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D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 5 CICLO ORÇAMENTÁRIO 1. INTRODUÇÃO Olá amigos! Como é bom estar aqui! Eu, Sérgio Mendes, estarei com você nas próximas três aulas estudando os tópicos relacionados à Administração Financeira e Orçamentária que complementam o item Finanças Públicas. Relembro que ao final de cada aula haverá uma lista das questões comentadas, caso o aluno opte por tentar resolvê-las antes de ler os comentários. Haverá ainda um resumo, o que eu chamarei de “Memento do Concurseiro”, um lembrete ao estudante dos principais pontos da aula. As aulas serão focadas exclusivamente no edital para a Receita Federal e tenho certeza que com esforço e dedicação alcançará seu objetivo. Mesmo assim, gostaria de dar uma recomendação: estude com afinco nossas aulas que os tópicos de AFO estão caindo de forma impressionante nos concursos. Não será uma matéria que você aproveitará só para a Receita, pois te habilitará para novos voos caso opte por outros horizontes que podem ser tão interessantes como a prestigiada carreira de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. Nesta aula trataremos do Ciclo Orçamentário, o qual corresponde ao período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público, desde sua concepção até a apreciação final. É um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elabora/planeja, aprova, executa, controla/avalia a programação de dispêndios do setor público nos aspectos físico e financeiro. No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 01 de janeiro e se encerra em 31 de dezembro de cada ano, conforme dispõe o art. 34 da Lei n° 4.320/64. Atenção: O ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro. O ciclo orçamentário envolve um período muito maior, iniciando com o processo de elaboração do orçamento, passando pela execução e encerramento com o controle. Elvira Sublinhado D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 2 No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo orçamentário: • Elaboração/Planejamento da proposta orçamentária; • Discussão/Estudo/Aprovação da Lei de Orçamento; • Execução Orçamentária e Financeira; e • Avaliação/Controle. Porém não dá para entender o ciclo orçamentário sem antes da compreensão dos instrumentos de planejamento previstos na Constituição Federal de 1988, os quais compõem o ciclo: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA). Nos meus cursos dedico uma aula inteira aos instrumentos de planejamento, com aprofundamento nos detalhes sobre cada um, o que não me parece ser objetivo do edital quando traz o tema ciclo orçamentário. Por outro lado, como eles compõem o ciclo, não poderíamos contestar o edital caso isso ocorra. Assim, pela experiência em concursos, tratarei das principais características dos instrumentos de planejamento necessárias para prosseguirmos no estudo e que também podem ser cobradas na nossa prova. 2. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO 2.1 Introdução O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) são as leis que regulam o planejamento e o orçamento dos entes públicos federal, estaduais e municipais. Essas leis constituem etapas distintas, porém integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais. Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal (CF/88) tem-se essa integração, por meio da definição dos instrumentos de planejamento PPA, LDO e LOA, os quais são de iniciativa do Poder Executivo. Segundo a Constituição Federal de 1988: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais. Elvira Sublinhado D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 3 A Constituição Federal de 1998 recuperou a figura do planejamento na administração pública brasileira, mediante a integração entre plano e orçamento por meio da criação do Plano Plurianual (PPA) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O PPA, assim como a LDO, é uma inovação da Constituição de 1988. Antes do PPA, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), com 3 anos de duração, o qual não se confunde com o PPA, que possui 4 anos de duração. O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de ter conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos estratégicos existentes antes da CF/88. A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo operacionalizado por meio de diversos programas. O PPA, assim como a LDO, é uma inovação da Constituição de 1988. Antes do PPA, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), o qual não se confunde com o PPA. Atenção: as bancas ainda tentam confundir o candidato como se o PPA já existisse antes da CF/88, porém com outro nome. Existiam outros instrumentos de planejamento, mas eles não têm relação com o Plano Plurianual. O PPA é inovação da atual CF! O PPA substituiu os Orçamentos Plurianuais de Investimentos, estendendo-lhes a vigência em um exercício financeiro. 2.2 Plano Plurianual O Plano Plurianual - PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Repare que o PPA define dois tipos de despesas que devem obrigatoriamente estar em seu conteúdo: Elvira Sublinhado D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 4 A primeira se refere às despesas de capital, que são aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como, por exemplo, a pavimentação de uma rodovia. O termo “e outras delas decorrentes” se relaciona às despesas correntes que esta mesma despesa de capital irá gerar após sua realização. Despesas correntes são as que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as despesas com pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção, etc. Neste mesmo exemplo, após a pavimentação da rodovia, ocorrerão diversos gastos com sua manutenção, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital pavimentação da rodovia. Assim, tanto a pavimentação da rodovia (despesade capital) quanto o custeio com sua manutenção (despesa corrente relacionada à de capital) deverão estar previstos no Plano Plurianual. A segunda despesa a ser considerada na elaboração do PPA é a dos programas de duração continuada, ou seja, todos aqueles que tiverem a sua duração prolongada por mais de um exercício financeiro. Se o programa é de duração continuada, deve constar do PPA. Logo, as ações orçamentárias cuja execução esteja restrita a um único exercício financeiro estão dispensadas de serem discriminadas no PPA do governo federal, porque não se caracterizam como de duração continuada. A exceção ocorre com as despesas de capital e outras delas