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Integração da Cadeia de Suprimentos

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CADEIA DE SUPRIMENTOS 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Sérgio Luiz Pirani 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
A cadeia de suprimentos é comumente descrita na literatura da área como 
sendo a integração dos processos de materiais de entrada, gestão de estoques 
de matérias-primas, manufatura, estoques de produtos acabados, distribuição e 
com uma visão dessas atividades sob a ótica de uma única empresa; há outras 
definições que afirmam que a cadeia de suprimentos é a composição de 
processos logísticos do ponto de origem da matéria-prima ao ponto de consumo. 
Outra visão do gerenciamento da cadeia de suprimentos é voltada para o 
gerenciamento de relacionamentos entre funções corporativas, como vendas, 
negociações, compras, trocas de conhecimentos e tecnologias entre empresas 
e clientes. Podemos assim inferir que a gestão de uma rede de suprimentos é 
uma tarefa ampla e desafiadora. 
Vimos inúmeros processos sobre a cadeia de suprimentos e sempre 
demonstrando a importância da integração de todos os processos numa rede, 
afinal, um dos objetivos dos gerentes da cadeia de suprimentos é implementar 
processos de negócios multifuncionais e integrá-los a outros membros-chave da 
cadeia de suprimentos sob sua tutela. 
O que é um negócio, senão um conjunto estruturado de atividades com 
resultados voltados para os clientes? Os processos de negócios são de certa 
forma um meio de integração das funções corporativas dentro de uma 
organização, como aquisições, finanças, produção, serviços, marketing etc. Os 
gestores de uma cadeia de suprimentos viram nos processos de negócios mais 
um meio para estruturar as atividades entre os membros de uma cadeia de 
suprimentos, já que as atividades inerentes à gestão da cadeia procuram a 
integração, sem distinção, de todos os setores de uma organização e dos 
pertencentes à rede conforme o nível de relacionamento entre as partes, uma 
integração horizontal nos relacionamentos e processos na cadeia. 
É neste contexto que entra de forma decisória na integração de processos 
na cadeia, seja de relacionamentos entre as organizações, seja em seus 
processos logísticos e de gerenciamento, que entra fortemente a aplicação da 
Tecnologia da Informação - TI em todos os segmentos da rede de suprimentos, 
pois uma vez realizadas as integrações dos negócios, vamos dizer assim, em 
toda a cadeia a montante, internamente e a jusante, os fluxos de trabalhos 
integrados com a tecnologia de informação e comunicação proporciona a 
 
 
3 
redução de custos, redução de tempo, qualidade de saída (uniformidade, 
variabilidade ou ausência de defeitos) etc., permitindo que as organizações 
tenham maior controle sobre suas operações. 
Então vamos ver como a Tecnologia da Informação – TI atua em vários 
segmentos da cadeia de suprimentos? 
TEMA 1 – OBJETIVOS DA INTEGRAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 
O objetivo da integração da cadeia de suprimentos é melhorar a 
responsividade em relação a clientes e fornecedores, o tempo dos processos de 
produção e reduzir custos operacionais em cada um dos elos da cadeia e 
erradicar desperdícios. Assim, a junção de cada parte dos elos da cadeia é 
focada em formar um todo mais coeso no qual há a aproximação de todos os 
participantes da cadeia num objetivo comum, pois, desse modo, cada elo da rede 
se beneficia. 
 A integração dos processos de uma cadeia de suprimentos pode ser 
realizada de várias formas, como numa fusão por joint venture com outra 
empresa na rede de suprimentos, ou por meio de parcerias livres, em que há as 
trocas de informações e de tecnologias voltadas para aqueles fornecedores e 
clientes mais importantes na cadeia, essa é a configuração mais comum numa 
integração da cadeia - Figura 1. A coesão entre os participantes da cadeia opera 
quase que como uma única empresa em relação aos processos pertinentes a 
cada uma no seu elo, todas voltadas ao mesmo objetivo, que é de aumentar a 
eficiência da cadeia e sustentar os negócios, tornando-os estáveis e embasados 
em confiança nas relações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Figura 1 – Integração de processos da Cadeia de Suprimentos via TI 
 
Fonte: Pirani, 2022. 
Nesse sistema de integração da cadeia, Lambert, Garcia-Dastungue e 
Croxston, (2005) descrevem mais alguns processos e o que é realizado em cada 
um: 
• Gestão de relacionamento com o cliente - fornece a estrutura de como 
os relacionamentos com os clientes são desenvolvidos e mantidos. 
Equipes multifuncionais de clientes adaptam acordos de produtos e 
serviços para atender às necessidades de contas-chave e segmentos de 
outros clientes, o ponto-chave de contato para administrar os contratos de 
serviço do produto; 
• Gestão da demanda – fornece a estrutura para equilibrar os requisitos 
dos clientes com os recursos da cadeia de suprimentos, incluindo redução 
da variabilidade da demanda e aumento da flexibilidade da cadeia de 
suprimentos; 
• Cumprimento de pedidos - inclui todas as atividades necessárias para 
definir os requisitos do cliente, projetar uma rede e permitir que a empresa 
atenda às solicitações dos clientes, minimizando o custo total entregue; 
• Gerenciamento do fluxo de manufatura - inclui todas as atividades 
necessárias para obter, implementar e gerenciar a flexibilidade de 
fabricação e movimentar produtos por meio das plantas na cadeia de 
suprimentos; 
• Gestão de relacionamento com fornecedores - fornece a estrutura de 
como os relacionamentos com fornecedores são desenvolvidos e 
 
