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CADEIA DE SUPRIMENTOS AULA 5 Prof. Sérgio Luiz Pirani 2 CONVERSA INICIAL A cadeia de suprimentos é comumente descrita na literatura da área como sendo a integração dos processos de materiais de entrada, gestão de estoques de matérias-primas, manufatura, estoques de produtos acabados, distribuição e com uma visão dessas atividades sob a ótica de uma única empresa; há outras definições que afirmam que a cadeia de suprimentos é a composição de processos logísticos do ponto de origem da matéria-prima ao ponto de consumo. Outra visão do gerenciamento da cadeia de suprimentos é voltada para o gerenciamento de relacionamentos entre funções corporativas, como vendas, negociações, compras, trocas de conhecimentos e tecnologias entre empresas e clientes. Podemos assim inferir que a gestão de uma rede de suprimentos é uma tarefa ampla e desafiadora. Vimos inúmeros processos sobre a cadeia de suprimentos e sempre demonstrando a importância da integração de todos os processos numa rede, afinal, um dos objetivos dos gerentes da cadeia de suprimentos é implementar processos de negócios multifuncionais e integrá-los a outros membros-chave da cadeia de suprimentos sob sua tutela. O que é um negócio, senão um conjunto estruturado de atividades com resultados voltados para os clientes? Os processos de negócios são de certa forma um meio de integração das funções corporativas dentro de uma organização, como aquisições, finanças, produção, serviços, marketing etc. Os gestores de uma cadeia de suprimentos viram nos processos de negócios mais um meio para estruturar as atividades entre os membros de uma cadeia de suprimentos, já que as atividades inerentes à gestão da cadeia procuram a integração, sem distinção, de todos os setores de uma organização e dos pertencentes à rede conforme o nível de relacionamento entre as partes, uma integração horizontal nos relacionamentos e processos na cadeia. É neste contexto que entra de forma decisória na integração de processos na cadeia, seja de relacionamentos entre as organizações, seja em seus processos logísticos e de gerenciamento, que entra fortemente a aplicação da Tecnologia da Informação - TI em todos os segmentos da rede de suprimentos, pois uma vez realizadas as integrações dos negócios, vamos dizer assim, em toda a cadeia a montante, internamente e a jusante, os fluxos de trabalhos integrados com a tecnologia de informação e comunicação proporciona a 3 redução de custos, redução de tempo, qualidade de saída (uniformidade, variabilidade ou ausência de defeitos) etc., permitindo que as organizações tenham maior controle sobre suas operações. Então vamos ver como a Tecnologia da Informação – TI atua em vários segmentos da cadeia de suprimentos? TEMA 1 – OBJETIVOS DA INTEGRAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS O objetivo da integração da cadeia de suprimentos é melhorar a responsividade em relação a clientes e fornecedores, o tempo dos processos de produção e reduzir custos operacionais em cada um dos elos da cadeia e erradicar desperdícios. Assim, a junção de cada parte dos elos da cadeia é focada em formar um todo mais coeso no qual há a aproximação de todos os participantes da cadeia num objetivo comum, pois, desse modo, cada elo da rede se beneficia. A integração dos processos de uma cadeia de suprimentos pode ser realizada de várias formas, como numa fusão por joint venture com outra empresa na rede de suprimentos, ou por meio de parcerias livres, em que há as trocas de informações e de tecnologias voltadas para aqueles fornecedores e clientes mais importantes na cadeia, essa é a configuração mais comum numa integração da cadeia - Figura 1. A coesão entre os participantes da cadeia opera quase que como uma única empresa em relação aos processos pertinentes a cada uma no seu elo, todas voltadas ao mesmo objetivo, que é de aumentar a eficiência da cadeia e sustentar os negócios, tornando-os estáveis e embasados em confiança nas relações. 4 Figura 1 – Integração de processos da Cadeia de Suprimentos via TI Fonte: Pirani, 2022. Nesse sistema de integração da cadeia, Lambert, Garcia-Dastungue e Croxston, (2005) descrevem mais alguns processos e o que é realizado em cada um: • Gestão de relacionamento com o cliente - fornece a estrutura de como os relacionamentos com os clientes são desenvolvidos e mantidos. Equipes multifuncionais de clientes adaptam acordos de produtos e serviços para atender às necessidades de contas-chave e segmentos de outros clientes, o ponto-chave de contato para administrar os contratos de serviço do produto; • Gestão da demanda – fornece a estrutura para equilibrar os requisitos dos clientes com os recursos da cadeia de suprimentos, incluindo redução da variabilidade da demanda e aumento da flexibilidade da cadeia de suprimentos; • Cumprimento de pedidos - inclui todas as atividades necessárias para definir os requisitos do cliente, projetar uma rede e permitir que a empresa atenda às solicitações dos