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Sistema Circulatório e Coração


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ANATOMIA 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Stephanie Von Stein Cubas Warnavin 
 
 
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CONVERSA INICIAL 
O sistema circulatório consiste em um sistema de distribuição e de defesa, 
em que os nutrientes e o oxigênio obtidos no intestino e nos pulmões, 
respectivamente, são levados para as células de todos os tecidos, e os 
metabólitos e o gás carbônico são levados para os rins e para os pulmões. Esse 
sistema também é o responsável por transportar os hormônios produzidos nas 
glândulas, bem como as células e moléculas responsáveis pela proteção e 
alerta, ajudando, assim, na manutenção da vida, no metabolismo e no sistema 
imunológico do corpo humano. 
Nesta aula, estudaremos as principais estruturas que estão presentes no 
sistema circulatório, suas funções, onde estão localizadas e como ocorrem as 
trocas gasosas do sangue. Além disso, abordaremos as estruturas e o 
funcionamento do sistema respiratório, uma vez que esses dois sistemas 
apresentam uma ligação para a manutenção do corpo. 
TEMA 1 – CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA 
Estima-se que no corpo humano adulto haja 96.540 quilômetros de vasos 
do sistema circulatório, que levam nutrientes indispensáveis para cada célula do 
corpo. O sangue também é responsável por transportar micro-organismos, 
desenvolver mecanismos de defesa e manter o equilíbrio dos fluidos do 
organismo por meio do sistema linfático. Além disso, esse sistema trabalha em 
parceria com outros sistemas, entre eles o digestório, endócrino, respiratório, 
urinário e tegumentar (Van de Graaff, 2003). 
As funções desse sistema podem ser agrupadas em duas grandes áreas: 
transporte e proteção. Por meio da circulação sanguínea, todas as substâncias 
relacionadas ao metabolismo celular são transportadas e classificadas como: 
(a) reguladora, leva moléculas reguladoras como hormônios para outros lugares 
distantes da origem; (b) respiratória, os eritrócitos transportam oxigênio para as 
células; (c) nutritiva, os nutrientes provenientes da alimentação são absorvidos 
na parede intestinal pelos vasos sanguíneos e linfáticos, em seguida são levados 
para todo corpo pelo sangue; (d) excretora, resíduos metabólicos, água e outras 
moléculas são filtrados pelo rim através de vasos capilares e excretados pela 
urina. Quanto à proteção, o sistema circulatório combate lesões, toxinas e 
microrganismos estranhos ao corpo. A coagulação atua como uma proteção 
 
 
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contra perda de sangue e os leucócitos (glóbulos brancos) trabalham junto ao 
sistema imunológico (Van de Graaff, 2003). 
O sistema circulatório apresenta uma bomba propulsora – o coração – e 
um sistema de condução vascular que transporta sangue arterial, venoso e linfa 
por meio do sistema linfático (Silva Filho; Leitão; Bruno, 2009). O coração 
apresenta duas bombas que atuam em circuitos sanguíneos distintos. No 
primeiro, os vasos sanguíneos formam o circuito sistêmico, responsável por 
transportar suprimento funcional do sangue de todos os tecidos. No segundo, os 
vasos que conduzem sangue dos pulmões para o coração constituem o circuito 
pulmonar (Marieb; Hoehn, 2008). 
O circuito sistêmico situa-se no lado esquerdo do coração, iniciando no 
ventrículo esquerdo. O sangue oxigenado (sangue arterial) sai dos pulmões e 
retorna ao coração por meio do átrio esquerdo, passa pelo ventrículo esquerdo 
e é bobeado para todas as partes do corpo através da aorta e suas ramificações. 
O sangue retorna ao coração por meio das duas grandes veias, cava superior e 
inferior, dessa vez, repleto de dióxido de carbono (CO2), chegando ao átrio 
direito. Esse ciclo é realizado repetidamente (Figura 1) (Marieb; Hoehn, 2008; 
Silva Filho; Leitão; Bruno, 2009). 
O circuito pulmonar se encontra no lado direito do coração, mais 
precisamente no ventrículo direito. O sangue rico em CO2 e pobre em oxigênio 
(O2) (sangue venoso) entra no coração pelo átrio direito, vai para o ventrículo 
direto e é bombeado para os pulmões pelo tronco pulmonar e artérias 
pulmonares. É nos pulmões que o sangue passa pelo processo de oxigenação 
e retorna para o átrio esquerdo do coração por meio das veias pulmonares (Silva 
Filho; Leitão; Bruno, 2009). 
Observe, na Figura 1: o lado direito do coração bombeia sangue para os 
pulmões e de volta para o lado esquerdo do coração por meio do circuito 
pulmonar (onde o sangue recebe O2 e diminui a concentração de CO2, indicado 
pela mudança de cor de azul para vermelho). O lado esquerdo do coração 
bombeia sangue para todo o corpo e volta ao lado direito do coração via circuito 
sistêmico (onde o sangue sobre alterações, perdendo O2 e ganhando CO2, 
representado pela mudança de cor de vermelho para azul) 
 