 
5 
mantidos. Equipes multifuncionais adaptam acordos de produtos e 
serviços com fornecedores-chave; 
• Desenvolvimento e comercialização de produtos – fornece a estrutura 
para desenvolver e trazer novos produtos ao mercado em conjunto com 
clientes e fornecedores; 
• Gestão de devoluções - inclui todas as atividades relacionadas a 
devoluções, logística reversa. 
A integração da cadeia de suprimentos ocorre em duas vertentes: a 
integração vertical e a integração horizontal, que vamos ver a seguir 
1.1 Integração horizontal e vertical na cadeia de suprimentos 
Numa integração horizontal na cadeia estão relacionadas as compras de 
empresas concorrentes de um mesmo setor, ou seja, em um mesmo nível, daí a 
denominação integração horizontal. Esse modo de integração pode se dar por 
fusão entre empresas dentro de um mesmo ramo de negócios e de interesse da 
empresa focal, por exemplo, uma fabricante de computadores fazer uma joint 
venture com uma fabricante de telas O-led de última geração. 
A integração vertical ou verticalização na cadeia de suprimentos indica a 
internalização dos processos da cadeia, ou seja, a empresa focal fará a gestão 
de todos os processos da cadeia. Há também a possibilidade de aquisição de 
um ou mais fornecedores-chaves na cadeia, ou ainda a empresa focal poderá 
desenvolver seus recursos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Figura 2 – Integração vertical na cadeia de suprimentos 
 
 
Fonte: Pirani, 2022. 
Créditos: Shutterstock (DigitalPen/ Shutterstock; Afanasiev Andrii/ Shutterstock; Chonlatee42/ 
Shutterstock). 
Uma montadora de automóveis, por exemplo, poderia adquirir uma 
fabricante de pneus para suprir suas necessidades de primeiro plano – Figura 2, 
isso poderia ocorrer se a empresa visse uma oportunidade de gerar maiores 
controles de seus custos operacionais e desenvolvimento de novas tecnologias, 
isso poderá ser aplicado a qualquer processo de fabricação ou de prestação de 
serviços em que a empresa focal veja uma oportunidade de redução de custos 
operacionais em sua cadeia. 
TEMA 2 – INTEGRAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS – X-ERP 
(ENTERPRISE RESOURCE PLANNING) 
Segundo a Rentatec (2022), o X-ERP é um software que visa atender a 
variados tipos de empresas, com diferentes processos (financeiros, legais, 
comerciais, produtivos etc.), ajudando os empresários e executivos destas 
empresas no gerenciamentode seus negócios e auxílio na tomada de decisão. 
É um software customizável, ou seja, possível de ser configurado, de tal maneira 
que atenda vários tipos de negócios. 
Essa versão do Enterprise Resource Planning – ERP (X-ERP) ou 
Planejamento dos Recursos Empresariais, é denominada também como ERP 
https://www.shutterstock.com/g/Phaisarn+Wongkulchata
https://www.shutterstock.com/g/Afanasiev+Andrii
https://www.shutterstock.com/g/Afanasiev+Andrii
https://www.shutterstock.com/g/tarokmew
 
 
7 
estendido e é a versão mais atualizada até o momento, pois extrapola as esferas 
organizacionais nas integrações dos processos inerentes à cadeia de 
suprimentos, vamos ver as funções que podem ser gerenciadas com a 
integração feita por esse aplicativo: 
• Business intelligence - BI (Inteligência de negócios) – coleta e armazena 
dados sobre o que aconteceu no passado e como aconteceu até o 
momento presente. Por meio da concentração e cruzamentos dos dados 
pode identificar tendências e padrões de consumo, se for o caso, sem se 
aprofundar nas causas. Tem, assim, a função de coletar dados, organizá-
los de forma lógica e disponibilizá-los para criar planos de ações ou 
monitoramento, gera assim indicativos se os negócios estão gerando 
resultados positivos ou não; 
• Business analytics – BA – (Analista de negócios) – tem como função 
captar e concentrar informações que servirão para tomadas de decisões 
futuras baseadas em dados passados, sustentado em análise estatística. 
O BA tem como objetivo dispor quais grupos de dados poderão ser úteis 
para aumentar a receita organizacional com uma produtividade mais 
eficiente; 
• E-commerce (Comércio eletrônico) – são as vendas e negócios 
realizados via internet, os processos desde a escolha do produto até o 
pagamento (cartão, pix, boleto etc.) são realizados por meios digitais, 
nessa modalidade de transação somente a logística de entregas se dá por 
meio físico; 
• B2C – Business to Consumer – transações realizadas diretamente entre 
a empresa e o consumidor final. Muitas empresas estão eliminando o 
atravessador, isso foi muito facilitado com o comércio eletrônico e internet, 
pois possibilita que o produto seja visualizado em toda parte do mundo a 
qualquer hora. A empresa deve estar preparada para essa modalidade de 
negociação, pois as operações de compras para o usuário são bastante 
simples, porém a logística de entrega pode ser bastante complexa; 
• B2B – Business to business – negócios entre empresas – uma pode 
ocupar a posição de fornecedora e a outra de compradora; 
• BAM – Business Activity Management - gerenciamento de atividades 
de negócios baseia-se na utilização da tecnologia da informação para 
estabelecer e possibilitar a análise dos dados de forma proativa, a fim de 
 