clientes, minimizando o custo total entregue; • Gerenciamento do fluxo de manufatura - inclui todas as atividades necessárias para obter, implementar e gerenciar a flexibilidade de fabricação e movimentar produtos por meio das plantas na cadeia de suprimentos; • Gestão de relacionamento com fornecedores - fornece a estrutura de como os relacionamentos com fornecedores são desenvolvidos e 5 mantidos. Equipes multifuncionais adaptam acordos de produtos e serviços com fornecedores-chave; • Desenvolvimento e comercialização de produtos – fornece a estrutura para desenvolver e trazer novos produtos ao mercado em conjunto com clientes e fornecedores; • Gestão de devoluções - inclui todas as atividades relacionadas a devoluções, logística reversa. A integração da cadeia de suprimentos ocorre em duas vertentes: a integração vertical e a integração horizontal, que vamos ver a seguir 1.1 Integração horizontal e vertical na cadeia de suprimentos Numa integração horizontal na cadeia estão relacionadas as compras de empresas concorrentes de um mesmo setor, ou seja, em um mesmo nível, daí a denominação integração horizontal. Esse modo de integração pode se dar por fusão entre empresas dentro de um mesmo ramo de negócios e de interesse da empresa focal, por exemplo, uma fabricante de computadores fazer uma joint venture com uma fabricante de telas O-led de última geração. A integração vertical ou verticalização na cadeia de suprimentos indica a internalização dos processos da cadeia, ou seja, a empresa focal fará a gestão de todos os processos da cadeia. Há também a possibilidade de aquisição de um ou mais fornecedores-chaves na cadeia, ou ainda a empresa focal poderá desenvolver seus recursos. 6 Figura 2 – Integração vertical na cadeia de suprimentos Fonte: Pirani, 2022. Créditos: Shutterstock (DigitalPen/ Shutterstock; Afanasiev Andrii/ Shutterstock; Chonlatee42/ Shutterstock). Uma montadora de automóveis, por exemplo, poderia adquirir uma fabricante de pneus para suprir suas necessidades de primeiro plano – Figura 2, isso poderia ocorrer se a empresa visse uma oportunidade de gerar maiores controles de seus custos operacionais e desenvolvimento de novas tecnologias, isso poderá ser aplicado a qualquer processo de fabricação ou de prestação de serviços em que a empresa focal veja uma oportunidade de redução de custos operacionais em sua cadeia. TEMA 2 – INTEGRAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS – X-ERP (ENTERPRISE RESOURCE PLANNING) Segundo a Rentatec (2022), o X-ERP é um software que visa atender a variados tipos de empresas, com diferentes processos (financeiros, legais, comerciais, produtivos etc.), ajudando os empresários e executivos destas empresas no gerenciamentode seus negócios e auxílio na tomada de decisão. É um software customizável, ou seja, possível de ser configurado, de tal maneira que atenda vários tipos de negócios. Essa versão do Enterprise Resource Planning – ERP (X-ERP) ou Planejamento dos Recursos Empresariais, é denominada também como ERP https://www.shutterstock.com/g/Phaisarn+Wongkulchata https://www.shutterstock.com/g/Afanasiev+Andrii https://www.shutterstock.com/g/Afanasiev+Andrii https://www.shutterstock.com/g/tarokmew 7 estendido e é a versão mais atualizada até o momento, pois extrapola as esferas organizacionais nas integrações dos processos inerentes à cadeia de suprimentos, vamos ver as funções que podem ser gerenciadas com a integração feita por esse aplicativo: • Business intelligence - BI (Inteligência de negócios) – coleta e armazena dados sobre o que aconteceu no passado e como aconteceu até o momento presente. Por meio da concentração e cruzamentos dos dados pode identificar tendências e padrões de consumo, se for o caso, sem se aprofundar nas causas. Tem, assim, a função de coletar dados, organizá- los de forma lógica e disponibilizá-los para criar planos de ações ou monitoramento, gera assim indicativos se os negócios estão gerando resultados positivos ou não; • Business analytics – BA – (Analista de negócios) – tem como função captar e concentrar informações que servirão para tomadas de decisões futuras baseadas em dados passados, sustentado em análise estatística. O BA tem como objetivo dispor quais grupos de dados poderão ser úteis para aumentar a receita organizacional com uma produtividade mais eficiente; • E-commerce (Comércio eletrônico) – são as vendas e negócios realizados via internet, os processos desde a escolha do produto até o pagamento (cartão, pix, boleto etc.) são realizados por meios digitais, nessa modalidade de transação somente a logística de entregas se dá por meio físico; • B2C – Business to Consumer – transações realizadas diretamente entre a empresa e o consumidor final. Muitas empresas estão eliminando o atravessador, isso foi muito facilitado com o comércio eletrônico e internet, pois possibilita que o produto seja visualizado em toda parte do mundo a qualquer hora. A empresa deve estar preparada para essa modalidade de negociação, pois as