 
 
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Figura 1 – Diagrama esquemático do sistema circulatório e seus ciclos 
 
Crédito: GrayJay/Shutterstock. 
TEMA 2 – O CORAÇÃO 
O coração é um músculo oco, que tem peso aproximado de 310 g nos 
homens adultos e 255 g em mulheres adultas (Van de Graaff, 2003). Estende-
se obliquamente por 12 a 14 cm, na região da segunda costela até o quinto 
espaço intercostal (Marieb; Hoehn, 2008). Dois terços desse músculo estão 
localizados no mediastino, na cavidade torácica entre os dois pulmões, e seu 
ápice está voltado para baixo. Sua extremidade superior, chamada de base, é 
mais larga e é onde se encontram os grandes vasos sanguíneos (Figura 2) (Van 
de Graaff, 2003). 
O coração apresenta quatro câmaras em seu interior, que consistem em 
duas câmaras inferiores chamadas de ventrículos, e duas superiores conhecidas 
como átrios. Em termos anatômicos, a separação entre o lado esquerdo e o 
direito do coração é definida pelo septo intraventricular. Desta forma, as quatros 
câmaras cardíacas são: átrio esquerdo, ventrículo esquerdo, átrio direito e 
ventrículo direito (Silverthorn, 2010). 
 
 
 
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Figura 2 – Localização do coração na caixa torácica, região do mediastino 
 
Crédito: Morphart Creation/Shutterstock. 
Os átrios funcionam como câmaras coletoras, responsáveis por receber o 
sangue de diversas parte do corpo, ao passo que os ventrículos atuam como 
câmaras de bombeamento, cuja função é bombear o sangue para o organismo. 
Além da diferença de função, átrios e ventrículos também têm diferenças 
anatômicas, de maneira que os átrios apresentam paredes mais delgadas, e os 
ventrículos, paredes mais desenvolvidas, garantindo uma contração mais 
vigorosa. 
O átrio direito é a câmara coletora responsável por receber o sangue de 
todo o organismo – exceto dos pulmões – por meio de três veias: veia cava 
superior, veia cava inferior e seio coronário. O átrio direito comunica-se com o 
ventrículo direito, que é a câmara de bombeamento encarregada por levar o 
sangue rico em dióxido de carbono (CO2) aos pulmões através da artéria 
pulmonar. O sangue passa pelos pulmões, onde se enriquece de oxigênio (O2), 
e retorna para o coração por meio das veias pulmonares. No coração, o sangue 
vindo dos pulmões é recebido na câmara coletora esquerda, o átrio esquerdo. 
Em seguida, o sangue do átrio esquerdo passa para o ventrículo esquerdo, 
que é a câmara de bombeamento responsável por levar sangue para o restante 
do corpo – exceto para os pulmões – por meio da artéria aorta (Guyton; Hall, 
2006). 
 
 
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A presença de quatro válvulas cardíacas ajuda a direcionar o fluxo ao 
longo dessas câmaras cardíacas. Além dessa função de direcionamento do fluxo 
unidirecional, essas válvulas funcionam realizam retenção passiva, controlando 
a pressão transvalvular por meio de abertura e fechamento. No coração humano, 
há duas válvulas atrioventriculares localizadas entre os átrios e ventrículos. No 
lado direto, localiza-se a válvula tricúspide – que recebe esse nome por ter três 
cúspides. Já entre o átrio esquerdo e ventrículo esquerdo, está a válvula mitral, 
uma válvula bicúspide. Há ainda outras duas válvulas, chamadas de 
semilunares, que são a pulmonar e aórtica. A válvula pulmonar está entre a 
artériapulmonar e o ventrículo direito A válvula aórtica está entre o ventrículo 
esquerdo e a aorta (Waite; Fine, 2007). 
As paredes do coração são compostas de três diferentes camadas: (a) 
epicárdio, (b) miocárdio e (c) endocárdio. Além disso, todo o coração está 
envolto pelo saco pericárdico, que apresenta um folheto interno seroso e um 
externo fibroso que formam, respectivamente, o pericárdio seroso e fibroso (Silva 
Filho; Leitão; Bruno, 2009). 
No epicárdio encontram-se as artérias coronárias e seus vários ramos 
que nutrem o miocárdio. Esses ramos arteriais podem se comunicar entre si, o 
que forma uma circulação colateral entre elas. Quando esses ramos estão 
obstruídos, ocorre o conhecido infarto. O miocárdio forma grande parte desse 
órgão e é conhecido como o músculo do coração. É um tecido muscular cardíaco 
no qual ocorre a contração. Ao redor das células musculares cardíacas, há tecido 
conjuntivo que une essas células, formando feixes, uma rede alongada 
organizada em círculo ou espiral. São os feixes que espremem o sangue e fazem 
com que ele percorra o caminho necessário. O tecido conjuntivo presente no 
miocárdio forma o esqueleto fibroso do coração, cuja função é prender as fibras 
musculares e reforçar a região interna do miocárdio (Silverthorn, 2010; Marieb, 
Wilhelm; Mallatt, 2014). O endocárdio é a porção mais interna do coração, e 
consiste em uma lâmina epitelial escamosa simples em uma fina camada de 
tecido conjuntivo. É o endocárdio que promove o revestimento das valvas 
cardíacas e as câmaras coração (Marieb; Wilhelm; Mallatt, 2014). 
As células presentes no revestimento do saco pericárdico – também 
conhecido como cavidade do pericárdio – produzem uma película lubrificante de 
fluido seroso, que tem como principal função atuar na diminuição do atrito entre 
a parede externa do saco pericárdio e o coração durante os batimentos 
 