 
8 
identificar oportunidades e riscos para uma organização, com o objetivo 
de otimizar a lucratividade e eficiência nas operações; 
• CEM – Customer Experience Management – (Gerenciamento de 
Experiência do Consumidor) - prática utilizada pelo setor de marketing 
para inferir e reagir às interações com os clientes, a fim de atender suas 
expectativas com o objetivo de satisfazer o cliente no intuito de que se 
fidelize a marca ou produto ou empresa; 
• WF – Workflow – (Gerenciamento do fluxo de trabalho) – são padrões 
operacionais agrupados e repetíveis de processos de negócios. O WF 
acompanha os processos de uma operação realizada pelos 
colaboradores ou por máquinas que esteja em funcionamento e é 
programado para interpretar os resultados com o término do ciclo de 
produção; com os resultados obtidos o gestor poderá mitigar ou erradicar 
ineficiências numa linha de produção e introduzir um sistema 
automatizado; 
• WFM – Workforce Management – faz a gestão dos colaboradores ou de 
máquinas com o objetivo de otimizar a produtividade e o desempenho dos 
colaboradores, organizando-os conforme suas qualificações no lugar 
certo, na hora certa. Ou seja, é um processo institucional que maximiza o 
desempenho dos recursos, o planejamento da força de trabalho e a 
competência de uma organização. 
Foram citados alguns processos de integração até aqui, pois há muito 
mais. Para uma empresa realizar a integração de seus processos na cadeia de 
suprimentos será uma tarefa desafiadora, uma vez que na cadeia de 
suprimentos a integração se dá num todo, incluindo a parte interna e externa à 
empresa. 
Assim, a empresa deve se posicionar em relação ao que de fato quer 
integralizar, pois, por exemplo, investir em integração vertical seria ideal para 
empresas que pretendem produzir ao máximo possível internamente e com 
poucos fornecedores. Numa integração horizontal, por exemplo, empresas 
prestadoras de serviços numa cadeia de suprimentos, a integração horizontal 
seria o mais adequado, pois a integração com parceiros do mesmo ramo seria 
uma forma de criar uma estratégia competitiva no setor de atuação. 
 
 
9 
Dentro deste contexto a empresa deve determinar o nível de integração 
pretendido e se tem capital disponível para realizar o que pretende, logo, deve 
analisar: 
• A linha de base: aqui a integração se apoia nas informações 
departamentais, uma vez que cada departamento trabalha processos 
próprios, mas que impactam outros setores; 
• Integração funcional: informações e operações são compartilhadas por 
todos os departamentos na empresa com o objetivo de aumentar a 
eficiência num todo na cadeia; 
• Integração interna: há a integração de todos os departamentos por meio 
de uma estrutura de TI, cada elo da cadeia é funcionalmente separado e 
trabalha focado em suas próprias operações; 
• Integração externa: todas as empresas da cadeia de suprimentos estão 
interligadas e compartilham informações e operam como uma unidade 
organizacional a fim de atender às necessidades dos clientes e aumentar 
a eficiência e os lucros em todos os elos da cadeia (armazenagem, 
transporte, distribuição, logística etc.). 
Vamos ver alguns processos integralizados e como funcionam suas 
tarefas de rotina. 
2.1 Fulfillment no comércio eletrônico 
Grandes plataformas de varejo estão utilizando esse sistema integrado 
para atendimento aos clientes, o fulfillment (cumprimento) abrange todas as 
operações logísticas de um comércio eletrônico, desde o recebimento do pedido 
da loja virtual ou da loja física, conferência do pedido, separação do item, 
embalagem, endereçamento e expedição. 
Muitas plataformas de vendas no varejo estão fazendo parcerias com 
seus fornecedores, disponibilizam uma certa quantidade de estoques de 
produtos de alto giro. Já no armazém da plataforma de vendas, assim que um 
pedido é feito diretamente para a loja parceira ou direto no site da plataforma de 
vendas, esta se encarrega de todas as operações já citadas. Muitas dessas 
plataformas em seus anúncios já deixam destacados os produtos com essa 
disponibilidade, sinalizando como “full” (completo), ou seja, que aquele produto 
 
 
10 
já está disponível em seus estoques e fica como uma venda direta plataforma x 
cliente e a expedição é imediata. 
Vamos ver um resumo das etapas de responsabilidade de uma operação 
fulfillment: 
Figura 3 – Algumas etapas do fulfillment no comércio eletrônico 
 
Fonte: Pirani, 2022. 
• A primeira etapa se dá com a pesquisa do cliente e sua escolha do produto 
na plataforma de vendas, é muito comum e o ideal é que já conste a 
quantidade em estoque disponível do produto escolhido pelo cliente; 
• O ERP integrado com o WMS – Warehouse Management System 
(sistema de gerenciamento de armazém) faz o controle de estoque com 
precisão – entrada e saída de itens, tipo de produto, endereçamento, 
fornecedor etc.; 
• Em seguida há o sistema de picking ou separação, a equipe de linha de 
frente com os dados do pedido retira da prateleira e disponibiliza o produto 
para que seja embalado – packing –, conforme as características de cada 
produto, para garantira integridade da mercadoria a ser expedida; 
• A etapa final no armazém é a expedição da mercadoria para o cliente, que 
pode ser com frota própria ou terceirizada, fechando assim o ciclo 
fulfillment; 
• É importante frisar que esse método de vendas obedece a horários pré-
programados para que as entregas sejam feitas em um período já 
agendado pela plataforma de vendas. As informações ficam disponíveis 
 