operações de compras para o usuário são bastante simples, porém a logística de entrega pode ser bastante complexa; • B2B – Business to business – negócios entre empresas – uma pode ocupar a posição de fornecedora e a outra de compradora; • BAM – Business Activity Management - gerenciamento de atividades de negócios baseia-se na utilização da tecnologia da informação para estabelecer e possibilitar a análise dos dados de forma proativa, a fim de 8 identificar oportunidades e riscos para uma organização, com o objetivo de otimizar a lucratividade e eficiência nas operações; • CEM – Customer Experience Management – (Gerenciamento de Experiência do Consumidor) - prática utilizada pelo setor de marketing para inferir e reagir às interações com os clientes, a fim de atender suas expectativas com o objetivo de satisfazer o cliente no intuito de que se fidelize a marca ou produto ou empresa; • WF – Workflow – (Gerenciamento do fluxo de trabalho) – são padrões operacionais agrupados e repetíveis de processos de negócios. O WF acompanha os processos de uma operação realizada pelos colaboradores ou por máquinas que esteja em funcionamento e é programado para interpretar os resultados com o término do ciclo de produção; com os resultados obtidos o gestor poderá mitigar ou erradicar ineficiências numa linha de produção e introduzir um sistema automatizado; • WFM – Workforce Management – faz a gestão dos colaboradores ou de máquinas com o objetivo de otimizar a produtividade e o desempenho dos colaboradores, organizando-os conforme suas qualificações no lugar certo, na hora certa. Ou seja, é um processo institucional que maximiza o desempenho dos recursos, o planejamento da força de trabalho e a competência de uma organização. Foram citados alguns processos de integração até aqui, pois há muito mais. Para uma empresa realizar a integração de seus processos na cadeia de suprimentos será uma tarefa desafiadora, uma vez que na cadeia de suprimentos a integração se dá num todo, incluindo a parte interna e externa à empresa. Assim, a empresa deve se posicionar em relação ao que de fato quer integralizar, pois, por exemplo, investir em integração vertical seria ideal para empresas que pretendem produzir ao máximo possível internamente e com poucos fornecedores. Numa integração horizontal, por exemplo, empresas prestadoras de serviços numa cadeia de suprimentos, a integração horizontal seria o mais adequado, pois a integração com parceiros do mesmo ramo seria uma forma de criar uma estratégia competitiva no setor de atuação. 9 Dentro deste contexto a empresa deve determinar o nível de integração pretendido e se tem capital disponível para realizar o que pretende, logo, deve analisar: • A linha de base: aqui a integração se apoia nas informações departamentais, uma vez que cada departamento trabalha processos próprios, mas que impactam outros setores; • Integração funcional: informações e operações são compartilhadas por todos os departamentos na empresa com o objetivo de aumentar a eficiência num todo na cadeia; • Integração interna: há a integração de todos os departamentos por meio de uma estrutura de TI, cada elo da cadeia é funcionalmente separado e trabalha focado em suas próprias operações; • Integração externa: todas as empresas da cadeia de suprimentos estão interligadas e compartilham informações e operam como uma unidade organizacional a fim de atender às necessidades dos clientes e aumentar a eficiência e os lucros em todos os elos da cadeia (armazenagem, transporte, distribuição, logística etc.). Vamos ver alguns processos integralizados e como funcionam suas tarefas de rotina. 2.1 Fulfillment no comércio eletrônico Grandes plataformas de varejo estão utilizando esse sistema integrado para atendimento aos clientes, o fulfillment (cumprimento) abrange todas as operações logísticas de um comércio eletrônico, desde o recebimento do pedido da loja virtual ou da loja física, conferência do pedido, separação do item, embalagem, endereçamento e expedição. Muitas plataformas de vendas no varejo estão fazendo parcerias com seus fornecedores, disponibilizam uma certa quantidade de estoques de produtos de alto giro. Já no armazém da plataforma de vendas, assim que um pedido é feito diretamente para a loja parceira ou direto no site da plataforma de vendas, esta se encarrega de todas as operações já citadas. Muitas dessas plataformas em seus anúncios já deixam destacados os produtos com essa disponibilidade, sinalizando como “full” (completo), ou seja, que aquele produto 10 já está disponível em seus estoques e fica como uma venda direta plataforma x cliente e a expedição é imediata. Vamos ver um resumo das etapas de responsabilidade de uma operação fulfillment: Figura 3 – Algumas etapas do fulfillment no comércio eletrônico Fonte: Pirani, 2022. • A primeira etapa se dá com a pesquisa do cliente e sua escolha do produto na plataforma de vendas, é muito comum e o ideal é que já conste a quantidade em estoque disponível do produto escolhido pelo