 
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cardíacos. A camada mais externa é chamada de pericárdio fibroso e consiste 
em uma camada forte de tecido conjunto denso que adere inferiormente ao 
diafragma e superiormente às raízes dos grandes vasos do coração. Essa 
camada atua como uma cobertura externa firme que impede que o coração se 
desloque e se encha excessivamente de sangue. Abaixo dessa camada está o 
pericárdio seroso, uma camada dupla que forma um saco fechado entre o 
coração e o pericárdio fibroso. A porção mais externa do pericárdio seroso, 
chamada lâmina parietal externa, está aderida na região interna do pericárdio 
fibroso. Essa lâmina, chamada de lâmina visceral do pericárdio seroso, é 
contínua ao epicárdio, pertencendo à parede cardíaca. Entre as lâminas visceral 
e parietal do pericárdio existe a cavidade do pericárdio, um tipo de fenda que é 
a divisão do celoma embrionário (Figura 3) (Marieb; Wilhelm; Mallatt, 2014). 
Figura 3 – Estruturas do pericárdio vistas por meio de um corte sagital 
 
Crédito: Eliane Ramos. 
TEMA 3 – ARTÉRIAS E VEIAS 
Os vasos sanguíneos são formados por três túnicas: (a) íntima, (b) média 
e (c) adventícia (Figura 4). A túnica íntima é parte mais interna da parede de 
um vaso sanguíneo. Essa parte constituí o endotélio – camada celular que 
reveste interiormente os vasos sanguíneos e linfáticos. A túnica íntima é feita de 
material elástico, formada por uma camada subendotelial de tecido conjuntivo 
 
 
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frouxo com células musculares ocasionais e se situa na superfície externa do 
endotélio e na lâmina elástica interna. 
A túnica média tem, principalmente, lâminas de fibras musculares lisas 
organizadas em espiral que aparecem dispostas em círculos, nos quais se 
encontram lâminas de fibrilas de colágeno e elastina. A diminuição do calibre dos 
vasos acontece pela vasoconstrição, em que ocorre a contração das células 
musculares lisas. A vasodilatação é um processo de relaxamento dessas 
células, e gera o aumento do diâmetro dos vasos. É o sistema nervoso autônomo 
que regula essas ações. A túnica média é mais espessa nas artérias do que nas 
veias. 
A túnica adventícia é a camada mais externa da parede dos vasos. É 
composta de tecido conjuntivo rico de fibras colágenas e elásticas. A principal 
função dessa túnica é a proteção dos vasos. As artérias e veias de maior calibre 
apresentam artérias minúsculas, capilares e veias em sua túnica adventícia, 
chamados de vasos dos vasos, que desempenham função de nutrição (Marieb; 
Wilhelm; Mallatt, 2014). 
Figura 4 – Estruturas que formam vasos sanguíneos 
 
Crédito: Tefi/Shutterstock. 
As artérias podem ser classificadas de acordo com o calibre e a espessura 
que apresentam. As artérias classificadas pelo calibre podem ser: (a) pequenas, 
(b) médias, (c) grandes. A espessura da camada média é o que determina se 
serão classificas em artérias ou arteríolas. As veias seguem o mesmo método 
de classificação. A camada média das artérias tem maior quantidade de tecido 
muscular liso do que as veias. Artérias como a aorta, que possuem grande 
calibre, têm, nessa camada, uma abundância de fibras elásticas, que fazem um 
 