 
11 
na plataforma, assim, quando o cliente acessa o produto desejado, 
aparece para ele que, se ele comprar aquele produto até “X horas”, o 
produto chega em 24h; 48h etc., isso traz enorme eficiência nas entregas 
e satisfação dos clientes. 
TEMA 3 – SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL – SIG NA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS 
O sistema de operacionalização da Tecnologia da Informação – TI na 
cadeia de suprimentos tem como atribuição reunir recursos computacionais para 
a manipulação das informações angariadas por vários meios, como pesquisas 
de marketing, informações dos processos de uma empresa, pessoal etc. Os 
elementos de compõem a TI para que os dados sejam captados, processados e 
interpretados se apoia em equipamentos – hardwares – como a CPU (unidade 
de processamentos de dados), mouse, monitor, impressora, que são os 
periféricos, e os aplicativos – softwares –, que são a parte lógica da TI, e os 
recursos de apoio, como sistemas de telecomunicações e a gestão de dados 
realizada pelo Sistema de Informação Gerencial – SIG. 
Silva, Silva e Duarte (2004, p. 2), sustentam que 
O fluxo físico de informações está tornando-se uma ferramenta de 
gestão logística cada vez mais importante. A complexidade óbvia dos 
sistemas de gestão de fluxo atuais coloca pesadas demandas por 
sistemas de informação. Materiais, produtos semiacabados, produtos 
acabados ou peças de reposição, todos carregam um custo financeiro 
e de estocagem, mas as gerações sucessivas de equipamentos de 
processamento de dados trouxeram consigo vastas melhorias na 
velocidade e capacidade de processamento a custos decrescentes. 
O cenário descrito pelos autores é percebido com facilidade por aqueles 
que se valem da internet e aplicativos de um modo geral no seu dia a dia, ora, 
esses custos decrescentes beneficiaram também as organizações de um modo 
geral, e as inovações em aplicativos voltados para a gestão de dados são 
imensas e a cadeia de suprimentos foi beneficiada por esses avanços. Vamos 
ver alguns avanços em tecnologias da informação e que são largamente 
utilizados na gestão da cadeia de suprimentos a seguir. 
 
 
 
 
 
12 
3.1 Sistema de gerenciamento de armazém – Warehouse Management 
System - WMS 
O Warehouse Management System – WMS consiste num software 
desenhado e programado para a gestão de armazéns, assim, faz a gestão de 
todos os processos de armazenagem, desde a entrada de uma mercadoria até 
a saída desta. A integração do WMS com o ERP dependerá da empresa que o 
utiliza, essa integração pode ser simples, com tarefas básicas, como 
recebimento, endereçamento e expedição - grosso modo – por exemplo, ou em 
integrações mais complexas, que podem abranger inclusive a integração de 
processos de outras empresas que pertençam à cadeia da empresa focal. Como 
os processos de armazenagem iniciam com a chegada de um item via 
transporte, é bastante comum a integração do WMS e TPM, como ilustrado na 
Figura 4, assim a gestão fica mais completa e mais exata, evitando falhas 
operacionais. 
3.1.1 Funções executadas por um WMS 
Os centros de distribuição – CDs ou armazéns estão no centro das 
operações das indústrias e da cadeia de suprimentos porque armazenam todo o 
material usado nos processos de fabricação ou distribuição dos produtos 
acabados. A função de um WMS é auxiliar a garantir que mercadorias e materiais 
se movam pelos armazéns da maneira mais eficiente e econômica. 
Um WMS executa inúmeras funções, como a gestão da movimentação de 
materiais, incluindo endereçamento e rastreamento de itens em estoque, 
sistema de picking - separação, recebimento, conferência e armazenamento. O 
sistema WMS gera relatórios, fornecendo dados do inventário de uma 
organização a qualquer momento e local, seja dos estoques em uma instalação 
em trânsito ou consignado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
Figura 4 – Esquema representativo da integração do ERP x WMS x TMS 
 
Fonte: Pirani, 2022. 
Podemos observar na Figura 4 que cada sistema de gestão, como o ERP, 
WMS e TMS (Transport Management System), é incumbido de uma função 
específica no que se trata de um pedido realizado pelo cliente, o ERP faz a 
integração entre os setores e trocas de informações, o WMS gerencia os 
processos de armazém e o TMS os processos inerentes aos transportes, todos 
com cruzamento de informações via ERP, no qual todas as informações são 
concentradas. 
O WMS atua na cadeia de suprimentos com o objetivo de otimizar os 
processos que lhe cabe, a fim de manter uma cadeia responsiva e eficiente, 
afinal, as operações numa cadeia de suprimento só serão eficientes se todos os 
processos de gestão e operações forem realizados de forma otimizada e sem 
gargalos. Vimos que os CDs têm um papel vital na cadeia de suprimentos, uma 
vez que é ali que ocorre a chegada da mercadoria, conferência, armazenamento, 
quando o caso é expedição, ou seja, se esses processos não seguirem um fluxo 
contínuo e sem nenhum tipo de gargalo, poderão interromper outros fluxos da 
cadeia, causando problemas de atrasos num efeito “dominó”. Podemos, com 
isso, perceber que o WMS é uma ferramenta que se tornou essencial para a 
gestão de armazéns. 
Um sistema WMS integrado a um ERP se torna extremamente versátil e 
flexível, uma vez que pode ser desenhado ou configurado de forma totalmente 
customizada às necessidades de uma organização, já que existem vários ramos 
de negócios é prudente que haja essa possibilidade, pois um fornecedor de 
 