cliente; • O ERP integrado com o WMS – Warehouse Management System (sistema de gerenciamento de armazém) faz o controle de estoque com precisão – entrada e saída de itens, tipo de produto, endereçamento, fornecedor etc.; • Em seguida há o sistema de picking ou separação, a equipe de linha de frente com os dados do pedido retira da prateleira e disponibiliza o produto para que seja embalado – packing –, conforme as características de cada produto, para garantira integridade da mercadoria a ser expedida; • A etapa final no armazém é a expedição da mercadoria para o cliente, que pode ser com frota própria ou terceirizada, fechando assim o ciclo fulfillment; • É importante frisar que esse método de vendas obedece a horários pré- programados para que as entregas sejam feitas em um período já agendado pela plataforma de vendas. As informações ficam disponíveis 11 na plataforma, assim, quando o cliente acessa o produto desejado, aparece para ele que, se ele comprar aquele produto até “X horas”, o produto chega em 24h; 48h etc., isso traz enorme eficiência nas entregas e satisfação dos clientes. TEMA 3 – SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL – SIG NA CADEIA DE SUPRIMENTOS O sistema de operacionalização da Tecnologia da Informação – TI na cadeia de suprimentos tem como atribuição reunir recursos computacionais para a manipulação das informações angariadas por vários meios, como pesquisas de marketing, informações dos processos de uma empresa, pessoal etc. Os elementos de compõem a TI para que os dados sejam captados, processados e interpretados se apoia em equipamentos – hardwares – como a CPU (unidade de processamentos de dados), mouse, monitor, impressora, que são os periféricos, e os aplicativos – softwares –, que são a parte lógica da TI, e os recursos de apoio, como sistemas de telecomunicações e a gestão de dados realizada pelo Sistema de Informação Gerencial – SIG. Silva, Silva e Duarte (2004, p. 2), sustentam que O fluxo físico de informações está tornando-se uma ferramenta de gestão logística cada vez mais importante. A complexidade óbvia dos sistemas de gestão de fluxo atuais coloca pesadas demandas por sistemas de informação. Materiais, produtos semiacabados, produtos acabados ou peças de reposição, todos carregam um custo financeiro e de estocagem, mas as gerações sucessivas de equipamentos de processamento de dados trouxeram consigo vastas melhorias na velocidade e capacidade de processamento a custos decrescentes. O cenário descrito pelos autores é percebido com facilidade por aqueles que se valem da internet e aplicativos de um modo geral no seu dia a dia, ora, esses custos decrescentes beneficiaram também as organizações de um modo geral, e as inovações em aplicativos voltados para a gestão de dados são imensas e a cadeia de suprimentos foi beneficiada por esses avanços. Vamos ver alguns avanços em tecnologias da informação e que são largamente utilizados na gestão da cadeia de suprimentos a seguir. 12 3.1 Sistema de gerenciamento de armazém – Warehouse Management System - WMS O Warehouse Management System – WMS consiste num software desenhado e programado para a gestão de armazéns, assim, faz a gestão de todos os processos de armazenagem, desde a entrada de uma mercadoria até a saída desta. A integração do WMS com o ERP dependerá da empresa que o utiliza, essa integração pode ser simples, com tarefas básicas, como recebimento, endereçamento e expedição - grosso modo – por exemplo, ou em integrações mais complexas, que podem abranger inclusive a integração de processos de outras empresas que pertençam à cadeia da empresa focal. Como os processos de armazenagem iniciam com a chegada de um item via transporte, é bastante comum a integração do WMS e TPM, como ilustrado na Figura 4, assim a gestão fica mais completa e mais exata, evitando falhas operacionais. 3.1.1 Funções executadas por um WMS Os centros de distribuição – CDs ou armazéns estão no centro das operações das indústrias e da cadeia de suprimentos porque armazenam todo o material usado nos processos de fabricação ou distribuição dos produtos acabados. A função de um WMS é auxiliar a garantir que mercadorias e materiais se movam pelos armazéns da maneira mais eficiente e econômica. Um WMS executa inúmeras funções, como a gestão da movimentação de materiais, incluindo endereçamento e rastreamento de itens em estoque, sistema de picking - separação, recebimento, conferência e armazenamento. O sistema WMS gera relatórios, fornecendo dados do inventário de uma organização a qualquer momento e local, seja dos estoques em uma instalação em trânsito ou consignado. 