• Amarylidaceae: com bulbos ou rizomas; folhas dísticas ou espiraladas; 
flores vistosas, actinomorfas, cálice e corola unidos entre si. Espécies 
muito cultivadas como ornamentais. Ex.: amarilis, agapanto, clivia. Ainda, 
algumas espécies amplamente usadas na alimentação pertencentes ao 
gênero Allium sp. Ex.: alho, cebola, cebolinha. 
• Orchidaceae: flores vistosas, zigomorfas, distribuição cosmopolita e 
grande potencial ornamental. Presença de labelo (pétala modificada para 
atração de polinizadores). Ervas terrestres, epífitas ou rupícolas. 
Distribuição cosmopolita, com 850 gêneros, 25.500 espécies, cerca de 
2.600 espécies no Brasil, sendo a maior família de Angiospermas em 
número de espécies. Ex.: orquídeas. 
• Asparagaceae: plantas robustas, folhas espiraladas e fibrosas. De onde 
é retirada a matéria-prima para a produção de bebidas alcoólicas como a 
tequila. Inflorescências grandes podem levar décadas para florir. Ao final 
da floração, ocorre propagação por bulbilhos e a planta-mãe morre. Ex.: 
agave, iuca, cordiline, espada-de-são-jorge e aspargo. 
• Arecaceae: família das palmeiras, estipe geralmente lenhoso, exceção 
das monocotiledôneas. Ocorrem em diferentes biomas e fitofisionomias. 
Possui um dos maiores caules (62 m); maior inflorescência ramificada; 
maior fruto e semente (30 kg); maior crescimento primário; maior 
produtora de óleo (dendê e macaúba). Ex.: palmito, jerivá, coqueiro, 
buritis, butiá, ráfis. 
• Bromeliaceae: a maioria é epífita, utilizam as árvores somente como 
suporte. A disposição espiralada das folhas pode abrigar um ecossistema 
na parte interna da planta, pelo acúmulo de água. Obtém os nutrientes do 
ambiente. Muito observada na Floresta Ombrófila Densa. Ex.: bromélias. 
 
 
12 
• Poaceae: ervas com flores reduzidas, polinização anemófila e caule 
cilíndrico. Inflorescência tipo espigueta com flores aclamídeas, 
unissexuais e hermafroditas, envolvidas pro brácteas chamadas de 
glumas, lema e pálea. Principal família das Angiospermas do ponto de 
vista econômico, pelo uso na alimentação, ornamentação, pastagens, uso 
medicinal e composição das formações campestres em todo mundo. Ex.: 
capins, milho, arroz, trigo, centeio, cevada, sorgo, cana-de-açúcar. 
• Cyperaceae: ervas com inflorescência tipo espigueta, polinização 
anemófila caule triangular. Folhas alternas espiraladas, rosuladas e 
paralelinérveas. Ex.: sombrinha-chinesa e papiro. 
Alguns exemplos de monocotiledôneas estão apresentados na Figura 5. 
Figura 5 – Exemplos de representantes das famílias de monocotiledôneas 
 
 
 
Araceae 
Crédito: Dayane May. 
Liliaceae 
Crédito: Amit_Thakare/ 
Shutterstock. 
Amarylidaceae 
Crédito: Dayane May. 
 
Orchidaceae 
Crédito: Sealstep/ 
Shutterstock. 
Asparagaceae 
Crédito: Dayane May. 
Arecaceae 
Crédito: Haley Allison/ 
Shutterstock. 
 
 
 