 
14 
comércio eletrônico pode usar um WMS com funções diferentes de um varejista 
físico, por exemplo. Além disso, um WMS pode ser desenhado ou configurado 
conforme os tipos de mercadorias que a organização trabalha, por exemplo, 
pode ser customizado para um varejista de artigos esportivos, pois este teria 
requisitos diferentes de uma cadeia de supermercados, não é mesmo? 
Figura 5 – Funções do WMS na cadeia de suprimentos 
 
Fonte: Pirani, 2022. 
Na Figura 5 podemos perceber a consolidação do papel que o WMS 
desempenha no gerenciamento da cadeia de suprimentos, pois faz o 
gerenciamento de todos os processos de um armazém com rapidez e precisão. 
Esses softwares podem ser projetados com inúmeros recursos, como: 
• Projeto de armazém - permite que as organizações personalizem o fluxo 
de trabalho e a lógica de separação para garantir que o armazém seja 
projetado para alocação otimizada de estoque; 
• Rastreamento de estoque - possibilita o uso de sistemas avançados de 
rastreamento e identificação automática e captura de dados, incluindo 
RFID e scanners de código de barras, garantindo que itens em estoques 
possam ser encontrados facilmente quando necessário; 
• Recebimento e armazenamento - permite armazenamento e 
recuperação de estoque, geralmente com tecnologia pick-to-light ou pick-
to-voice para ajudar os funcionários do armazém a localizar mercadorias; 
Saiba mais 
 
 
15 
Acesse o link disponível em: <https://www.mecalux.com.br/manual-de-
armazenagem/picking/pick-to-light>. Acesso em: 19 set. 2022. 
• Separação e embalagem de mercadorias – incluindo separação por 
zona, por demanda e separação por lote. Os trabalhadores do armazém 
também podem usar as funções de zoneamento de lote e intercalação de 
tarefas para orientar as tarefas de coleta e embalagem da maneira mais 
eficiente, otimizando assim suas tarefas; 
• Expedição – permite ao WMS enviar conhecimentos de embarque antes 
do embarque, gerar listas de embalagem e faturas para o embarque e 
enviar notificações antecipadas de embarqueaos destinatários; 
• Gerenciamento de mão de obra – ajuda os gerentes de armazém a 
monitorar o desempenho dos trabalhadores usando indicadores-chave de 
desempenho (KPIs) que indicam os trabalhadores com desempenho 
acima ou abaixo dos padrões; 
• Gerenciamento de pátios e docas – auxilia os motoristas de caminhão 
quando entram em um armazém, orientando-os a encontrar as docas de 
carga corretas. Pode ainda ser configurado para operações do 
gerenciamento de pátios e docas para armazéns projetados para 
operações cross-docking e outras funções de logística de entrada e saída; 
• Relatórios – estes auxiliam os gerentes a analisarem o desempenho das 
operações do armazém, pois o WMS acusa pontos com maior ou menor 
eficiência. 
TEMA 4 – SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE TRANSPORTES – TRANSPORT 
MANAGEMENT SYSTEM - TMS 
Vimos que o sistema WMS é responsável pela gestão de armazéns, 
o sistema Transport Management System - TMS ou Sistema de Gerenciamento 
de Transporte, conforme o nome sugere, é programado para a gestão de 
processos de transportes como agendamento de cargas e descargas, filas de 
pátio etc. Assim, o TMS é um software criado para gerenciar todo o processo de 
transporte da organização, o gestor por visualização direta no monitor ou via 
relatórios gerados em tempo real pode assessorar e controlar todas as 
operações sob sua tutela de forma integrada com o WMS. 
https://www.hivecloud.com.br/post/tms-o-que-e-como-funciona/
 
 
16 
Figura 6 – Demonstrativo das integrações das funções de um WMS 
 
Créditos: Africa Studio/ Shutterstock. 
A integração dos sistemas WMS e TMS – Figura 6 permite que as 
atividades pertencentes ao transporte de carga, que costumeiramente eram 
realizadas em separado, por exemplo: 
• Geração de documentos fiscais; 
• Acompanhamento de embarques, coletas e entregas; 
• Custeio automatizado de frete para os clientes; 
• Cadastramento de taxas e tarifas inerentes ao frete; 
• Posicionamento de entregas e controle das operações em tempo real; 
• Gestão e controle de cargas e relatórios sobre andamentos das entregas; 
• Plataforma de monitoramento de carga para clientes; 
• Demonstrativo sobre faturamento e prazo médio de recebimento; e 
• Gestão financeira para transportadoras. 
A junção dessas funcionalidades do TMS e WMS otimiza a metodologia 
de gestão e as tomadas de decisões realizadas pelo gestor de frota, pois os 
dados são gerados com precisão e na hora que se achar necessário para alguma 
análise. Esse software permite que o gestor de frota possa visualizar todas as 
operações da transportadora, como datas e horas de saídas para entregas, 
https://www.shutterstock.com/g/belchonock
https://www.hivecloud.com.br/post/software-de-gestao-financeira-para-transportadora/
 