decorrentes, porque devem estar no PPA, não importando sua duração. Segundo o art. 165 da CF: § 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Relembro que, em nosso país, o exercício financeiro coincide com o ano civil, segundo o art. 34 da Lei 4320/64. Falaremos bastante da Lei 4320/64 ao longo do nosso curso, pois em virtude da ausência da Lei Complementar prevista na CF/88 e até hoje não editada, ainda é ela que estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF: § 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Elvira Sublinhado D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 5 Esse artigo deve ser assim interpretado: • Se a execução do investimento não ultrapassar um exercício financeiro, ele não necessita estar no PPA, apenas na Lei Orçamentária Anual (LOA). • Se a execução do investimento ultrapassar um exercício financeiro, ele deve estar inicialmente previsto no PPA ou, se não estiver, deve estar previsto em outra lei que altere o PPA, autorizando a inclusão deste investimento. Atenção: Investimento na linguagem do dia-a-dia se refere normalmente a uma aplicação ou aquisição que proporciona algum retorno financeiro. Exemplo: ações na bolsa de valores. Na linguagem orçamentária, portanto em todo nosso curso, é diferente: investimentos são despesas com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. Exemplo: Construção de um prédio público. Caiu na prova: (ESAF – APO/SP - 2009) Segundo disposição da Constituição Federal de 1988, as diretrizes e metas da administração pública, para as despesas de capital, são definidas no seguinte instrumento: a) em lei ordinária de ordenamento da administração pública. b) na lei que institui o plano plurianual. c) na lei orçamentária anual. d) na lei de diretrizes orçamentárias. e) no decreto de programação financeira do poder executivo. O examinador quer saber qual o instrumento que trata das diretrizes e metas para as despesas de capital. Já vimos que é a lei que instituir o Plano Plurianual. Não podemos esquecer que o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, além das diretrizes e metas, os objetivos da administração pública federal para as despesas de capital e também de outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Olhando assim comentada, a questão parece fácil. No entanto, muita gente preparada marcou que se tratada da LDO e não do PPA. Veremos que na LDO constam as metas e prioridades e no PPA vimos que são as diretrizes, objetivos e metas. Existe um processo para decorar Diretrizes (D), Objetivos (O) e Metas(M) do PPA (DOM), mas deve-se ter atenção que numa questão essas palavras podem vir em ordem diferente ou com a omissão de uma delas, para tentar confundir com a LDO, como nesta questão que acabamos de estudar. Resposta: Letra B. Elvira Sublinhado Elvira Realce D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 6 A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, o qual é o elemento central do PPA, integrando o Plano Plurianual aos orçamentos anuais, à execução e ao controle. O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações orçamentárias ou não- orçamentárias, que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. Esta organização das ações do Governo sob a forma de programas visa proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como facilitar a mensuração total dos custos necessários ao alcance de um dado objetivo e elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. Assim, toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em Programas orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos para o período do PPA. Os Programas são classificados em dois tipos: • Programas Finalísticos: dos quais resultam bens ou serviços ofertados diretamente à sociedade, cujos resultados sejam passíveis de mensuração; • Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: são programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto inclusive por despesas de natureza tipicamente administrativas. Cuidado: Essa é a classificação atual! Alguns livros ainda trazem a antiga classificação em 4 tipos que não existe mais! Caiu na prova: (ESAF – EPPGG/MPOG – 2009) Acerca dos mecanismos e procedimentos adotados pelo sistema de planejamento e orçamento do Governo Federal, é incorreto afirmar que: a) a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a quem compete nortear o Plano Plurianual, tem por princípio promover a integração entre as ações de planejamento e orçamento. b) dotado de um evidente caráter coordenador das ações governamentais, o Plano Plurianual subordina todas as iniciativas orçamentárias aos seus propósitos. Elvira Sublinhado Elvira Sublinhado Elvira Realce D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 7 c) uma estrutura orçamentária baseada em programas se caracteriza, entre outras, por facilitar a mensuração total dos custos necessários ao alcance de um dado objetivo. d) os programas podem ser classificados como finalísticos ou como de apoio às políticas públicas e áreas especiais. e) em matéria orçamentária, o programa é o elemento de integração entre o Plano Plurianual, os orçamentos anuais, a execução e o controle. Questão bem recente do concurso para EPPGG/2009. O examinador quer a alternativa incorreta: a) É a incorreta. A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem por princípio promover a integração entre as ações de planejamentoe orçamento. A LDO é o elo entre PPA e LOA, logo ao Plano Plurianual compete nortear a LDO. Cuidado: é uma troca comum nas provas. b) Correta. A finalidade da Lei Orçamentária Anual é a concretização dos objetivos e metas estabelecidas no PPA, o qual subordina todas as iniciativas orçamentárias aos seus propósitos. c) Correta. A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como facilitar a mensuração total dos custos necessários ao alcance de um dado objetivo e elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. d) Correta. Atualmente, os programas podem ser classificados como finalísticos ou como de apoio às políticas públicas e áreas especiais. Os Programas Finalísticos são os quais resultam bens ou serviços ofertados diretamente à sociedade, cujos resultados sejam passíveis de mensuração; já os Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais são programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto inclusive por despesas de natureza tipicamente administrativas. e) Correta. A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, o qual é o elemento central do PPA, integrando o Plano Plurianual aos orçamentos