13 
Bromeliaceae 
Crédito: Photology1971/ 
Shutterstock. 
Poaceae 
Crédito: VanoVasaio/ 
Shutterstock. 
Cyperaceae 
Crédito: VanoVasaio/ 
Shutterstock 
TEMA 4 – ANGIOSPERMAS EUDICOTILEDÔNEAS ROSÍDEAS 
São as plantas que realmente possuem dois cotilédones (eu=verdadeiro). 
São mais de dois terços de todas as angiospermas, com aproximadamente 170 
mil espécies. Não é um grupo monofilético. Estão incluídas as plantas com pólen 
tricolpado (três aberturas), flores cíclicas, com cálice e corola. Além disto, a raiz 
é axial, apresentam lenho desenvolvido, folhas com nervação reticulada, xilema 
e floema organizados em feixes e estruturas flores tetrâmeras e pentâmeras 
(Souza; Lorenzi, 2019). 
Entre as Eudicotiledôneas, alguns grupos merecem destaque. O grupo 
das rosídeas que é formado pelas plantas com corola dialipétala (pétalas 
separadas), como é observado em flores de pitangueira (Myrtaceae), feijoeiro 
(Fabaceae) e o morangueiro (Rosaceae), entre outras. Algumas famílias desse 
grupo, com suas principais características, estão apresentadas a seguir. 
• Malpiguiaceae: folhas opostas e frequentemente com glândulas. Flores 
com pétalas unguiculadas (região estreita na porção basal e uma porção 
apical expandida). Gineceu tricarpelar e androceu com 10 estames. 
Lianas ou arbustos. Ex.: acerola. 
• Fabaceae: com cinco subfamílias: Caesalpinioidade (incorporou 
Mimosoidade); Faboideae ou Papilionoidae; Cercidoideae; Detarioideae; 
Dialiodeae, com folhas geralmente compostas. Caesalpinioidade com 
folhas bipinadas e pulvino que controla o movimento foliar. Em Faboidade, 
trifoliolada, imparipinada, com estípula, sem gavinha. São as 
leguminosas, ou seja, possuem frutos do tipo legume ou sâmara a 
depender do gênero. Fazem simbiose com bactérias para fixação de 
nitrogênio. Uma das maiores famílias de Angiospermas e uma das 
principais do ponto de vista econômico, com 19.000 espécies, sendo 2800 
espécies no Brasil. Ex.: feijão, soja, angico, amendoim. 
• Euphorbiaceae: plantas que geralmente produzem látex e as flores estão 
dispostas em inflorescências, folhas com estípulas. Flores não vistosas 
unissexuais, actinomorfa, envolvidas por brácteas vistosas. Ex.: coroa-de-
cristo, flor-do-espírito-santo, mandioca, seringueira. 
 
 
14 
• Passifloraceae: trepadeiras, com gavinhas, folhas alternas, com nectários 
peciolares. Flores andróginas, actinomorfas, diclamídeas, pentâmeras. 
Presença de androginóforo (estrutura que eleva o androceu e gineceu), 
característico dessa família. Ex.: maracujá. 
• Rosaceae: ervas, arbustos, árvores ou lianas com acúleos ou espinhos 
frequentes. Flores vistosas e com estames numerosos, carpelos livres. 
Receptáculo com eixo côncavo e sépalas e pétalas nos bordos. Ex.: rosa, 
maçã, pera, morango, pêssego, amora, ameixa, cereja. 
•Moraceae: folhas simples; filotaxia alterna; lactescente; estípulas apicais. 
Inflorescência típica das figueiras (sicônio), com receptáculo côncavo e 
carnoso, em formato de urna (urceolado), com numerosas flores 
masculinas e femininas e uma abertura na porção apical, o qual se dá o 
contato com o ambiente. As flores são polinizadas por vespas. Ex.: 
figueiras, figo. 
• Cucurbitaceae: volúveis, ou seja, rasteiras e apoiam-se sobre outras 
plantas e fixam-se por gavinhas. Folhas lobadas, sem estípulas. Flores 
actinomorfas, unissexuais, diclamídeas, pentâmeras, gamopétalas. Fruto 
baga, tipo pepônio. Ex.: melancia, pepino, chuchu, melão, abóbora. 
• Myrtaceae: folhas simples, opostas, geralmente aromáticas com pontos 
translúcidos (glândulas oleíferas), margem inteira, comumente nervura 
coletora. Estames numerosos, mais chamativos que as pétalas. Gineceu 
com ovário ínfero. Madeira dura e tronco liso e descamante. Ex.: 
pitangueira, jabuticabeira, araçazeiro, cambuí, eucalipto. 
• Melastomataceae: folhas simples; filotaxia oposta; nervura curvinérvea; 
margem inteira ou recortada; pilosa ou lisa; flores bissexuadas; estames 
vistosos com anteras falciformes (em forma de foice). Herbácea, arbustiva 
ou arbórea. O nome dessa família é decorrente da cor escura dos frutos. 
Ex.: manacá-da-serra, quaresma. 
• Anacardiaceae: folhas alternas; geralmente compostas imparipinadas; 
com raque alada recortadas; nervação aberta (nervuras secundárias 
acabam na margem do folíolo); sem pontuações translúcidas; aromáticas. 
Flores pouco vistosas. Ex.: aroeira, manga, pistache, caju. 
• Rutaceae: folhas compostas, geralmente aromáticas e com pontuações 
translúcidas. As folhas compostas com apenas um folíolo (unifolioladas) 
podem ser confundidas com folha simples, como em Citrus sp. Algumas 
 
 
15 
espécies possuem troncos com espinhos. Ex.: Citrus sp. (laranja, limão, 
lima, tangerina), mamica-de-porca. 
• Malvaceae: folhas alternas, simples ou compostas, com estípula. Flores 
vistosas, actinomorfas, andróginas, diclamídeas, estames numerosos 
unidos em feixes. Ex.: hibisco, cacau, algodão, baobá, malva. 
Alguns exemplos de Eudicotiledôneas, do grupo das rosídeas, estão 
apresentados na Figura 6. 
Figura 6 – Exemplos de representantes das famílias de Eudicotiledôneas, grupo 
das rosídeas 
 
Malpiguiaceae 
Crédito: Dayane May. 
Fabaceae 
Crédito: Dayane May. 
Euphorbiaceae 
Crédito: NAWAJ SARIF 
1/Shutterstock. 
 
