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Teoria do Direito Penal do Inimigo

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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS) 
 
 
 
Lorena de Oliveira Serpa R.A: 3870423 
 
Trabalho apresentado à Faculdades 
Metropolitanas Unidas para aquisição de 
média sob orientação do professor 
HERMANN HERSCHANDER. 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2022 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
 
 
 A FILOSOFIA DE AGAMBEN, O TERRORISMO DE BIN LADEN 
E O DIREITO PENAL DO INIMIGO: UM ESTUDO DE 
FRONTEIRAS ENTRE A PROTEÇÃO E A PUNIÇÃO de 
Fernando Antônio C. Alves de Souza e José Arlindo de 
Aguiar Filho 
 
 
 
 De acordo com o tema abordado, trata-se de uma 
análise sobre a visão filosófica de GIORGIO AGAMBEN, assentada pelos 
juristas Fernando Antônio C. Alves de Souza e José Arlindo de Aguiar Filho, 
no que tange a punição dos terroristas e sua forma adotada pelos EUA. 
 
 Nesse prisma, os juristas abordam a Teoria do Direito 
Penal do inimigo, modelo de política criminal, que foi desenvolvida pelo 
alemão Gunther Jakobs, sua acepção se dá pelo fato de pessoas em que o 
Estado considerem inimigas, excluindo garantias e direitos fundamentais 
concedidos pelos mesmos, da mesma forma a necessidade de separá-los 
da sociedade. Dessa maneira, alguns exemplos de inimigos seriam os 
terroristas, a presente teoria até hoje é motivo de forte oposição 
doutrinária. 
 
 A teoria ressalva, mediante os delitos cometidos, em 
que ao cometê-los não usufruem da prerrogativa de cidadania, visto que, 
demonstram um ataque gravíssimo ao ordenamento jurídico, onde o 
indivíduo não é concedido ingressar no estado como cidadão, ou seja, não 
tornando-se um indivíduo processual, não se beneficiando dos direitos e 
garantias adquiridos ao mesmo, em oposição ao do cidadão que comete 
delito e compete a ele o benefício de garantias, bem como, o de defesa e 
comunicação com advogado. 
 
 Outrossim, além dos terroristas, entendesse também 
como definição de inimigos: os criminosos econômicos, traficantes de 
drogas, autores de delitos sexuais e etc. Sua definição deve ser objeto de 
medidas penais duras, tais como a prisão perpétua e pena de morte. 
 
 Do mesmo modo, também abordam a teoria de 
“Exceção” de AGAMBEN, ou seja, “uma forma legal, daquilo que não 
pode ter forma legal”. Tem-se como exceção um desvio de regra de lei, 
princípio ou ordem, que se configura como uma medida “fora da 
regra” do poder estatal, como resposta imediata aos conflitos 
internos mais extremos, onde a suspensão do ordenamento jurídico, 
abrange limites da punição para proteger o Estado. 
 
 No que tange o tema ora em análise, ao aludir o 
terrorismo, direitos e garantias fundamentais como cidadão, bem como as 
teorias apresentadas, é indubitável não mencionar a Morte de Osama Bin 
laden, terrorista executado pelos Norte-americanos, durante uma 
operação militar, capturando-o e levando a julgamento. 
 
 No caso em tela, tem-se a justificativa de que a morte 
do terrorista exposto, foi uma legítima defesa em razão do atentado 
ocorrido em 11 de setembro de 2001, bem como, a favor do Estado e da 
segurança coletiva. 
 
 Destarte, a única exceção ao direito a vida, sendo 
considerado como “Estado de exceção e de forma excepcionalíssima”, é o 
caso da legítima defesa, logo, é aduzido de que o terrorista mencionado, 
foi assassinado intencionalmente, pois o mesmo se encontrava 
desarmado, não tendo a aplicabilidade de legítima defesa. 
 
 Nota-se que o Estado Democrático de direito é deixado 
de lado, pois, todo cidadão tem ou deveria ter os mesmos direitos e 
receber os mesmos tratamentos, onde os terroristas independente de 
quem são, também são humanos, e detém dos seus direitos de forma 
plena, portanto o assassinato indiscriminado, não só do terrorista acima 
mencionado, mas de todos, continua sendo ilícito e passível de punição. 
 
 O ato praticado foi nomeado como Homo Sacer, que 
para Paulo Cesár Bus ato é ‘’aquele que é considerado tão impuro que fica 
fora da jurisdição humana, cuja morte não se traduz, sequer, em 
homicídio a quem o poder soberano aplica a vida nua, ou seja, as regras 
destituídas de qualquer limite ou direito.‘’ 
 
 Desclassificar pessoas e coisas, sacrificar direitos, 
intitular inimigos, mesmo que em caráter de excepcionalidade for a de 
guerra, como no acaso em tela, referente ao terrorismo, independente da 
alegação ser em prol do bem coletivo, não cabe ao Estado, pois, para 
esses que praticam crimes deve sim haver punição, mas com medidas que 
busquem sua reintegração social, onde deve se fazer presente uma 
conduta de tutela de direitos e não de exclusão. 
 
 Portanto, é possível assegurar ao Estado a proteção 
necessária sem apoderar dos direitos e garantias dos cidadãos, e da 
própria democracia, ficando claro e notório de que tais maneiras 
apresentadas como forma de legitima defesa do Estado frente as 
ameaças, desampara o direito individual humano inalienável em favor do 
direito de defesa do Estado.

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