 
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sistema de amortecedor, quando há o movimento de sístole ventricular, e ainda 
ajudam na impulsão do sangue para o corpo (Silva Filho; Leitão; Bruno, 2009). 
3.1 Artérias 
As artérias são os vasos sanguíneos responsáveis por levar o sangue 
arterial – rico em nutrientes e oxigênio – para todas as partes do corpo, com 
exceção da artéria pulmonar, responsável por encaminhar o sangue venoso 
para os pulmões. Também é possível afirmar que as artérias correspondem aos 
vasos que saem do coração. 
A artéria aorta é a principal artéria do corpo humano. A porção 
ascendente da aorta é um vaso sistêmico que ascende do ventrículo esquerdo. 
O miocárdio é irrigado pelas artérias coronárias esquerda e direita, que são os 
únicos ramos oriundos da porção ascendente da aorta. A aorta forma um arco 
para esquerda sobre as artérias pulmonares. Originam-se do arco da aorta: (a) 
tronco braquiocefálico; (b) artéria subclávia esquerda; e (c) artéria carótida 
comum esquerda (Figura 5) (Van de Graaff, 2003). 
Figura 5 – Arco da aorta e suas ramificações 
 
Crédito: Designua/Shutterstock. 
 
 
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O tronco braquiocefálico realiza o suprimento sanguíneo das estruturas 
do lado direito do corpo: ombro e membros superiores direitos, lado direito do 
pescoço e cabeça. É o primeiro ramo do arco da aorta, um vaso curto que 
ascende do mediastino até uma região adjacente da clavícula direita com a 
junção do esterno. Nesse ponto, ocorre a divisão em artéria carótida comum 
direita – posicionada na porção direita da cabeça e pescoço – e artéria 
subclávia direita – que leva o sangue para o ombro e membros superiores 
direitos. 
Os outros ramos do arco da aorta, a artéria subclávia esquerda e a 
artéria carótida comum esquerda, transportam o sangue para as estruturas do 
lado esquerdo do corpo, respectivamente: ombro e membros superiores 
esquerdos; lado esquerdo do pescoço e cabeça (Van de Graaff, 2003; Marieb; 
Hoehn, 2008). 
As artérias carótidas comuns direcionam-se para o pescoço 
paralelamente à traqueia. Na região inferior aos ângulos da mandíbula, cada 
uma delas se ramifica em artérias carótidas externas e internas. É nessa 
região que conseguimos sentir a pulsação sanguínea quando posicionamos os 
dedos, fazendo uma leve pressão. 
Na base da carótida interna, encontra-se o seio carótico, que apresenta 
barorreceptores, cuja função é monitorar a pressão sanguínea. Além disso, ao 
contornar o seio carótico, podemos observar o glomo carótico, um pequeno 
órgão neurovascular, capaz de perceber mudanças químicas que ocorrem no 
sangue (Van de Graaff, 2003). 
Logo abaixo, na Figura 6, podemos observar as principais artérias 
presentes no corpo humano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 6 – Principais artérias presentes no corpo humano 
 
Crédito: Olga Bolbot/Shutterstock. 
3.2 Veias 
As veias são os vasos sanguíneos responsáveis por transportar o sangue 
venoso– rico em dióxido de carbono – até o coração (átrio direito) para que ele 
possa ser oxigenado nos pulmões e volte para o organismo pelas artérias em 
forma de sangue arterial. A exceção se dá com as veias pulmonares, que 
chegam ao coração com o sangue vindo dos pulmões, rico em oxigênio. As veias 
também podem ser classificadas como os vasos sanguíneos que levam o 
sangue para o coração. 
O sangue venoso da maioria dos órgãos que se encontra inferiormente ao 
diafragma é drenado para a veia cava inferior – apenas uma pequena parte é 
drenada para veias do sistema ázigo –, entretanto, antes de entrar na veia cava 
inferior, o sangue venoso dos órgãos digestórios passa pela circulação da porta 
hepática. A veia cava inferior é o vaso mais amplo do corpo, e transporta o 
sangue venoso da região inferior do corpo para o coração. A extremidade distal 
dessa veia é formada pela junção das veias ilíacas comuns, pareadas com a 
vertebra L5 da coluna vertebral. Nessa região, ela percorre, em direção superior, 
 