 
 
Passifloraceae 
Crédito: Dayane May. 
Rosaceae 
Crédito: Dayane May. 
Moraceae 
Crédito: Svitlana Ozirna/ 
Shutterstock. 
 
 
Cucurbitaceae 
Crédito: Dayane May. 
Myrtaceae 
Crédito: Dayane May. 
Melastomataceae 
Crédito: Dayane May. 
 
 
16 
 
 
Anacardiaceae 
Crédito: Iuliia Timofeeva/ 
Shutterstock. 
Rutaceae 
Crédito: 
LifeCollectionPhotography/ 
Shutterstock. 
Malvaceae 
Crédito: Dayane May. 
TEMA 5 – ANGIOSPERMAS EUDICOTILEDÔNEAS ASTERÍDEAS 
Outro grupo de grande destaque é o das asterídeas, formado por plantas 
que possuem corola gamopétala, entre elas estão, por exemplo, café 
(Rubiaceae), a hortelã (Lamiaceae), a batata (Solanaceae) e o girassol 
(Asteraceae). Algumas famílias desse grupo, com suas principais 
características, estão apresentadas a seguir. 
• Cactaceae: folhas modificadas em espinhos; caules clorofilados, com 
parênquima aquífero para armazenar água. Flores grandes e vistosas. 
Caules suculentos, folhas modificadas em espinhos ou ausentes; típica 
de ambientes secos. É polinizada por morcegos, para isso possui flores 
grandes, claras, solitárias e rígidas. Ex.: cactos, flor-de-maio. 
• Ericaceae: árvores e arbustos com folhas simples; flores pentâmeras e 
gamopétalas, actinomorfas ou zigomorfas; pentacarpelar. Ex.: azaleias. 
• Apocynaceae: árvores e lianas, laticíferas, folhas simples, alternas, com 
ou sem estípula; flores actinomorfas; nectário presente. Uso ornamental 
e medicinal. Ex.: espirradeira, alamanda, vinca. 
• Rubiaceae: ervas, arbustos ou árvores. folhas simples; filotaxia oposta; 
nervura peninérvea; margem inteira; corola gamopétala. Sempre com 
estípulas interpeciolares (entre os pecíolos). Comum na Floresta 
Ombrófila Densa e Mista. Ex.: café, véu-de-noiva, erva-de-rato. 
• Lamiaceae: folhas simples, sem estípulas de margem serrada; filotaxia 
oposta cruzada; ervas aromáticas. Ex.: hortelã, manjericão, manjerona, 
alfazema, lavanda, sálvia, falso-boldo, orégano. 
• Bignoniaceae: folhas compostas e opostas. Cálice gamossépalo e corola 
gamopétala. Flor zigomorfa. Estames didínamos (2 maiores e 2 menores) 
e um estaminoide, sementes aladas. Podem ser árvores, arbustos ou 
 
 
17 
lianas com gavinhas. São comuns na Floresta Ombrófila Mista. Ex.: Ipês, 
carova, cipó-de-são-joão, pente-de-macaco. 
• Solanaceae: folhas simples, sem estípulas; flores actinomorfas, 
diclamídeas, gamopétalas, pentâmeras. Algumas espécies possuem a 
folha ou caule com odor forte de tempero ou cheiro ruim. Ex.: tomate, 
batata, petúnia, manacá-de-cheiro, berinjela, tabaco, trombeteira, 
pimentão. 
• Asteraceae: folhas simples; filotaxia alterna; inflorescência tipo capítulo, 
característica dessa família. Inflorescência curta, discoide ou arredondada 
com flores sésseis, circundadas por brácteas que protegem a periferia do 
capítulo. Pode apresentar dois tipos de flores – flores do disco (central) e 
flores do raio (periferia do disco). As flores do raio contêm uma corola 
expandida chamada de lígula, que auxilia na atração de polinizadores. 
Fruto aquênio com dispersão anemocórica. Maior família de 
Eudicotiledôneas, com aproximadamente 1600 – 1700 gêneros e 24.000 
– 30.000 espécies, sendo cerca de 2000 espécies no Brasil. Ex.: girassol, 
margarida, gérbera, dente-de-leão, crisântemo, alcachofra, carqueja. 
• Apiaceae: folhas com margem serrada e profundamente partidas, com 
larga bainha envolvendo o caule; inflorescência tipo umbela (“guarda-
chuva”). Ervas anuais ou bianuais. Observada na fitofisionomia de Estepe 
Gramíneo-lenhosa. Ex.: caraguatá, funcho, cenoura, salsa, coentro. 
Alguns exemplos de Eudicotiledôneas, grupo das asterídeas, estão 
apresentados na Figura 7. 
Figura 7 – Exemplos de representantes das famílias de Eudicotiledôneas, grupo 
das asterídeas 
 
 
Cactaceae 
Crédito: Dayane May. 
Ericaceae 
Crédito: Dayane May. 
Apocynaceae 
Crédito: Dayane May. 
 