anuais, à execução e ao controle. Resposta: Letra A A vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no segundo exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Ele deve ser encaminhado do Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. Elvira Sublinhado D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 8 A devolução ao Executivo deve ser feita até o encerramento do segundo período da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício em que foi encaminhado. Caiu na prova: (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008) O plano plurianual é um instrumento de planejamento governamental de longo prazo, tendo vigência de quatro anos, de modo a coincidir com o mandato do chefe do Poder Executivo. Atenção: O PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte. Cuidado: um chefe do executivo (presidente, por exemplo) pode governar durante todo o seu PPA? A resposta é sim, desde que o chefe do executivo seja reeleito, porém, como vimos, será o mesmo governante em mandatos diferentes. Resposta: Errada. QUADRO PPA Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Assim como a LDO, é inovação da CF/88. Aprofundaremos no estudo do PPA na aula 7, onde nosso edital prevê os temas relacionados à Elaboração, Gestão e Avaliação Anual do PPA e à legislação correlata. 2.3 Lei de Diretrizes Orçamentárias A LDO também surgiu através da Constituição de 1988, almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de ter conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos estratégicos existentes antes da CF/88. Elvira Sublinhado D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 9 Segundo o art. 165 da CF/88: 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. SEGUNDO A CF, A LDO: Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal Incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente Orientará a elaboração da LOA Disporá sobre as alterações na legislação tributária Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficias de fomento Atenção: Os examinadores tentam confundir o termo “diretrizes, objetivos e metas” que se refere ao PPA com o termo “metas e prioridades” que se refere à LDO. A doutrina majoritária afirma que a vigência da LDO é de um ano. Todavia, a LDO extrapola o exercício financeiro, uma vez que ela estabelece regras orçamentárias a serem executadas ao longo do exercício financeiro subsequente. O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e a devolução ao Executivo deve ser realizada até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa (17 de julho). Caiu na prova: (ESAF – APO/SP - 2009) Assinale a opção que apresenta uma das principais características da lei de diretrizes orçamentárias, segundo a Constituição Federal de 1988. a) Especifica as alterações da legislação tributária e do PPA. b) Define a política de atuação dos bancos estatais federais. c) Define as metas e prioridades da administração pública federal. PPA Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM) LDO Metas e Prioridades Elvira Sublinhado Elvira Realce D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 10 d) Determina os valores máximos a serem transferidos, voluntariamente, aos Estados, Distrito Federal e Municípios. e) Orienta a formulação das ações que integrarão o orçamento do exercício seguinte. Vimos que as diretrizes orçamentárias fixadas pela LDO têm diversos objetivos, entre eles, as metas e prioridades da administração pública. 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Vamos agora destrinchar esse parágrafo: I) Definição das metas e prioridades da administração pública federal: as disposições que constarão do orçamento devem ser comparadas com as metas e prioridades da administração pública. Assim, pode-se verificar se as metas e prioridades podem ser concretizadas a partir da alocação de recursos na Lei Orçamentária. II) Orientação à elaboração da lei orçamentária anual: reforça a idéia que a LDO é um plano prévio à Lei Orçamentária, assim como o Plano Plurianual é um plano prévio à LDO. É o termo mais genérico, pois incluem tambémas metas e prioridades da administração pública, as alterações na legislação tributária e a política de aplicação das agências oficiais de fomento. III) Disposição sobre as alterações na legislação tributária: os tributos têm diversas funções. A mais conhecida é a função fiscal, aquela voltada para arrecadação. No entanto, uma outra importante função é a reguladora, onde o governo interfere diretamente na economia por meio dos tributos, incentivando ou desestimulando comportamentos para alcançar os objetivos do Estado. Assim, verifica-se a importância das alterações na legislação tributária e se justifica sua presença na LDO. IV) Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento: objetiva o controle dos gastos das agências que fomentam o desenvolvimento do país. Sua presença na LDO justifica-se pela repercussão econômica que ocasionam. Logo, uma das principais características da LDO, segundo a CF, é que ela define as metas e prioridades da administração pública federal. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 11 Resposta: Letra C. 2.4 Lei Orçamentária Anual A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o poder público prevê a arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente dito. A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas estabelecidas no PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em consonância com o que foi estabelecido na LDO. Portanto, orientado pelas diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as ações a serem executadas, seguindo as diretrizes estabelecidas na LDO. Segundo o art. 165 da CF/88: § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Cuidado: Pela CF/88, a LOA compreende o orçamento fiscal, da seguridade social e de investimentos das estatais. Não existe mais orçamento monetário, porém ele ainda cai em prova para confundir o candidato! Não existem mais orçamentos paralelos. Fique ligado! Segundo o § 7º do art. 165 da CF/88, os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. Atenção: note que o Orçamento da Seguridade Social não tem a função de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. Sobre a Seguridade Social, tem-se o art. 194 da CF/88, que dispõe que a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso Elvira Sublinhado Elvira Sublinhado D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 12 universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Quanto à previdência social, fundada na idéia de