13 Figura 4 – Esquema representativo da integração do ERP x WMS x TMS Fonte: Pirani, 2022. Podemos observar na Figura 4 que cada sistema de gestão, como o ERP, WMS e TMS (Transport Management System), é incumbido de uma função específica no que se trata de um pedido realizado pelo cliente, o ERP faz a integração entre os setores e trocas de informações, o WMS gerencia os processos de armazém e o TMS os processos inerentes aos transportes, todos com cruzamento de informações via ERP, no qual todas as informações são concentradas. O WMS atua na cadeia de suprimentos com o objetivo de otimizar os processos que lhe cabe, a fim de manter uma cadeia responsiva e eficiente, afinal, as operações numa cadeia de suprimento só serão eficientes se todos os processos de gestão e operações forem realizados de forma otimizada e sem gargalos. Vimos que os CDs têm um papel vital na cadeia de suprimentos, uma vez que é ali que ocorre a chegada da mercadoria, conferência, armazenamento, quando o caso é expedição, ou seja, se esses processos não seguirem um fluxo contínuo e sem nenhum tipo de gargalo, poderão interromper outros fluxos da cadeia, causando problemas de atrasos num efeito “dominó”. Podemos, com isso, perceber que o WMS é uma ferramenta que se tornou essencial para a gestão de armazéns. Um sistema WMS integrado a um ERP se torna extremamente versátil e flexível, uma vez que pode ser desenhado ou configurado de forma totalmente customizada às necessidades de uma organização, já que existem vários ramos de negócios é prudente que haja essa possibilidade, pois um fornecedor de 14 comércio eletrônico pode usar um WMS com funções diferentes de um varejista físico, por exemplo. Além disso, um WMS pode ser desenhado ou configurado conforme os tipos de mercadorias que a organização trabalha, por exemplo, pode ser customizado para um varejista de artigos esportivos, pois este teria requisitos diferentes de uma cadeia de supermercados, não é mesmo? Figura 5 – Funções do WMS na cadeia de suprimentos Fonte: Pirani, 2022. Na Figura 5 podemos perceber a consolidação do papel que o WMS desempenha no gerenciamento da cadeia de suprimentos, pois faz o gerenciamento de todos os processos de um armazém com rapidez e precisão. Esses softwares podem ser projetados com inúmeros recursos, como: • Projeto de armazém - permite que as organizações personalizem o fluxo de trabalho e a lógica de separação para garantir que o armazém seja projetado para alocação otimizada de estoque; • Rastreamento de estoque - possibilita o uso de sistemas avançados de rastreamento e identificação automática e captura de dados, incluindo RFID e scanners de código de barras, garantindo que itens em estoques possam ser encontrados facilmente quando necessário; • Recebimento e armazenamento - permite armazenamento e recuperação de estoque, geralmente com tecnologia pick-to-light ou pick- to-voice para ajudar os funcionários do armazém a localizar mercadorias; Saiba mais 15 Acesse o link disponível em: <https://www.mecalux.com.br/manual-de- armazenagem/picking/pick-to-light>. Acesso em: 19 set. 2022. • Separação e embalagem de mercadorias – incluindo separação por zona, por demanda e separação por lote. Os trabalhadores do armazém também podem usar as funções de zoneamento de lote e intercalação de tarefas para orientar as tarefas de coleta e embalagem da maneira mais eficiente, otimizando assim suas tarefas; • Expedição – permite ao WMS enviar conhecimentos de embarque antes do embarque, gerar listas de embalagem e faturas para o embarque e enviar notificações antecipadas de embarqueaos destinatários; • Gerenciamento de mão de obra – ajuda os gerentes de armazém a monitorar o desempenho dos trabalhadores usando indicadores-chave de desempenho (KPIs) que indicam os trabalhadores com desempenho acima ou abaixo dos padrões; • Gerenciamento de pátios e docas – auxilia os motoristas de caminhão quando entram em um armazém, orientando-os a encontrar as docas de carga corretas. Pode ainda ser configurado para operações do gerenciamento de pátios e docas para armazéns projetados para operações cross-docking e outras funções de logística de entrada e saída; • Relatórios – estes auxiliam os gerentes a analisarem o desempenho das operações do armazém, pois o WMS acusa pontos com maior ou menor eficiência. TEMA 4 – SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE TRANSPORTES – TRANSPORT MANAGEMENT SYSTEM - TMS Vimos que o sistema WMS é responsável pela gestão de armazéns, o sistema Transport Management System - TMS ou Sistema de Gerenciamento de Transporte, conforme o nome sugere, é programado para a gestão de processos de transportes como agendamento de cargas e descargas, filas de pátio etc. Assim, o TMS é um software criado para gerenciar todo o processo de transporte da organização, o gestor por visualização direta no monitor ou via relatórios gerados em tempo real pode assessorar e controlar todas as operações sob sua tutela de forma integrada com o WMS. https://www.hivecloud.com.br/post/tms-o-que-e-como-funciona/ 16 Figura 6 – Demonstrativo das integrações das funções de um WMS Créditos: Africa Studio/ Shutterstock. A integração dos sistemas WMS e TMS – Figura 6 permite que as atividades pertencentes ao transporte de carga, que costumeiramente eram realizadas em separado, por exemplo: • Geração de documentos fiscais; • Acompanhamento de embarques, coletas