 
18 
 
Rubiaceae 
Crédito: Dayane May. 
Lamiaceae 
Crédito: Dayane May. 
Bignoniaceae 
Crédito: Dayane May. 
 
 
Solanaceae 
Crédito: Dayane May. 
Asteraceae 
Crédito: Dayane May. 
Apiaceae 
Crédito: Dayane May. 
NA PRÁTICA 
• Atividade: identificação de famílias botânicas 
• Materiais necessários: estiletes botânicos, lâmina de barbear ou bisturi, 
lupa, flor cultivada e roteiro base de prática. 
• Procedimentos: 
O identificar todas as partes de uma flor cultivada; 
O com o auxílio da lupa, observar pétalas, sépalas, gineceu, ovário em 
corte transversal e estames; 
O pesquisar em chave dicotômica o nível de família e as principais 
características referentes; 
O confirmar o resultado com bibliografia especializada; 
O repetir o processo o máximo possível, quanto mais praticar, mais 
fácil será identificar as famílias. 
 
 
 
 
19 
Roteiro base de prática 
FOLHA 
Filotaxia 
FLOR 
Presença de verticilos protetores 
Número de peças florais 
Sexo 
Concrescência do cálice 
Concrescência da corola 
ANDROCEU 
Concrescência dos estames 
Número de estames/número de pétalas 
Deiscência das anteras 
GINECEU 
Posição do ovário 
Número de lóculos no ovário 
Número de óvulos 
IDENTIFICAÇÃO 
Chave: Passos: 
Família encontrada: 
FINALIZANDO 
• O conhecimento das estruturas morfológicas é fundamental para a 
identificação em campo ou por chaves de identificação botânica. As folhas 
apresentam uma variação muito ampla de forma e função. As variações 
na estrutura da folha são em grande parte relacionadas com o habitat, 
disponibilidadede água no ambiente e refletem sua importância 
adaptativa. 
• A flor é um dos órgãos mais variáveis nas plantas. São estruturas 
especializadas em usar recursos abióticos para a transferência do pólen, 
sendo providas com uma vasta gama de cores, formas e estruturas. 
• As Magnoliídeas apresentam características primitivas, como flores 
grandes, tépalas evidentes, com numerosos órgãos dispostos em espiral 
sobre o receptáculo alongado. As Monocolitedôneas são um grupo 
 
 
20 
monofilético com características bem próprias, como só um cotilédone na 
semente, raiz fasciculada, folhas paralelinérveas, estruturas florais 
trímeras ou pentâmeras, xilema e floema espalhados em feixes. 
• O grupo das Angiospermas Eudicotiledôneas Rosídeas é formado pelas 
plantas com corola dialipétala (pétalas separadas), como é observado em 
flores de pitangueira (Myrtaceae), feijoeiro (Fabaceae) e o morangueiro 
(Rosaceae), entre outras. 
• O grupo das Angiospermas Eudicotiledôneas Asterídeas é formado por 
plantas que possuem corola gamopétala (pétalas unidas), entre elas 
estão, por exemplo, o café (Rubiaceae), a hortelã (Lamiaceae), a batata 
(Solanaceae). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
REFERÊNCIAS 
APG IV. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the 
orders and families of flowering plants: APG IV. Botanical Journal of the 
Linnean Society, v. 181, n. 1, p. 1-20. 2016. 
GONÇALVES, E. G.; LORENZI, H. Morfologia Vegetal. 2. ed. Nova Odessa: 
Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2011. 544 p. 
JUDD, W. S. et al. Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. 3. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2009. 612 p. 
PIMENTEL, R. G. et al. Morfologia de Angiospermas. Rio de Janeiro: 
Technical Books, 2017. 224 p. 
RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. 8. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 856 p. 
SOUZA, V. C.; FLORES, T. B.; LORENZI, H. Introdução à Botânica: morfologia. 
São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2013. 224 p. 
SOUZA, V. C; LORENZI, H. Botânica sistemática: guia ilustrado para a 
identificação das famílias de angiospermas da flora brasileira, baseado em AGP 
IV. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2019. 768 p. 
	TEMA 2 – Estruturas morfológicas usadas em chaves de identificação: flora

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