 
17 
andamento das entregas e coletas programadas, assim, em tempo real, o gestor 
terá as informações para quando ocorrer qualquer problema e estará preparado 
para a tomada de decisão, essa é uma das grandes vantagens das integrações 
numa cadeia de suprimentos. 
4.2 Warehouse Management System - WMS e TMS embarcador 
A integração entre setores na cadeia de suprimentos se estende também 
às terceirizações, como é o caso do Transport Management System – TMS 
embarcador, que é aquele que é dono das mercadorias a serem transportadas, 
o TMS, ou seja, o contratante e logicamente externo à empresa, mas a 
integração WMS e TMS embarcador permite que a empresa prestadora dos 
serviços, junto com o embarcador, gerencie as coletas e entregas em tempo real. 
Figura 7 – Processos de conferência e embarque de mercadorias 
 
Créditos: Gorodenkoff/ Shutterstock. 
Essa integração permite que os dois lados, transportadora e embarcador, 
acompanhem todas as etapas, desde a movimentação dos materiais via WMS 
para o carregamento do caminhão e acompanhamento das rotas de distribuição 
para todos os integrados na rede WMS, TMS (a transportadora) e TMS 
embarcador (a contratante) – Figura 7. 
Aqui estão listadas algumas funções dessa solução para gestão de 
transporte: 
https://www.shutterstock.com/pt/g/gorodenkoff
 
 
18 
• Cotação automática de frete com as transportadoras cadastradas no 
sistema e com fornecedores disponíveis no portal de fretes on-line; 
• Envio de solicitação de coleta eletrônica para a transportadora escolhida; 
• Monitoramento da carga em tempo real via aplicativo; 
• Auditoria de frete em duas etapas com foco na redução de custos com 
pagamentos indevidos; 
• Relatório de desempenho com base nos principais KPIs da logística 
(Hivecloud, 2022). 
4.2.1 Automatic Vehicle Guide – AVG – Veículos Guiados 
Automaticamente 
Umas das integrações dentro dos processos da gestão de armazém 
realizadas pelo WMS são os comandos automáticos dos equipamentos de 
movimentação de materiais, como a empilhadeira totalmente autônoma, que 
pode ser visualizada na Figura 8. 
Saiba mais 
Veja como a empilhadeira funciona assistindo ao vídeo disponível em: 
<https://fb.watch/e6OpF-KGrD/>. Acesso em: 19 set. 2022. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://fretelink.hivecloud.com.br/?utm_source=site&utm_medium=blog&utm_campaign=inbound_fretelink_experimentefretelink_buscaorganica&utm_content=sistema-wms
https://www.hivecloud.com.br/ar-monitoramento-veicular/
https://www.hivecloud.com.br/post/5-kpis-de-logistica/
 
 
19 
Figura 8 – Empilhadeira autônoma utilizada em armazéns automatizados 
 
Créditos: Phonlamai Photo/ Shutterstock. 
Há uma forte tendência em automação em armazéns em todo o mundo, 
pois com a automação os processos ficam mais precisos, mais rápidos e 
econômicos para as operadoras logísticas. Os AVGs, que antes eram utilizados 
praticamente só nas linhas de produção, foram para dentro dos armazéns, pois 
além de agilizar em muito as operações, podem movimentar produtos pesados 
com precisão dentro do armazém e fazer cargas e descargas sem erros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.shutterstock.com/pt/g/PhonlamaiPhoto
https://www.shutterstock.com/pt/g/PhonlamaiPhoto
 
 
20 
Figura 9 – AVGs em operação num armazém 
 
Créditos: vanitjan/ Shutterstock. 
Uma das inúmeras vantagens da automatização está no aproveitamento 
do espaço físico, que a cada dia fica mais caro em grandes centros 
consumidores. A automação proporciona um aproveitamento cúbico enorme, 
além de o sistema operacional ser de grande capacidade de resposta, um 
transelevador, por exemplo, pode atender cerca de 250 pedidos por hora 24h 
por dia e 365 dias no ano, e não é necessário iluminação, pois trabalha com 
leitores infravermelhos para código de barras e etiquetas RFID. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.shutterstock.com/pt/g/MAX3D
 