solidariedade social, deve ser organizada sob a forma de um regime geral, sendo este de caráter contributivo e filiação obrigatória. Já a assistência social apresenta característica de universalidade, já que será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social. Atenção: O orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos que possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social (previdência, assistência e saúde) e não apenas aqueles que prestam serviços de seguridade social. Por exemplo, o Ministério do Planejamento possui despesas de assistência médica relativa aos seus servidores e essa despesa faz parte do orçamento da seguridade social. Ainda, a CF veda a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º (o qual define que a LOA compreenderá os orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade social). Caiu na prova: (ESAF – Técnico de Nível Superior/SPU – 2006) Nos termos da Constituição Federal, a lei orçamentária anual compreenderá: I. o orçamento fiscal. II. o orçamento de investimento das empresas estatais. III. o orçamento da seguridade social. Assinale a opção correta. a) Os itens I, II e III estão corretos. b) Apenas o item I está correto. c) Apenas os itens I e II estão corretos. d) Apenas os itens I e III estão corretos. e) Apenas os itens II e III estão corretos. Segundo o art. 165 da CF/88: § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; Elvira Sublinhado Elvira Sublinhado Elvira Realce D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 13 III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Logo, os itens I, II e III estão corretos. Resposta: Letra A 3. ELABORAÇÃO/PLANEJAMENTO 3.1 Atribuições Compreendidas as características principais dos instrumentos de planejamento, vamos começar a falar do primeiro ponto do ciclo orçamentário: a elaboração da proposta. O Manual Técnico de Orçamento - 2010 (MTO/2010) determina o papel dos agentes no processo de elaboração do Orçamento, individualizando as atribuições da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), dos órgãos setoriais e das unidades orçamentárias. A SOF tem entre suas atribuições principais a coordenação, a consolidação e a elaboração da proposta orçamentária da União, compreendendo os orçamentos fiscal e da seguridade social. A classificação institucional, que veremos na próxima aula, reflete a estrutura organizacional e administrativa governamental e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível são consignadas às unidades orçamentárias, que são as estruturas administrativas responsáveis pelos recursos financeiros (dotações) e pela realização das ações. Secretaria de Orçamento Federal: o trabalho desenvolvido pela SOF, no cumprimento de sua missão institucional, como órgão específico e singular de orçamento do Órgão Central doSistema de Planejamento e de Orçamento Federal, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, compreende: • Definição de diretrizes gerais para o processo orçamentário federal; • Coordenação do processo de elaboração dos Projetos de Lei de Diretrizes Orçamentárias Anuais – PLDO e do orçamento anual da União; • Análise e definição das ações orçamentárias que comporão a estrutura programática dos órgãos e Unidades orçamentárias no exercício; • Fixação de normas gerais de elaboração dos orçamentos federais; • Orientação, coordenação e supervisão técnica dos órgãos setoriais de orçamento; D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 14 • Fixação de parâmetros e referenciais monetários para a apresentação das propostas orçamentárias setoriais; • Análise e validação das propostas setoriais; • Consolidação e formalização da proposta orçamentária da União; e • Coordenação das atividades relacionadas à tecnologia de informações orçamentárias necessárias ao trabalho desenvolvido pelos agentes do sistema orçamentário federal. Órgão Setorial: o órgão setorial desempenha o papel de articulador no seu âmbito, atuando verticalmente no processo decisório e integrando os produtos gerados no nível subsetorial, coordenado pelas unidades orçamentárias. Sua atuação no processo de elaboração envolve: • Estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração da proposta orçamentária; • Avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das alterações necessárias; • Formalização ao Ministério do Planejamento da proposta de alteração da estrutura programática; • Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento da qualidade das informações constantes do cadastro de programas e ações; • Fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais monetários para apresentação das propostas orçamentárias das unidades orçamentárias; • Definição de instruções, normas e procedimentos a serem observados no âmbito do órgão durante o processo de elaboração da proposta orçamentária; • Coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária no âmbito do órgão setorial; • Análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das unidades orçamentárias; e • Consolidação e formalização da proposta orçamentária do órgão. Unidade Orçamentária: a unidade orçamentária desempenha o papel de coordenadora do processo de elaboração da proposta orçamentária no seu âmbito de atuação, integrando e articulando o trabalho das unidades administrativas componentes. Trata-se de momento importante do qual dependerá a consistência da proposta do órgão, no que se refere a metas, valores e justificativas que fundamentam a programação. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 15 As unidades orçamentárias são responsáveis pela apresentação da programação orçamentária detalhada da despesa por programa, ação orçamentária e subtítulo. Seu campo de atuação no processo de elaboração compreende: • Estabelecimento de diretrizes no âmbito da unidade orçamentária para elaboração da proposta orçamentária; • Estudos de adequação da estrutura programática do exercício; • Formalização ao órgão setorial da proposta de alteração da estrutura programática sob a responsabilidade de suas unidades administrativas; • Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das informações constantes do cadastro de ações orçamentárias; • Fixação, de acordo com as prioridades, dos referenciais monetários para apresentação das propostas orçamentárias das unidades administrativas; • Análise e validação das propostas orçamentárias das unidades administrativas; e • Consolidação e formalização da proposta orçamentária da unidade orçamentária. Caiu na prova: (ESAF – APO/MPOG – 2005) Identifique a opção correta com