e entregas; • Custeio automatizado de frete para os clientes; • Cadastramento de taxas e tarifas inerentes ao frete; • Posicionamento de entregas e controle das operações em tempo real; • Gestão e controle de cargas e relatórios sobre andamentos das entregas; • Plataforma de monitoramento de carga para clientes; • Demonstrativo sobre faturamento e prazo médio de recebimento; e • Gestão financeira para transportadoras. A junção dessas funcionalidades do TMS e WMS otimiza a metodologia de gestão e as tomadas de decisões realizadas pelo gestor de frota, pois os dados são gerados com precisão e na hora que se achar necessário para alguma análise. Esse software permite que o gestor de frota possa visualizar todas as operações da transportadora, como datas e horas de saídas para entregas, https://www.shutterstock.com/g/belchonock https://www.hivecloud.com.br/post/software-de-gestao-financeira-para-transportadora/ 17 andamento das entregas e coletas programadas, assim, em tempo real, o gestor terá as informações para quando ocorrer qualquer problema e estará preparado para a tomada de decisão, essa é uma das grandes vantagens das integrações numa cadeia de suprimentos. 4.2 Warehouse Management System - WMS e TMS embarcador A integração entre setores na cadeia de suprimentos se estende também às terceirizações, como é o caso do Transport Management System – TMS embarcador, que é aquele que é dono das mercadorias a serem transportadas, o TMS, ou seja, o contratante e logicamente externo à empresa, mas a integração WMS e TMS embarcador permite que a empresa prestadora dos serviços, junto com o embarcador, gerencie as coletas e entregas em tempo real. Figura 7 – Processos de conferência e embarque de mercadorias Créditos: Gorodenkoff/ Shutterstock. Essa integração permite que os dois lados, transportadora e embarcador, acompanhem todas as etapas, desde a movimentação dos materiais via WMS para o carregamento do caminhão e acompanhamento das rotas de distribuição para todos os integrados na rede WMS, TMS (a transportadora) e TMS embarcador (a contratante) – Figura 7. Aqui estão listadas algumas funções dessa solução para gestão de transporte: https://www.shutterstock.com/pt/g/gorodenkoff 18 • Cotação automática de frete com as transportadoras cadastradas no sistema e com fornecedores disponíveis no portal de fretes on-line; • Envio de solicitação de coleta eletrônica para a transportadora escolhida; • Monitoramento da carga em tempo real via aplicativo; • Auditoria de frete em duas etapas com foco na redução de custos com pagamentos indevidos; • Relatório de desempenho com base nos principais KPIs da logística (Hivecloud, 2022). 4.2.1 Automatic Vehicle Guide – AVG – Veículos Guiados Automaticamente Umas das integrações dentro dos processos da gestão de armazém realizadas pelo WMS são os comandos automáticos dos equipamentos de movimentação de materiais, como a empilhadeira totalmente autônoma, que pode ser visualizada na Figura 8. Saiba mais Veja como a empilhadeira funciona assistindo ao vídeo disponível em: <https://fb.watch/e6OpF-KGrD/>. Acesso em: 19 set. 2022. https://fretelink.hivecloud.com.br/?utm_source=site&utm_medium=blog&utm_campaign=inbound_fretelink_experimentefretelink_buscaorganica&utm_content=sistema-wms https://www.hivecloud.com.br/ar-monitoramento-veicular/ https://www.hivecloud.com.br/post/5-kpis-de-logistica/ 19 Figura 8 – Empilhadeira autônoma utilizada em armazéns automatizados Créditos: Phonlamai Photo/ Shutterstock. Há uma forte tendência em automação em armazéns em todo o mundo, pois com a automação os processos ficam mais precisos, mais rápidos e econômicos para as operadoras logísticas. Os AVGs, que antes eram utilizados praticamente só nas linhas de produção, foram para dentro dos armazéns, pois além de agilizar em muito as operações, podem movimentar produtos pesados com precisão dentro do armazém e fazer cargas e descargas sem erros. https://www.shutterstock.com/pt/g/PhonlamaiPhoto https://www.shutterstock.com/pt/g/PhonlamaiPhoto 20 Figura 9 – AVGs em operação num armazém Créditos: vanitjan/ Shutterstock. Uma das inúmeras vantagens da automatização está no aproveitamento do espaço físico, que a cada dia fica mais caro em grandes centros consumidores. A automação proporciona um aproveitamento cúbico enorme, além de o sistema operacional ser de grande capacidade de resposta, um transelevador, por exemplo, pode atender cerca de 250 pedidos por hora 24h por dia e 365 dias no ano, e não é necessário iluminação, pois trabalha com leitores infravermelhos para código de barras e etiquetas RFID. https://www.shutterstock.com/pt/g/MAX3D 21 Figura 10 – Transelevador ou Retrieval system Créditos: Baloncici /Shutterstock. Na Figura 10 pode ser observada a altura do armazém, esses transelevadores ou retrieval system são robôs que são integrados ao sistema de gerenciamento do armazém, tanto dentro da empresa como fora, assim, um vendedor que estiver numa localidade distante envia suas informações de vendas. que