 
21 
Figura 10 – Transelevador ou Retrieval system 
 
Créditos: Baloncici /Shutterstock. 
Na Figura 10 pode ser observada a altura do armazém, esses 
transelevadores ou retrieval system são robôs que são integrados ao sistema de 
gerenciamento do armazém, tanto dentro da empresa como fora, assim, um 
vendedor que estiver numa localidade distante envia suas informações de 
vendas. que são recebidas na cabine de comando dos transelevadores e assim 
já organiza as entregas por ordem lógica, região, data de entrega, seleciona a 
transportadora e modal adequados para despacho dos pedidos realizados em 
tempo real. 
Saiba mais 
Assista ao vídeo no link a seguir para compreender como é a operação 
totalmente automatizada pelos transelevadores numa grande empresa. 
Disponível em: <https://www.mecalux.com.br/armazens-automaticos-
para-paletes/transelevador-trilateral-automatico#>. Acesso em: 3 ago. 2022. 
O sistema WMS se torna a cada dia mais eficiente e mais integrado, essas 
operações são realizadas com precisão devido também aos sistemas de tags, 
etiquetas, códigos de barras e QR Code, que ajudam a agilizar os processos de 
leitura dos materiais armazenados. Vamos ver sobre essas etiquetas a seguir. 
https://www.shutterstock.com/pt/g/mare22 
TEMA 5 – SIG E ETIQUETAS NA GCS 
O Sistema de Informação Gerencial se apoia em várias tecnologias para 
prospectar dados, processá-los e traduzi-los para que o gestor possa então 
tomar suas decisões, vimos anteriormente os sistemas de movimentação de 
materiais automatizados e integrados ao WMS. 
Para que a haja o recebimento, conferência, endereçamento e alocação 
dos materiais recebidos para depois serem despachados, há uma grande 
complexidade operacional para que o produto chegue ao seu destino: na casa 
do cliente. Para agilizar esses processos há o sistema de etiquetagem, que 
garante que os processos serão eficientes. 
5.1 Etiquetas ou tags RFID – Radio Frequency Identification 
Um Sistema de Informação Gerencial se baseia em dados como já 
mencionado, logo, num sistema integrado, logicamente que as informações 
devem ser gravadas por meio de alguma tecnologia da informação, como a aqui 
apresentada: a tecnologia de etiquetas de Rádio Frequência, conhecida no meio 
empresarial como Radio-Frequency Identification – RFID. 
A tecnologia de etiquetas de Radio-Frequency Identification - RFID é uma 
tecnologia composta de sensor sem fio que pode ser detectada por sinais 
eletromagnéticos. Esse sistema é basicamente composto por três componentes: 
uma antena, um transceptor (com decodificador) e um transponder (tag) 
programado eletronicamente com as informações - Figura 11. Há emissão de 
sinais de rádio pela antena para a tag ser ativada, assim os dados gravados na 
etiqueta poderão ser lidos. As antenas estabelecem a comunicação entre a tag 
e o transceptor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 11 – Sistema de funcionamento de uma etiqueta RFID 
 
Créditos: buffaloboy/ Shutterstock. 
O transceptor é responsável pela aquisição de dados. A antena pode ser 
embalada com o transceptor e o decodificador para se tornar um leitor. O leitor 
pode ser configurado como um dispositivo portátil ou de montagem fixa. Há 
emissão de ondas de rádio do leitor em alcances que podem chegar a 150 
metros ou mais, dependendo de sua potência de saída e da frequência de rádio 
utilizada. Caso uma etiqueta RFID seja encontrada na zona eletromagnética que 
é produzida pela antena, ela detecta o sinal de ativação do leitor. O leitor 
decodifica os dados que estão codificados no circuito integrado da etiqueta e os 
dados podem então ser transferidos para qualquer sistema de computador para 
processamento. 
5.1.1 Aplicações da etiqueta RFID 
Essa tecnologia pode ser aplicada em inúmeras tarefas, como na 
indústria, na qual pode ser utilizada para: 
• Gestão de estoques; 
• Rastreamento de ativos; 
• Acompanhamento de pessoal; 
• Controle de acesso a áreas restritas; 
• Crachá de identificação; 
• Gestão da cadeia de suprimentos; 
• Prevenção de falsificação (por exemplo, na indústria farmacêutica). 
Pode ainda ser utilizada no controle de entrada e saída de veículos em 
shopping centers ou empresas, crachás, cartão-chave para hotéis, metrôs e 
ônibus em transporte público etc. 
https://www.shutterstock.com/pt/g/buffaloboy
 
 
24 
5.1.2 Características das etiquetas RFID 
Essas etiquetas são compostas de um chip, no qual são armazenados os 
dados, e este é acoplado a uma antena que permite receber e fazer transmissão 
dos dados. Baseia-se em três tipos: 
• Ativas: RFID ativos têm três partes essenciais – leitor, antena e uma 
etiqueta. As etiquetas RFID ativas possuem sua própria fonte de energia 
– uma bateria interna, que lhes permite ter alcances longos de leitura, 
assim como grande capacidade de armazenamento de dados; 
• Passivas: três partes principais compõem um sistema RFID passivo – um 
leitor RFID, uma antena e etiqueta. As etiquetas RFID passivas têm 
apenas dois componentes principais – a antena da etiqueta e o microchip 
ou circuito integrado. As etiquetas passivas são ativadas via sinal de um 
leitor de RFID, esse leitor envia energia para a antena que, por sua vez, 
converte a energia em ondas de radiofrequência, que enviam para a área 
de leitura; 
• Híbrida ou semipassivas: é a junção das características da ativa e 
passiva, tem a função de ampliar o alcance do sinal; 
• Worm – Write Once, Read Many ou uma gravação várias leituras: 
esse tipo de RFID é projetado para uma única gravação, mas já existe 
outras RFID que permitem adicionar novas informações por regravações. 
5.2 Código de barras – Bar Code 
Segundo a QR Code Generator (2022), o Quick Response (resposta 
rápida) ou QR é um tipo de código de barras que pode armazenar uma grande 
quantidade de informações. A grande diferença entre o QR Code e o código de 
barras é a aparência. Um QR Code tem a forma de um quadrado e contém 
módulos parecidos com o Tetris – Figura 13, enquanto o código de barras é 
formado por barras verticais e acompanhado por números seriais. 
 