 
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a superfície anterior da coluna, carregando o sangue venoso de gônadas, rins e 
paredes abdominais. A veia cava inferior termina quando entra na superfície 
interna do átrio direito (Marieb; Hoehn, 2008). 
A região superior do diafragma é drenada pela veia cava superior, exceto 
a parte da parede cardíaca. A veia cava superior é formada pela união das duas 
veias braquiocefálicas (esquerda e direita), e cada uma destas é composta da 
junção das veias subclávia e jugular. 
A maior parte do sangue que drena do pescoço e cabeça é coletado por 
três pares de veias: (a) veias jugulares internas; (b) veias vertebrais, que 
desembocam na veia braquiocefálica; (c) veias jugulares externas, que 
desembocam nas subclávias. Grande parte das veias do encéfalo vai em direção 
a uma série de câmaras mais largas e interconectadas, chamadas de seios 
durais, que estão entre as camadas da dura-máter (Marieb; Hoehn, 2008). 
As veias jugulares internas são os maiores pares de veias da região de 
cabeça e pescoço e recebem a maior parte do sangue que drena do encéfalo. 
Sua origem é dos seios venosos da dura-máter. Saem do crânio por meio do 
forame jugular e, posteriormente, direcionam-se pelo pescoço lateralmente às 
artérias carótidas internas. À medida que se inclinam para a parte inferior, 
recebem sangue dos ramos das veias facial e temporal superficial. Cada uma 
das veias jugulares internas se une à veia subclávia que está ao seu lado, na 
região da raiz do pescoço, formando, assim, as veias braquiocefálicas, as quais, 
por sua vez, unem-se e formam a veia cava superior. 
As veias vertebrais, ao contrário das artérias vertebrais, não participam 
tanto da drenagem do encéfalo. Estão relacionadas, principalmente, a drenar as 
vértebras cervicais, medula espinhal e alguns músculos menores do pescoço. 
Passam inferiormente pelos forames transversários das vértebras cervicais, 
unindo-se às veias braquiocefálicas na raiz do pescoço. 
A porção superficial do couro cabeludo e de outras estruturas da face 
supridas pelas carótidas externas são drenadas pelas veias jugulares 
externas, que também trabalham em parceira com as jugulares internas. 
Quando as veias jugulares externas passam pela lateral do pescoço, atravessam 
de forma oblíqua os músculos esternocleidomastoideos, depois desembocam 
nas veias subclávias (Marieb; Hoehn, 2008; Marieb; Wilhelm; Mallatt, 2014). 
Em seguida, na Figura 7, podemos visualizar as principais veias presentes 
no corpo humano. 
 
 
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Figura 7 – Principais veias presentes no corpo humano 
 
Crédito: Olga Bolbol/Shutterstock. 
TEMA 4 – O SISTEMA RESPIRATÓRIO 
A principal função do sistema respiratório é assegurar oxigênio para todos 
os tecidos, para corresponder às demandas de energia e remover os 
subprodutos das trocas gasosas do organismo, o dióxido de carbono (CO2). Para 
conseguir cumprir essas tarefas, o sangue e o CO2 precisam ser levados para 
os pulmões, para que ocorra troca do CO2 por O2 nos alvéolos pulmonares. O 
oxigênio é fornecido para os pulmões via respiração (ventilação) e, por meio da 
perfusão, o sangue chega aos vasos pulmonares pela impulsão dos batimentos 
do ventrículo direito do coração (Souza, 2010). Como é possível observar na 
Figura 8, fazem parte do sistema respiratório: (a) nariz; (b) cavidade nasal; (c) 
faringe; (d) laringe; (e) traqueia; (f) brônquios e suas ramificações; (g) alvéolos 
pulmonares; (h) pulmões; (i) pleuras (Marieb; Hoehn, 2009). 
 
 
 
 
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Figura 8 – Anatomia do sistema respiratório. 
 
Crédito: Alila Medical Media/Shutterstock. 
4.1 Nariz 
O início do aparelho respiratório se dá pelo nariz, cavidade que está no 
terço médio da face (Souza, 2010). O nariz apresenta: (a) ápice – uma raiz ou 
base – conhecido também como ângulo superior; (b) dorso e asas (lateral do 
nariz); (c) narinas, dois orifícios que estão na parte anterior separas pelo septo 
nasal (ósteo-cartilaginoso). 
As cavidades das narinas apresentam um teto, um assoalho e paredes 
medial e lateral. O teto tem três partes (frontonasal, etmoidal e esfenoidal). O 
assolho nada mais é que o processo palatino da maxila e a lâmina horizontal do 
osso palatino. Quanto às paredes, a medial tem uma porção cartilaginosa do tipo 
hialina, além de uma parte óssea, composta de vômer e lâmina perpendicular do 
etmoide. Já na parede lateral há as conchas nasais inferior, média e superior. 
Entre estas conchas encontramos os meatos (superior, médio e inferior). No 
meato superior, entre as conchas superior e média, abrem-se as células 
etmoidais posteriores. O meato médio apresenta comunicação com o seio 
maxilar, frontal e com células etmoidais anteriores, e fica localizado entre as 
conchas nasais inferior e média. O meato inferior está entre o palato e a concha 
nasal inferior (Filho; Leitão; Bruno, 2009). 
 