são recebidas na cabine de comando dos transelevadores e assim já organiza as entregas por ordem lógica, região, data de entrega, seleciona a transportadora e modal adequados para despacho dos pedidos realizados em tempo real. Saiba mais Assista ao vídeo no link a seguir para compreender como é a operação totalmente automatizada pelos transelevadores numa grande empresa. Disponível em: <https://www.mecalux.com.br/armazens-automaticos- para-paletes/transelevador-trilateral-automatico#>. Acesso em: 3 ago. 2022. O sistema WMS se torna a cada dia mais eficiente e mais integrado, essas operações são realizadas com precisão devido também aos sistemas de tags, etiquetas, códigos de barras e QR Code, que ajudam a agilizar os processos de leitura dos materiais armazenados. Vamos ver sobre essas etiquetas a seguir. https://www.shutterstock.com/pt/g/mare22 TEMA 5 – SIG E ETIQUETAS NA GCS O Sistema de Informação Gerencial se apoia em várias tecnologias para prospectar dados, processá-los e traduzi-los para que o gestor possa então tomar suas decisões, vimos anteriormente os sistemas de movimentação de materiais automatizados e integrados ao WMS. Para que a haja o recebimento, conferência, endereçamento e alocação dos materiais recebidos para depois serem despachados, há uma grande complexidade operacional para que o produto chegue ao seu destino: na casa do cliente. Para agilizar esses processos há o sistema de etiquetagem, que garante que os processos serão eficientes. 5.1 Etiquetas ou tags RFID – Radio Frequency Identification Um Sistema de Informação Gerencial se baseia em dados como já mencionado, logo, num sistema integrado, logicamente que as informações devem ser gravadas por meio de alguma tecnologia da informação, como a aqui apresentada: a tecnologia de etiquetas de Rádio Frequência, conhecida no meio empresarial como Radio-Frequency Identification – RFID. A tecnologia de etiquetas de Radio-Frequency Identification - RFID é uma tecnologia composta de sensor sem fio que pode ser detectada por sinais eletromagnéticos. Esse sistema é basicamente composto por três componentes: uma antena, um transceptor (com decodificador) e um transponder (tag) programado eletronicamente com as informações - Figura 11. Há emissão de sinais de rádio pela antena para a tag ser ativada, assim os dados gravados na etiqueta poderão ser lidos. As antenas estabelecem a comunicação entre a tag e o transceptor. 23 Figura 11 – Sistema de funcionamento de uma etiqueta RFID Créditos: buffaloboy/ Shutterstock. O transceptor é responsável pela aquisição de dados. A antena pode ser embalada com o transceptor e o decodificador para se tornar um leitor. O leitor pode ser configurado como um dispositivo portátil ou de montagem fixa. Há emissão de ondas de rádio do leitor em alcances que podem chegar a 150 metros ou mais, dependendo de sua potência de saída e da frequência de rádio utilizada. Caso uma etiqueta RFID seja encontrada na zona eletromagnética que é produzida pela antena, ela detecta o sinal de ativação do leitor. O leitor decodifica os dados que estão codificados no circuito integrado da etiqueta e os dados podem então ser transferidos para qualquer sistema de computador para processamento. 5.1.1 Aplicações da etiqueta RFID Essa tecnologia pode ser aplicada em inúmeras tarefas, como na indústria, na qual pode ser utilizada para: • Gestão de estoques; • Rastreamento de ativos; • Acompanhamento de pessoal; • Controle de acesso a áreas restritas; • Crachá de identificação; • Gestão da cadeia de suprimentos; • Prevenção de falsificação (por exemplo, na indústria farmacêutica). Pode ainda ser utilizada no controle de entrada e saída de veículos em shopping centers ou empresas, crachás, cartão-chave para hotéis, metrôs e ônibus em transporte público etc. https://www.shutterstock.com/pt/g/buffaloboy 24 5.1.2 Características das etiquetas RFID Essas etiquetas são compostas de um chip, no qual são armazenados os dados, e este é acoplado a uma antena que permite receber e fazer transmissão dos dados. Baseia-se em três tipos: • Ativas: RFID ativos têm três partes essenciais – leitor, antena e uma etiqueta. As etiquetas RFID ativas possuem sua própria fonte de energia – uma bateria interna, que lhes permite ter alcances longos de leitura, assim como grande capacidade de armazenamento de dados; • Passivas: três partes principais compõem um sistema RFID passivo – um leitor RFID, uma antena e etiqueta. As etiquetas RFID passivas têm apenas dois componentes principais – a antena da etiqueta e o microchip ou circuito integrado. As etiquetas passivas são ativadas via sinal de um leitor de RFID, esse leitor envia energia para a antena que, por sua vez, converte a energia em ondas de radiofrequência, que enviam para a área de leitura; • Híbrida ou semipassivas: é a junção das características da ativa e passiva, tem a função de ampliar o alcance do sinal; • Worm – Write Once, Read Many ou uma gravação várias leituras: esse tipo de RFID é projetado para uma única gravação, mas já existe outras RFID que permitem adicionar novas informações por regravações. 