Prévia do material em texto
R ES U M O TÍTULO DO RESUMO C IC LO B Á SI C O SISTEMA LINFÁTICO CURSO: FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO CONTEÚDO: EDUARDO GALVES RODRIGUES Amplie as possibilidades deste conteúdo em https://www.jaleko.com.br/ 4 SISTEMA LINFÁTICO 1 INTRODUÇÃO O sistema linfático é uma rede complexa constituída por órgãos linfoides, linfonodos, ductos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos que pro- duzem e transportam a linfa (o fluido linfático) dos tecidos para o sistema circulatório. Formando uma via acessória na qual os líquidos podem fluir dos espaços intersticiais para o sangue. O que se destaca nesse sistema é a capacidade dos vasos linfáticos conseguirem transportar para fora dos espaços tecidu- ais proteínas e particulados maiores, sendo que nenhum desses pode ser removido diretamente por absorção através do capilar sanguíneo (FIGURA 1). FIGURA 1 Figura 1: Sistema linfático. Fonte: Silverthorn, 2017. Essa remoção de proteínas que o sistema linfático faz é vital para o bom funcionamento do nosso organismo, sem essa função morreríamos em cerca de 24 horas. 5SISTEMA LINFÁTICO Além dessas funções, o sistema linfático é um componente importante para o nosso sistema imunológico, porque ele vai colaborar com glóbulos brancos para a proteção contra vírus, bactérias e outros patógenos. 2 PRINCIPAIS FUNÇÕES O sistema linfático tem por objetivo retornar o líquido intersticial ao sangue, para que se mantenha o equilíbrio dos fluidos no organismo. Também, vai auxiliar no transporte de vitaminas e lipídios derivados da absorção durante a digestão até o sangue, objetivando que todo o corpo receba os nutrientes por meio do sangue. Outra função de suma importância é a realização da resposta imune, im- pedindo que microrganismos sejam lançados por meio da linfa na corrente sanguínea. Isso pode acontecer porque os linfonodos retêm e destroem esses microrganismos (Figura 2). FIGURA 2 Figura 2: Microcirculação e vasos linfáticos. Fonte: Silverthorn, 2017. 2.1 COMPONENTES DO SISTEMA LINFÁTICO 2.2 LINFONODOS São pequenos órgãos dispostos por todo corpo, apresentando maior con- centração no pescoço (linfonodos cervicais), no tórax, no abdome, nas axilas (linfonodos axilares) e na virilha (linfonodos inguinais). Sua função é filtrar a linfa antes que retorne ao sangue, e são responsáveis por atuar na defesa do corpo, produzindo linfócitos em grande escala para 6 SISTEMA LINFÁTICO combater alguma invasão ao corpo por microrganismo. Geralmente, esses linfonodos envolvidos na defesa tem seu tamanho aumentado. 2.3 LINFA É um líquido com aspecto transparente esbranquiçado, de origem alcalina e que se assemelha ao sangue, embora não possua hemácias. Cerca de 2/3 de toda a linfa, seja derivada do fígado e do intestino delgado, tem seu fluxo de forma unidirecional no interior do vaso linfático. Suas funções são eliminação das impurezas produzidas durante o metabolismo, nutrição das células, realização da comunicação entre o sangue e tecidos, e drenagem de substâncias e água dos espaços entre as células. 2.4 VASOS E CANAIS LINFÁTICOS Os vasos linfáticos são canais de parede fina, distribuídos por todo o corpo, transportando a linfa por meio de válvulas que fazem seu fluxo em sentido unidirecional, impedindo, assim, o refluxo do fluido. Em praticamente todo o corpo há presença da rede linfática, exceto nas porções superficiais da pele, no sistema nervoso central, no endomísio dos músculos e nos ossos. Ainda assim, esses tecidos possuem canais minúsculos pelos quais o líquido intersticial flui para ser drenado nos vasos linfáticos; esses canais se chamam pré-linfáticos. 3 CIRCULAÇÃO LINFÁTICA O sistema linfático, diferentemente do sistema circulatório, não é um sistema fechado e não possui uma bomba central. A circulação linfática depende exclusivamente da ação de agentes externos para exercer pressão e, com isso, fazer o fluxo (Figura 3). 7SISTEMA LINFÁTICO FIGURA 3 Figura 3: Formação e absorção da linfa. Fonte: Silverthorn, 2017. A linfa se move lentamente, sob uma baixa pressão, sendo comprimida pela contração dos músculos esqueléticos circundantes, pelos movimentos das partes do corpo, por meio da pulsação das artérias adjacentes ao tecido linfático e a compressão dos tecidos por objetos externos ao corpo. 3.1 Capilar linfático terminal São os menores vasos condutores do sistema linfático, originam-se do tecido conjuntivo, que vão se unindo e formando vasos maiores. Embora delicados, exercem papel fundamental para a circulação linfática, são responsáveis pelo transporte das moléculas de proteínas que não podem ser absolvidas dos tecidos por outra via. Os capilares conseguem realizar essa captura por meio de um mecanismo de ancoragem, derivado de células endoteliais que fazem junções em suas bordas, fazendo sobreposições umas nas outras, de modo que a borda fique livre para dentro da luz do capilar, formando, assim, uma válvula minúscula, que se abre para o interior do vaso. O líquido intersticial tem facilidade para entrar, porém bastante dificuldade para deixar o capilar. Uma vez que tenha entrado qualquer refluxo do fluido, fecha as válvulas dispostas ao longo de seus vasos até ser escoado para a circulação sanguínea. 4 EDEMA É um aumento de fluido intersticial em qualquer região do corpo ou órgão. Tem sua ocorrência evidenciada devido a um desequilíbrio entre a pressão hidrostática e a pressão osmótica, fazendo com que haja uma troca anormal entre os dois sistemas (circulatório e o linfático). 8 SISTEMA LINFÁTICO Geralmente, é formado por solução aquosa de sais e proteínas plasmáticas. Pode se caracterizar como edema localizado quando afeta apenas uma região do corpo, como, por exemplo, os pés, ou pode ser por todo o corpo, onde chamamos de edema generalizado. O edema pode surgir devido a problemas circulatórios, reações medicamentosas, reações alérgicas, doenças cardíacas, doenças renais entre outros. Em alguns casos, o edema pode ser mais grave e sua causa explica-se por meio de uma obstrução dos canais linfáticos ou por sua destruição, como é o caso de pacientes que se submetem à mastectomia, em que, além da destruição dos vasos, ocorre a retirada de linfonodos; onde vai ocorrendo cada vez mais acúmulo de líquido linfático, que não consegue ser drenado, causando o inchaço. 5 REFERÊNCIAS 1. SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. 2. NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 3. BERNE, Robert M.; LEVY, Matthew N. Fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 4. ROSS, M. H.; REITH, E. J.; ROMRELL, L. J. Histologia: texto e atlas. 7. ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2017. Visite nossas redes sociais @jalekoacademicos Jaleko Acadêmicos @grupojaleko 9SISTEMA LINFÁTICO