relação ao papel do Órgão Central como agente no processo de elaboração orçamentária do governo federal, segundo o Manual Técnico do Orçamento 2005. a) Formalizar a proposta de alterações na estrutura programática. b) Analisar e validar as propostas orçamentárias provenientes das unidades orçamentárias. c) Avaliar a adequação da estrutura programática e mapear as alterações necessárias. d) Definir diretrizes gerais para o sistema orçamentário federal. e) Consolidar e formalizar a proposta orçamentária do órgão. A questão é baseada no MTO-2005, porém vamos respondê-la pelo MTO-2010. a) b) c) e) Erradas. São todas atribuições do órgão setorial: formalização ao Ministério do Planejamento da proposta de alteração da estrutura programática; análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das unidades orçamentárias; avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das alterações necessárias; e consolidação e formalização da proposta orçamentária do órgão. d) Correta. A definição de diretrizes gerais para o processo orçamentário federal é atribuição da Secretaria de Orçamento Federal como órgão específico e singular de orçamento do Órgão Central do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Resposta: Letra D Elvira Realce D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 16 3.2 Orçamento da Seguridade Social: Segundo o art. 165 da CF/88: § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Segundo o art. 195 da CF/88, a proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. No entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. 3.3 Iniciativas e Prazos Segundo a Constituição Federal de 1988: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais. De acordo com esse artigo, as leis do PPA, LDO e LOA são de iniciativa do Poder Executivo: Presidente, Governadores e Prefeitos. Na esfera federal, a Constituição Federal determina que a iniciativa das leis orçamentárias são de competência privativa do Presidente da República: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição. Importantes doutrinadores consideram tal competência exclusiva. Embora ela seja do titular do Executivo, seu chefe está obrigado a seguir o prazo determinado sob pena de crime de responsabilidade.No entanto a Constituição é clara que ela é privativa. A dica é considerar esta competência como privativa, seguindo a CF/88. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 17 Só considere exclusiva se a questão trouxer expressamente algo como “segundo a doutrina” ou se você não encontrar a resposta nas outras alternativas. Segundo a LRF, o Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo. Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no art. 35 da ADCT: § 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa; II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. Esses prazos estarão em vigor enquanto não for editada a Lei Complementar prevista na CF/88 para: I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. Repare que desde a Constituição de 1988 está prevista a edição de uma lei complementar sobre finanças públicas e até o presente momento ela não foi editada, logo não existe um modelo legalmente constituído para organização, metodologia e conteúdo dos PPAs, LDOs e LOAs. É por isso que invariavelmente nos valemos da Lei 4320/64 que foi recepcionada com status de lei complementar, porém ela não atende mais as nossas necessidades. Para isso, quem cumpre esse vácuo legislativo é a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que todo ano acaba tendo, entre suas diversas atribuições, que legislar como se fosse a lei complementar prevista na CF, o que a transforma num “calhamaço” de artigos. Elvira Sublinhado D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 18 Cuidado: A Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, porém sua função não foi de preencher as lacunas da Lei 4320/64. Ela também não é a Lei prevista no § 9º do art. 165. Outra lei complementar deve ser editada. Atualmente, na ausência dessa Lei, naquilo que a Lei 4320/64 não dispõe, quem cumpre esse vácuo legislativo é a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Importante: Diferença entre legislatura, sessão legislativa e período legislativo: A legislatura, segundo a CF, é o período de quatro anos. Cada legislatura possui quatro sessões legislativas, que ocorrem anualmente de 2 de fevereiro a 22 de dezembro. Por sua vez, cada sessão legislativa possui dois períodos legislativos, o primeiro de 2 de fevereiro a 17 de julho e o segundo de 1º de agosto a 22 de dezembro. Em suma: QUADRO LEGISLATURA Legislatura 4 anos. Divide-se em 4 sessões legislativas anuais. Sessão Legislativa Anual, de 02 Fev a 22 Dez. Divide-se em 2 períodos. Período Legislativo 1º período: 02 Fev a 17 Jul 2º período: 1º Ago a 22 Dez A Lei 4320/64 dispõe sobre o caso do Executivo não enviar no prazo a sua proposta para apreciação do Legislativo: Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente. Assim, caberá ao Poder Legislativo apreciar novamente a proposta do orçamento vigente como se fosse uma nova proposta! Atenção: tal previsão está na Lei 4320/64 e não na Constituição Federal. Vale ressaltar que o calendário das matérias orçamentárias e o não cumprimento de prazos nos trazem diversos problemas. Quanto ao calendário, temos problemas em virtude da não edição da Lei Complementar sobre o assunto. Temos que no 1° ano do mandato do Executivo é aprovada a LDO para o ano seguinte antes do envio do PPA! E mais, o PPA é enviado e aprovado nos mesmos prazos do Orçamento! Veja que incongruência, Elvira Sublinhado Elvira Realce D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 19 pois neste primeiro ano não há integração. A LDO deveria sempre seguir o planejamento do PPA. Quanto ao não cumprimento de prazos, com destaque para o nível federal, já houve ano que a LOA foi aprovada pelo congresso em outubro do ano subsequente, ou seja, no final do ano em que deveria estar em vigor! Para a LOA - 2009 isso não ocorreu e o Congresso aprovou o orçamento antes do fim do ano, em 30 de dezembro de 2008. A falta de rigor nos prazos também compromete a integração entre PPA e LOA. 3.4 Limitações da LRF para conservação do patrimônio público: Segundo a LRF, um das condições limitantes é que a lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos projetos após adequadamente atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias. Outra limitação é que a LOA não consignará dotação para investimento com duração superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão Ainda, ressalta que é vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos. Consoante o art. 16 da LRF, a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de: • Estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes; • Declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. 