5.2 Código de barras – Bar Code Segundo a QR Code Generator (2022), o Quick Response (resposta rápida) ou QR é um tipo de código de barras que pode armazenar uma grande quantidade de informações. A grande diferença entre o QR Code e o código de barras é a aparência. Um QR Code tem a forma de um quadrado e contém módulos parecidos com o Tetris – Figura 13, enquanto o código de barras é formado por barras verticais e acompanhado por números seriais. 25 Figura 12 – A diferença entre o QR Code e o Bar Code é a aparência Créditos: SpicyTruffel /shutterstock. Figura 13 - Inspiração do QR Code - Tetris – jogo eletrônico desenvolvido na Rússia lançado em 1984 Créditos: AIexVector/ Shutterstock. https://www.shutterstock.com/pt/g/SpicyTruffel https://www.shutterstock.com/pt/g/AlekseiBezrodniy 26 O QR Code é bastante versátil e por isso por ser utilizado numa infinidade de aplicações. Há dois tipos de QR Code, o dinâmico e o estático. Os QR Code dinâmicos podem armazenar endereços de internet usados para prospecção de dados ou triagem do leitor, que é direcionado ao endereço registrado no QR Code, pode inclusive gerar dados estatísticos de leituras realizadas. Esses códigos são editáveis, isso quer dizer que, se porventura houver qualquer erro de digitação, por exemplo, este poderá ser editado e corrigido. Exemplo do uso do QR Code dinâmico: Figura 14 – Exemplo do uso do QR Code dinâmico Mostrar dados de contato detalhados com uma função para salvar as informações no celular. Fonte: Pirani, 2022. Para a criação do QR Code basta inserir todas as informações nos campos a serem preenchidos e clicar na caixa “criar QR Code” e ao lado ele já fica pronto, então é só fazer o download e pode-se ainda inserir logotipo, molduras, mudar de cor, criar vetor, ou seja, um atalho direto para o produto etc. Saiba mais Entre lá e brinque um pouquinho: <https://br.qr-code- generator.com/solutions/vcardplus-qr-code/>. Acesso em: 19 set. 2022. 27 Você pode perceber que essa versatilidade do QR Code impacta fortemente a cadeia de suprimentos de uma empresa, principalmente as que trabalham com o comércio eletrônico, pois quando o consumidor acessa o código via celular, por exemplo, este é remetido diretamente para o endereço do produto onde tem todas as informações sobre o que o consumidor quer comprar, ou ainda o remete para o endereço da empresa de forma imediata. FINALIZANDO Nesta etapa entramos com o Tópico 1, que fala sobre os objetivos da cadeia de suprimentos, e como a cadeia de suprimentos se integra no modo horizontal e vertical. No Tópico 2 discutimos sobre a integração da cadeia de suprimentos utilizando o software Enterprise Resource Planning – ERP em sua versão mais atual, falamos ainda sobre métodos de gerenciamento no comércio eletrônico, como o método “fulfillment”, no qual a plataforma de venda em parceria com os fornecedores dispõe do produto em seus estoques, agilizando assim a entrega do produto vendido. Vimos no Tópico 3 a importante tarefa do Sistema de Informação Gerencial – SIG e seu papel na cadeia de suprimentos, como atua com aplicativos como o Warehouse Management System – WMS, e as funções executadas por esse aplicativo dentro do armazém. Vimos sua integração com o sistema de gerenciamento de transporte e embarcador no Tópico 4, ainda nesse tópico vimos sobre os veículos guiados automaticamente, os Automatic Vehicle Guide – AVG, e as tarefas executadas por esses robôs dentro do armazém. NoTópico 5, o sistema de informação gerencial e as etiquetas foram o assunto, que completa e explica melhor como os WMS se tornaram mais eficientes com o emprego dessas tecnologias de etiquetagem, como o QR Code, RFID e Bar Code. Vimos, assim, como essas etiquetas são aplicadas e suas características. 28 REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, D. O que é WMS: veja como o sistema é útil para transportadoras. Hivecloud, 05 maio 2022. Disponível em: <https://www.hivecloud.com.br/post/o-que-e-wms-warehouse-management- system/>. Acesso em: 19 set. 2022. FUNÇÕES do QR Code. As variedades das funções de QR Code. QR Code Generator, 2022. Disponível em: <https://br.qr-code-generator.com/solutions/>. Acesso em: 19 set. 2022. LAMBERT, D. M.; GARCIA-DASTUGUE, S.; CROXSTON, K. L. An evaluation of process-oriented supply chain management frameworks. Journal of Business Logistics, v. 26, n. 1, p. 25–51, mar. 2005. RENTATEC. X-ERP. Disponível em: <https://x-erp.com.br/html/>. Acesso em: 5 jul. 2022. SILVA, W. L. V. da; SILVA, O. G. da; DUARTE, F. M. Haveria logística sem TI? Qualit@s, Pernambuco, v. 3, n. 1, 2004. TRANSELEVADOR trilateral automático. Mecalux, 2022. Disponível em: <https://www.mecalux.com.br/armazens-automaticos-para- paletes/transelevador-trilateral-automatico#>. Acesso em: 19 set. 2022. https://www.researchgate.net/journal/Journal-of-Business-Logistics-2158-1592 https://www.researchgate.net/journal/Journal-of-Business-Logistics-2158-1592