 
 
 
 
 
 
25 
Figura 12 – A diferença entre o QR Code e o Bar Code é a aparência 
 
Créditos: SpicyTruffel /shutterstock. 
Figura 13 - Inspiração do QR Code - Tetris – jogo eletrônico desenvolvido na 
Rússia lançado em 1984 
 
Créditos: AIexVector/ Shutterstock. 
https://www.shutterstock.com/pt/g/SpicyTruffel
https://www.shutterstock.com/pt/g/AlekseiBezrodniy
 
 
26 
O QR Code é bastante versátil e por isso por ser utilizado numa infinidade 
de aplicações. Há dois tipos de QR Code, o dinâmico e o estático. Os QR Code 
dinâmicos podem armazenar endereços de internet usados para prospecção de 
dados ou triagem do leitor, que é direcionado ao endereço registrado no QR 
Code, pode inclusive gerar dados estatísticos de leituras realizadas. Esses 
códigos são editáveis, isso quer dizer que, se porventura houver qualquer erro 
de digitação, por exemplo, este poderá ser editado e corrigido. Exemplo do uso 
do QR Code dinâmico: 
Figura 14 – Exemplo do uso do QR Code dinâmico 
 
Mostrar dados de contato detalhados com uma 
função para salvar as informações no celular. 
 
Fonte: Pirani, 2022. 
Para a criação do QR Code basta inserir todas as informações nos 
campos a serem preenchidos e clicar na caixa “criar QR Code” e ao lado ele já 
fica pronto, então é só fazer o download e pode-se ainda inserir logotipo, 
molduras, mudar de cor, criar vetor, ou seja, um atalho direto para o produto etc. 
Saiba mais 
Entre lá e brinque um pouquinho: <https://br.qr-code-
generator.com/solutions/vcardplus-qr-code/>. Acesso em: 19 set. 2022. 
 
 
27 
Você pode perceber que essa versatilidade do QR Code impacta 
fortemente a cadeia de suprimentos de uma empresa, principalmente as que 
trabalham com o comércio eletrônico, pois quando o consumidor acessa o código 
via celular, por exemplo, este é remetido diretamente para o endereço do produto 
onde tem todas as informações sobre o que o consumidor quer comprar, ou 
ainda o remete para o endereço da empresa de forma imediata. 
FINALIZANDO 
Nesta etapa entramos com o Tópico 1, que fala sobre os objetivos da 
cadeia de suprimentos, e como a cadeia de suprimentos se integra no modo 
horizontal e vertical. 
No Tópico 2 discutimos sobre a integração da cadeia de suprimentos 
utilizando o software Enterprise Resource Planning – ERP em sua versão mais 
atual, falamos ainda sobre métodos de gerenciamento no comércio eletrônico, 
como o método “fulfillment”, no qual a plataforma de venda em parceria com os 
fornecedores dispõe do produto em seus estoques, agilizando assim a entrega 
do produto vendido. 
Vimos no Tópico 3 a importante tarefa do Sistema de Informação 
Gerencial – SIG e seu papel na cadeia de suprimentos, como atua com 
aplicativos como o Warehouse Management System – WMS, e as funções 
executadas por esse aplicativo dentro do armazém. Vimos sua integração com 
o sistema de gerenciamento de transporte e embarcador no Tópico 4, ainda 
nesse tópico vimos sobre os veículos guiados automaticamente, os Automatic 
Vehicle Guide – AVG, e as tarefas executadas por esses robôs dentro do 
armazém. 
NoTópico 5, o sistema de informação gerencial e as etiquetas foram o 
assunto, que completa e explica melhor como os WMS se tornaram mais 
eficientes com o emprego dessas tecnologias de etiquetagem, como o QR Code, 
RFID e Bar Code. Vimos, assim, como essas etiquetas são aplicadas e suas 
características. 
 
 
 
 
 
 
 
28 
REFERÊNCIAS 
ALBUQUERQUE, D. O que é WMS: veja como o sistema é útil para 
transportadoras. Hivecloud, 05 maio 2022. Disponível em: 
<https://www.hivecloud.com.br/post/o-que-e-wms-warehouse-management-
system/>. Acesso em: 19 set. 2022. 
FUNÇÕES do QR Code. As variedades das funções de QR Code. QR Code 
Generator, 2022. Disponível em: <https://br.qr-code-generator.com/solutions/>. 
Acesso em: 19 set. 2022. 
LAMBERT, D. M.; GARCIA-DASTUGUE, S.; CROXSTON, K. L. An evaluation of 
process-oriented supply chain management frameworks. Journal of Business 
Logistics, v. 26, n. 1, p. 25–51, mar. 2005. 
RENTATEC. X-ERP. Disponível em: <https://x-erp.com.br/html/>. Acesso em: 5 
jul. 2022. 
SILVA, W. L. V. da; SILVA, O. G. da; DUARTE, F. M. Haveria logística sem TI? 
Qualit@s, Pernambuco, v. 3, n. 1, 2004. 
TRANSELEVADOR trilateral automático. Mecalux, 2022. Disponível em: 
<https://www.mecalux.com.br/armazens-automaticos-para-
paletes/transelevador-trilateral-automatico#>. Acesso em: 19 set. 2022. 
 
https://www.researchgate.net/journal/Journal-of-Business-Logistics-2158-1592
https://www.researchgate.net/journal/Journal-of-Business-Logistics-2158-1592

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