4. DISCUSSÃO/ESTUDO/APROVAÇÃO Essa fase é o debate entre os parlamentares sobre a proposta, constituída por: proposição de emendas, voto do relator, redação final e proposição em plenário. Segundo a CF/88, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C PF : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 20 Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. A mensagem presidencial é o instrumento de comunicação oficial entre o Presidente da República e o Congresso Nacional, com a finalidade de encaminhar o Projeto de Lei Orçamentária Anual. A elaboração da mensagem presidencial é realizada sob a coordenação da SOF e envolve a participação da Casa Civil da Presidência da República, da Assessoria Econômica - ASSEC/MP, do Departamento das Empresas Estatais – DEST/MP, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA/MP, da Secretaria de Gestão – SEGES/MP, da Secretaria de Política Econômica – SPE/MF, da Secretaria do Tesouro Nacional – STN/MF, da Secretaria da Receita Federal – SRF/MF, do Banco Central do Brasil e dos Órgãos Setoriais. Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: I - examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF. Quanto às emendas, serão apresentadas também na Comissão Mista que emitirá seu parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas casas do Congresso Nacional. Importante: Diferença entre sessão conjunta e sessão unicameral: quando ocorrem as sessões conjuntas do Congresso Nacional, havendo a fase de votação, a maioria deve ser alcançada tanto no âmbito dos Senadores quanto no âmbito dos Deputados Federais. A discussão é conjunta, mas, na hora da votação, procede-se como se houvesse votação simultânea na Câmara e no Senado. Na verdade a sessão é conjunta, porém é bicameral. Ao contrário, na sessão unicameral, considera-se o todo, independentemente do parlamentar ser Senador ou Deputado. Cada parlamentar tem direito a um voto e a apuração é feita considerando que há uma única votação. A votação unicameral aconteceu na revisão constitucional. As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 21 I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou III - sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos referidos enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. Cuidado: O Presidente da República envia mensagem (e não emenda) ao Congresso nacional propondo as modificações nas leis orçamentárias. Por sua vez, as alterações propostas pelos parlamentares ocorrem por meio de emendas. Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. A Lei 4320/64 também dispõe sobre emendas: Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a: a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a inexatidão da proposta; b) conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos competentes; c) conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anteriormente criado; d) conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder Legislativo para concessão de auxílios e subvenções. No afã de conseguir mais recursos para emendas, o Poder Legislativo poderia tentar, sem embasamento técnico, reestimar os valores de receitas apresentados pelo Poder Executivo. Para prevenir isso, o art.12 da LRF determina: § 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal Elvira Sublinhado Elvira Realce Elvira Sublinhado D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 22 Repare que a LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receita pelo Poder Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. Caiu na prova: (FCC – ACE - TCE/AM – 2008) Emendas legislativas ao orçamento podem financiar-se mediante anulação de dotações vinculadas a: (A) serviços de terceiros. (B) repasses ao INSS, FGTS e regime próprio de previdência. (C) juros, encargos e principal da dívida. (D) despesas de pessoal. (E) transferências tributárias constitucionais. Vamos elaborar um quadro sobre emendas: QUADRO EMENDAS Serão apresentadas também na Comissão Mista que emitirá seu parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas casas do Congresso Nacional. As emendas ao projeto da LDO não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA. As emendas ao projeto da LOA ou aos projetos que a modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I - sejam compatíveis com o PPA e a LDO; II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e DF; ou III - sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de LOA, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. Elvira Sublinhado Elvira Realce D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 23 Vamos fixar o conteúdo porque nem sempre a questão apresentará literalmente as despesas que não são passíveis de anulações. Voltando ao nosso Quadro, as emendas apresentadas somente podem ser aprovadas caso indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: • Dotações para pessoal e seus encargos; • Serviço da dívida; • Transferências tributárias constitucionais paraEstados, Municípios e DF. a) Correta. Se não está entre as exclusões, é porque se admite a anulação da despesa decorrente de recursos vinculados a serviço de terceiros para a apresentação de emendas. b) Errada. Repasses ao INSS, FGTS e regime próprio de previdência são encargos de pessoal, logo não é admitida anulação de despesa que incida sobre esses itens para a apresentação de emendas. c) Errada. Juros, encargos e principal da dívida são serviços da dívida, assim também não é admitida anulação de despesa que incida sobre esses itens para a apresentação de emendas. d) e) Erradas. Recursos vinculados às despesas de pessoal e transferências tributárias constitucionais estão literais na proibição de anulação para a apresentação de emendas. Resposta: Letra A Especificidades sobre Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública: Todos os poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e ainda, o Ministério Público e a Defensoria Pública), elaboram suas propostas orçamentárias e encaminham para o Poder Executivo (para o Ministério do Planejamento, no caso da União; e para as Secretarias de Planejamento, nos outros entes), o qual consubstancia todas as propostas e encaminha um projeto de lei de orçamento ao Legislativo. No entanto, a CF/88 