 
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4.2 Seios Paranasais 
Os seios paranasais são pares de espaços aéreos localizados em alguns 
ossos, denominados de acordo com o osso nos quais estão presentes. Cada 
seio se comunica com o interior da cavidade nasal de seu respectivo lado por 
meio de ductos de drenagem. Suas funções principais estão relacionadas a 
ajudar a umedecer e aquecer o ar da respiração. São exemplos dessas 
estruturas: seio maxilar, frontal e esfenoidal (Van de Graaff, 2003). 
4.3 Cavidade Nasal 
A cavidade nasal é uma região altamente vascularizada. Ela atua na 
captura de oxigênio, filtra, aquece e umedece o ar, facilitando as trocas gasosas 
nos alvéolos (Filho; Leitão; Bruno, 2009). 
4.4 Faringe 
A faringe apresenta formato cilíndrico afunilado, que se conecta com boca 
e cavidade nasal na parte superior, e laringe e esôfago na parte inferior. Tem 
aproximadamente 13 cm de comprimento divididos em três regiões: (a) nasal; 
(b) oral; (c) laríngea da faringe. A parte nasal está depois da cavidade nasal; a 
parte oral está depois da cavidade oral; e a laríngea da faringe está depois da 
laringe (Drake; Vogl; Mitchell, 2015). 
A faringe funciona como via de passagem que conduz o ar e o alimento, 
além de abrigar as chamadas tonsilas (Van de Graaff, 2003). As tonsilas 
funcionam como defensores do corpo contra patógenos que possam aparecer 
durante a respiração e a ingestão de alimentos (Van de Graaff, 2003). 
4.5 Laringe 
A laringe é uma estrutura composta de cartilagem e tecido conjuntivo 
denso que se conecta com a faringe, superiormente, e com a traqueia, 
inferiormente (Van de Graaff, 2003). Pertence às vias aéreas superiores e está 
localizada no nível da vértebra C3 até a C6 da coluna vertebral (Filho; Leitão; 
Bruno, 2009). Abriga as pregas vocais, cuja função é a produção da voz (Van de 
Graaff, 2003). 
 
 
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Na parte superior da laringe, está localizada uma estrutura constituída por 
tecido cartilaginoso chamada de epiglote. Anatomicamente, a epiglote está 
localizada logo atrás da boca, na porção inicial na laringe, fixada ao osso hioidee à cartilagem tireoide. Essa estrutura é muito importante para o funcionamento 
correto do sistema respiratório, pois garante que o sistema respiratório não seja 
obstruído por alimento algum e cause uma possível dificuldade respiratória. Ao 
fazer a ação de engolir, a epiglote á pressionada contra a laringe, fechando sua 
passagem e garantindo que o alimento não vá para a traqueia. 
O esqueleto da laringe é formado, principalmente, de cartilagens do tipo 
elástica e hialina, que são: tireoide, epiglótica, cricoide, cuneiformes, 
corniculadas e aritenoides. A partir da laringe, os órgãos do sistema respiratório 
formam tubos de parede cartilaginosa que conduzem o oxigênio e possibilitam 
uma via prévia para a respiração (Filho; Leitão; Bruno, 2009). 
A laringe apresenta três tipos de mecanismos: (a) canal aberto na 
expiração, que permite livre fluxo de ar; (b) canal totalmente fechado durante 
a deglutição, que impede a passagem de alimento para a traqueia e pulmões; 
(c) canal semiaberto durante a fonação (fala), que ajuda na emissão de sons 
(Souza, 2010). Em seu interior, a laringe contém as cavidades vestíbulo, 
ventrículo, glote e região infraglótica. O vestíbulo está sobre as pregas 
vestibulares (falsas). O ventrículo é delimitado entre as pregas vestibulares e 
pregas vocais verdadeiras, esta última apresenta mecanismos importantes para 
a fonação (Filho; Leitão; Bruno, 2009). 
4.6 Traqueia 
A traqueia tem em média 11 cm de comprimento – podendo variar entre 
9 e 16 cm – e com o diâmetro interno com cerca de 2,3 cm. Tem início na margem 
inferior da cricoide – 1,5 cm abaixo das pregas vocais – e termina na carina 
traqueal – uma lâmina de cartilagem em forma de quilha, correspondente ao 
ângulo de Louis – aproximadamente na vértebra T5 da coluna. É formada por 18 
a 26 anéis cartilaginosos, com aproximadamente 1,5 a 2 cm cada anel. Esses 
têm a forma de “C”, formando as paredes lateral e anterior. A face posterior é 
formada pela parede membranosa (Grillo, 1989). 
Sua mucosa compõe-se de um tecido epitelial pseudoestratificado colunar 
ciliado que contém várias células caliciformes mucossecretantes, o que gera a 
 
