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Fonologia e Fonética

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1. A distinção entre vogais nasais fonológicas e vogais nasais fonéticas realizada por alguns linguistas não se sustenta na língua portuguesa se conferirmos um status de fonema às vogais nasais no sistema vocálico do nosso idioma. Discuta e exemplifique.
Primeiramente, é de suma importância que se entenda o conceito de vogal. Para Câmara JR. A vogal é o “som elementar que é o centro ou ápice do conjunto e se diz um silábico, isto é, capaz de construir sílaba; os demais integram-se nele como seus assilábicos.” Também é importante que se compreenda a divisão entre orais e nasais. Enquanto nas vogais orais o ar sai pela boca, nas nasais a corrente de ar vibrante passa, simultaneamente, pelas cavidades bucal e nasal, uma vez que o véu palatino se encontra abaixado.
A língua portuguesa se caracteriza entre as línguas românicas por uma emissão nasal das vogais, enquanto nas demais línguas românicas o que se dá é uma leve nasalização vocálica, quando esta é aproximada de consoante nasal na sílaba seguinte. Na prática, os sons nasais distinguem-se dos sons nasalizados, uma vez que, a vogal nasal é entendida como um grupo de dois fonemas combinados na mesma silaba ( vogal + elemento nasal) e a vogal nasalizada é considerada como a nasalação vocálica, condicionada pela consoante da sílaba seguinte. 
Câmara Jr. defende a tese de que não há vogal nasal em português, apenas as vogais nasalizadas, já a vogal é sempre um som bucal ao qual a emissão da corrente do ar é desimpedida, diferentemente da emissão da corrente de ar de uma consoante. Conforme o linguista, são sete as vogais em posição tônica, uma vez que ele considera as vogais nasais apenas como alofones posicionais que resultam da presença de segmentos que tem o traço nasal.
O autor admite apenas como propriamente nasais, as vogais que contêm, em sua visão, nasalidade fonológica, em posição a fonética. 
 
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