traz algumas especificidades: Ministério Público: a CF/88 confere ao Ministério Público autonomia funcional e administrativa (CF, art. 127, § 2º) e estabelece que ''o Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias''. Isto quer dizer que ao Poder Executivo não é facultado, de forma unilateral, fazer cortes na proposta orçamentária do Ministério Público, desde que esta haja sido elaborada, tal como ocorre com os Tribunais, ''dentro dos limites Elvira Sublinhado D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 24 estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias'' (CF, art. 99, § 1º; art. 127, § 3º). Poder Judiciário: assim, segundo o art. 99 da CF/88, também ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. No entanto, ressalta que os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. Atenção: desta forma, incluem-se também os Tribunais Superiores, como o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Defensoria Pública: Ainda, a nossa Constituição confere também à Defensoria Pública autonomia funcional e administrativa (CF, art. 134, § 2º) e estabelece que “às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias”. Tal como ocorre com os Tribunais e com o Ministério Público, deverá ocorrer ''dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias'' (CF, art. 99, § 1º). 5. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA A fase de execução orçamentária e financeira consiste na arrecadação das receitas e realização das despesas. É a transformação em realidade do planejamento elaborado pelos chefes do Executivo e aprovado pelo Legislativo. A LRF trata do assunto execução orçamentária e cumprimento das metas nos seus artigos 8º e 9º. Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Logo, além do Poder Executivo, há a extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público. Elvira Sublinhado D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 25 Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas. Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão mista referida na Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais. A LRF trata de previsão e arrecadação de receitas nos artigos 11 a 13. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. Atenção: é vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não institui, prevê e efetivamente arrecadada todos os impostos. Durante a execução orçamentária, poderá haver frustração da arrecadação, tornando- se necessário limitar as despesas para adequá-las aos recursos arrecadados. A previsão da receita orçamentária ocorre no ano anterior à execução do Orçamento, durante o processo de elaboração. É função dos APOs pertencentes à atual Coordenação-Geral de Avaliação da Receita Pública da SOF e também de Auditores de um núcleo da Receita Federal do Brasil, monitorar, durante a execução, se essa arrecadação é maior que a previsão (excesso) ou menor (frustração). Caso ocorra frustração, ocorre o contingenciamento do orçamento, que é a limitação das despesas para adequá-las à receita arrecada. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo. Em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a Elvira Sublinhado D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 26 especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas paracobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. Caiu na prova: (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, não é lícito afirmar acerca da previsão e arrecadação da receita pública: a) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos são requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal. b) as previsões de receita devem considerar, entre outros fatores relevantes, os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços e do crescimento econômico. c) é vedada a realização de transferências voluntárias ao ente da federação que não institui, prevê e arrecada todos os tributos. d) a reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só poderá ser feita em caso de erro ou omissão de ordem técnica ou legal. e) em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, o Poder Executivo deve desdobrar as receitas previstas em metas bimestrais de arrecadação. Nossa questão trata de previsão e arrecadação de receitas, com base nos artigos 11 a 13 da LRF: a) Correta. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. b) Correta. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. c) É a incorreta. Atenção: é vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não institui, prevê e efetivamente arrecadada todos os impostos. d) Correta. No intuito de conseguir mais recursos para emendas, o Poder Legislativo poderia tentar, sem embasamento técnico, reestimar os valores de receitas apresentados pelo Poder Executivo. Para prevenir isso, o art.12 da LRF determina: § 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal Elvira Sublinhado Elvira Realce D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 27 A LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receita pelo Poder Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. e) Correta. O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo. Em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. Resposta: Letra C 6. AVALIAÇÃO E CONTROLE 6.1 Avaliação A avaliação orçamentária é a parte do controle orçamentário que analisa a eficácia e eficiência dos cursos de ação cumpridos, e proporciona elementos de juízo aos responsáveis da gestão administrativa para adotar as medidas tendentes à consecução de seus objetivos e à otimização do uso dos recursos colocados à sua disposição, o que contribui para realimentar o processo de administração orçamentária. O propósito da avaliação é de contribuir para a qualidade da elaboração de uma nova proposta orçamentária, reiniciando um novo ciclo orçamentário. Esta definição traz dois critérios de análise, o de eficiência e o de eficácia. Iremos citar a opinião de autores que discorrem sobre o assunto, porque as questões tratam literalmente da opinião deles. • ANÁLISE DA EFICIÊNCIA: Segundo Naimar M. Ramos, o teste da eficiência na avaliação das ações governamentais busca considerar os resultados em face dos recursos disponíveis. Busca-se representar as realizações em índices e indicadores, para possibilitar a comparação com parâmetros técnicos de desempenho e com padrões já alcançados anteriormente. Tais medidas demonstram a maior ou menor capacidade de consumir recursos escassos, disponíveis para a realização de uma tarefa determinada. Ou, em outras palavras, indicam a