 
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mesma defesa contra pó e patógenos que a laringe. A traqueia se divide, 
formando os brônquios principais esquerdo e direito (Van de Graaff, 2003). 
4.7 Brônquios 
Quando a traqueia passa atrás do arco da aorta, ela divide-se em dois 
ramos curtos chamados de brônquios principais direito e esquerdo (Spence, 
1991). Os brônquios têm a mesma constituição morfológica da traqueia: são 
tubos que conduzem o ar da traqueia para os pulmões, além de aquecer e 
umidificar o ar inspirado (Filho; Leitão; Bruno, 2009; Van de Graaff, 2003). O 
brônquio principal direito se apresenta mais vertical, largo e curto que o 
esquerdo, o que pode gerar maior probabilidade de alojamento e penetração de 
objetos estranhos que venham a entrar nas vias aéreas (Van de Graaff, 2003). 
Os brônquios principais são direcionados para a face medial dos pulmões, 
onde dividem-se em: (a) lobares; (b) brônquios menores, três do lado direito e 
dois do lado esquerdo (Filho; Leitão; Bruno, 2009). Os brônquios menores se 
dividem em diversos brônquios segmentares, que continuam se dividindo até 
formar os finos bronquíolos, que também se dividem e formam os bronquíolos 
terminais, que dão origem a vários bronquíolos respiratórios. Estes últimos 
segmentam-se em diversos ductos alveolares que terminam nos álveos. Dessa 
forma, nota-se que cada brônquio principal desencadeia em uma sequência de 
ramificações conhecidas como árvore brônquica (Figura 9) (Van de Graaff, 
2003). 
Figura 9 – Árvore brônquica nos pulmões 
 
Crédito: Sciepro/Shutterstock. 
 
 
18 
4.8 Alvéolos Pulmonares 
Os alvéolos são estruturas muito pequenas, de aproximadamente 0,25 a 
0,50 mm de diâmetro, porém, em grande quantidade, cerca de 350 milhões em 
cada pulmão. Têm forma poliédrica e, na maioria das vezes, encontram-se 
agrupados em cachos, nos sacos alveolares, nas terminações dos seus ductos. 
Embora pequenos e com a distância entre cada alvéolo e ducto seja de 
aproximadamente 0,5 mm, esse conjunto de estruturas forma grande parte dos 
pulmões (Marieb; Hoehn, 2009; Souza, 2010). 
É nos alvéolos pulmonares que as trocas gasosas ocorrem de fato (Figura 
10). A traqueia, os brônquios e os bronquíolos conduzem o ar até os alvéolos, 
que fornecem o oxigênio necessário para as atividades metabólicas do corpo 
humano (Marieb; Hoehn, 2009). As trocas gasosas ocorrem nas paredes dos 
alvéolos, que dispõem de somente uma camada espessa de células, o que gera 
grande taxa de difusão, de tal forma que a barreira ar-sangue é formada por uma 
célula alveolar (Marieb; Hoehn, 2009). 
Figura 10 – Troca gasosa nos alvéolos pulmonares 
 
Crédito: Designua/Shutterstock. 
4.9 Pulmões 
Os pulmões são um dos principais órgãos do sistema respiratório e são 
formados por árvores bronquiais, alvéolos pulmonares e vasos pulmonares (Van 
de Graaff, 2003). Estão localizados na posição anterolateral e posterior do tórax, 
 
 
19 
apresentando uma base e um ápice, além de lobos divididos por fissuras (Silva; 
Leitão; Bruno, 2009). Apresentam formato semelhante ao de um cone e as faces 
lateral, anterior e posterior têm contato com as costelas. O ápice dos pulmões 
está abaixo das clavículas. Os pulmões – esquerdo e direito – têm tamanhos 
ligeiramente diferentes em virtude de o coração ser levemente inclinado para a 
esquerda (Figura 11). 
Figura 11 – Anatomia dos pulmões 
 
Crédito: Vecton/Shutterstock. 
 
O pulmão esquerdo é um pouco menor e tem um desvio em sua margem 
anterior que acomoda o coração, chamado de incisura cardíaca (Marieb; 
Wilhelm; Mallatt, 2014). O pulmão esquerdo apresenta, ainda, um processo em 
forma de língua, chamado língula. O pulmão direito tem duas fissuras – oblíqua 
e horizontal – e três lobos – inferior, médio e superior. A área entre os pulmões 
é chamada de mediastino (Filho; Leitão; Bruno, 2009). 
Cada um dos pulmões tem quatro faces que se adaptam ao contorno da 
cavidade torácica: (a) face medial ou mediastinal, é levemente côncava e 
contém o hilo (uma fenda vertical por onde passam os vasos pulmonares, 
brônquios e nervos); (b) base do pulmão, localizada na porção inferior, é 
côncava para se adaptar à cápsula convexa do diafragma; (c) ápice ou face 
 