justeza e propriedade com D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 28 que a forma de elaboração de determinado produto final foi selecionada, de modo a que se minimize o seu custo respectivo. • ANÁLISE DA EFICÁCIA: A avaliação da eficácia procura considerar o grau em que os objetivos e as finalidades do progresso foram alcançados dentro da programação de realizações governamentais. Segundo Naimar M. Ramos, tal tipo de mensuração teria um real aproveitamento no acompanhamento e avaliação de propostas orçamentárias formuladas e na alocação de recursos humanos, materiais e monetários, aos diversos programas e atividades em andamento, visando, especificamente, à consecução dos objetivos colocados pelo governo em cada programa ou atividade. Segundo Giacomoni, tanto a análise da eficácia como da eficiência são possibilitadas pelas formas modernas de estruturação dos orçamentos. A classificação por programas, projetos e atividades e a explicitação das metas físicas orçamentárias viabilizam os testes de eficácia, enquanto a incorporação de custos estimativos (no orçamento) e efetivos (na execução) auxilia as avaliações da eficiência. A efetividade é a dimensão do desempenho que representa a relação entre os resultados alcançados (impactos observados) e os objetivos (impactos esperados) que motivaram a atuação institucional. É a medida do grau de atingimento dos objetivos que orientaram a constituição de um determinado programa, expressa pela sua contribuição à variação alcançada dos indicadores estabelecidos pelo Plano. Assim, se define como a capacidade de se transformar uma realidade a partir do objetivo estabelecido e sua continuidade ao longo do tempo. Caiu na prova: (ESAF – APO/SP - 2009) A realidade que surge da atuação do Estado moderno exige a adoção de novos enfoques de avaliação orçamentária do setor público. A avaliação também é instrumento de promoção do aperfeiçoamento dos processos relacionados à gestão de recursos humanos, financeiros e materiais utilizados na execução dos programas. Uma das opções abaixo é incorreta. Identifique-a. a) O teste da eficiência, na avaliação das ações governamentais, busca considerar os resultados obtidos em face dos recursos disponíveis. b) Efetividade é a medida do grau de atingimento dos objetivos que orientaram a constituição de um determinado programa, expressa pela sua contribuição à variação alcançada dos indicadores estabelecidos pelo Plano. c) Eficácia é a medida do grau de atingimento das metas fixadas para um determinado projeto, atividade ou programa em relação ao previsto. D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br29 d) A incorporação de custos, estimativos (no orçamento) e efetivos (na execução), auxilia as avaliações da eficácia. e) Eficiência é a medida da relação entre os recursos efetivamente utilizados para a realização de uma meta para um projeto, atividade ou programa, frente a padrões estabelecidos. Respondendo por meio dos autores citados: a) Correta. O teste da eficiência na avaliação das ações governamentais busca considerar os resultados em face dos recursos disponíveis. b) Correta. A efetividade mede o grau de atingimento dos objetivos relacionado à variação alcançada dos indicadores, visualizando se o programa foi capaz ou não de transformar uma realidade. c) Correta. A avaliação da eficácia procura considerar o grau em que os objetivos e as finalidades do progresso foram alcançados dentro da programação de realizações governamentais. Visa, especificamente, à consecução dos objetivos colocados pelo governo em cada programa ou atividade. d) É a incorreta. A classificação por programas, projetos e atividades e a explicitação das metas físicas orçamentárias viabilizam os testes de eficácia, enquanto a incorporação de custos, estimativos (no orçamento) e efetivos (na execução), auxilia as avaliações da eficiência. e) Correta. Na análise da eficiência busca-se representar as realizações em índices e indicadores, para possibilitar comparação com parâmetros técnicos de desempenho e com padrões já alcançados anteriormente. Resposta: Letra D 6.2 Controle O Orçamento surge como um instrumento de controle. Tradicionalmente, é uma forma de assegurar ao Executivo (controle interno) e ao Legislativo (controle externo) que os recursos serão aplicados conforme previstos e segundo as leis. Atualmente, além deste controle legal, busca-se o controle de resultados, em uma visão mais completa da efetividade das ações governamentais. Segundo a Lei 4320/64: Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá: I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos; III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços. Elvira Realce D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 30 A Lei 4320/64 determina a coexistência de dois sistemas de controle da execução orçamentária: interno e externo. Segundo a CF/88, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. Segundo o art. 71 da CF, o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 D a n i e l l e V O l i v e i r a , C P F : 7 7 8 6 5 7 5 8 3 9 1 CURSO ON-LINE – FINANCAS PÚBLICAS P/ AFRFB - 2009 PROFESSORES: FRANCISCO MARIOTTI E SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 31 contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. A LRF trata da fiscalização da gestão fiscal no art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas da LRF, com ênfase no que se refere a: • Atingimento das metas estabelecidas na LDO; • Limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar; • Medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal; • Providências tomadas para recondução dos montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos respectivos limites; • Destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos; • Cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver. Assim, a fiscalização da gestão fiscal pode ser exercida diretamente pelo Poder Legislativo ou com o auxílio dos Tribunais de Contas. Caiu na prova: (FCC – Procurador - Recife – 2008) De acordo com a Constituição Federal, a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta será exercida: (A) pelo Senado Federal, com o auxílio do Supremo Tribunal Federal. (B) pela Câmara dos Deputados, com o auxílio do Superior Tribunal de Justiça. (C) pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União. (D) pelo Supremo Tribunal Federal, com o auxílio do Superior Tribunal de Justiça. (E) pelo Tribunal de Contas da União, com o auxílio do Senado Federal. Segundo a CF, a fiscalização contábil, financeira,