 
20 
superior, projeta-se até ao nível da clavícula; (d) face costal, é larga, 
arredondada e está em contato com as membranas que cobrem as costelas (Van 
de Graaff, 2003). 
Os pulmões ainda estão protegidos por membranas serosas, chamadas 
de pleuras (podendo ser pleura parietal ou visceral). A parietal reveste a 
cavidade torácica dos pulmões internamente, já a visceral cobre as superfícies 
externas do pulmão (Van de Graaff, 2003). 
TEMA 5 – APLICAÇÕES PRÁTICAS 
Quando estamos em repouso, o coração bombeia de quatro a seis litros 
de sangue por minuto. Durante a atividade física, o bombeamento de sangue 
chega a ser de quatro a sete vezes maior (Guyton; Hall, 2006). Essa quantidade 
ocorre em virtude da alta demanda de oxigênio exigida pelos músculos 
esqueléticos durante o exercício físico, e como resposta, o coração aumenta a 
frequência de suas contrações (Powers; Howley, 2000; Robergs; Roberts, 2002). 
Isso ocorre pelo fluxo sensorial dos músculos, tendões, articulações e 
ligamentos que é iniciado durante a prática de exercícios e segue em direção ao 
sistema nervoso central. Alguns metabólitos e quimiorreceptores também 
influenciam as respostas cardiovasculares e respiratórias à atividade física 
(Tortora; Grabowski, 2002). 
Durante a atividade física, os pulmões também aumentam sua atividade, 
fornecendo oxigênio para todas as partes do corpo, a fim de proporcionar energia 
e remover o CO2 liberado na produção dessa energia. Quando se pratica 
exercícios, os músculos do coração trabalham mais e precisam mais de oxigênio, 
para isso a respiraçãoprecisa ser aumentada, de, aproximadamente, 15 
respirações por minuto durante o repouso para até 40 a 60 respirações por 
minuto durante o exercício (Tortora; Grabowski, 2002). 
 
 
 
21 
NA PRÁTICA 
O sistema cardiovascular apresenta inúmeras funções para o corpo, 
dentre elas o transporte de substâncias importantes para a manutenção da vida, 
por exemplo, oxigênio e hormônios. Além disso, o coração, uma das estruturas 
mais importantes do corpo, serve como um sistema de bomba transportadora 
que mantém o sangue circulando continuamente através dos vasos sanguíneos. 
O sistema respiratório fornece oxigênio para a circulação sanguínea e 
remove o gás carbônico. Também é por meio do sistema respiratório que ocorre 
a produção de som ou vocalização, quando o ar expirado passa através das 
pregas vocais. Além disso, o sistema respiratório também conta com uma defesa 
a patógenos e impurezas presentes no ar. 
FINALIZANDO 
Nesta aula, conseguimos compreender a anatomia e o funcionamento de 
sistemas complexos, responsáveis pela nutrição do organismo: sistema 
circulatório e sistema respiratório. Juntos, esses sistemas formam o sistema 
cardiorrespiratório, responsável pelas trocas gasosas e por levar oxigênio e 
nutrientes para todo organismo. É preciso que os sistemas circulatório e 
respiratório funcionem de forma eficiente para garantir a manutenção da vida 
humana. 
 
 
 
 
 
22 
REFERÊNCIAS 
DRAKE, R. L.; VOGL, A. W.; MITCHEL, A. W. M. Gray's anatomia clínica para 
estudantes. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 
GRILLO, H.C. Benign and malignant diseases of the trachea. In: SHIELDS, T.W. 
(ed.). General thoracic surgery. 3. ed. Philadelphia: Lea & Febiger, 1989. p. 
667-679. 
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Heart muscle: the heart as a pump and function of 
the heart valves. In: _____. Textbook of medical physiology. 11. ed. 
Philadelphia: Elsevier Inc., 2006. p. 103-115 
MARIEB, E.; WILHELM, P.; MALLATT, J. Anatomia humana. 7. ed. São Paulo: 
Pearson Education do Brasil, 2014. 
MARIEB, E.N.; HOEHN, H. Anatomia & Fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artrned, 
2008. 
SILVA FILHO, A. R. F.; LEITÃO, A. M. F.; BRUNO, J. A. Atlas texto de anatomia 
humana. Fortaleza: Gráfica LCR, 2009. 
SILVERTHORN, D. U. Fisiologia cardiovascular. In: _____. Fisiologia humana: 
uma abordagem integrada. 5. ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2010. p. 467-
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SOUZA, S. C. Lições de anatomia: manual de esplancnologia. Salvador: 
EDUFBA, 2010. 
VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia humana. Barueri: Manole, 2003. 
WAITE, L.; FINE, J. Cardiovascular structure and function. In: _____. Applied 
biofluid mechanics. New York: McGraw-Hill Companies, Inc., 2007. p. 314.